segunda-feira, 31 de março de 2014

Fluminense 0 x 1 Vasco. Mais uma desclassificação vergonhosa!

 
Enquanto Conca for o único ser pensante no meio de campo tricolor
será impossível ganhar alguma coisa. (Foto: Bruno Lima / LANCE!Press)

Seria exagero considerar vergonhosa a derrota para o Vasco?

Não, claro que em condições normais a assertiva poderia soar como desatino de torcedor.

Perder decisões para adversários de ponta acontece na vida de qualquer clube de futebol. Aliás, todos eles acumulam mais eliminações do que classificações, exceção feita aos campeonatos em que as disputas por título se resumem a apenas dois clubes.

Então porque a eliminação de ontem pode ser considerada vergonhosa?

Simplesmente pela atual diferença abissal entre os investimentos dos dois clubes.

Sob a visão de qualquer torcedor minimamente clarividente, seja ele adepto do Tricolor ou não, a quantidade de dinheiro despejada pela Unimed faria de qualquer clube campeão por anos seguidos e não vencedor apenas de dois míseros Brasileirões, uma Copa do Brasil e um carioca.

E o grande mistério que massacra as mentes da Torcida Tricolor é porque isso ocorre com o Fluminense.

Seria apenas incompetência das sucessivas administrações, inclusive a atual?

Difícil crer, pois o que temos visto através dos anos é a formação de verdadeiros feudos com alguns atletas, considerados como “jogadores de confiança” dos vários técnicos que passaram pelas Laranjeiras.

E essa postura deletéria vem desde 2008 com o mesmo Renato.

Até hoje não consegui engolir como uma equipe que tinha o melhor meio de campo __ Arouca, Cícero, Thiago Neves e Conca e o melhor ataque __ Washington e Dodô teve que se curvar ao desejo doentio de efetivar o Ygor como titular absoluto.

O Ygor, ele mesmo, que entregou vários gols inclusive o da final no Maracanã.

O resultado foi a perda do título da Libertadores mais fácil dos últimos tempos.

Mas, independente do motivo da estapafúrdia preferência, o fato demonstra que o nosso treineiro atual tem um dom pela retranca, optando sempre por escalar três volantes, ainda que apresentem deficiências crônicas de marcação e posicionamento e sobretudo na condução da bola ao ataque.

Assim, o filme sempre se repete. Como a bola nunca chega em condições, os atacantes voltam e pouquíssimos arremates ocorrem.

O resultado é que nos mais de cento e oitenta minutos das semifinais, o limitado time vascaíno conseguiu impor-se e esteve muito mais perto do gol.

Mas, seria só do Renato a culpa por mais esse fracasso?

Não, certamente não.

As causas da débâcle tricolor começaram logo após a conquista de 2012.

A facilidade tremenda com que o título foi obtido mascarou a deficiência de muitos e enganou até o Abel Braga, que em certo momento chegou a declarar que o Fluminense dispunha de zagueiros por cinco anos.

E o pior é que tanto Peter, como Celso e Caetano também caíram na esparrela, a ponto de não enxergar que a conquista deveu-se tão somente às atuações de Fred, Cavalieri, Wellington Nem, Jean e Thiago Neves.

Com muito boa vontade poderíamos considerar o Carlinhos e o Deco, que certamente teria sido um dos craques da equipe se não tivesse lesionado a maior parte do tempo.

As vendas irracionais de Wellington Nem e Thiago Neves acabaram por desmantelar de vez o time, que ainda viria a sofrer mais ainda com a aposentadoria previsível do Deco e a ausência de Fred por mais seis meses.  

As ridículas campanhas de 2013 deveriam ter servido de alerta aos incompetentes de que o elenco estava desgastado e que necessitava de uma reformulação geral, único modo do Fluminense voltar a vencer.

Não renovar os contratos terminados no final do ano passado foi a única medida certa com relação ao departamento de futebol, em compensação ainda sobrou muita gente que não merece usar a camisa tricolor.

Ao final do jogo Renato declarou que “não fomos eliminados por falta de luta”, o que é a pura verdade.

Fomos eliminados sim pela falta de futebol.

E que venham dias melhores.


DETALHES:

Fluminense 0 x 1 Vasco da Gama

Local: Maracanã,  Rio de Janeiro; Data: 30/03/2014
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Michael Correia (RJ)
Gol: Edmilson, aos 44' do primeiro tempo
Cartões Amarelos: Valencia

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Elivélton e Carlinhos; Valencia, Diguinho (Wagner, Intervalo), Rafinha (Biro Biro, 27'/2ºT) e Conca; Walter (Rafael Sobis, 16'/2ºT) e Fred. Técnico: Renato Gaúcho.

Vasco da Gama: Martin Silva, André Rocha, Luan, Rodrigo e Diego Renan (Marlon, 35'/2ºT); Guiñazú, Pedro Ken e Douglas; Everton Costa, Reginaldo (Fellipe Bastos, 28'/2ºT) e Edmilson (Thalles, 34'/2ºT). Técnico: Adilson Batista.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Vasco 1 X 1 Fluminense. Deu pro gasto!


