Ainda sem poder contar com suas dispendiosas estrelas, o Fluminense deu um passo decisivo para a conquista do tricampeonato brasileiro.
Méritos para os jogadores que se desdobraram em campo e não fugiram da luta em momento algum, mesmo naqueles em que os gaúchos dominaram a partida.
Mérito para o Muricy que conseguiu armar uma equipe objetiva apesar das dificuldades conhecidas por todos.
As substituições também foram acertadas, principalmente a entrada de Thiaguinho, que em minha concepção deveria ter começado logo de início por seu maior poder de marcação, o que provavelmente poderia dar mais liberdade ao Mariano.
E mérito maior para a estrela máxima do elenco, o incomparável Conca, que apesar de sua classe inquestionável, joga sério, corre o tempo todo e não se exime nunca, mesmo jogando no sacrifício. Sua renovação se impõe antes que algum empresário esperto se beneficie com a demora.
Nos primeiros trinta e cinco minutos o jogo foi tranquilo, com o Fluminense bem postado e praticamente não dando chances ao Grêmio.
E bastaram apenas dezenove minutos para Conca mostrar toda a sua técnica e marcar um golaço com um chute indefensável até para o goleiro da seleção.
Nos dez minutos finais da primeira etapa o Grêmio se encontrou em campo e partiu para cima. Aí o sufoco foi grande. O Fluminense perdeu o domínio e só conseguia se livrar na base do chutão.
O panorama não se alterou no tempo final com a pressão gremista cada vez maior. O Fluminense ainda conseguiu armar alguns bons contra-ataques que quase sempre morriam no último passe. Exceção a um lançamento longo de Diguinho, desperdiçado por Julio Cesar quando estava cara a cara com Vitor.
A situação se tranquilizou para os tricolores aos trinta e seis minutos numa bola roubada por Thiaguinho, que propiciou a Conca o golpe final, após passe certeiro de Washington.
Alegria tricolor, a vitória estava confirmada e a liderança também.
Legal o gesto de Conca, indicando ser de Washington o maior mérito pela jogada.
O Grêmio reclamou muito de um possível penalti de Leandro Euzébio em Jonas, considerado como dupla trombada pelo árbitro.
Deitaram falação e a língua viperina de Renato Gaúcho mais uma vez deu o ar de sua graça, ou da falta dela, insinuando que “ganhar campeonato assim é mole” (sic).
Lances polêmicos sempre irão existir e o próprio Renato não se sentiu nem um pouco incomodado na vitória sobre o Cruzeiro quando o adversário teve um gol legítimo invalidado.
Se houvesse complô para favorecer o Fluminense, o segundo gol do Atlético Paranaense anotado em total impedimento, não teria sido confirmado. Isso sem levar em consideração o jogo do primeiro turno entre Corinthians e Fluminense, cujo bandeirinha deveria ter saído preso do estádio.
A Torcida Tricolor já sofreu demais com as posições estapafúrdias do Renato que já custaram uma Libertadores e o quase rebaixamento em 2008. Ainda bem que ele hoje está no Grêmio e tomara que fique lá por muitos e muitos anos.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
Adriano, jogador tricolor.
A Torcida Tricolor deve ficar atenta e exigir a reintegração do Adriano ao elenco em 2011.
Apesar de só dispor de quatro atacantes no plantel, a sublime diretoria do clube o emprestou ao Bahia.
Adriano tem sido o destaque do time na série B e sonha com o retorno ao Flu para a disputa da Libertadores.
Para os torcedores que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-lo, sugiro verificar a matéria de Rennan Soares e também o vídeo de alguns de seus gols, publicados no site do Lance:
http://www.lancenet.com.br/bahia/Michael-Jackson-Bahia-pronto-show_0_361763994.html (crédito da foto: lancenet.com.br)