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O jogo com o Libertad
A vitória e a primeira colocação no grupo. Com dois jogos a realizar no Maracanã, as chances de manter essa posição são quase absolutas.
Sobre o jogo em si, como era de se esperar, não foi uma apresentação ao nível da partida contra o Arsenal. Mesmo assim, deu para o gasto. Conforme estampou em sua primeira página, o Diário ABC, do Paraguai: "Com disciplina e paciência, o Fluminense conseguiu virar o resultado inicialmente favorável ao Libertad e sustentou o jogo com um 2x1 inapelável".
Na realidade, o time andou bem. Boas participações dos laterais, em especial Junior César, com uma preparação física fulgurante. Caiu um pouco de produção após a contusão no braço. Gabriel também teve boa participação, seu passe para o primeiro gol foi milimétrico.
Washington demonstrou mais uma vez sua habilidade de artilheiro. Assim que deve jogar, mais perto da área adversária.
Com Thiago Neves mais adiantado e Conca, Cícero e Arouca cuidando do meio-campo, o time pode se impor sem maiores problemas.
Continuam algumas falhas na defesa, principalmente de posicionamento. Ainda bem que não aproveitadas pelos atacantes paraguaios.
Há que se destacar também a boa atuação de Fernando Henrique, que ultimamente vem queimando a minha língua. Tomara que permaneça assim para alegria da galera tricolor.
No cômputo geral, o saldo foi positivo, principalmente porque a equipe não sentiu tanto a apagada atuação de Thiago Neves, que ontem não estava inspirado. Fato compreensível para um jovem de 23 anos que começa a ser superbadalado, não só pelos fãs como pelos oportunistas de plantão.
Se o Fluminense conseguir manter a eficiência até a volta do Dodô e, quem sabe do Leandro Amaral, as chances de realmente chegar às finais da Libertadores serão bem palpáveis.
A única coisa que não deu para entender foi a declaração do Renato, apontando o Ygor como o melhor da partida. Embora sua atuação não tenha comprometido, essa frase de efeito soa mais como uma tentativa de promover o seu protegido junto à torcida.
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Fluminense volta a ser destaque no cenário internacional
Após exaltar a atuação contra o Arsenal, a FIFA mais uma vez cita o Fluminense em seu site oficial. O destaque agora fica por conta do Thiago Neves, considerado pela entidade como o melhor jogador atuando no Brasil.
Para melhor ilustrar o fato, a versão aproximada do resumo da matéria, que em seu título se refere ao Fluminense como Fluzão.
Thiago flies the Fluzão flag
(Thiago desfralda a bandeira do Fluzão)
"Atualmente, os melhores jogadores de futebol do Brasil jogam na Seleção Nacional e na Europa, desde a mais tenra idade. Uma rápida olhada nas principais revelações da década passada certamente confirma essa teoria.
Como toda regra tem sua exceção, essa é Thiago Neves, que em menos de doze meses se transformou em um dos mais eletrizantes, produtivos e cobiçados jogadores brasileiros. Um camisa 10 clássico, cuja habilidade para driblar adversários e realizar passes e cruzamentos mortais o tornam o mais consistente criador de jogadas.
Chama ainda mais a atenção, sua habilidade de marcar a longa distância. Com um talento sutil para colocar a bola no canto da rede, com chutes de efeito de seu pé esquerdo, à la antiga Seleção do grande Eder, ele foi o motivo de pesadelos dos goleiros em 2007.
Reconhecimento Internacional
As atuações de Thiago Neves vêm emocionando a torcida, entusiasmando seus chefes e encantando Dunga, que o tem convocado sucessivamente, sendo a primeira vez no amistoso contra a República da Irlanda, em fevereiro.
Dunga parece acompanhar a série de desempenhos excepcionais do Tricolor, incluindo os 3 gols de Thiago na vitória contra o Flamengo por 4 a 1 na Taça Guanabara e o irrepreensível resultado de 6 a 0 contra o Arsenal na Copa Libertadores, mantendo devidamente o seu lugar no amistoso do Brasil conta a Suécia, no dia 26 de março.
Meta de títulos
Uma boa atuação no Estádio Emirates aumentaria a relação de pesos-pesados que são atraídos pelos altos salários na Europa. Especulações apontam para o AC Milan e Benfica, embora o presidente do Fluminense Roberto Horcades não tenha planos de vender seu bem premiado.
"Thiago não está indo para lugar nenhum", insiste. "O Fluminense não é um clube vendedor e sim comprador. Estamos lutando pela Libertadores e títulos mundiais".
Pode levar mais tempo do que para Ronaldinho, Kaká e Robinho até que seu imenso potencial seja percebido, mas parece inevitável que o mundo vai ver muito mais de Thiago Neves no futuro. Os torcedores do Fluminense esperam que seja na Copa Mundial de Clubes de 2008, no Japão".