Enquanto Conca continuar como único ser pensante no meio de campo,
 a técnica será sempre pará-lo de qualquer jeito, qualquer que seja o adversário,
 qualquer que seja o marcador.

Mais um empate frustrante.

Não conseguir ganhar de elencos infinitamente mais baratos já virou rotina e evidencia o fato de que os responsáveis pelas contratações tricolores não têm amor ao seu dinheiro e pior que isso não possuem a mínima capacidade de diferenciar atletas com potencial de meros pés rapados.

E enquanto esses senhores conduzirem os destinos do clube, vencer uma Libertadores ou novamente o campeonato brasileiro torna-se uma possibilidade cada vez mais remota.

Muito foi dito sobre a arbitragem, ruim é verdade, principalmente pela permissividade aos vascaínos que cansaram de parar as jogadas com faltas em sequência.

Se utilizasse o mesmo critério na expulsão justa do Jean, um ou dois do adversário já teriam sido expulsos bem antes.

Mas não foi por causa do árbitro que o Fluminense deixou de ganhar e sim pelas deficiências conhecidas desde a terrível campanha do ano passado.

Uma zaga que não sabe se posicionar, principalmente nos cruzamentos de longa e média distância, volantes que não conseguem acertar um passe de três metros e a falta de um atacante de velocidade são as maiores carências.

Honestamente devemos agradecer ao árbitro por não ter marcado o pênalti claro de Gum em Rodrigo logo nos primeiros minutos.

Aliás, não consigo atinar como ninguém no clube, seja da comissão técnica, da diretoria ou até mesmo do patrocinador não consegue convencê-lo a parar de agarrar os adversários.

Ontem mesmo, além do pênalti, Gum foi o responsável por duas faltas desnecessárias na entrada da área; a primeira cobrada por Rodrigo, defendida por Cavalieri e que foi à trave na sequência e a última nos minutos de acréscimo, quando derrubou o Douglas já sem a posse da bola. Ainda bem que a cobrança foi mal feita e o empate mantido.

E por falar em Rodrigo, esta aí mais uma prova da incapacidade tricolor quando se trata de reforçar a equipe, visto que o jogador depois de uma temporada notável pelo Goiás transferiu-se sem custo algum para o Vasco, sem que o Fluminense sequer atentasse para a possibilidade.

Acrescente-se que o adversário após a sua contratação passou a ter a melhor defesa do campeonato.

Ainda bem que os poucos craques fora de série que temos continuam evitando eliminações bizarras.

E assim vamos para a partida decisiva com a vantagem do empate, o que me faz acreditar no Fluminense, apesar das mazelas.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Vasco da Gama 1 x 1 Fluminense

Local: Maracanã, Rio de Janeiro; Data: 27/03/2014
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Auxiliares: Eduardo de Souza Couto (RJ) e Silbert Faria Sisquim (RJ)
Gols: Fred, aos 10' e Thalles, aos 21' do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Gum, Jean e Rafinha
Cartão Vermelho: Jean

Vasco: Martin Silva, André Rocha (Fellipe Bastos, 20'/2ºT) Luan, Rodrigo e Marlon (Diego Renan, 18'/2ºT); Guiñazú, Pedro Ken e Douglas; Everton Costa, Reginaldo (Thalles, 14'/2ºT) e Edmilson. Técnico: Adilson Batista.

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno (Rafinha, 25'/2ºT), Gum, Elivélton e Carlinhos; Valencia, Diguinho, Jean e Conca; Walter (Marcos Júnior, 25'/2ºT e Wagner, 40'/2ºT) e Fred. Técnico: Renato Gaúcho.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Fluminense 3 x 1 Volta Redonda. Pegando no tranco!

(Montagem com as fotos publicadas pela Photocamera no gloesporte.com ) 

Um compromisso social impossibilitou-me de assistir ao jogo.

Só consegui me aproximar de um televisor quando o resultado já estava em 3 x 0, mas ainda assim tive o desprazer de assistir a mais uma demonstração de falta de posicionamento defensivo quando cinco tricolores amontoados atabalhoadamente na pequena área permitiram  que a bola chegasse livre à cabeça de Thiago Amaral.

Falhas como esta são tão constantes que transmitem a certeza de que nenhum treinamento específico para saná-las é desenvolvido nas Laranjeiras.

Ou seja, a bola aérea continua sendo um dos nossos calcanhares de Aquiles.

Pelos comentários da mídia vi que apesar da vitória o futebol apresentado pela equipe não chegou a encher os olhos; enfim o segundo lugar serviu para manter a pequena vantagem nas semifinais.

A manutenção do esquema com três volantes comprovou uma vez mais que a insistência do Renato poderá causar grandes decepções aos tricolores.

Sua declaração garantindo a volta do Diguinho não deixou de ser um balde de água fria no entusiasmo dos torcedores com relação ao futuro e deve ter agradado sobremodo ao Adilson Baptista, técnico vascaíno.

A menos que ele tire o Jean, que trota em campo há mais de um ano, eliminar o Vasco deverá ser tarefa hercúlea.

