quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fluminense 0 x 0 Nacional. Urge a volta dos “canelinhas de vidro”.

Muricy terá que quebrar a cabeça para fazer o ataque voltar a funcionar

Escolado com o vexame contra o Boavista, decidi não comparecer ao Engenhão. A escalação com apenas Rafael Moura formando o ataque prenunciava que o gol não iria sair mesmo, assim preferi a TV para sofrer compensado ao menos pelo conforto de minha poltrona.

Menos mal que não tomamos gol. Muricy enfim vislumbrou que a presença de Edinho tornava a defesa vulnerável, porque o volante contratado para ser melhor que Diogo até hoje ainda não tem consciência se é zagueiro ou volante. Alguns já começavam a considerá-lo como o Ygor 2011.

Nos jogos em que atuou, ou se posicionava muito atrás deixando um buraco no meio do campo, ou avançava em demasia tornando a zaga exposta, além das infindáveis faltas desnecessárias, inclusive a determinante na vitória do Boavista.

A montoeira de gols que o time tomou dos poderosos ataques do Olaria, Macaé, Cabofriense, Duque de Caxias e Boavista, além dos cinco sofridos ante Botafogo e Argentinos Juniors, parecem ter convencido o treinador de que a contratação desse reforço foi uma bola fora. E pensar que para sua liberação, o Fluminense teve que ceder ao Palmeiras um atacante promissor, que já mostrou ontem seu faro de artilheiro, um atacante da base e uma quantia em dinheiro ao Internacional, um verdadeiro negócio da china para os adversários.

Decididamente, contratação não é o forte do Fluminense. Se a diretoria acertou ao montar a equipe para 2010, com a ressalva que optou por medalhões próximos ao fim de suas carreiras, voltou a errar ao escolher os “quatro reforços pontuais” para a campanha de 2011.

Como disse o caro amigo “Tricolor” na postagem de 20/02 passado “a questão é que os barrados no time, substituídos pelos “reforços”, são no mínimo do mesmo nível destes. Perdeu-se entrosamento sem que houvesse melhoria do nível técnico da equipe”.

E na noite de ontem seria cômico se não fosse trágico ver os quatro salvadores da pátria sentados lado a lado no banco de reservas.

Uma coisa é certa e nenhum tricolor pode se abstrair dela. Ganhamos o campeonato do ano passado em grande parte devido às atuações irrepreensíveis do Conca. Agora, enquanto se recupera da cirurgia e até que volte a ostentar a sua forma atlética ideal, o resto da equipe tem que comer grama e passar a raciocinar mais um pouco em campo como único meio de suprir suas deficiências. Muricy também precisa se conscientizar desse fato e não contar tanto com os milagres do argentino.

Perdemos a classificação? Ainda não. Argentinos Juniors e Nacional são times inferiores. Jogam com raça sim, mas retrancados na espera dos erros do adversário e fazem cera o tempo todo. O América, pelo que mostrou no jogo com o Nacional, não é lá essas coisas e pode ser derrotado duas vezes pelo Fluminense. Para isso, entretanto, será necessário um esforço maior de Fred, Emerson e até do Deco para afinal conseguirem uma sequência de jogos.

Sem eles, poderemos vir a amargar uma desclassificação precoce, inconcebível após o tricampeonato.

O jogo de ontem serviu também para mostrar que Digão aos poucos vem adquirindo a forma da defesa do time de guerreiros e, se continuar assim, poderá voltar a ser titular da zaga, barrando um dos atuais. Entretanto, se isso acontecer, o Flu correrá sério risco de perdê-lo de graça, porque a maior parte de seus direitos pertence à "parceira" aproveitadora.

Muricy minimizou o empate, afirmando que a classificação no grupo ainda está em aberto. Mostrou-se satisfeito com o fato do time ter ido para cima do adversário o tempo todo com mais de sessenta por cento de posse de bola e muitas finalizações, o que é verdade.

