quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

É hora de trabalhar em prol do penta!

Por que não?

Peter precisa mais do que nunca mostrar inteligência e criatividade.

E, sobretudo, arrefecer a vaidade desmedida que tem caracterizado suas ações desde que assumiu a presidência.

Embora procure colocar panos quentes nesse momento complicado, todos os que têm acompanhado a parceria ao longo desses últimos quatro anos perceberam claramente que a causa maior da rescisão unilateral por parte da Unimed teve como causa maior o comportamento do presidente tricolor.

Que a intromissão exacerbada de Celso Barros em algumas vezes tenha sido inoportuna é fato incontestável, mas mesmo assim os resultados alcançados com a parceria foram incomensuravelmente maiores do que os obtidos nas décadas anteriores.

Ouso mesmo a afirmar que sem ela talvez o clube ainda estivesse nadando desesperadamente em mares revoltos.    

Referindo-se à nova situação do clube, Peter declarou que o Fluminense terá dificuldades para garantir a manutenção da qualidade do elenco para 2015.

Enfatizou que o novo paradigma terá que passar forçosamente pelo aproveitamento da base e a busca por jogadores ainda não conhecidos para que o time mantenha sua competitividade.

E aí cometeu o primeiro equívoco em seu planejamento ao renovar com o treinador que na prática quase não deu oportunidades às revelações de Xerém, preferindo encastelar-se junto a um grupo de medalhões, muito dos quais recebiam vencimentos astronômicos em comparação ao pouco retorno que proporcionaram nesses últimos dois anos.

Felizmente, a maioria deles já não fará parte do novo elenco.

Tenho por hábito apoiar minhas opiniões em dados estatísticos e o quadro a seguir dá uma demonstração clara de não ser  Cristóvão o técnico talhado para firmar craques.




Sua análise cuidadosa mostra que apenas o zagueiro Marlon conseguiu sobressair-se ao aproveitar o vazio ocasionado pela contusão dos titulares.

Mesmo assim suas boas atuações iniciais não foram suficientes para garantir-lhe a titularidade, só alcançada na vigésima quarta rodada e após várias manifestações dos torcedores.

Os demais fizeram apenas figuração e até o Kenedy, que esteve em campo vinte vezes, não teve uma oportunidade sequer de jogar uma partida inteira, mesmo apresentando características de velocidade superiores a dos escalados constantemente.

O quadro a seguir mostra as participações de Sobis e Walter sempre preferidos e serve para comparar seus desempenhos com os atletas de maior custo/benefício para o clube.



Pode ser que a escolha de um profissional que cuidava das divisões de base para o cargo de diretor executivo de futebol fortaleça a ideia de melhor aproveitamento das jovens revelações.

Torço para que Fernando Simone convença o treinador dessa necessidade e não se comporte apenas como uma vestal bem remunerada, característica de seus antecessores.

Siemsen tem enfatizado que a diretoria irá se esforçar para manter a base do elenco.

Para isso deverá contar com a ajuda de Celso Barros que, apesar das falácias dos jornalistas da banda podre, garantiu que a Unimed honrará os contratos de direitos de imagem ainda em vigor, ou seja, Conca, Fred, Cícero, Jean, Wagner e Walter deverão continuar e juntos com Cavalieri e Gum, que podem renovar e mais os remanescentes e os jovens promissores  da base formarão um elenco  mais leve e de melhor qualidade que o de 2014.

Celso inclusive deixou claro que não houve rompimento entre Fluminense e Unimed, apenas o fim de um ciclo que ainda não está encerrado.

De qualquer modo, sinto-me constrangido em ter o responsável pela manutenção dos craques cobiçados por todos os demais coirmãos alijado totalmente das cores tricolores.

E é por isso que vai a sugestão para que o nosso presidente mantenha a menção à Unimed nas mangas das camisas, em vez de procurar parceiros menores para estampar suas marcas.

Tal atitude minimizaria até a oposição ferrenha dentro da antiga patrocinadora por adeptos rubro-negros inconformados com o apoio a seu eterno carrasco.

É uma ideia e gostaria que de algum modo Peter soubesse dela. Quem sabe dê certo!

E apesar de tudo,


DÁ-LHE FLUZÃO!



F  E  L  I  Z      N  A  T  A  L !

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Cruzeiro 2 x 1 Fluminense. Receita para um 2015 feliz!

Se mantidos Cavalieri e Gum o plantel de 2015 em nada será mais fraco que o atual.

Ao contrário do se apregoa não vejo razão para preocupações maiores quanto à fragilidade do time tricolor em comparação ao de 2014.