E para piorar surge a notícia que Celso Barros deseja recontratar o Rodrigo Caetano por achar que ele blindaria o departamento de futebol com mais eficiência.

Entendesse ele um pouquinho mais do esporte a que se propõe patrocinar não teria necessidade de pensar em nenhuma blindagem.

Bastaria, por exemplo, contratar um bom zagueiro e trazer o Cícero e o Maicon Bolt, mas como gastou dinheiro a rodo com jogadores medíocres, isso soa aos tricolores lúcidos como um simples sonho numa noite de verão.

A benção João de Deus!


DETALHES:

Fluminense 3 x 1 Volta Redonda

Local: Claudio Moacyr,  Macaé; Data: 23/03/2014
Árbitro: Eduardo Cordeiro Guimarães (RJ)
Auxiliares: Silbert Faria Sisquim (RJ) e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ)
Gols: Walter, aos 37' do primeiro tempo; Fred, aos 23', Wagner, aos 29' e Thiago Amaral, aos 42' do segundo.

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Elivélton e Carlinhos; Valencia, Rafinha, Jean e Wagner (Chiquinho, 32'/2ºT); Fred (Rafael Sobis, 26'/2ºT) e Walter (Marcos Júnior, 27'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.

Volta Redonda: Gatti, Rodrigo Paulista, Marcelo, Gilberto, João Paulo; Bruno Barra, Zé Augusto (Dudu, 38'/2ºT), Glauber (Luquinha, 26'/2ºT) e Laionel; Thiago Amaral e Sassá (Hugo, 38'/2ºT). Técnico: Toninho Andrade.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Horizonte 3 x 1 Fluminense. Vergonha Total!


Inadmissível perder para um clube que não está garantido nem na série D brasileira.

E que vinha de duas goleadas seguidas no campeonato de seu estado.

E pior ainda, da maneira que foi: um verdadeiro passeio capaz de matar de vergonha qualquer torcedor do Fluminense menos, é claro, a maioria dos jogadores medíocres  que vestem a camisa que já teve sua época de glórias e que por receber salários incompatíveis com suas capacidades de jogar futebol julgam-se craques.

Basta ver as declarações de Gum, Elivelton e Bruno lamentando a falta de atenção durante a partida.

E é aí que reside todo o problema porque não houve falta de atenção. O que aconteceu e dessa vez exposto de modo escancarado foi a falta de habilidade da maioria dos atletas que compõem o elenco tricolor.

Elenco que conseguiu enganar com as conquistas dos títulos nacionais de 2010 e 2012, obtidos à custa dos desempenhos excepcionais de meia dúzia de craques que desequilibraram naqueles anos.

Há muito esse blog vem apontando a fragilidade da zaga fosse ela formada por qualquer um dos zagueiros endeusados pelo Abel.

Pesadões, sem noção de passe, só sabem marcar na base dos agarrões e afastar as bolas da grande área por meio de chutões, a maioria das vezes recuperadas pelos adversários. Bolas aéreas na nossa área, então, sufoco constante.

Gum, Elivélton, Leandro Eusébio, Anderson, Digão, esses dois últimos ainda bem que longe das Laranjeiras nunca inspiraram confiança.

E como diz a Lei de Murphy  “não existir nada ruim que não possa piorar“, chega  o treinador com suas invencionices inusitadas e escala o Chiquinho como lateral esquerdo, insiste com Biro Biro, o atacante que não sabe chutar, imagina que o Wagner será capaz de municiar minimamente bem os atacantes, além de manter o sistema dantesco com três volantes de qualidade discutível, na esperança de que eles consigam “segurar a barra” da zaga inepta.

E as aberrações não param por aí, pois até o banco é mal escalado com presença de jovens da base ainda imaturos, sem condições de apresentar algo de útil e que acabam entrando no jogo como  aposta desesperada, ou  por pressão  de algum empresário esperto, quem sabe?

Foi o caso do Kenedy, que nos poucos minutos que esteve em campo perdeu duas chances claras.

Enquanto isso Michael, Sobis e Higor eram preteridos. Acho que perderam espaço com o treinador, principalmente as jovens promessas.

Mas no frigir dos ovos não devemos por a culpa neles.

A responsabilidade maior é de quem os contrata e mais ainda de quem estabelece salários estapafúrdios para um monte de pernas de pau.

Cavalieri, Conca, Fred e Walter talvez façam jus ao que ganham. Carlinhos, Sobis e  Jean, pelo que jogava na época do contrato, também.

Os demais, porém, estariam regiamente pagos se tivessem um teto salarial de R$ 100 mil e ainda nesse patamar é bem provável que se encontre jogadores melhores.

E o que é pior do que os constantes vexames é o pensamento do Vice de Futebol, Ricardo Tenório, quando solta pérolas, como essa:  “O time está com uma pegada boa... Com os resultados surgindo, é preciso ter calma e tranquilidade para que não se faça nenhuma coisa precipitada. Estamos fazendo este planejamento de uma forma diferenciada”.

Não consegui atinar com os resultados a que ele se referiu. Seria a derrota para o Madureira, os empates com Bonsucesso, Cabofriense e Nova Iguaçu ou a derrota para o time reserva do Botafogo, saco de pancadas do presente estadual?

