segunda-feira, 31 de março de 2008

Quarta-feira: vai rolar outra festa!


Atenção Galera Tricolor! Está chegando a hora. Vamos encher o Maraca. Será mais uma noite magnífica, onde uma vitória simples, além de dar ao Fluzão a classificação antecipada, o colocará em primeiro lugar na colocação geral dentre os 32 clubes dessa fase.

Só precisamos fazer a nossa parte: lotar o estádio e transformá-lo num verdadeiro caldeirão tricolor. Tricolores de todas as gerações se reencontrarão em outra noite mágica. Sobrenatural de Almeida certamente estará presente, na companhia de tricolores ilustres, torcedores e atletas do passado, fazendo fluir aquela energia positiva aos nossos craques.

Não faltem, porque novamente a festa vai rolar!

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Quanto ao jogo com o Botafogo, o resultado foi o esperado. Impossível qualquer time do planeta, até mesmo a Seleção Brasileira, ganhar de alguém com um meio campo daqueles. Fabinho, David, Romeu e Maurício juntos, só pode ser brincadeira do Renato. E esse meio campo dantesco ainda teve o "reforço" do Gustavo Nery. Dessa troupe, somente ao Maurício deve ser creditada alguma esperança. O resto só serve para inchar a folha de pagamento.

E o Fabinho, como um namoradinho que levou um chute da namorada, ainda saiu chateado. Parece que até o seu protetor-mor já está perdendo a paciência com ele. Aleluia!

Bastou a entrada de dois jovens de Xerém, no lugar dos inoperantes Fabinho e David, para que o Fluminense equilibrasse o jogo e passasse a pressionar o Botafogo. As gratas revelações, mesmo sem a experiência dos titulares, imprimiram ao time a velocidade que faltara até então. Allan, em poucos minutos, fez o que os componentes do "circo dos horrores" não fizeram: marcou o seu gol. O Fluminense provavelmente teria conseguido o empate, não fosse o erro absurdo do bandeirinha ao assinalar impedimento inexistente do Maurício.

Aliás, como já havia sido previsto nesse blog, o chororô está dando frutos. Gol impedido contra o Cardoso Moreira, mais dois impedimentos contra o Fluminense, marcados marotamente no jogo de ontem.

A partida, no entanto, serviu para duas conclusões inequívocas: a primeira é que o Renato não deverá jamais escalar um meio campo com quatro "volantes de contenção". (É o nome atual, nos áureos tempos do futebol bem jogado, eram "cabeças de bagre", mesmo).

A segunda, bastante alvissareira para a torcida tricolor, é que na fase atual, a equipe titular não tem a mínima condição de perder para esse time do Botafogo, mesmo com as choradeiras do Bebeto e companhia. Basta jogar com a seriedade demonstrada pelos garotos dos juniores.
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E a previsão do guru bacalhau, heim? Querendo plagiar o emérito tricolor Nelson Rodrigues, declarou "estar escrito há dois mil anos que o Vasco não iria perder mais nenhum jogo".
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A previsão ruiu por terra em uma semana. Faltaram os pênaltis.
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Bem que Alan Kardec e Edmundo tentaram substituir o Wagner Diniz nas encenações da grande área. A cena do Edmundo, jogando-se em cima de um zagueiro, foi tão grotesca, que ele já caiu olhando para o juiz. Só que dessa vez, o embuste não colou e sem pênaltis, a previsão foi para o espaço.
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Rala, bacalhau.

sábado, 29 de março de 2008

O Fluminense volta a incomodar!

Toda vez que o Fluminense arma uma equipe de categoria superior a dos demais clubes do Rio, em especial Vasco e Flamengo, começam a pipocar aqui e ali notícias desabonadoras com o objetivo tácito de tentar desestabilizar as hostes tricolores.

São manobras na justiça, declarações estapafúrdias de pessoas não tão ilibadas assim e reportagens parciais e mentirosas, editadas por jornalistas, alguns sabidamente torcedores da urubuzada.

Caros tricolores, não devemos nos levar por essas ilações maldosas, porque no frigir dos ovos, a grande maioria dos clubes se beneficiou ou se beneficia com articulações que, de alguma forma, lhe trazem benefícios. Quatorze pênaltis a favor em treze jogos, como ocorreu no atual campeonato estadual, é uma conta, no mínimo, estranha.