As declarações desesperadas de alguns, principalmente as de Fred e Wagner, não passam de tentativas de forçar a diretoria a renovar com atletas que terão seus vínculos encerrados no final do ano e que só serviram para comprovar o desejo da manutenção de todos, independentemente dos ridículos resultados obtidos nos últimos dois anos.

Até o próprio treinador aparenta fazer parte de algum tipo de conluio quando declara solenemente que o Fluminense será mais fraco na próxima temporada.

Faz lembrar o mesmo estado da arte do tempo do Abel quando para beneficiar seus protegidos enrolou a diretoria com duas frases bombásticas ao afirmar que já existia no elenco substituto à altura para o Wellington Nem, o que acabou forçando a sua saída, além de atestar que o Fluminense dispunha de zagueiros para os próximos cinco anos.

O passar do tempo provou justamente o contrário como mostram as seguidas derrotas ocorridas nesses últimos dois anos.

O destino do Fluminense, porém, irá depender exclusivamente das ações do presidente Peter Siemsen.
                                                                         
Reprodução LANCETV

Se ele tiver a sensibilidade de enxergar a necessidade de renovar com Cavalieri a próxima caminhada tricolor será mais branda.

Se puder ficar com o Gum melhor ainda, pois o plantel precisa de mais atletas que realmente se doem em campo.

Os demais não farão falta alguma por serem jogadores que já vem numa descendente há anos e só continuaram tendo oportunidades por terem a preferência absoluta do Cristóvão.

Difícil precisar o motivo, talvez seja falta de segurança, mas o fato é que ele trabalha sempre com o mesmo grupo restrito de atletas, independentemente de seus rendimentos em campo.

Desafio os arautos da futura derrocada tricolor a provarem em que ponto o elenco apresentado no painel acima seja inferior ao atual.

É claro que será desejável a reposição de um lateral esquerdo e o preenchimento da vaga ainda em aberto deixada por Wellington Nem e se os dirigentes conseguirem essas contratações o Fluminense passará de mero participante a postulante real aos títulos das competições que disputar.

Não será necessária nenhuma contratação bombástica, bastará trazer atletas com certa experiência e que tenham na regularidade suas maiores virtudes porque os torcedores já estão fartos de sonolentos que jogam bem apenas uma ou duas partidas por ano.  

E lógico com um treinador mais preparado e que não tenha medo de colocar em campo as promessas reveladas na base, fato comum nos demais clubes e raro no Fluminense e que, além disso, tenha personalidade para não se tornar refém de nenhum grupo de jogadores, colocando em campo sempre os que estiverem em melhores condições.

Quanto ao jogo com o Cruzeiro, a derrota poderia ter sido evitada se Cristóvão tivesse adotado postura diferente.  

A começar pela manutenção do Sobis, que mais uma vez nada fez de útil, além de perder gol claro quando chutou fraco em cima do Rafael tendo Fred a seu lado e livre de marcação.

Seria o desempate que poderia mudar a história da partida.

E as invenções não pararam por aí, visto a estranha substituição de Mattis que desarrumou totalmente a defesa e ensejou a Marcelo Moreno a oportunidade de fazer o seu gol completamente livre de marcação.

E como sempre, depois da porta arrombada reparou o erro.

Difícil de aceitar a propensão de Cristóvão para as improvisações como, por exemplo,  as tentativas de adaptações de volantes e meias como laterais em detrimento de seus reservas naturais e que quase sempre não dão certo.

Espero que Peter tenha assistido ao jogo e enfim tenha enxergado não ser Cristóvão o técnico ideal para comandar um plantel repleto de jovens.

A mídia andou divulgando o interesse em Enderson Moreira. Tomara que seja verdade, mas se não for ele qualquer um que saiba vencer equipes mais fracas será bem-vindo.

O empate do Grêmio deu ao Fluminense a chance de começar a participação na Copa do Brasil nas oitavas, o que além de evitar o enfrentamento de três adversários diminui os riscos de novos vexames contra times bem mais fracos.

O ruim da história é que só conseguimos essa proeza graças ao time reserva do Flamengo.
  

DETALHES:

CAMPEONATO BRASILERIO – 38ª RODADA

Cruzeiro 2 x 1 Fluminense

Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte, MG; Data: 07/12/2014
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Mauro André de Freitas (SP) e Renata Xavier de Brito (SP)
Gols: Fred, aos 33' e Nilton, aos 44' do primeiro tempo; Marcelo Moreno, aos 14' do segundo
Cartões Amarelos: Diguinho, Elivélton e Edson

Cruzeiro: Rafael, Mayke, Léo, Manoel e Egídio; Nilton, Lucas Silva, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart; Willian (Judivan, 23'/2ºT) e Marcelo Moreno (Júlio Baptista, 36'/2ºT) - Técnico: Marcelo Oliveira

Fluminense: Cavalieri, Diguinho, Guilherme Mattis (Kenedy, 10'/2ºT), Elivélton e Chiquinho; Valencia, Edson, Wagner e Conca (Walter, 28'/2ºT); Rafael Sóbis (Gum, 17'/2ºT) e Fred. - Técnico: Cristovão Borges.