E a veiculação de sandices continuou durante a semana, quando durante a transmissão do vexame, o repórter informou que Tenório iria fazer três contratações: um zagueiro para ser titular, um lateral esquerdo para a reserva do Carlinhos e um volante para compor elenco.

Ou seja, nada de um meia para ajudar o Conca, único ser pensante no meio de campo e que por isso mesmo leva botinadas de todos os adversários durante todo o tempo porque os demais técnicos, até o do interior do Ceará, já sabem que não precisam temer de Diguinho, Jean e Wagner  qualquer jogada criativa.

Se Tenório tivesse tirocínio mais aguçado veria que bastaria rescindir alguns contratos para trazer o Cícero e um atacante que caísse pelas pontas como, o Maicon Bolt, por exemplo.

A folha salarial seria reduzida e a esperança de um 2014 menos sombrio aumentaria.

Em suma, só é preciso repor as perdas de Wellington Nem e Thiago Neves para que o time se fortaleça novamente. Mas é difícil incutir a ideia nas cabeças obtusas que dirigem o clube.

E o Peter?

Nada a comentar. Fiz campanha para ele nas duas eleições por abominar qualquer possibilidade da volta do Horcades ou alguém ligado a ele.

Já não tenho tanta certeza de que escolhi o caminho certo.

Quanto à classificação, não tenho dúvidas de que ela virá, desde que o Renato não escale só os apadrinhados.
   
DETALHES

COPA DO BRASIL – 1ª FASE – JOGO DE IDA:  20/03/2014

 Horizonte  3 X 1 Fluminense

Local: Domingão,  Horizonte (CE)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN);
Auxiliares: Flavio Gomes Barroca (RN) e Vinicius Melo de Lima (RN);
Gols: Dico, 12' e Conca,  aos 15' do primeiro tempo;  Marciel, aos 17' e  Jajá, aos 45' do segundo.

Horizonte: Jefferson, Diego Maradona (Franklin, 42'/2ºT) , Douglas, Ramon e Rick; Albano, Rafael,  Fernando Sobral (Adriel, 42'/2ºT) e Diego Palhinha (Jajá, 32'/2ºT); Dico e Marciel - Técnico: Roberto Carlos.

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Elivélton e Chiquinho; Valencia, Diguinho (Wagner, Intervalo), Jean e Conca (Biro Biro, Intervalo); Walter (Kenedy, 29'/2ºT) e Fred - Técnico: Renato Gaúcho.


terça-feira, 18 de março de 2014

Fluminense 1 x 1 Vasco. Deu para o gasto!

Fred marcou o seu 115º gol pelo Fluzão, mas continua
devendo atuações como as de 2012.  (Foto: Alexandre Loureiro / LANCE!Press)

O resultado serviu para assegurar a segunda colocação e a consequente vantagem nas semifinais desde, é claro, que o tricolor vença o Volta redonda na última rodada.

O jogo, porém, foi decepcionante. Não chegou a ser surpresa porque as equipes definidas com três volantes já mostravam claramente o medo de perder dos dois treinadores.

O ruim é que uma vez não vencemos o Vasco, o que deixa poucas esperanças de que o Fluminense consiga ir longe na Copa do Brasil e no Brasileirão.   

Entendo ser válido usar escalações com três volantes em algumas situações específicas, mas adotar esse sistema como padrão de jogo constante é inaceitável, principalmente porque hoje não existe no elenco nenhum volante com habilidade suficiente para colaborar na armação de jogadas para não sobrecarregar tanto o Conca.

A informação divulgada no blog do João Garcez de que está sendo tentada a contratação do Elias é um indicativo de que os responsáveis pelo futebol já se conscientizaram da necessidade de alguém para ajudar no meio de campo.

Acho apenas que não acertaram na escolha. O investimento (€ 6 mi ou R$19,650 mi) não compensa. Creio que por quantia inferior seria possível trazer o Cícero, jogador com mais recursos, além de ser identificado com o Fluminense.  

Muitos cronistas tricolores voltaram a reclamar de falta de empenho. Particularmente, não creio ser este o fator preponderante para a dificuldade que o time tem para conseguir as vitórias.

O problema é que desde o ano passado temos poucos jogadores capazes de desequilibrar um jogo.

Observando a escalação de domingo só consegui vislumbrar a presença de três deles: Conca, Fred e Walter, esse inexplicavelmente na reserva.

É verdade que em 2012 Cavalieri, Jean e Carlinhos também desequilibravam, mas parece que perderam a forma.

E com as saídas de Wellington Nem e Thiago Neves fica difícil vencer até mesmo equipes fracas como Madureira, Bonsucesso e Duque de Caxias. O que dizer então dos clássicos?

Alguns arguirão o recente passeio sobre o Flamengo. Foi divino, mas claramente um ponto fora da curva, propiciado muito mais pelo excelente desempenho do Conca, que jogou sem marcação alguma.

Sobre o jogo, as chances do Fluminense foram maiores. Antes mesmo do gol do Vasco, já havíamos perdido duas claras.

