quinta-feira, 28 de julho de 2016

Ypiranga 0 x 2 Fluminense. É Wellington e mais dez!





Ufa, até que enfim alguém que sabe driblar!

Desde as saídas de Conca, Deco, Thiago Neves, Sobis e Wellington Nem os torcedores não sabem o que é ver um atleta tricolor furar qualquer retranca, mesmo as armadas por times fracos e inexpressivos.

E já se vão quase quatro anos nessa mesma toada.

Alguns mais otimistas irão contestar citando um ou dois lances de Scarpa ou Marcos Junior, mas a rigor esses poucos lances podem ser creditados mais ao acaso do que suas habilidades em desmontar defesas com dribles desconcertantes.

E o pior é que os adversários, mesmo os menos conhecidos, sempre conseguem apresentar algum driblador que deita e rola em cima de nossos defensores.

O início contra o Ypiranga foi a repetição da mesma tática previsível, fácil de ser marcada e que transforma em martírio assistir aos jogos de nosso clube do coração.   

A absurda posse de bola de nada adiantou porque estando em vantagem os gaúchos praticamente abdicaram de jogar e bem arrumados atrás neutralizavam com facilidade qualquer tentativa de investida contra a meta de Carlão.

E o que se viu foi a recorrente sucessão de bolas alçadas sobre a área adversária sem ameaças reais que dessem aos tricolores a sensação de que o gol sairia a qualquer momento. A rigor, nenhuma chance real.

A transformação na segunda fase, porém, foi da água para o vinho.

Wellington provou na noite de ontem que a partir de agora o panorama poderá mudar.

Confirmando o que vinha fazendo no treino, entrou no jogo com personalidade e infernizou a defesa dos gaúchos com jogadas há muito esquecidas pelas equipes do Fluminense.

Sua velocidade e dribles desconcertantes mudaram o jogo. A maior atenção dispensada por parte dos adversários a sua presença propiciou a melhora nas atuações dos demais e ficou patente que a abertura do placar seria apenas questão de tempo.

E praticamente foi o acaso que garantiu a entrada do Wellington. Pode ter sido também pela ajuda extra dada pelos “deuses do futebol”, que provavelmente irritados com a pasmaceira constante nesses últimos três anos e meio resolveram tirar de uma tacada só as condições de jogo de Samuel, Maranhão e Osvaldo.

Sem outra alternativa, Levir teve que abrir mão do sistema covarde e apelar para a presença do único atleta que vinha demonstrando nos treinamentos habilidade para o drible.

Que continue assim e dê segurança ao atacante para que ele consiga desenvolver todo o seu potencial, desperdiçado até então pela política macabra do clube quanto às negociações das promessas de Xerém.

Que venham logo os novos contratados, ou pelo menos alguns deles, porque é flagrante a necessidade de melhorar a consistência dessa equipe.

Espero ainda que nosso treinador tenha observado que Magno Alves poderá ser útil sempre que entrar no decorrer dos jogos, nunca de início e que consiga explicar o porquê de tanta insistência com Dudu.

E o que será que estão respondendo lá no Ypiranga?


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

COPA DO BRASIL –  3ª FASE - JOGO DA VOLTA

Ypiranga 0 x 2 Fluminense
Local: Estádio Colosso da Lagoa, Erechim, RS; Data: 27/07/2016
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Auxiliares: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Miguel C. da Costa (SP)
Gols: Cícero, aos 27' e Magno Alves, aos 36' da etapa final
Cartão amarelo: Renato Chaves

Ypiranga: Carlão; Marcio, Negretti, Carlão e Sander; Daniel (Jean Paulo, 37'/2ºT), Robson, Túlio Renan (Alemão, 31'/2ºT) e Danilinho (Maycon, 13'/2ºT); Mikael e João Paulo. Técnico: Leocir Dall'Astra

Fluminense: Cavalieri; Wellington Silva, Renato Chaves, Henrique e William Matheus; Douglas, Edson (Wellington, intervalo) e Cícero; Scarpa, Marcos Junior (Dudu, 23'/2ºT) e Henrique Dourado (Magno Alves, 34'/2ºT). Técnico: Levir Culpi

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Atlético-PR 1 x 0 Fluminense. A atuação contra o Cruzeiro foi apenas um engodo!



Compreensível o meu erro de avaliação e também da maioria dos torcedores tricolores sobre a “soberba” apresentação da equipe contra o Cruzeiro.

O desempenho de hoje jogou um balde de água fria sobre nossas cabeças e a conclusão lógica foi que não se tratou de melhora de nossa equipe e sim de uma péssima fase do adversário, derrotado com a mesma facilidade nessa rodada pelo Sport em pleno Mineirão.

Natural que tivéssemos ficado empolgados com a vitória, afinal olhamos para o Fluminense com olhos e corações apaixonados pelo melhor clube do Brasil.

O mesmo não se pode dizer de Levir Culpi, que como treinador da equipe, teria a obrigação de fazer uma avaliação mais acurada sobre o desempenho de seus comandados.

A máxima de que “em time que está ganhando não se mexe” não se aplica no contexto, porque os mesmos atletas já vinham sendo mantidos nos vários jogos anteriores quando empatámos ou éramos derrotados.

Além disso, se era para manter a equipe vencedora da semana passada não se justifica de modo algum a barração do Jonathan, que teve naquela tarde sua melhor atuação do ano.

Mas, o equívoco maior do treinador foi o de não ter encorpado o banco de reservas com opções que provavelmente teriam sido de maior utilidade.

Deixou todos de fora e na hora de tentar alguma melhora teve que apelar para os de sempre Dudu, Magno Alves e Edson sem resultado prático algum.

Não tivemos força ofensiva, erramos praticamente todos os últimos passes e a rigor não incomodamos o Atlético sequer uma única vez.