Juizes trabalhistas, travestidos de torcedores, julgam com um objetivo mais ou menos direcionado. O caso do Leandro Amaral é um exemplo típico. É claro que existe a clausula de renovação automática. Não se pode negar, ela está lá. Mas por que será que os ilustres julgadores não se deram ao trabalho de usar a sua criatividade para ver que a cláusula é tão leonina que, mesmo para qualquer leigo, fica claro a má fé usada na ocasião de sua concepção. A conivência do procurador do atleta, que chegou, inclusive, a depor a favor do clube, contra o seu representante é uma prova cabal de salário recebido sem a mínima ética, pois afinal de contas o procurador trabalhava contra seu representado, que era quem lhe pagava.

Agora, um juiz, provavelmente torcedor de um dos times do mal, vem a público dizer que a manutenção de Fluminense e Bragantino no Campeonato Brasileiro de 1997 representou uma "violação ao correto desenvolvimento do futebol brasileiro, uma ofensa direta ao patrimônio cultural brasileiro".

Por que não se preocupar com outros acontecimentos de conhecimento geral, inclusive com escândalos de suborno, envolvendo o presidente da comissão de arbitragem?

Para sua orientação, Excelentíssimo Juiz, na edição de 1993 do Campeonato Brasileiro, seu regulamento previa que deveriam ser rebaixados os dois últimos colocados do Campeonato de 1992, Náutico e Paysandu; bem como promovidos apenas o campeão e o vice da Série B do ano anterior, Paraná e Vitória. No entanto, como o Grêmio só conseguiu se classificar em 9º lugar na Série B, a CBF resolveu "virar a mesa", decidindo que subiriam 12 clubes, e que nenhum seria rebaixado. Não houve Segunda Divisão em 1993 e o Campeonato Brasileiro de Futebol voltou a ser inchado e desequilibrado por mais uma década.

Meritíssimo, foram dez os beneficiados. Esse inchaço deveria representar uma "violação ao correto desenvolvimento do futebol brasileiro, uma ofensa direta ao patrimônio cultural brasileiro" numa escala muito maior. O fato de não ter sido assim considerado só pode ser explicado por uma excessiva paixão clubística.

Existem outros tantos casos, alguns dos quais muito bem descritos pelo jornalista João Marcelo Garcez, no blog do torcedor tricolor, transcritos a seguir, para sua reflexão.

No conturbado Campeonato Brasileiro de 1999, Botafogo e Internacional-RS ganharam pontos no tapetão, que impediram o descenso da dupla à Segunda Divisão do futebol nacional.

Em 1989, a CBF tirou cinco pontos do Coritiba porque na última rodada do Brasileiro o time paranaense não foi a campo na hora determinada pela entidade. O Santos foi beneficiado com a decisão e escapou de ser rebaixado.

O regulamento do Campeonato Brasileiro de 1986 previa, para a primeira fase, que os seis primeiros colocados de cada chave avançassem à etapa seguinte. Como Vasco e Botafogo não tiveram competência para se classificar, inúmeras manobras foram tramadas pela CBF e pelo próprio Vasco, como a retirada de pontos do Joinville-SC e a tentativa descabida de eliminação da Portuguesa-SP. Resultado: o regulamento foi alterado com o campeonato em curso e mais oito clubes foram incluídos na segunda fase da competição. Uma "mancha" para o futebol brasileiro.

Em 1974, a decisão do Campeonato Brasileiro, conforme determinação do regulamento, deveria ser realizada no estádio do clube que tivesse melhor campanha. Com quatro pontos a mais do que o Vasco, o Cruzeiro teria o direito de jogar em Belo Horizonte. Teria. Porque o Vasco alegou falta de segurança no Mineirão. E o que fez a CBD (atual CBF)? Acatou o pedido do clube carioca, tirando a partida de Minas Gerais, levando-a, acredite, para o Rio de Janeiro.

Posto isso, uma pergunta se faz oportuna: como o Meritíssimo definiria as manobras ocorridas em 1999, 1989, 1986 e 1974 (entre inúmeras outras aqui não mencionadas)?

A Justiça tarda. E falha.

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Em 1996, rebaixar as duas agremiações com fortes suspeitas de resultados arranjados é o mínimo que poderia se esperar da CBF, que mesmo assim manteve Corinthians e Atlético Paranaense na Série A.

Pra quem não se lembra, à época, o diretor da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf), Ives Mendes, envolveu-se num escândalo de suposta venda de resultados com os presidentes de ambos os clubes citados.