Entretanto, esse maior volume de jogo ainda não é suficiente para deixar os torcedores tranquilos porque sabem que a qualquer momento nossa zaga poderá "entregar o ouro".

E aconteceu de novo, num bate-rebate desconexo Edmilson conseguiu marcar para o Vasco e os tricolores ficaram sem entender como até com a proteção de três volantes a zaga continua tão vulnerável.

Pode ser que o título carioca ainda venha, mas para as demais competições torna-se imprescindível a contratação de pelo menos um zagueiro de categoria, um meia e uma atacante que caia pelos lados porque Biro Biro ainda está muito verde e desnutrido.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Fluminense 1 X 1 Vasco

Local: Maracanã, Rio de Janeiro; Data: 16/03/2014
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ);
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Rodrigo Figueiredo H. Corrêa (RJ);
Gols: Edmilson, aos 41' do primeiro tempo e Fred, aos 21' do segundo
Cartão Amarelo: Diguinho

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Chiquinho; Valencia, Diguinho (Biro Biro, 20'/2ºT), Jean e Conca (Wagner, 45'/2ºT); Rafael Sobis (Walter, Intervalo) e Fred. Técnico: Renato Gaúcho.

Vasco: Martin Silva, André Rocha, Luan, Rodrigo e Marlon; Guiñazu, Aranda, Pedro Ken e Douglas; Everton Costa (Thalles, 30'/2ºT) e Edmilson (Montoya, 43'/2ºT). Técnico: Adilson Batista.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Duque de Caxias 2 x 2 Fluminense. Temos elenco?


Propositalmente deixei passar algum tempo antes de editar a postagem sobre mais um jogo tétrico de nosso Fluminense.

Desejava saber a opinião dos demais tricolores que também não se cansam de bradar com todas as suas forças sobre os desmandos dos responsáveis pelos destinos do futebol do clube.

Li não só todos os blogs como também os comentários dos torcedores disponíveis na Internet e o que vi foi uma convergência de opiniões bastante consistente, desde os absurdos salários pagos, não só para as estrelas do time, o que é compreensível, mas também para um monte de reservas e alguns titulares medíocres.

A insistência do Renato na permanência de alguns titulares em detrimento de outros mais habilidosos também recebe o clamor geral, além, é claro, da falta de esquema tático que de alguma forma possa surpreender os treinadores adversários.  

O jogo contra o Duque de Caxias serviu apenas para confirmar algumas verdades fáceis de serem constatadas quando analisadas sobre uma ótica puramente objetiva.

A mais óbvia e recorrente desde a saída de Thiago Silva é a inexistência de uma zaga confiável.

Se num passe de mágica pudéssemos reunir Gum, Elivelton e Leandro Euzébio numa só pessoa, ainda assim não conseguiríamos obter um zagueiro de qualidade. Continuaríamos apenas com agarrões e bicos pra frente.

Nem a ponderação de que vencemos dois campeonatos brasileiros com Gum e Leandro Euzébio pode ser arguida pelo simples fato daquelas equipes trazerem em seus bojos vários jogadores diferenciados que mantinham o time quase sempre no ataque.

Ou alguém duvida que os dois títulos só foram obtidos graças aos talentos de Conca, Deco, Fred, Emerson, Mariano, Alan, Thiago Neves, Wellington Nem, além de Cavalieri, Jean e Carlinhos em fases muito superiores que as atuais?

A reclamação de Leandro Euzébio após o jogo, alegando que a zaga jogou sem proteção confirma a assertiva, pois afinal de contas os bravos atacantes do penúltimo colocado do campeonato puseram os nervos dos torcedores à flor da pele, mesmo quando tinham um jogador a menos.

Outra constatação que vem de longe é que muitas dessas promessas de Xerém ainda não estão prontas. William, Ailton, Biro Biro e Marcos Junior necessitam de um estágio num clube de menor porte para ganhar experiência e autoconfiança.

Querer que Biro Biro consiga desempenhar a função de atacante de lado parecido com o que faziam Wellington Nem e Maicon Bolt é no mínimo querer tirar leite de pedras.

Biro Biro apenas corre, não sabe fazer passe para os companheiros e seus chutes são sempre descalibrados. Acerta um em vinte ou trinta, não dá pra confiar.

Os torcedores que se aborreceram tanto com os chutes tortos do Rhayner agora tem a noção exata de que a Lei de Murphy não falha __ “Não existe nada ruim que não possa piorar”.

Hoje foi veiculada a notícia do empréstimo de Igor Julião. Por que não aproveitar o embalo para fazer o mesmo com Willian e Ailton?

Em resumo, por mais que procurasse olhar a partida com otimismo só consegui ver bom futebol em Walter, que a meu ver, só é reserva na cabeça de Renato e Higor, que no pouco tempo que jogou confirmou ser mais habilidoso que Willian e muitos dos volantes que têm sido escolhidos.

Wagner fez um belo gol, colocou uma na trave, mas não me inspira confiança, escondendo-se na maior parte dos jogos. Por isso a reserva lhe cai bem.

Continuo torcendo para que seja trocado pelo Oswaldo.