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Por onde andará Lucas Patinho?

Difícil entender como um atleta promissor de tanto brilho nas categorias de base com inúmeros gols e passes precisos não tenha tido oportunidade alguma com todos os treinadores que passaram ultimamente pelas Laranjeiras.



A rotina de empréstimos para clubes sem expressão tem sido uma constante incompreensível, porque afinal de contas ninguém desaprende de uma hora para outra.



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Fluminense 5 x 2 Corinthians. Chocolate de despedida!

Edson é um bom exemplo de não ser preciso contratações mirabolantes
 para se formar uma equipe vencedora (foto: Paulo Sergio / Lance!Press)

A boa vitória não foi suficiente para fazer esquecer a decepção pela eliminação da Libertadores.
Serviu apenas para expor arroubos de indignação contra as falhas administrativas que há décadas já fazem parte do cotidiano tricolor e que só não trouxeram consequências piores devido exclusivamente ao excelente patrocínio que o clube tem, apesar dos adeptos da Flapress tentarem denegri-lo, infelizmente apoiados por tricolores desinformados.
Nesse mister, Fred foi o mais eloquente. Apontou suas baterias contra tudo e contra todos numa tentativa clara de manter o status atual ao advogar a permanência no clube de atletas que nitidamente já tiveram seus ciclos encerrados desde o ano passado.
Defendeu-os com unhas e dentes esbravejando que todos eles já haviam sido campeões nacionais, mas omitiu que os mesmos também foram responsáveis pelo rebaixamento no ano passado, rebaixamento esse só não concretizado graças às falcatruas que envolveram os dirigentes da Portuguesa.
Chegou a falar que sete ou oito deverão deixar o clube e que até agora não se sabe o que acontecerá com a comissão técnica, o que tornará o Fluminense mais fraco no ano próximo.
Está correto no que tange à incompetência de nossos dirigentes para gerir o clube, em especial o departamento de futebol, razão maior da existência do próprio Fluminense, incompetência que provavelmente levará ao fim uma parceria que tinha tudo para dar certo.
Não tenho dúvidas em afirmar que se o Fluminense tivesse tido nesses quinze anos presidentes da estirpe de Manuel Schwartz teria conseguido muito mais sucesso do que os dois títulos nacionais.
E até Sobis, que até outro dia declarava amor ao Tricolor, repetiu a tônica da falta de estrutura, condição sobejamente conhecida por todos aqueles que respiram Fluminense.
Em suma, todo mundo tentando de algum modo colocar cortina de fumaça para encobrir os seguidos vexames do ano, provocados pela maioria dos que agora são defendidos como heróis.
E a pergunta que não quer calar é se o Fluminense é tão ruim, não tem estrutura, etc., por que então todos sem exceção fazem lobby para terem seus contratos renovados?
A resposta é simples e clara: por ser o Fluminense o único clube da face da Terra que paga salários babilônicos a muitos jogadores que não valem um terço do que ganham.
Contudo, será melhor deixar a tergiversação de lado porque esse assunto já foi tema de todos os espaços desportivos do país e passar a analisar o desempenho técnico do Fluminense ao longo do campeonato.
As tabelas a seguir mostram o rendimento tricolor em dois blocos: o primeiro alinha a classificação ao final das trinta e sete rodadas cumpridas considerando apenas os resultados dos dez primeiros classificados nos jogos realizados entre eles.
A segunda compara a pontuação tricolor tanto no bloco dos dez primeiros como também dos dez últimos.


           
A primeira constatação lógica é de que não só a vaga para a Libertadores, mas também a chance de disputar o título foram perdidos pelo péssimo desempenho frente os adversários mais fracos, o que não aconteceu com o Cruzeiro que alicerçou sua campanha justamente em cima deles.  

Ter mais derrotas e empates nos jogos com os últimos colocados como tônica da equipe demonstra claramente a falta de esquema tático para fazer frente a sistemas retrancados.

A repetição do erro sinaliza claramente para o despreparo da comissão técnica na condução dos treinamentos, visto que na grande maioria desses jogos o Fluminense limitou-se somente a alçar bolas na área.

