E vejam que o penúltimo obstáculo não foi nada fácil. Ao contrário do que a imprensa paulista alardeou durante toda a semana, o Palmeiras entrou em campo com nove titulares e ainda que não tivesse a mesma motivação da equipe tricolor, começou assustando com um gol logo no início.
A ansiedade que tomou conta de nossos atletas quase põe tudo a perder, a começar pela falha bisonha de Leandro Euzébio, que deu origem ao gol palmeirense. Após o jogo, o próprio Euzébio debitou o erro ao nervosismo.
As oportunidades perdidas e a boa atuação do goleiro Deola deixavam em todos um sentimento estranho, misto de ansiedade e frustração, até que Carlinhos com um chutão de fora da área igualou o marcador.
A partir daí a pressão foi total, mas a precipitação fez com que nossos atacantes perdessem gols incríveis.
No Pacaembu, o Corinthians vencia o Vasco mercê de um gol fortuito, uma trapalhada digna de filme pastelão, o que impunha ao Fluminense a necessidade de vitória para ir à última rodada dependendo apenas de seu resultado.
O panorama não se alterou na segunda etapa com Emerson e principalmente Fred perdendo gols incríveis.
Até que coube a Tartá, que substituira Deco ainda no período inicial, demonstrar a calma necessária para desempatar, colocando com categoria e precisão a bola no canto direito, longe do alcance do goleiro.
Tartá que já havia feito o gol da vitória contra o Vasco repetiu a proeza e definiu o a partida contra o Palmeiras. Pena que suspenso não poderá estar à disposição para enfrentar o Guarani, mas terá uma parcela importante na conquista do título, se nada de anormal ocorrer no domingo.
Sempre fui favorável ao aproveitamento das revelações da base. Essa tem sido a tradição das equipes vencedoras do Fluminense, desde os tempos da Máquina.
É a mística tricolor. As jovens “crias da casa” desde cedo se acostumam com a força da camisa tricolor e entram leves nas principais decisões. Parece que ficam imunes ao nervosismo que afeta até as grandes estrelas da companhia ao vestir as cores de tanta tradição.
Vivas ao Muricy que o resgatou de um boicote incompreensível, que quase o alijou do elenco.
Depois do desempate, foi só segurar o jogo até o fim, embora várias outras oportunidades tenham sido perdidas.
Agora, plagiando o Zagallo, só falta uma e nessa uma o apoio da Torcida Tricolor será fundamental.
Vamos lá, ao Engenhão, ocupar todos os lugares e demonstrar que a interação Torcida-Time de Guerreiros é imbatível.
E DÁ-LHE FLUZÃO, TRICAMPEÃO!
(crédito da foto: terra.com.br)
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Deu no Lancenet do dia 25/11/2010: Caso Dalton: Flu paga com direitos de jogadores da base à Traffic.
A Traffic recebeu do Fluminense parte dos direitos de três garotos da categoria de base do clube para cobrir o prejuízo gerado pela perda do zagueiro Dalton, que deixou o Flu por atraso no pagamento do FGTS. O Flu devia por isso uma multa de cerca de R$ 1,5 milhão. O clube ainda tenta recorrer na Justiça, mas as chances de sucesso são remotas.
A nota não esclarece quais os atletas foram cedidos nem o percentual dessas cessões. O fato é que a parceira indigesta e gananciosa continua trabalhando como um câncer maligno para dilapidar o patrimônio tricolor em seu próprio benefício.
Com essas artimanhas já nos roubaram Maicon e Alan e o Digão só permaneceu no clube porque foi vítima de uma série de lesões.
Não podemos deixar que a empolgação pelo título que se aproxima nos faça esquecer os descalabros que as últimas administrações tricolores vêm impondo ao nosso Fluminense.
Reflitam bem antes de votar amanhã e vejam se não seria a hora de tentar uma mudança nos rumos do clube porque continuísmos exagerados nunca trouxeram bons resultados.
Reflitam bastante e votem com consciência.
E FORA TRAFFIC!