Pena que se abstraiu de que todos os chutes foram para fora e que o goleiro uruguaio saiu de campo com o uniforme limpinho. Precisa treinar mais arremates porque chutões por cima do gol não ganham jogo.

Um fato é certo, o time tem que jogar com dois atacantes de ofício, mesmo que estejam fora de forma. Se Rodriguinho, que nada de útil fez, foi escalado em vários jogos, por que não entrar de cara com Araújo ou Tartá em jogos que temos a obrigação de vencer?

VAMOS LÁ FLUZÃO, QUE AINDA DÁ!
(crédito da foto: terra.com.br/Photocamera)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Fluminense 2 x 2 Boavista (2 x 4 nos penaltis). Conca tem crédito, mas e o resto?

Por tudo que tem feito pelo Tricolor, Conca tem crédito com a torcida e certamente dará a volta por cima. 

Amigos tricolores.

Fica difícil falar sobre uma jornada tão infeliz como a de ontem. A eliminação para o Boavista é uma vergonha maior ainda que aquela para o São Caetano na Copa João Havelange.

E o pior de tudo é que após a eliminação os jogadores tricolores a consideraram normal, justificando o vexame com a afirmação de que o Boavista jogou muito bem.

Pelo que entendi, com esse pensamento toda vez que um adversário por mais fraco que seja jogar bem, o Fluminense terá grandes possibilidades de perder o jogo.

No último post do ano passado, logo após a conquista do tricampeonato, escrevi que “pela primeira vez em muitos anos, chegava ao fim do ano despreocupado com os rumos do meu Tricolor”.

Estava enganado, os rumos mudaram. Contratações mal feitas voltaram a ser a tônica. Os “reforços” contratados só serviram para enfraquecer o time e tirar dele aquela “pegada de guerreiro”.

O dinheiro gasto com as contratações de Diego Cavalieri, Souza, Araújo e Edinho daria com sobras para trazer de volta Thiago Neves e Rodolfo, perdidos para rivais, além da contratação de um goleiro em forma, como fez o Flamengo, por exemplo, que trouxe o Felipe sem dificuldade alguma.

Cabem aqui uns parênteses. Não que Diego seja um mau goleiro. Seu problema é que ficou parado durante três anos, amargando a reserva no Liverpool e no Cesena.

Caso semelhante ao do Carini, quase contratado pela diretoria anterior, cujo desempenho no Atlético Mineiro confirmou que não se pode apostar de imediato num goleiro sem sequência de jogos.

Diego tem tudo para recuperar a forma com os treinamentos, desde que conte com um treinador de goleiros capacitado para tal.

Souza, pelo que tem apresentado, poderá ser na melhor das hipóteses um substituto eventual para o Deco e ainda assim terá que disputar a posição com o Tartá.

Sobre Araújo, a sua barracão pelo Rodriguinho fala por si só. Veio com status de estrela para substituir o eterno lesionado Emerson e se não fosse o Rafael Moura, contratado como alternativa à desistência do Washington, a situação estaria pior.

E Edinho? Contratado por recomendação do Muricy, que idealizava aquele volante que vira no Internacional. No Palmeiras já tinha dado sinais de queda de rendimento e no Fluminense até agora não conseguiu uma partida sequer ao nível das do Diogo do ano passado. Perdido no posicionamento, não consegue roubar nenhuma bola sem praticar falta e não tem pique para disputar jogadas em velocidade, perdendo a maioria delas.

Não se pode negar que o Fluminense de hoje é um time burocrático, previsível e abaixo daquele brilhante campeão.

A defesa que já foi a menos vazada do campeonato, hoje falha demais. Não tem pegada nos volantes e sem apoio dos meias fica muito exposta. Quando o Conca readquirir a sua condição física ideal o problema será minimizado, mas o time continuará precisando de alguém para ajudá-lo na função. Será que o Deco volta mesmo?

Sobre o jogo em si muito pouco a falar. Apenas dez chutes a gol mostram a ineficiência da equipe.