Consumado o rebaixamento tricolor, o Jornal dos Sports publicou uma declaração de Petraglia, então presidente do clube paranaense, dada em roda de amigos a rodadas do fim da competição. "Está tudo certo. O Fluminense vai cair" (o acervo do JS está aí para não me deixar mentir). Esse caso, no conceito do Meritíssimo, esteve "longe de manchar a imagem do futebol brasileiro".

Diante de tamanho descalabro, onde estaria o absurdo em manter o Flu na elite do Brasileiro de 1997? Com a palavra o juiz torcedor.
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Nota: A transcrição das informações postadas no blog do torcedor foi autorizada pelo próprio João Garcez, a quem agradeço a gentileza. Por oportuno, recomendo aos amigos tricolores, cansados das notícias destorcidas, produzidas por jornalistas da urubuzada, a leitura habitual do blog do torcedor tricolor, no site globo.com

quinta-feira, 27 de março de 2008

Fluminense 4 x 1 Mesquita

Foi uma vitória tranqüila. Na realidade, mais um treino de luxo.

O jogo serviu para atestar a subida de produção de vários jogadores. Gabriel, Júnior César, Conca e Cícero estiveram irrepreensíveis. Apenas o Conca necessita calibrar um pouco mais a pontaria.

Maurício e David, mesmo sem mostrar um futebol exuberante, provaram que a torcida não precisa ser aterrorizada com a presença em campo do Fabinho.

A apagada atuação de Washington comprova o que já vinha sendo notado pelos tricolores, um esgotamento precoce, talvez provocado pela necessidade de atuar como único atacante de ofício. A certeza de seu descanso forçado no jogo contra o Botafogo, devido ao terceiro cartão amarelo, enche a torcida de esperanças numa recuperação rápida para uma grande apresentação contra o Libertad, na próxima quarta-feira, onde o Fluzão tem tudo para obter a classificação antecipada.

O restante da equipe não comprometeu e jogou o suficiente para vencer sem sustos. Uma única desatenção, no início da segunda etapa, que possibilitou o gol do adversário. Falha compreensível, ante uma apresentação tão apática do Mesquita nos 45 minutos iniciais.

Enquanto isso, Thiago Neves fazia sua estréia na Seleção. Jogou discretamente, mas valeu por se tratar da primeira partida com a amarelinha.

Cabe destacar ainda a paciência do Renato ao lançar as novas promessas de Xerém, de maneira gradativa, especialmente o Tartá, que aos poucos vai se desinibindo e mostrando qualidades.

E por falar em Xerém, tudo indica que, em breve, o Fluminense terá uma nova safra vencedora. O torneio internacional, vencido de forma invicta nos Emirados Árabes, credencia a equipe atual de juniores a vôos mais altos. Apenas para relembrar foram quatro jogos, quatro vitórias, sobre adversários de peso como Atlético de Madrid (2x0), Liverpool (4x3), Genoa (3x2) e Al Whada (3x0).

Só nos resta desejar que a diretoria não faça com essa nova geração o que fez com as anteriores, que acabaram sendo dizimadas sem critérios e com pouco ou quase nenhum retorno para o clube.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Fluminense 2 x 1 Vasco

BACALHOADA NO DOMINGO DE PÁSCOA

Valeu Fluzão. O time não tomou conhecimento do bacalhau, e acabou com a banca do invicto contra times pequenos e rei dos pênaltis.

A facilidade foi total. Há muito tempo, a torcida tricolor não via um clássico tão tranqüilo. O Fluzão foi pouco incomodado e poderia ter goleado se as pontarias de alguns estivessem mais calibradas.

Destaque para Thiago Neves, como sempre e Conca. Os dois, com a ajuda do Cícero e do Arouca, envolveram o meio campo vascaíno, que não conseguiu armar nenhuma jogada contundente. Uns poucos chutes de fora da área, que Fernando Henrique defendeu. Ainda bem que continua queimando a minha língua. Que continue assim.

O restante do time jogou corretamente sem comprometer.

Bem, só até os 34 minutos do segundo tempo, quando Renato para apimentar mais o jogo e, "talvez com peninha de seus ex-comandados", substituiu o Washington pelo Fabinho.

Poupar o Washington foi uma boa, principalmente porque a fatura já estava liquidada. Mas, colocar o Fabinho? Provou mais uma vez, o nosso treinador, que gosta de emoções fortes.

Fabinho esteve em campo exatos dezesseis minutos, já que o árbitro levou o jogo até os 50 . Pois bem, esse pouquíssimo tempo foi o suficiente para a torcida tricolor se desesperar, pois voltou a fazer tudo errado. Não marcou ninguém, rodou que nem uma baiana, com os braços abertos como sempre, procurando um modo de empurrar os adversários. Até que conseguiu a proeza de fazer um pênalti bobo, sem a mínima necessidade. E o jogo que era para ter um placar dilatado, ficou nos minguados 2x1.