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A notícia apreensiva
No momento em que o Fluminense reúne todas as condições para se tornar novamente uma potência internacional, com a possibilidade de conquistar a Copa Libertadores da América e conseqüentemente disputar o Campeonato Mundial de Clubes, a notícia publicada pelo Jornal Record, de Portugal, reproduzida a seguir, acende o sinal de alerta para a torcida tricolor.
Thiago Neves por 8 milhões
ÁGUIAS QUEREM PRODÍGIO DO FLUMINENSE
"Thiago Neves é, neste momento, o principal alvo do Benfica para suceder a Rui Costa como número 10 do clube da Luz na época 2008/2009. Ao que Record apurou, os encarnados há muito que seguem o prodigioso médio do Fluminense e já há contactos entre os dois emblemas. Apesar do clube carioca estar a elevar a fasquia (começou por fixar o preço na avultada soma de 30 milhões e depois desceu para os 10/12), os responsáveis do clube da Luz já sabem que o negócio se poderá fazer por aproximadamente 8 milhões de euros.
Com 23 anos cumpridos no final de Fevereiro, Thiago Neves é um dos jogadores mais cobiçados no Brasil, tendo mesmo ganha a Bola de Ouro referente a melhor jogador do campeonato canarinho, onde em 33 jogos realizados apontou 12 golos, uma cifra notável, tratando-se de um médio ofensivo.
A confirmar-se a viagem para Portugal esta não será a primeira vez que Thiago Neves tem uma experiência no estrangeiro. Em 2006 foi cedido por empréstimo do Paraná aos japoneses do Vegalta Sendai. Rumou, depois, ao Fluminense onde “explodiu”. O seleccionador brasileiro, Carlos Dunga, já o chamou para treinar com o escrete mas, para já, só está garantida a presença na selecção Sub-23 que irá marcar presença nos Jogos Olímpicos de Pequim".
Conhecendo o histórico de nossa diretoria com relação a negociações de nossos craques, a preocupação realmente toma conta da torcida tricolor, que começa a vislumbrar a possibilidade do sonho do Mundial de clubes não se concretizar.
Sobre a notícia em si, há que se destacar a autoconfiança dos representantes do Benfica, que afirmam saber que o negócio poderá ser feito por aproximadamente 8 milhões de euros.
Então para que pedir 30 milhões, reduzir quase que em seguida para 10-12 e acertar por 8, quando com um pouco de paciência e sangue frio o negócio poderá ser realizado por quantia bem superior no próximo ano?
Outra questão intrigante é porque o Fluminense sempre negocia prioritariamente com Benfica e Porto, clubes de menor poder aquisitivo que os espanhóis, italianos e ingleses. Roger, Carlos Alberto, Diego Souza são exemplos típicos, revendidos posteriormente por quantias bem superiores às que o Fluminense recebeu.
A torcida tricolor confia plenamente que o presidente Horcades não irá perder a oportunidade de projetar novamente o Fluminense como time de ponta, aguardando a ocasião mais oportuna para negociar o seu craque mais badalado, certamente com cifras realmente compensadoras para o clube.
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Leandro Amaral
Nova liminar, nova vitória. No futuro, pode haver outra reviravolta e retorno do vínculo com o Vasco.
Agora, mais do que nunca, vale o alerta daquele aquele advogado, raposa velha, de que “em pata de cavalo e cabeça de juiz não se deve apostar”.
Na verdade, é impossível afirmar onde está a verdade. As declarações do atleta sinalizam para o fato de que ele não foi suficientemente orientado por seu empresário na hora da assinatura do contrato. O empresário diz o contrário. O fato de o empresário depor a favor do Vasco é estranho, pois afinal de contas quem pagava o seu salário era o próprio atleta. Em suma, uma complicação só.
O próprio tratamento diferenciado por parte da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, reclamado pela diretoria tricolor, com ameaças de rompimento, mostra que o caso é complicado e está longe de acabar.
Assim, talvez a melhor alternativa seja negociar com o Vasco. Se Fluminense e patrocinador jogam dinheiro pela janela, como no caso recente da notícia veiculada sobre a possibilidade de rescisão do contrato de Gustavo Nery, que poderá receber cerca de R$ 1,5 milhões pela participação em apenas três jogos, por que não tentar um acordo?
O fato do Eurico Miranda dizer que está de relações cortadas com o Fluminense poderá ser contornado, visto que o próprio Vasco, no passado, já aprontou em diversas ocasiões com o Fluminense. Os mais contundentes foram os casos de Dé, que chegou a posar com a camisa do Fluminense e no dia seguinte estava no Vasco e o aliciamento do Alexandre Torres, que prestes a renovar com o Flu, acabou se transferindo para o bacalhau.