E o pífio desempenho na decisão por penaltis continuará sendo a marca registrada do clube enquanto seus atletas continuarem com o discurso de que "penalti é loteria". 

Muricy dessa vez também teve sua parcela de culpa. A primeira delas referente à definição do banco de reservas. Se não pretendia utilizar o Araújo, deveria tê-lo substituído pelo Tartá, que provavelmente teria feito mais que o Souza.

O engano maior foi na relação de cobradores. Definir o Conca como primeiro batedor, mesmo sabendo que ele ainda não se encontra em condições ideais, foi uma maldade com o grande craque tricolor. E escalar Rodriguinho então foi o fim da picada.

Mas nem tudo está perdido. Foi só um turno de campeonato com importância reduzida.

Quarta-feira, outra oportunidade virá. Com muita garra e aquele espírito guerreiro do ano passado dá pra ganhar do Nacional e com sobras. Tenho fé.

Tricolores verdadeiros, todos ao Engenhão.


E DÁ-LHE FLUZÃO TRICAMPEÃO!

------------------------------------------------------------------------------------

Deu no lancenet.com.br

Traffic vai ocupar sala na sede do Fluminense

DE PRIMA
Publicada em 15/02/2011 às 10:17

A Traffic deve ocupar ainda esta semana uma sala na sede do Fluminense, nas Laranjeiras. No local havia uma locadora de filmes, cujo contrato acabou. A Traffic vai vender ali ingressos e pacotes do Guerreiro Tricolor. A empresa não pagará aluguel, pois a cessão do espaço ao parceiro estava prevista em contrato.

Agora sim é que a raposa está literalmente dentro do galinheiro.

Cuidado Peter! Abra bem os olhos para esses aproveitadores espertos!

(crédito da foto: terra.com.br / Agência Lance)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Madureira 0 x 1 Fluminesne. E dá-lhe He-Man.

A volta de Berna garantiu que a defesa não fosse vazada.
O jogo foi difícil. A necessidade de preservação dos jogadores pendurados piorou o entrosamento que ainda não havia atingido o auge. A boa apresentação do Madureira foi outro fator complicador.
Felizmente Muricy caiu em si e promoveu o retorno de Berna, o que devolveu a tranquilidade perdida desde a sua estapafúrdia barração. Sua atuação foi segura e decisiva, fechando o gol quando o time foi atacado e com saídas precisas nas bolas alçadas sobre a área.
Outro que voltou a se apresentar bem foi Rafael Moura, novamente decisivo e que cada vez mais ameaça a titularidade do Emerson.
Diogo e Digão ainda se ressentindo de falta de ritmo mostraram que poderão ser úteis no futuro.
O resto jogou o feijão com arroz, menos o Souza que mais uma vez esteve abaixo da crítica. Necessita de muito treinamento para readquirir a forma de outrora. No momento, talvez Tartá seja melhor opção.
Durante a semana, Araújo contestou Muricy garantindo que já estava em forma. Pelo que tem apresentado e principalmente pelo jogo de ontem, deveria ter a humildade de aceitar a avaliação do treinador porque se for esse o seu futebol jamais conseguirá uma vaguinha no time titular.
A vitória devolveu a primeira colocação da chave, graças a novo tropeço do Botafogo que, acostumado a jogar os clássicos na retranca, costuma se enrolar quando os adversários se utilizam do mesmo expediente.
Assim, teremos que enfrentar o Boavista na semifinal, adversário difícil que deverá empregar a tática do contra ataque, mas que o Fluminense tem a obrigação de vencer.
Como adversário da final, aposto no Botafogo e espero que dessa vez o Fluminense venha melhor preparado para aguentar a tática retranqueira, que tem sido uma dor de cabeça nesses últimos anos.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nostalgia Tricolor
Ao assistir a comemoração do título Sul Americano Sub-20, confesso que senti uma ponta de frustração ao lembrar que três revelações tricolores (Maicon, Alan e Dalton) poderiam estar fazendo parte da Seleção vencedora, o que só não ocorreu devido ao fato do ex-presidente Horcades, de triste memória, ter agraciado seus espertos amigos da Traffic com os direitos de nossos craques.
Espero que os associados tricolores não se esqueçam dessas ações vilipendiosas contra o patrimônio de nosso clube e jamais permitam o retorno de dirigentes que agem em detrimento dos interesses do Fluminense.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fluminense 2 x 2 Argentinos Juniors. Decepção na estreia.