Realmente, não há a mínima condição de um ser humano com um QI razoável entender o que se passa na cabeça do Renato quando coloca o Fabinho em campo. Creio que nem Jesus Cristo, se voltasse à Terra, seria capaz de perceber.

Bem torcida tricolor, agora é agüentar o chatíssimo jogo com o Mesquita e o clássico com o Botafogo, para depois termos uma nova noite de gala pela Libertadores.

Dá-lhe Fluzão.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Semana de boas notícias e uma grande preocupação.

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O jogo com o Libertad

A vitória e a primeira colocação no grupo. Com dois jogos a realizar no Maracanã, as chances de manter essa posição são quase absolutas.

Sobre o jogo em si, como era de se esperar, não foi uma apresentação ao nível da partida contra o Arsenal. Mesmo assim, deu para o gasto. Conforme estampou em sua primeira página, o Diário ABC, do Paraguai: "Com disciplina e paciência, o Fluminense conseguiu virar o resultado inicialmente favorável ao Libertad e sustentou o jogo com um 2x1 inapelável".

Na realidade, o time andou bem. Boas participações dos laterais, em especial Junior César, com uma preparação física fulgurante. Caiu um pouco de produção após a contusão no braço. Gabriel também teve boa participação, seu passe para o primeiro gol foi milimétrico.
Washington demonstrou mais uma vez sua habilidade de artilheiro. Assim que deve jogar, mais perto da área adversária.
Com Thiago Neves mais adiantado e Conca, Cícero e Arouca cuidando do meio-campo, o time pode se impor sem maiores problemas.
Continuam algumas falhas na defesa, principalmente de posicionamento. Ainda bem que não aproveitadas pelos atacantes paraguaios.
Há que se destacar também a boa atuação de Fernando Henrique, que ultimamente vem queimando a minha língua. Tomara que permaneça assim para alegria da galera tricolor.

No cômputo geral, o saldo foi positivo, principalmente porque a equipe não sentiu tanto a apagada atuação de Thiago Neves, que ontem não estava inspirado. Fato compreensível para um jovem de 23 anos que começa a ser superbadalado, não só pelos fãs como pelos oportunistas de plantão.

Se o Fluminense conseguir manter a eficiência até a volta do Dodô e, quem sabe do Leandro Amaral, as chances de realmente chegar às finais da Libertadores serão bem palpáveis.

A única coisa que não deu para entender foi a declaração do Renato, apontando o Ygor como o melhor da partida. Embora sua atuação não tenha comprometido, essa frase de efeito soa mais como uma tentativa de promover o seu protegido junto à torcida.

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Fluminense volta a ser destaque no cenário internacional

Após exaltar a atuação contra o Arsenal, a FIFA mais uma vez cita o Fluminense em seu site oficial. O destaque agora fica por conta do Thiago Neves, considerado pela entidade como o melhor jogador atuando no Brasil.

Para melhor ilustrar o fato, a versão aproximada do resumo da matéria, que em seu título se refere ao Fluminense como Fluzão.

Thiago flies the Fluzão flag
(Thiago desfralda a bandeira do Fluzão)

"Atualmente, os melhores jogadores de futebol do Brasil jogam na Seleção Nacional e na Europa, desde a mais tenra idade. Uma rápida olhada nas principais revelações da década passada certamente confirma essa teoria.

Como toda regra tem sua exceção, essa é Thiago Neves, que em menos de doze meses se transformou em um dos mais eletrizantes, produtivos e cobiçados jogadores brasileiros. Um camisa 10 clássico, cuja habilidade para driblar adversários e realizar passes e cruzamentos mortais o tornam o mais consistente criador de jogadas.

Chama ainda mais a atenção, sua habilidade de marcar a longa distância. Com um talento sutil para colocar a bola no canto da rede, com chutes de efeito de seu pé esquerdo, à la antiga Seleção do grande Eder, ele foi o motivo de pesadelos dos goleiros em 2007.

Reconhecimento Internacional

As atuações de Thiago Neves vêm emocionando a torcida, entusiasmando seus chefes e encantando Dunga, que o tem convocado sucessivamente, sendo a primeira vez no amistoso contra a República da Irlanda, em fevereiro.