Mas, por mais que errem os jogadores não consigo ver culpa em nenhum deles pelo péssimo desempenho apresentado em 2013 e pelas escorregadas inoportunas no estadual desse ano.

Afinal de contas, eles não pediram para serem contratados com esses salários mirabolantes e muito menos a titularidade “ad eternun”.

É evidente que a culpa recai em todos aqueles que comandam o futebol tricolor.

Gente, que por não entender do esporte a que se propõe administrar, acaba ficando a mercê dos treinadores para a montagem dos elencos.

E quando o treinador da vez é do tipo daqueles que tem “jogadores de confiança” e formam seus feudos particulares, normalmente a “vaca vai para o brejo”.

Devido a esse estado de coisas o Fluminense perdeu, entre outras, as chances de trazer o Cícero e Maicon Bolt a custo zero, sendo que o contato com o Maicon foi feito a apenas dois dias do encerramento da última janela, numa total demonstração de amadorismo.

Abdicamos de contratar zagueiros por acreditar no mito de que o “clube teria zagueiros para os próximos cinco anos”.

Isso sem falar na imposição da venda de Wellington Nem, pois afinal também “tínhamos no próprio elenco substituto à altura”.

E assim a coisa vai.

Fossem os responsáveis pelos desígnios do clube, sejam dirigentes ou patrocinadores, um pouco mais espertos, o Fluminense provavelmente teria conquistado muito mais títulos do que os que conseguiu em quase quinze anos de aporte significativo, aporte esse que é motivo de inveja dos arquirrivais.

Parece ser a sina dos tricolores, sofrer sempre.

Mas, como otimista nato, espero que esse ano Peter, Celso, Tenório e outros acordem e se livrem das mediocridades e consigam montar um elenco digno das tradições tricolores.

E apesar de tudo,


DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Duque de Caxias 2 x 2 Fluminense

Local: Estádio da Cidadania, Volta Redonda (RJ); Data: 9/3/2014
Árbitro: Pathrice Wallace Corrêa Maia (RJ)
Auxiliares: Luis Claudio Regazone (RJ) e Michael Correia (RJ)
Gols: Alex Terra, aos 10', Wagner, aos 18' e Juninho, aos 20' do primeiro tempo e Walter, aos 26' do segundo.
Cartões amarelos: Elivélton, Walter e Leandro Euzébio

Duque de Caxias: Andrade, Rodolpho, Guti, Emerson e Rodrigues; Lenon, Juninho, Sampson e Gleisson (Raphael Mello, 8'/2ºT); Alex Terra (Alan Pires, 32'/2ºT) e Washinton (Neves, 18'/2ºT) - Técnico: Sérgio Farias.

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Elivelton, Leandro Euzebio e Ailton (Chiquinho, intervalo); Willian (Higor Leite, 15'/2ºT), Jean e Wagner; Biro Biro, Marcos Júnior (Michael, 25'/2ºT) e Walter - Técnico: Renato Gaúcho.


quinta-feira, 6 de março de 2014

Fluminense 5 x 1 Friburguense. Passeio tricolor!

(Foto: Cleber Mendes / LANCE!Press)

E aconteceu o óbvio. Óbvio repetido à exaustão não só nesse blog, mas também nos espaços liderados por tricolores atentos e nas conversas informais entre os torcedores.

Jogar contra as fracas equipes que disputam os estaduais com três volantes só serve para facilitar as coisas para os adversários.

Sem esse sistema dantesco possivelmente não teríamos perdido para o Madureira, empatado com o Bonsucesso e certamente sofrido menos nas magras vitórias por um a zero.

Renato tem sido useiro e vezeiro em adotar esse esquema e justifica a escolha com o vice-campeonato brasileiro do Grêmio.

E essa é uma constatação recorrente, que poderá levá-lo até à segunda colocação, mas nunca a títulos.

Atuando com atacante pelos lados do campo o time não afunilou tanto e os constantes deslocamentos deixaram os defensores do Friburguense sem ação por diversas vezes.

Os mais céticos arguirão a fragilidade do adversário, mas será que Madureira, Bonsucesso, Bangu, Macaé e Resende são tão mais fortes assim?

É verdade que Walter proporcionou mais opções ofensivas do que Fred, que se poupa nitidamente para não se contundir antes da Copa do Mundo.

Bom pra ele, ruim para o Fluminense.

Mas como não existe a mínima hipótese do camisa 9 deixar de ser titular, que Renato reveja o esquema a ser utilizado porque em todas as vezes que Fred brilhou contou com o apoio de atacantes deslocados pelas pontas.

Assim foi em 2009 com Maicon Bolt, em 2010 com Emerson e Rodriguinho e em 2012 com Wellington Nem e Thiago Neves.

Não nego as qualidades do Fred, mas para que seu futebol aflore é preciso que hajam jogadas de linha de fundo.

Com o retorno do Valencia, torço para que Renato saque um dos outros volantes e coloque alguém jogando pelas pontas, mesmo que os atuais candidatos para a função não possuam as mesmas habilidades de Wellington Nem. Pelo que está jogando atualmente, Jean deveria ser a bola da vez para sentar no banco.