He-Man confirmou a boa fase e salvou a noite
Por volta das 19 horas, parti com um grupo de amigos para o longínquo Engenhão, esperando reviver as jornadas épicas daquele time mágico de 2008.
Sonhava com jogadas maravilhosas, gols extraordinários como o de Dodô e uma atuação ao nível daquela estreia no Maracanã contra outro clube argentino.
Mal o jogo começou, comecei a me dar conta que agora não temos mais o Thiago Silva, o Arouca, o Cícero, o Thiago Neves, o Gabriel, o Júnior César e pasmem, nem o Fernando Henrique, que foi brilhante naquela Libertadores.
Sofremos os primeiros quarenta e cinco minutos com um futebol ridículo, levando pressão de um time tecnicamente mais fraco e que atualmente ocupa a décima terceira colocação no campeonato argentino.
A bola parecia queimar os pés de muitos, principalmente Willians, Carlinhos, Mariano e Souza, que não pareciam estar em campo.
Diego também passava insegurança, não só à torcida como também ao resto da defesa.
O 1 x 0 do primeiro tempo acabou sendo uma dádiva pelo que a equipe jogou.
Para a etapa complementar, Muricy desfez parte da invenção, substituindo Willians por Rodriguinho que, embora também não seja decisivo, pareceu sentir menos o peso do jogo e aprontou correria para cima dos adversários.
Com Conca ainda se ressentindo de melhores condições físicas e Souza abaixo da crítica, a criatividade do time deixava a desejar.
Ainda bem que Rafael Moura mostrou sua ótima fase e evitou a derrota quase certa. Mostrou habilidade, principalmente em seu primeiro gol, pois não é qualquer atacante que acertaria aquela cabeçada.
Mariano melhorou e foi decisivo na jogada do segundo gol. Carlinhos também esteve melhor, mas apenas ofensivamente. Continuou permitindo uma avenida pelo seu setor, por onde os argentinos deitaram e rolaram.
Senti falta do Diogo e do Tartá, que são muito mais combativos do que muitos dos que atuaram. Até agora ainda não consegui compreender porque o Muricy desfez a defesa do título, a menos vazada do campeonato, em favor de outra que até agora não apresentou nenhuma atuação segura. Foram 11 gols em 7 jogos, cinco dos quais contra times sem nenhuma expressão.
Capítulo à parte foi a atuação de nosso goleiro. Diego Cavalieri está nitidamente fora de ritmo, o que seria lícito esperar em se tratando de um atleta que em três anos só participou de dez partidas oficiais. Ultimamente no Cesena vejam bem... no Cesena, não ficava nem no banco de reservas.
Falhou bisonhamente no segundo gol ao não interceptar o cruzamento na pequena área, que resultou no segundo gol de Niell, um atacante de 1,62 metros de altura. Outra falha grotesca, que passou despercebida de muitos, aconteceu aos 36 minutos do primeiro tempo, quando Salcedo cruzou da esquerda para a dividida entre ele e Niell. O atacante venceu o duelo e não fosse o esforço do André Luiz para salvar em cima da linha, teríamos outro gol na bagagem do Diego.
Diego não é um mau goleiro. Quando jogava no Palmeiras, mostrou habilidade e senso de colocação, a ponto de ser contratado pelo Liverpool. Não tenho a menor dúvida que poderá vir a ser titular absoluto do Fluminense quando recuperar a forma, mas quando recuperar a forma. Dar a ele a condição de titular absoluto no momento atual é uma atitude que não condiz com a postura que sempre foi a marca registrada de Muricy.
Belletti e Araujo, por exemplo, também contratados com pompa e galhardetes amargam uma justa reserva até conseguirem entrar em forma.
Essa teimosia do Muricy é que deixa a torcida de cabelos em pé.  Nosso treinador, em entrevista à ESPN Brasil, publicada no Lancenet, justificou a insegurança de Cavalieri pela falta de preparação recebida em sua estada no futebol europeu.  _ “Lá eles não treinam goleiro, por isso chegou fora de forma. Mas aqui o Diego está se recuperando. Ele não chegou bem. Mas os treinos daqui vão colocá-lo em forma novamente” – disse.
Muricy reclamou das vaias ao Diego e dos grito da torcida em favor de Ricardo Berna. É isso Muricy, você tem que se acostumar. A Torcida Tricolor não é burra e quando vê uma teimosia desmedida costuma botar a boca no trombone, ainda mais se for levado em consideração o fato de que no único jogo do ano em que o Fluminense não levou gol o goleiro era o Berna.
Não tenho a menor dúvida que com o decorrer do tempo, Diego voltará a sua antiga forma, mas tentar recuperá-la em jogos da Libertadores e nos clássicos do campeonato carioca poderá sair muito caro para as aspirações tricolores.
Teremos em sequência sete encontros desenhados para o Diego aperfeiçoar sua forma: Madureira, Resende, Nova Iguaçu, Boavista, Volta Redonda, América e Americano.
Insistir com ele na Libertadores será a repetição do erro do Renato Gaúcho, que por conta da proteção desmedida ao seu apadrinhado Ygor jogou fora o título de 2008.
O jogo ao menos serviu para Muricy perceber que no momento a melhor dupla de ataque é aquela formada por Fred e Rafael Moura, já que Rodriguinho, Willians e Araújo ainda não vingaram e Emerson é um eterno contundido.
Espero que o bom senso prevaleça no melhor técnico do Brasil.
E dá-lhe Fluzão!
(crédito da foto: Terra.com.br/Photocamera)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Fluminense 2 x 3 Botafogo. Uma derrota anunciada!

