A presença
de sete atletas recém-saídos das divisões de base num confronto fundamental
para o futuro do Fluminense não deixa dúvidas que já passou da hora de planejar
o próximo ano.
O empate
contra a Ponte praticamente extinguiu as possibilidades de vaga na
Libertadores, embora matematicamente a chance ainda exista.
Seria mais
palpável se dispuséssemos daquele time de 2009, que ganhou 20 dos 24 pontos
possíveis nos últimos oito jogos.
Recuso-me a
fazer coro com aqueles que acham que o time irá cair e baseio a assertiva não na
qualidade do futebol apresentado pela equipe e sim na fraqueza dos adversários
que se encontram na zona de rebaixamento.
Mesmo assim,
Luxemburgo precisa ficar atento. É preciso “chacoalhar”
o time, como fez o Cuca em 2009, afastando os medalhões e até mesmo alguns
jovens que se encontrem em má fase, casos típicos de Gum, Diguinho, Bruno e
Eduardo.
Eduardo
ainda está verde e se não for preservado provavelmente não vingará. Aliás,
sempre foi reserva nos juniores e só passou a ter oportunidades no time de cima
quando inexplicavelmente a comissão técnica anterior liberou para empréstimos
Lucas Patinho, Higor e Fernando, esse ótima promessa para a lateral esquerda
com habilidade suficiente para jogar no meio de campo.
Gum é o
guerreiro, talvez o que mais se doe em campo, mas carece de técnica e por isso só
consegue desempenhar seu papel quando está na plenitude de sua forma física. Um
bom descanso agora talvez o traga de volta em condições para brilhar nas
rodadas finais.
Wagner é
outro que merece férias forçadas e só não está nessa lista pelo simples fato de
não haver no plantel nenhum armador, além do desgastado Felipe.
Embora não
seja fã incondicional de Luxemburgo, acho covardia imputar a ele culpa pela situação
em que se encontra o clube, porque antes de sua chegada a equipe já havia se
apresentado de forma tosca no campeonato estadual e na Libertadores, mesmo com
as presenças de Wellington Nem e Thiago Neves.
Não se deve
esquecer o atual treinador recebeu um elenco mal estruturado, desequilibrado em
todos os setores, além de carecer das peças primordiais na conquista do título
passado.
Então afinal
de quem seria a culpa?
De Samuel
que de dentro da pequena área chuta pra fora as chances que tem mesmo com o
goleiro adversário fora do lance?
Ou aos
responsáveis pelo departamento de futebol que acreditaram na comissão técnica
anterior que o escolheu para ser o substituto do Fred?
Que
acreditaram também que tínhamos zagueiros para os próximos cinco anos, que não
precisávamos de Elias e Cícero porque tínhamos Edinho e Diguinho?
Que
Wellington Nem e Thiago Neves teriam substitutos dentro do elenco atual?
E que
apostaram na renovação do contrato de Deco, apesar de sua péssima sequência de
jogos devido às inúmeras e reincidentes contusões e que ainda estaria recebendo
rios de dinheiro sem nada produzir, se não tivesse pedido a rescisão de seu
contrato?
É claro que quando
as coisas não andam bem, o maior culpado é mandatário.
Peter é, sem
dúvida, o maior responsável.
Responsável porque
pecou por omissão quando passou a se dedicar apenas aos problemas fiscais,
deixando a gestão do futebol nas mãos de pessoas incompetentes.
O processo
de delegação é eficaz desde que as funções sejam atribuídas aos que conheçam
profundamente as áreas que irão atuar.
E Rodrigo
Caetano decididamente não é o homem talhado para planejar elenco de futebol.
Sua passagem
pelo Vasco da Gama, quando colaborou de forma decisiva para o desmonte da
equipe, deveria servir de alerta para que nosso presidente não deixasse as
rédeas do departamento de futebol tão frouxas.
O último ato
dos desmandos da atual administração foi a tentativa de repatriar o Maicon
Bolt, fazendo contato com ele a apenas dois dias do encerramento da janela de transferência,
segundo declarações do próprio jogador.
O fato do
contrato de Maicon se encerrar em meados desse ano deveria ser suficiente para
que a movimentação fosse realizada em tempo hábil para repatriá-lo a custo
zero.
Temo que o
mesmo aconteça com relação ao Conca.
O momento
atual é de apreensão e quanto mais se aproxima a eleição mais cuidado deve ter
o torcedor tricolor porque será dele a decisão final sobre o “rumo a ser tomado”
De um lado
Peter Siemsen, que parece ter-se conscientizado que deixou o departamento de
futebol solto demais, mas que com seu ego inflado quase pos a perder a parceria
com a Unimed, parceria essa motivo de inveja por parte dos adversários e em
especial da “Flapress”.
De outro
Deley, ídolo dentro de campo, mas que ao virar político pode ter absorvido os
hábitos deletérios da classe, além de ter o apoio irrestrito de Horcades e sua
trupe, o que pode ser um sinal da volta dos desmandos que colocaram o clube na
situação de penúria atual.
Esse risco é
muito grande e por isso mesmo acho que Peter Siemsen ainda seja a melhor opção,
apesar de todas as suas mazelas.
De qualquer
modo, qualquer que seja o vencedor, gostaria de ver o nome de Rodrigo Caetano
afastado da função de planejar o elenco para 2014.
Cabe a você
tricolor decidir os destinos do nosso amado Fluminense e rogo a Deus que o
inspire a escolher o melhor.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Fluminense 1 x 1 Ponte Preta
Local: Estádio Mario Filho, Rio de Janeiro (RJ); Data: 19/10/2013
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Janette Mara Arcanjo (MG) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Gols: Rafael Ratão, aos 36' e Diego Sacoman (contra), aos 39' da etapa final
Local: Estádio Mario Filho, Rio de Janeiro (RJ); Data: 19/10/2013
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Janette Mara Arcanjo (MG) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Gols: Rafael Ratão, aos 36' e Diego Sacoman (contra), aos 39' da etapa final
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno (Marcos
Júnior, 20'/2ºT), Gum (Fábio Braga, 26'/2ºT), Leandro Euzébio e Rafinha;
Edinho, Jean, Diguinho e Eduardo (Igor Julião, intervalo); Biro Biro e Samuel.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Ponte Preta: Roberto, Regis, Ferron, Diego
Sacoman, Uendel, Baraka, Fellipe Bastos, Alef, Elias (Adrianinho, 19'/2ºT),
Rildo (William, 31'/2ºT) e Leonardo (Rafael Ratão, 13'/2ºT). Técnico: Jorginho.