Às vezes chegava a funcionar, como na vitória sobre o Botafogo, tantas tentativas que foram até que uma lograsse êxito culminando com o gol do Edson.

Aliás, um dos questionamentos mais corretos do capitão é a falta de um jogador de velocidade pedido por ele há dois anos, embora talvez tivesse sido mais produtivo defender com a mesma veemência a permanência do Wellington Nem, negociado contra a sua vontade, como ele próprio declarou inúmeras vezes.
Tal carência sempre foi notória e só não foi minorada por opção do Cristóvão, que preferiu manter o Sobis se arrastando em campo durante tanto tempo.
Diversas postagens nesse espaço cansaram de clamar pela escalação de alguém veloz, qualquer um servia e os exemplos vinham de nossos próprios adversários que nos venciam seguidamente com jogadas de contra ataques.
Teria bastado apenas um pouco de coragem ao nosso treinador para substituí-lo por um velocista. A atuação de Kenedy frente ao Corinthians mostrou que ele poderia ter sido esse jogador, se tivesse oportunidades reais e não apenas entrando alguns minutos em jogos com placares adversos.
Merece também uma análise a declaração de Cristóvão, que em prol do apoio a sua galera, declarou categoricamente que o Flu de 2015 não será mais forte que o time desse ano.
Partindo da suposição que a premissa seja verdadeira gostaria de abrir parênteses para analisar os prováveis dispensados.
Os primeiros da lista certamente serão os que estão com os vínculos por terminar: Cavalieri, Felipe Garcia, Fabrício, Gum, Diguinho, Valencia, Carlinhos e Chiquinho. Poderia acrescentar o Sobis, cujo contrato se encerra em meados do ano que vem.
À exceção de Cavalieri e Gum, será que algum torcedor com um mínimo de tutano poderá de sã consciência atestar que o time ficará mais fraco com a saída dos demais?
Diguinho e Valencia não deveriam ter tido seus últimos vínculos renovados, já que vivem às voltas com o departamento médico, além de existirem melhores opções no elenco: Jean, Cícero, Edson, Rafinha, se tiver chances, além de outros bons volantes emprestados que poderão ser avaliados pela comissão técnica, nova de preferência.
Carlinhos, ao ter sua pretensão salarial recusada, decidiu sair e até já se despediu do grupo. Felipe Garcia e Fabrício são reservas e Sobis, que só tem mais seis meses de contrato, demonstra não ter mais vontade pelo jeito como se arrasta em campo. Melhor que vá.
Chiquinho até que poderia ser aproveitado para compor elenco, mas para jogar em sua posição de origem, nunca como lateral.
Não consigo ver em que a saída desse pessoal possa enfraquecer o time. A base já está pronta: Cavalieri, Bruno, Igor Julião, Renato, Gum, Marlon, Mattis, Henrique, Elivelton, Fernando, Rafinha, Jean, Edson, Cícero, Wagner, Conca, Fred, Walter, Samuel, Michael, Kenedy, além dos garotos da base, alguns demonstrando talento acima da média.
Creio que conseguiremos um papel melhor com essa turma e mais uma ou duas contratações mesmo que modestas para a lateral esquerda e velocista para o ataque.
E, claro, com um técnico melhor preparado.
O ruim dessa história toda é que apesar de quase tudo estar errado faltou pouco muito pouco ao menos para a Libertadores.
Um pouquinho mais de vontade em alguns jogos teria sido o suficiente.

E DÁ-LHE FLUZÃO!  

DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 35ª RODADA

Fluminense 5 x 2 Corinthians

Local: Estádio Mario Filho, Rio de Janeiro, RJ; Data: 30/11/2014
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Auxiliares: Fabrício Vilarinho (GO) e Christian Sorence (GO)
Gols: Guerrero, aos 4' e Ralf (contra), aos 39' do primeiro tempo; Edson, aos 12', Fred, aos 19' e aos 25', Danilo, aos 38' e Conca, aos 46' do segundo.
Cartões amarelos: Marlon e Carlinhos
Cartão vermelho: Marlon

Fluminense: Cavalieri, Edson, Marlon, Guilherme Mattis e Carlinhos; Diguinho, Valencia, Wagner (Gustavo Scarpa, 41'/2ºT) e Conca; Rafael Sobis (Kenedy, intervalo) e Fred (Walter, 41'/2ºT). Técnico: Cristóvão Borges.

Corinthians: Cassio, Fagner, Felipe, Gil (Danilo, 35'/2ºT) e Fabio Santos; Ralf, Elias (Jadson, 26'/2ºT), Petros e Renato Augusto; Malcom (Luciano, 26'/2ºT) e Guerrero. Técnico: Mano Menezes.