 
Rafael Moura, a boa surpresa para a Torcida Tricolor

Não foi por falta de aviso. As pífias apresentações da defesa tricolor contra equipes menos qualificadas já sinalizavam que as coisas poderiam não ir bem nos clássicos cariocas e principalmente na Libertadores.

As alterações efetuadas na defesa menos vazada do Campeonato Brasileiro acabaram por enfraquecê-la e os seis jogos do ano serviram para comprovar que existe uma verdadeira avenida no meio campo tricolor.

Já vinha batendo nessa tecla desde as primeiras rodadas do campeonato, pois nem Diego Cavalieri nem Edinho reúnem atualmente melhores condições de jogo que Ricardo Berna e Diogo. Têm que treinar bastante até recuperarem a forma anterior e aí sim batalharem pela titularidade, que lhes caiu do céu com base apenas em suas famas anteriores.

Por estar fora do Rio de Janeiro, assisti ao jogo pela TV e depois ouvi os comentários do Gerson, que para minha satisfação estavam na mesma linha.

O "canhota" desceu a lenha na defesa, taxando-a até exageradamente como horrorosa, mas foi enfático ao afirmar que Edinho e Fernando Bob se limitaram a dar toquinhos para o lado, sem objetividade alguma. Acrescentou que eles não têm habilidade para sair jogando e são incapazes de chutar de fora da área com precisão.

Aliás, a entrada do Bob no lugar do Rafael Moura foi uma grande mancada do Muricy.

Fernando não é mau jogador, mas não tem o perfil adequado para um jogo pegado como o de ontem. Tartá, Marquinho ou até mesmo o Willians teriam sido melhores opções, embora o mais simples fosse a entrada do Araújo, mantendo o Souza em campo porque, mesmo não estando bem, poderia num lampejo criar alguma jogada objetiva.