Muito pouco para um clube da estirpe do Fluminense, situado a apenas quatro pontos da zona de rebaixamento e prestes a fazer contra o Ypiranga o seu jogo  do ano, situação prá lá  desconfortável.

Levir acena com a estreia de Henrique Dourado, que por pior que seja, deverá ser mais efetivo que Richarlison, promessa ainda verde e que precisará de algum tempo para se firmar.

Samuel e Maranhão atuando pelas extremas pouco assustam os adversários e Marcos Junior como homem de criação deixa a desejar.

A consequência lógica é um time sem ataque, inofensivo, que não assustou o adversário nenhuma vez durante todo o jogo.

Levir tem que treinar a moçada nos fundamentos básicos do passe e de conclusões e orientá-los a evitar se jogar no gramado na maioria das disputas de bola, principalmente Marcos Junior, campeão absoluto da arte de jogar deitado.

O desempenho assustou e se Levir não promover alterações pelo menos no banco correremos sérios riscos de ter mais uma quarta-feira amarga.

A habilidade de driblar, passar e concluir demonstrada em seu último treino, credencia Wellington a ser relacionado para o próximo jogo, porque ainda que fora de suas condições atuais, poderá ser útil em caso de necessidade de alteração drástica no desempenho do time no Sul.

Espero que Levir atente para o fato e também veja com bons olhos o retorno do Scarpa, ainda que prematuro, porque a Copa do Brasil no momento é a única chance que resta para a vaga na próxima Libertadores.


DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 16ª RODADA

Atlético-PR 1 X 0 Fluminense


Local: Arena da Baixada, Curitiba, PR; Data: 24/07/2016
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento
Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos e Esdras Mariano de Lima
Gol: Hernani, aos 33' do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Gum, William Matheus, Henrique, Samuel e Edson

Atlético-PR: Weverton; Léo, Thiago Heleno, Wanderson e Sidcley; Otávio, Hernani e Vinícius (Juninho, 14'/2ºT); Pablo, Yago (Giovanny, 38'/2ºT)) e Walter (Marcão, 45'/2ºT). Técnico: Paulo Autuori

Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Gum Henrique e William Matheus; Douglas (Edson, 23'/2ºT), Cícero e Marcos Júnior; Maranhão (Dudu, intervalo), Samuel e Richarlison (Magno Alves, 23'/2ºT). Técnico: Levir Culpi.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Fluminense 2 x 0 Cruzeiro. Até que enfim!


(foto: Paulo Sergio / LANCE!Press)


Pela primeira vez nesse campeonato vi o Fluminense com cara de Fluminense.

Nas quatorze rodadas anteriores, mesmo nas quatro magras vitórias, o time parecia meio que perdido em campo e passando a impressão de fazer uma força tremenda para poder jogar.

O coletivo estando ruim provocava a debacle dos poucos atletas habilidosos do elenco.

Finalmente depois de tanto insistir com escalações que não vinham dando certo, Levir mandou a campo a formação com o que tinha de melhor no momento.

E o que se viu foi um Tricolor esfuziante. A aposta num 4-3-3 com três atacantes jovens e velozes deu certo e o domínio no primeiro tempo foi quase que completo.

Os constantes deslocamentos de Richarlison e Maranhão pela direita, que ainda contavam com a ajuda efetiva de Jonathan, as investidas de Samuel e William Matheus pela esquerda, a efetividade de Marcos Junior jogando mais centralizado e a presença de volantes com boa saída de bola surpreenderam os mineiros, completamente dominados na primeira parte do jogo, tanto assim que poucas foram suas investidas ao ataque.

(foto: Cleber Mendes / LANCE!Press)



E a festa começou logo aos seis minutos quando Cícero aproveitou o rebote de Fábio em bela defesa depois da cabeçada certeira de Samuel.



Ao contrário das vezes anteriores quando abria o marcador o time não recuou, continuou imprensando o adversário em sua defesa até conseguir aumentar a vantagem com Marcos Junior em cobrança de pênalti que ele mesmo sofrera.

A facilidade encontrada na primeira etapa parece ter arrefecido o ímpeto da moçada, do que se aproveitou o Cruzeiro para ensaiar uma pressão e criar algumas oportunidades e aí foi a vez de Cavalieri e a zaga evitarem o pior.

O Fluminense aos poucos equilibrou as ações e esteve mais perto do terceiro do que o Cruzeiro do primeiro.

Enfim uma vitória clássica, justa em todos os aspectos e que seja a primeira de muitas.

Levir foi obrigado a fazer três substituições por contusão ou cansaço justamente nos que melhor se apresentaram: Marcos Junior, Maranhão e Jonathan.

Edson e Igor Julião foram as escolhas certas, mas a meu gosto tentaria outra opção do que continuar a insistência com Dudu.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 15ª RODADA

Fluminense 2 x 0 Cruzeiro

Local: Estádio Giulite Coutinho, Mesquita, RJ; Data: 17/07/2016
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa/GO) e Bruno Boschillia (Fifa/PR)
Gols: Cícero (1-0, 7'/1ºT) e Marcos Junior (2-0, 25'/1ºT)

Fluminense: Cavalieri; Jonathan (Igor Julião, 25'/2ºT), Gum, Henrique e William Matheus; Douglas, Cícero e Marcos Júnior (Dudu, 22'/2ºT); Maranhão (Edson, 36'/2ºT), Richarlison e Samuel. Técnico: Levir Culpi.

Cruzeiro: Fabio; Lucas (Ezequiel, 34'/2ºT), Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Edimar; Henrique, Bruno Ramires e Allano (Rafinha, 44'/1ºT); Willian, Rafael Sóbis e Ramon Ábila (Riascos, 22'/2ºT. Técnico: Paulo Bento.