Que dureza, conviver com tantas escalações e substituições equivocadas. (foto: Terra.com.br / Dhavid Normando) |
Um
clube que quer ser campeão não pode
perder pontos em casa para os francos atiradores do campeonato.
Não se deve esquecer de que o título do ano passado foi perdido devido a três exibições catastróficas: as derrotas para Atlético-MG, América-MG e Bahia, clubes que rondaram a zona de descenso durante todo o campeonato. E o pior: em pleno Engenhão.
Não se deve esquecer de que o título do ano passado foi perdido devido a três exibições catastróficas: as derrotas para Atlético-MG, América-MG e Bahia, clubes que rondaram a zona de descenso durante todo o campeonato. E o pior: em pleno Engenhão.
Mesmo
com os desfalques e uma expulsão
estúpida, a vitória poderia ter sido conseguida com tranquilidade até.
Estranhamente,
porém, Abel provavelmente por estar sofrendo
de falta de criatividade crônica, voltou a se equivocar e mais uma vez fez a torcida ver a vitória
escapar pelos dedos.
Já
estou ficando enjoado de ser tão repetitivo, mas o fato é que o nosso treinador
não aprende e quase sempre repete os erros.
Senão,
vejamos:
Durante
toda a semana deixou no ar a dúvida em qual setor o Thiago Neves iria atuar.
Chegou a ensaiar
treinamentos com Edinho, Jean, Wagner e Lanzini no meio de campo e Thiago e Marcos
Júnior na frente.
Na
hora H, porém, faltou coragem para abdicar de um atacante de referência e
preferiu mantê-lo, ainda que só dispusesse para a função de um jovem muito verde
e que ainda não conseguiu provar sua habilidade.
A
decisão fez com que a equipe jogasse com um poste que em nada contribuiu para
prender a bola no ataque.
Mas
não para por aí as contradições do Abel. Na coletiva, ao ser perguntado sobre o
fraco desempenho de Thiago Neves, justificou a má atuação pelo esgotamento natural
ocasionado pelo excesso de empenho na sequência de vários jogos difíceis.
Como
assim? O fato de Thiago estar estressado deveria ser mais um indicativo para
colocá-lo no ataque, sem tanta obrigação de voltar para marcar.
Os
contra-ataques poderiam ser puxados pelo Marcos Junior, Wagner e Lanzini, que nesta opção estaria em campo
desde o início.
Solução trivial, mas não para a cabeça
do Abel.
Com a expulsão do Wallace e o
consequente deslocamento de Jean para a lateral, a única opção seria mesmo a
saída de Samuel para a entrada de um volante. O escolhido foi o Fábio, que não
decepcionou. Jogou melhor que o Edinho até.
Abel ainda teria uma chance para se
redimir aos 23’ da etapa final, por ocasião da contusão de Marcos Junior. Todos
no estádio viram que era a hora de colocar o Lanzini e adiantar o Thiago Neves.
Menos o Abel, que fez o feijão com
arroz: trocou um atacante por outro, entrando com Matheus Carvalho, que como
sempre, nada fez de útil.
Como consequência, o time perdeu o
poder de fogo e abriu chance para o Figueirense atacar até chegar ao empate num
golpe de sorte, é verdade, mas o gol vale tanto quanto os do Fluminense obtidos
em jogadas trabalhadas.
Mais tarde quando Wagner cansou é que
Lanzini teve a sua oportunidade.
Decorriam 41’ de jogo e no pouco tempo
em que esteve em campo o argentino ajudou
a reequilibrar a equipe, que chegou a tramar dois bons ataques, desperdiçados
por Carlinhos e Thiago Neves.
Em resumo, nos seis minutos em que
atuou, foi mais efetivo do que Samuel e Matheus Carvalho.
Espero que Abel Braga reflita sobre o
fato.
E
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Fluminense
2 x 2 Figueirense
Local:
Engenhão, RJ; Data: 27/05/2012
Árbitro:
Nielson Nogueira Dias (PE)
Assistentes:
Jossemar Moutinho (PE) e José Wanderley da Silva (PE)
Gols:
Marcos Júnior, aos 16’ do primeiro tempo e Caio, aos 12’, Wagner, aos 21’ e
Pablo, aos 29’ do segundo
Cartões amarelos: Wallace, Jean (Flu); Toró,
Canuto, Sandro, Guilherme Santos (Fig)
Cartão Vermelho: Wallace (Fluminense)
Fluminense: Diego Cavalieri, Wallace,
Gum, Anderson e Carlinhos; Edinho, Jean, Wagner (Lanzini, 41'/2ºT) e Thiago
Neves; Marcos Júnior (Matheus Carvalho, 23'/2ºT) e Samuel (Fábio, intervalo).
Técnico: Leomir.
Figueirense: Ricardo, Pablo, Canuto (João Paulo, 33'/2ºT),
Sandro e Guilherme Santos; Ygor, Túlio, Toró (Fernandes, intervalo) e Roni;
Caio (Luiz Fernando, 41'/2ºT) e Julio Cesar. Técnico: Argel.
Eta "uniformizinho" horroroso!