Essa sucessão de erros teve como resultado o fato do Fluminense tomar três gols de um time nitidamente retranqueiro, o que preocupa bastante porque é quase certo que Argentinos Juniors e Nacional virão ao Brasil entrincheirados para apostar nos contra ataques e em alguma bola vadia.

Ainda bem que perdemos um jogo na hora em que podíamos perder. Enfrentar o Flamengo na semifinal será pior, mas de qualquer forma para ser campeão, o confronto será inevitável.

Mas nem tudo foi perdido, o retorno do Rafael Moura foi bastante positivo e dá esperanças que nosso ataque funcione na quarta-feira, já que Fred e o eternamente lesionado Emerson estarão de fora.

Que a clarividência do Muricy volte a inspirá-lo para escalar o melhor time e o melhor banco para o início da nova epopeia da Libertadores.

E nós Verdadeiros Tricolores teremos que fazer o nosso papel, lotando o Engenhão e empurrando o Fluzão para mais uma conquista.

E DÁ-LHE FLUZÃO!

(crédito da foto: Terra.com.br/Photocamera)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Fluminense 3 x 1 Duque de Caxias. E só dá Fred!

Fred desequilibrou apesar da grande atuação de Fernando

Gozando merecidas férias em Guarapari, assisti a vitória tricolor pela TV. Embora sem a sensação gostosa de “participar” do jogo que a presença no estádio proporciona, pela TV pude testemunhar em tempo atual as reações das personagens, principalmente as broncas do Muricy quando a coisa desandava.

Apesar dos contumazes sustos, a vitória acabou vindo até com certa tranquilidade, graças à presença incomparável de Fred. Nos três gols decisivos que fez mostrou sua habilidade em arrematar com precisão.

Artilheiro absoluto do campeonato com oito gols em cinco jogos tem tudo para ser o craque do ano do futebol brasileiro. Resta esperar que não volte a ficar envolvido com a série de contusões que tanto atrapalharam seu futebol no ano que passou.

 
A marcação implacável não conseguiu segurar o Conca

Outro monstro foi o Conca, que não deu bola para a recente cirurgia, não fugindo de nenhuma jogada, mesmo as mais ríspidas e ainda mostrou sua categoria com os passes açucarados para Fred e Carlinhos, algo realmente de cinema.




Mariano mais uma vez esteve bem e Carlinhos, embora um pouco abaixo, também não comprometeu.

Souza foi um monstro no meio campo, principalmente na etapa complementar. Pena que tenha desperdiçado um passe primoroso de Fred por excesso de preciosismo.

A estreia de Araújo foi dentro do esperado, após tanto tempo sem jogar. Chutou uma bola no travessão e deu o centro para o primeiro gol de Fred. Pelo que apresentou deve ter garantido a vaga para o jogo inaugural da Libertadores, ao lado do Rafael Moura.


Os destaques negativos ficaram por conta de Diego Cavalieri e Edinho.

O volante ainda não conseguiu dar à zaga a mesma proteção que davam Diogo ou Valencia. Deveria ser preservado até que readquira sua forma física ideal.

Diego fez duas boas defesas, mostrando que debaixo dos paus já está muito bem. Problemas são os cruzamentos na frente da área em que permanece estático na maioria das vezes, como no gol que tomou ontem e os chutes de longa distância, ocasiões em que costuma bater roupa. Tem lembrado a fase insegura do Fernando Henrique, quando ganhou a alcunha de “mão de maionese”.


Enquanto isso, Ricardo Berna teve esquecidas sua atuações nos jogos decisivos do título do ano passado e amarga injusta reserva.


Muricy, após o empate do Duque de Caxias, esbravejou contra Diego. Não devia, porque afinal a decisão de escolhê-lo foi dele e de ninguém mais.


A Torcida Tricolor, entretanto, sabe que com o passar do tempo, a clarividência do Muricy irá se sobressair e os que estiverem em melhores condições serão os escolhidos para entrar em campo.

(crédito das fotos: Terra.com.br/Photocamera)