Fred na área, desespero dos adversários. (Foto:Terra.com.br / Caio Amy) |
O simples fato de entrar em campo com uma camisa que homenageava os 80 anos de nascimento de Telê poderia ser o presságio de uma tarde memorável.
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E parece que, lá do céu, Telê cochichou para o Abel largar de vez o sistema retranqueiro que vinha adotando.
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E até que enfim pude ver o Fluminense jogando com dois atacantes de ofício. Já não aguentava mais olhar aquele meio de campo ineficiente, repleto de volantes errando passes de menos de dois metros de distância.
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Dessa vez, pelo menos não havia tanta gente errando e os atacantes tiveram mais espaço para se movimentar e realizar algumas boas tabelas.
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E não foi preciso nenhum Pelé para que o jogo fluísse com mais clareza e pela primeira vez no campeonato o Fluminense finalizou nada menos que vinte vezes. Fez quatro gols, mandou duas bolas no travessão, além das três boas defesas de Diego.
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O adversário era fraco, poderão dizer os idiotas da objetividade. Pergunto, então, por que não vencemos adversários mais fracos ainda, como Bahia e Atlético Mineiro?
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O jogo começou difícil, com as primeiras chances para os cearenses, que por duas vezes frente a frente com Cavalieri não conseguiram marcar. A última delas proveniente de uma falha absurda de Edinho que, ao tentar sair driblando perdeu a bola para Osvaldo, que livre quase de dentro da pequena área chutou para fora.
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O equilíbrio se manteve até que, aos 35 minutos, numa cobrança de falta magistral, Souza colocou a bola na cabeça de Fred, que se antecipou a Diego e abriu o placar.
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A agressão de Heleno a Fred, punida justamente com cartão vermelho, facilitou as coisas para o Fluminense na segunda etapa, que ampliou com Souza logo aos três minutos e consolidou a goleada com Sobis e Rafael Moura.
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Benditos terceiros cartões de Deco e Diguinho, que acabaram permitindo que Abel enfim escalasse dois atacantes de saída, livrando a Torcida Tricolor daquele sistema obsoleto que vinha usando.
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Após a partida, Abel elogiou as atuações de Souza e Fernando Bob e ao ser perguntado sobre as voltas de Deco e Diguinho, declarou que alguém teria que ir para o banco.
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As opções para isso são várias, visto que a atual equipe é integrada por muita gente de qualidade duvidosa.
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Gostaria que ele recuasse o Souza para a posição de volante e mantivesse o Diguinho na reserva. Entretanto, se ele fizer questão de contar com esse eterno titular, o recuo de Edinho para a zaga será, sem dúvida, melhor que a barracão do Souza.
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Isso porque apesar de vir jogando bem quando escalado como zagueiro, Edinho ainda não convenceu como volante. O vacilo ao perder a bola para o Osvaldo é uma prova cabal. Além disso, as apresentações de Marcio Rosário não o credenciam a ocupar lugar entre os titulares.
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Como no futuro Abel será obrigado a testar Martinuccio e Lanzini, mais cedo ou mais tarde alterações parecidas terão que ser feitas.
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Qualquer que seja a opção do treinador, não me parece coerente barrar novamente o Souza, responsável por duas cobranças de falta que resultaram em gols, além do oportunismo demonstrado em seu gol.
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Com a escalação certa, o Fluminense tem grande chance de vencer os dois próximos adversários e encostar de vez nos candidatos à vaga na Libertadores.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!