Amigos
Tricolores,
Depois da
segunda derrota acachapante, pensei que aqueles que tentam implantar de fato a
anarquia no tão combalido futebol brasileiro fossem arrefecer um pouco a vociferação
de sandices e teorias desconexas.
Mas que nada.
Esses “desconstrutores” da notícia sabe-se lá com qual objetivo escuso,
continuam a emitir sua verborragia viperina preferencialmente orientada para
atacar a imagem do Fluminense.
É lamentável que apesar de todos eles conhecerem sobejamente
as causas das chamadas viradas de mesa anteriores __ frisando mais uma vez __ 1966: compra de
resultados por Corinthians e Atlético-PR (caso Ives Mendes) e em 1999 transferência
de pontos ao Botafogo num jogo em que havia perdido por 6 a 1 para o São Paulo
(caso Gama), já detalhados não só em postagens anteriores, como também em sites
diversos e em explanações detalhadas de Paulo Vinicius Coelho, conhecido como a
“enciclopédia” da ESPN por pesquisar em profundidade os fatos do futebol, continuem
mentindo e distorcendo as informações sem o mínimo pudor, embora tenham feito
um juramento de não fazê-lo.
São privilegiados por poderem
propalar suas inverdades impunemente em nosso país, onde impera o “jeitinho” e a
irresponsabilidade, infelizmente.
Por isso, a partir de
agora não mais perderei tempo com essa banda desprezível do jornalismo
nacional, não sem antes comentar sobre o artigo patético de Fábio Sormani,
publicado em seu blog.
Em sua busca insana
para justificar o não cumprimento das regras pré-estabelecidas, Sormani faz menção
à utilização por parte de Mario Bittencourt de uma passagem no livro “O Pequeno
Príncipe” justamente sobre a necessidade do cumprimento dos regulamentos.
Divaga, a partir daí,
que em 70 anos, “idade atual do príncipe”, muita coisa mudou e cita como
exemplo a segregação racial, na época amparada por lei nos Estados Unidos e
hoje não mais.
Acrescenta do auto de
sua sabedoria, talvez incontestável para ele: “Senhores, apenas os bitolados, apenas os obtusos, apenas
os pobres de espírito entendem que lei é lei e não foi feita para ser
compreendida. As leis foram feitas para serem compreendidas, cumpridas e
refletidas quando for o caso, pois a humanidade não é estática. O mundo gira, a
lusitana roda, e sociedade se modifica. A segregação racial, que era amparada
por lei, foi extirpada da vida dos norte-americanos, felizmente, porque os
estadunidenses refletiram-na e viram que aquilo era grotesco, como grotesco são
aqueles que não pensam.”
E é justamente nesse período que o
bravo Sormani se perde. A segregação racial era uma mancha, assim como a
escravidão, não só nos Estados Unidos, mas também no Brasil. Uma mancha tão
feia, que acabou, foi extirpada, como é frisado no artigo.
Ele só esqueceu-se de dizer que foi
extirpada pela mudança das leis porque até que isso fosse feito, segregação
racial, escravidão e outras barbáries sempre foram toleradas, justamente porque
eram definidas pela lei vigente.
É a mesma
coisa agora. Se acham que o regulamento é draconiano, é injusto, que se mude o
regulamento, mas enquanto isso não for feito, que se cumpra a lei.
Sem medo do ridículo, Sormani acrescenta
ainda que se tivesse João Zanforlin mais uma oportunidade para falar poderia
mudar o pensamento dos auditores com essa tese esdrúxula.
Absteve-se, em sua soberba, das
declarações do próprio Zanforlin ao final do julgamento: “_Esse era um caso em
que nem Cristo salva”. “E que se eu tivesse conseguido esse milagre, as cifras
definidas no contrato assinado com a Portuguesa me permitiriam vir morar no
Leblon”. (sic)
Ao finalizar, o articulista prevê que o Tricolor saiu perdedor no episódio. Acrescenta que o clube virou motivo de piadas
nas redes sociais e que esse prejuízo é intangível.
Ao que acrescento que qualquer
eventual prejuízo de imagem será devido unicamente à campanha sórdida daqueles
que negam a verdade e aproveitada por gente também sem nenhum escrúpulo.
No final, porém, o
Fluminense continuará grande e cada vez maior e com mais aficionados
inteligentes que sempre serão capazes de separar o joio do trigo.
E para terminar, pergunto:
como considerar o Fluminense perdedor, se ele nem estava sendo julgado?
Perdedores foram vários
sim, todos os componentes da mídia sem escrúpulos, que mentem e manipulam de
acordo com suas convicções e a Portuguesa, cuja administração liderada por um presidente
execrado por seus próprios torcedores e alguns conselheiros do clube escalou um
jogador irregular.
O grande vencedor de
todo esse imbróglio, porém, e que tem sido blindado pela mídia em geral é o
Clube de Regatas do Flamengo, que se não fosse a “bobeada” lusa estaria
amargando hoje uma série B incontestável.