Confirmada a manutenção de Cuca à testa da Comissão Técnica e passada a euforia da brilhante reação tricolor, chega o momento de reflexão sobre o comportamento do Fluminense no ano de 2009.
Em que pese a brilhante reação que manteve o clube na elite do futebol brasileiro, os resultados alcançados foram muito abaixo do esperado, pois afinal de contas nenhum título foi conquistado. Na realidade, as campanhas no campeonato estadual, Copa do Brasil e Brasileirão foram muito ruins.
É certo que a recuperação mágica satisfez a todos os apreciadores do futebol bem jogado, tricolores ou não, mas convenhamos que a décima sexta colocação num campeonato repleto de times medíocres não é façanha digna do Fluminense.
Chegou a hora do planejamento que, se bem feito, terá tudo para transformar o Fluminense numa das grandes potências do futebol brasileiro em 2010.
Isso porque há muito o clube não termina o ano com uma base respeitável e com a maioria dos jogadores com contrato em vigor por tempo considerável. Não mais do que quatro ou cinco contratações deverão ser suficientes para fortalecer o plantel e capacitá-lo a disputar todas as competições do ano com chances de sucesso.
O elenco tricolor conta hoje com cerca de trinta e seis atletas e certamente necessitará de um enxugamento. Sem querer menosprezar a capacidade de ninguém, pois todos de um modo ou outro contribuíram nas diversas campanhas, a redução poderia começar com aqueles que terão seus contratos encerrados nesse mês e que no momento não ostentam a condição de titulares. Enquadram-se nessa situação: Edcarlos, Fabinho, Augusto e Radamés.
Entre os que ainda terão contratos com vigência até o final de 2010, poder-se-ia pensar em negociar rescisões, quer pelo fraco desempenho apresentado no decorrer do ano ou por contusões reincidentes. São os casos de: Wellington Monteiro, Carlos Eduardo, Luiz Alberto, Roni e Leandro Amaral.
O caso do Leandro Amaral é sui-generis. O atleta já chegou ao clube lesionado e em nenhum momento conseguiu recuperar-se. Chegou ao ponto de declarar que "não estava rendendo durante o campeonato estadual porque vinha jogando no sacrifício de comum acordo com o departamento médico" (sic). Declaração muito estranha que só serve para comprovar que voltava ao clube com uma séria lesão, que não conseguiu curar mesmo após o decurso de todo o ano.
Outras posições teriam que ser melhor avaliadas. Para o gol, por exemplo, notícias veiculadas na imprensa dão conta de que Fernando Henrique manifestara o desejo de sair por vislumbrar melhores condições de titularidade em outros clubes. Se o fato for real, Berna poderia ser mantido. Caso contrário, torna-se um sério candidato à rescisão, pois nas vezes em que foi guindado ao time principal não inspirou confiança suficiente, falhando seguidamente.
Para a lateral direita, a diretoria se movimenta para manter o Mariano e notícias dão conta do interesse pelo Ney, do Atlético Paranaense. Se ambas as contratações se concretizarem, creio que Ruy perde espaço e passa a ser um forte candidato à dispensa.
Para a zaga, Gum, Digão, Dalton e Cássio constituem um quarteto promissor, mesmo assim torna-se necessária a contratação de um zagueiro mais experiente, como o Rodolfo, por exemplo.
Para a lateral esquerda, existem negociações com o Julio Cesar, do Goiás. Se a contratação for concretizada, o empréstimo do João Paulo poderia ser aventado, como modo de propiciar mais tarimba a essa promissora cria da casa.
Fica ainda um abacaxi para a diretoria descascar: Paulo César. Contratado para jogar na lateral esquerda, esse bom lateral direito do passado não se apresentou bem nas poucas oportunidades que teve. A avaliação de contratá-lo para jogar na esquerda foi um equívoco. É verdade que quando tinha vinte e poucos anos conseguiu bons desempenhos jogando na esquerda, pois mesmo torto, com sua juventude e sua técnica conseguiu suplantar a dificuldade. Hoje, com mais de trinta, não seria justo esperar-se boas apresentações jogando na esquerda. Como lateral direito ou mesmo volante talvez ainda possa quebrar o galho. É sem dúvida um pepino para o Cuca decifrar.
Considerando-se como verdadeiras essas assertivas, o elenco tricolor para 2010 poderia em princípio ser o seguinte:
GOLEIROS: Rafael, Fernando Henrique ou Ricardo Berna, um da base e um experiente para compor o elenco. Magrão, do Náutico, por exemplo, é uma sugestão.
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LATERAIS DIREITOS: Mariano e novo contratado
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ZAGUEIROS: Gum, Digão, Dalton, Cássio e mais um experiente a ser contratado.
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LATERAIS ESQUERDOS: Julio César ou outra contratação e Dieguinho.
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VOLANTES: Diogo, Diguinho, Urrutia, Maurício, Marquinho e Raphael Augusto.
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MEIAS: Fábio Neves, Tartá, Equi Gonzáles, Conca e mais um meia habilidoso a ser contratado visto que no momento o Conca, além de precisar de um apoio mais consistente, não tem substituto à altura.
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ATACANTES: Fred, Kiesa, Adeilton, Alan e Maicon e mais um atacante.
Para o ataque torna-se imprescindível a contratação de um atacante de ponta por dois motivos básicos: a falta de um substituto à altura para o Fred, visto que sem ele o ataque não produz e a atuação perniciosa da Traffic, que aos poucos vai se apoderando das revelações de Xerém com a clara intenção de passá-las adiante na primeira oportunidade.
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Nesse pormenor, seria um alívio para a torcida tricolor se o Fluminense conseguisse se livrar de vez dessa parceira madastra, antes que ela consiga dilapidar o patrimônio tricolor representado pelas jovens estrelas de sua base.
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Caros amigos, são apenas sugestões de um tricolor acostumado às vitórias do passado e calejado com as idiotices constantes perpetradas contra o nosso Fluminense pelas últimas administrações.
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Que Deus ilumine o Cuca e os membros da diretoria para que essa base maravilhosa receba o reforço necessário para fazer do clube em 2010 aquele Fluminense vencedor e não o que luta desesperadamente para fugir do rebaixamento.
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E DÁ-LHE FLUZÃO! FUTURO CAMPEÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DA COPA DO BRASIL E DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 2010!