Quanto ao jogo em si, ficou patente que sem a proteção do Valencia a zaga piora e muito.

Precisamos de um zagueiro. Antes clamava por um de qualidade, nostálgico que estava com saudades dos tempos de Thiago Silva, Ricardo Gomes, Edinho, Duílio, Pinheiro. Hoje, peço a contratação de qualquer um porque é impossível ficar pior do que está principalmente nas jogadas áreas em nossa área.

Com Fred ou sem ele, Walter tem que ser titular e ficar em campo enquanto aguentar.

Se o próprio treinador reconhece que o Sobis está desgastado e isso é verdade por que foi ele quem carregou o ataque nas costas durante toda a temporada passada, que lhe proporcione um merecido descanso.

Atacante arisco que caia pelas pontas é o calcanhar de Aquiles tricolor. Biro Biro é por demais franzino, além de ser individualista demais e não ter precisão nos arremates. Marcos Junior alterna boas e más partidas, não dá pra confiar totalmente.

De qualquer modo, são melhores que um terceiro volante botinudo, pelo menos até que tenhamos outro Bolt ou Nem.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Fluminense 5 x 1 Friburguense

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ); Data: 05/03/2014
Árbitro: Philip Georg Bennett (RJ);
Auxiliares: Luiz Antônio de Oliveira (RJ) e João Luiz de Albuquerque (RJ);
Gols: Walter, aos 12'; Conca, aos 20'; Bruno, aos 24' e Rômulo, aos 45' do primeiro tempo e Wagner, aos 37' e  Marcos Júnior, aos 43' do segundo.
Cartão Amarelo:  Gum

Fluminense: Cavalieri, Bruno, Gum, Elivélton e Aílton; Diguinho, Jean e Conca; Biro Biro (Wagner, 20'/2ºT), Rafael Sobis (Marcos Júnior, Intervalo) e Walter (Michael, 25'/2ºT) - Técnico: Renato Gaúcho.


Friburguense: Afonso, Sergio Gomes, Cadão, Bruno Leal e Flavinho; Bidú, Lucas, Marcelo e Jorge Luiz (Abedi, 24'/2ºT); Ziquinha (Tojo, 20'/2ºT) e Rômulo - Técnico: Gerson Andreotti.

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Por que não o “Balotelli genérico”?

Por diversas vezes ouvi dos dirigentes tricolores que os investimentos seriam direcionados para atletas novos e pouco dispendiosos.

Hoje, de bobeira em casa, assisti ao jogo do Botafogo contra o Audax.

E chamou-me a atenção o atacante Balotelli, que deitou e rolou contra Bolívar e Dória e se não fossem os erros catastróficos de uma bandeirinha inepta, os alvinegros teriam sido derrotados.

Pode ser que tenha sido uma inspiração efêmera, mas será que não seria o caso de tentar uma aposta? 

sábado, 1 de março de 2014

O equívoco do Promotor.


