Ufa, até que enfim alguém que
sabe driblar!
Desde as saídas de Conca,
Deco, Thiago Neves, Sobis e Wellington Nem os torcedores não sabem o que é ver
um atleta tricolor furar qualquer retranca, mesmo as armadas por times fracos e
inexpressivos.
E já se vão quase quatro anos
nessa mesma toada.
Alguns mais otimistas irão
contestar citando um ou dois lances de Scarpa ou Marcos Junior, mas a rigor
esses poucos lances podem ser creditados mais ao acaso do que suas habilidades
em desmontar defesas com dribles desconcertantes.
E o pior é que os adversários,
mesmo os menos conhecidos, sempre conseguem apresentar algum driblador que
deita e rola em cima de nossos defensores.
O início contra
o Ypiranga foi a repetição da mesma tática previsível, fácil de ser marcada e
que transforma em martírio assistir aos jogos de nosso clube do coração.
A absurda posse de bola de
nada adiantou porque estando em vantagem os gaúchos praticamente abdicaram de
jogar e bem arrumados atrás neutralizavam com facilidade qualquer tentativa de
investida contra a meta de Carlão.
E o que se viu foi a recorrente
sucessão de bolas alçadas sobre a área adversária sem ameaças reais que dessem
aos tricolores a sensação de que o gol sairia a qualquer momento. A rigor,
nenhuma chance real.
A transformação na segunda
fase, porém, foi da água para o vinho.
Wellington provou na noite de
ontem que a partir de agora o panorama poderá mudar.
Confirmando o que vinha
fazendo no treino, entrou no jogo com personalidade e infernizou a defesa dos
gaúchos com jogadas há muito esquecidas pelas equipes do Fluminense.
Sua velocidade e dribles desconcertantes mudaram o
jogo. A maior atenção dispensada por parte dos adversários a sua presença
propiciou a melhora nas atuações dos demais e ficou patente que a abertura do
placar seria apenas questão de tempo.
E praticamente foi o acaso que
garantiu a entrada do Wellington. Pode ter sido também pela ajuda extra dada
pelos “deuses do futebol”, que provavelmente
irritados com a pasmaceira constante nesses últimos três anos e meio resolveram
tirar de uma tacada só as condições de jogo de Samuel, Maranhão e Osvaldo.
Sem outra alternativa, Levir
teve que abrir mão do sistema covarde e apelar para a presença do único atleta
que vinha demonstrando nos treinamentos habilidade para o drible.
Que continue assim e dê segurança
ao atacante para que ele consiga desenvolver todo o seu potencial, desperdiçado
até então pela política macabra do clube quanto às negociações das promessas de
Xerém.
Que venham logo os novos
contratados, ou pelo menos alguns deles, porque é flagrante a necessidade de
melhorar a consistência dessa equipe.
Espero ainda que nosso treinador tenha observado
que Magno Alves poderá ser útil sempre que entrar no decorrer dos jogos, nunca
de início e que consiga explicar o porquê de tanta insistência com Dudu.
E o que será que estão respondendo
lá no Ypiranga?
E
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
COPA DO BRASIL –
3ª FASE - JOGO DA VOLTA
Ypiranga 0 x 2 Fluminense
Local: Estádio Colosso da Lagoa, Erechim, RS; Data:
27/07/2016
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Miguel C. da Costa (SP)
Gols: Cícero, aos 27' e Magno Alves, aos 36' da etapa final
Cartão amarelo: Renato Chaves
Ypiranga: Carlão; Marcio, Negretti, Carlão e Sander; Daniel (Jean Paulo, 37'/2ºT), Robson, Túlio Renan (Alemão, 31'/2ºT) e Danilinho (Maycon, 13'/2ºT); Mikael e João Paulo. Técnico: Leocir Dall'Astra
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Miguel C. da Costa (SP)
Gols: Cícero, aos 27' e Magno Alves, aos 36' da etapa final
Cartão amarelo: Renato Chaves
Ypiranga: Carlão; Marcio, Negretti, Carlão e Sander; Daniel (Jean Paulo, 37'/2ºT), Robson, Túlio Renan (Alemão, 31'/2ºT) e Danilinho (Maycon, 13'/2ºT); Mikael e João Paulo. Técnico: Leocir Dall'Astra
Fluminense: Cavalieri; Wellington Silva,
Renato Chaves, Henrique e William Matheus; Douglas, Edson (Wellington, intervalo)
e Cícero; Scarpa, Marcos Junior (Dudu, 23'/2ºT) e Henrique Dourado (Magno
Alves, 34'/2ºT). Técnico: Levir
Culpi