De um tempo pra cá a postura da ESPN mudou um pouco, a raiva desmedida contra o Fluminense arrefeceu e hoje a emissora tem mesclado os comentários espúrios dos mais renitentes de seus componentes e favoráveis ao não cumprimento das leis desportivas, com divulgações constantes das coisas tricolores, como os Bola da Vez com Peter Siemsen e Deco, entrevista especial com o Michael, aparições constantes do Renato e até destaque do símbolo tricolor junto aos dos clubes europeus no anúncio do ESPNSYNC.
O mal, porém, já está feito. Torcedores chegaram a ser agredidos como se culpados fossem pelos descalabros cometidos pelas direções da Lusa e do Flamengo.
Influenciado talvez por essa campanha difamatória, procurador do Ministério Público de São Paulo resolveu arregaçar as mangas e batalhar no sentido de obter uma virada de mesa que levasse o Fluminense à Série B.
Segundo o divulgado pela mídia, tentou de tudo: acordo com a CBF, ação civil com solicitação de liminar e antecipação de tutela para anular a decisão do STJD objetivando a devolução dos pontos aos clubes punidos, além de pedir multa diária de R$ 500 mil à CBF por danos morais aos torcedores dos dois clubes, além da indisponibilidade dos bens da própria entidade e de seu presidente.
É claro que a pretensão estapafúrdia não poderia dar certo e a 43ª Vara Cível de São Paulo negou o pedido em decisão que diz que deve prevalecer a decisão do tribunal esportivo.
O que mais causa espécie na argumentação do procurador é o fato dela se basear unicamente no Estatuto do Torcedor, justamente a tese levantada pela tropa de choque da emissora paulista, que peca pela inconformidade.
Segundo ele, conforme declaração dada ao LANCE!Net: __ “O grande motivo dessa confusão toda foi o STJD ter ignorado o Estatuto do Torcedor e a CBF, por sua vez também. Isso gerou um transtorno para todos, mas para os torcedores em especial. Então é o direito deles que está sendo visto”.
O promotor acredita que a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva feriu o artigo 35 do Estatuto do Torcedor ao condenar os clubes a perderem os pontos. O Estatuto, que é uma lei federal, diz no referido artigo que "as decisões proferidas pelos órgãos da Justiça Desportiva devem ser, em qualquer hipótese, motivadas e ter a mesma publicidade que as decisões dos tribunais federais".
E onde reside o engano do promotor?
Justamente no fato de ter aceitado as teorias mirabolantes divulgadas pela ESPN e passar a crer piamente na assertiva de que “o Estatuto do Torcedor por ser uma lei federal e mais recente pudesse se sobrepor ao CBJD, afinal um simples regulamento”, na opinião da emissora.
A repetição à exaustão pela mídia desse falso conceito parece tê-lo anestesiado de tal modo que passou a crer que esse factoide fosse uma verdade incontestável, a ponto de esquecer-se das demais leis também federais, inclusive mais recentes que o decantado Estatuto e que definem claramente a quem cabe julgar as ações penais no campo esportivo.
Esclarecendo melhor: a Justiça Desportiva é definida por três instrumentos legais: a Lei 9.615, de 24 de março de 1998, mais conhecida como Lei Pelé, a Lei nº 12.395, de 16 de março de 2011, que a altera e atualiza e o Decreto nº 7894 de 08 de abril de 2013, que a regulamenta.
O referido decreto em seu Artigo 40 deixa claro que a Justiça Desportiva regula-se pela Lei 9.615/1998, pelo próprio decreto 7894/2013 e pelo disposto no CBJD ou CBJDE, não citando em momento algum o Estatuto do Torcedor.
A exigência de publicidade das decisões do STJD foi plenamente atendida, pois os clubes foram avisados dos respectivos julgamentos, tanto que se fizeram representar em todas as audiências por seus advogados, além da ampla divulgação feita na mídia escrita, televisiva e radiofônica.
Cabe acrescentar que os defensores da teoria não pararam para pensar um minuto sequer sobre o fato do Estatuto do Torcedor falar em publicidade e não em publicação. Aqui fica a especulação se eles realmente desconhecem a diferença entre os dois verbetes ou fingem desconhecê-la para poder induzir mais facilmente ao erro de interpretação.
Em suma: CBJD e Estatuto do Torcedor não se conflitam, uma vez que tem escopos diferentes; enquanto o Estatuto regula a relação do torcedor com a Justiça Desportiva, o CBJD e a Lei Pelé regulam a relação entre o denunciado e o tribunal.

Esses pareceres foram plenamente esclarecidos por diversos juristas, dentre os quais o Dr. Heraldo Panhoca, que participou da redação da Lei Pelé, do Estatuto do Torcedor e do CBJD, conforme já detalhado em postagens anteriores e tem o respaldo da maioria deles.
Pelo exposto, todas essas ações visando virada de mesa para beneficiar os clubes infratores não terão sustentação quando forem julgadas quanto ao mérito em qualquer tribunal isento, esteja ele situado na região do País que for.
Insistir na tese de que houve violação no que define o Estatuto do Torcedor poderá levar a Portuguesa a prejuízos maiores do que a participação em mais um campeonato da Série B.
É estranho também que depois de constatar e divulgar aos quatro cantos que alguém da Portuguesa havia levado vantagem na escalação irregular do atacante Héverton, o promotor tenha emudecido de repente e nada mais falado sobre o assunto.


Ao que parece, do mesmo modo que os cronistas adeptos do não cumprimento das decisões da Justiça Desportiva, perdeu o interesse em se aprofundar na questão para apurar quem afinal seria o corruptor.
Indícios há, coincidências estranhas os corroboram, embora de sã consciência nada possa ser afirmado se as investigações não forem a fundo.
O recrudescimento das acusações sem sentido ao Fluminense pela tropa que apareceu de repente no comando urubu é também sintomático.
Portanto, insisto na tese de que os torcedores influentes da Portuguesa de Desportos deveriam se preocupar mais em apurar onde foram investidos os R$ 34 milhões pelos quais a Lusa fez uma confissão de dívida junto ao BANIF do que tentar desvirtuar decisão cristalina da Justiça Desportiva, com base apenas em manipulação de jornalistas pouco éticos. Tal atitude certamente será mais salutar para o futuro do clube.
E para reflexão dos que insistem em duvidar da verdade, segue a sugestão para que pesquisem nos diversos dicionários brasileiros os significados de dois verbetes ainda confusos em suas mentes.
Publicidade. [Calcado no francês publicité.] S.f. 1. Qualidade do que é público: a publicidade de um escândalo. 2. Caráter do que é feito em público: a publicidade dos debates judiciais. (Novo Dicionário AURÉLIO).
Publicação. [Do latim publicatione.] S.f. 1. Ato ou efeito de publicar: a publicação duma lei. 2. Obra publicada: uma publicação ilustrada. 3. Exposição à venda de uma obra: Já está anunciada a publicação de seu novo romance. (Novo Dicionário AURÉLIO).
Não tenho dúvidas de que todos os brasileiros de bem gostariam muito que a causas do erro na escalação do Héverton fossem apuradas em profundidade e os verdadeiros culpados, tanto corruptor como corrompido, fossem punidos na forma da lei, se realmente tiverem as suas culpas comprovadas.