Dunga parece acompanhar a série de desempenhos excepcionais do Tricolor, incluindo os 3 gols de Thiago na vitória contra o Flamengo por 4 a 1 na Taça Guanabara e o irrepreensível resultado de 6 a 0 contra o Arsenal na Copa Libertadores, mantendo devidamente o seu lugar no amistoso do Brasil conta a Suécia, no dia 26 de março.

Meta de títulos

Uma boa atuação no Estádio Emirates aumentaria a relação de pesos-pesados que são atraídos pelos altos salários na Europa. Especulações apontam para o AC Milan e Benfica, embora o presidente do Fluminense Roberto Horcades não tenha planos de vender seu bem premiado.

"Thiago não está indo para lugar nenhum", insiste. "O Fluminense não é um clube vendedor e sim comprador. Estamos lutando pela Libertadores e títulos mundiais".

Pode levar mais tempo do que para Ronaldinho, Kaká e Robinho até que seu imenso potencial seja percebido, mas parece inevitável que o mundo vai ver muito mais de Thiago Neves no futuro. Os torcedores do Fluminense esperam que seja na Copa Mundial de Clubes de 2008, no Japão".

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A notícia apreensiva

No momento em que o Fluminense reúne todas as condições para se tornar novamente uma potência internacional, com a possibilidade de conquistar a Copa Libertadores da América e conseqüentemente disputar o Campeonato Mundial de Clubes, a notícia publicada pelo Jornal Record, de Portugal, reproduzida a seguir, acende o sinal de alerta para a torcida tricolor.

Thiago Neves por 8 milhões
ÁGUIAS QUEREM PRODÍGIO DO FLUMINENSE

"Thiago Neves é, neste momento, o principal alvo do Benfica para suceder a Rui Costa como número 10 do clube da Luz na época 2008/2009. Ao que Record apurou, os encarnados há muito que seguem o prodigioso médio do Fluminense e já há contactos entre os dois emblemas. Apesar do clube carioca estar a elevar a fasquia (começou por fixar o preço na avultada soma de 30 milhões e depois desceu para os 10/12), os responsáveis do clube da Luz já sabem que o negócio se poderá fazer por aproximadamente 8 milhões de euros.

Com 23 anos cumpridos no final de Fevereiro, Thiago Neves é um dos jogadores mais cobiçados no Brasil, tendo mesmo ganha a Bola de Ouro referente a melhor jogador do campeonato canarinho, onde em 33 jogos realizados apontou 12 golos, uma cifra notável, tratando-se de um médio ofensivo.

A confirmar-se a viagem para Portugal esta não será a primeira vez que Thiago Neves tem uma experiência no estrangeiro. Em 2006 foi cedido por empréstimo do Paraná aos japoneses do Vegalta Sendai. Rumou, depois, ao Fluminense onde “explodiu”. O seleccionador brasileiro, Carlos Dunga, já o chamou para treinar com o escrete mas, para já, só está garantida a presença na selecção Sub-23 que irá marcar presença nos Jogos Olímpicos de Pequim".

Conhecendo o histórico de nossa diretoria com relação a negociações de nossos craques, a preocupação realmente toma conta da torcida tricolor, que começa a vislumbrar a possibilidade do sonho do Mundial de clubes não se concretizar.

Sobre a notícia em si, há que se destacar a autoconfiança dos representantes do Benfica, que afirmam saber que o negócio poderá ser feito por aproximadamente 8 milhões de euros.

Então para que pedir 30 milhões, reduzir quase que em seguida para 10-12 e acertar por 8, quando com um pouco de paciência e sangue frio o negócio poderá ser realizado por quantia bem superior no próximo ano?

Outra questão intrigante é porque o Fluminense sempre negocia prioritariamente com Benfica e Porto, clubes de menor poder aquisitivo que os espanhóis, italianos e ingleses. Roger, Carlos Alberto, Diego Souza são exemplos típicos, revendidos posteriormente por quantias bem superiores às que o Fluminense recebeu.

A torcida tricolor confia plenamente que o presidente Horcades não irá perder a oportunidade de projetar novamente o Fluminense como time de ponta, aguardando a ocasião mais oportuna para negociar o seu craque mais badalado, certamente com cifras realmente compensadoras para o clube.

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Leandro Amaral

Nova liminar, nova vitória. No futuro, pode haver outra reviravolta e retorno do vínculo com o Vasco.

Agora, mais do que nunca, vale o alerta daquele aquele advogado, raposa velha, de que “em pata de cavalo e cabeça de juiz não se deve apostar”.

Na verdade, é impossível afirmar onde está a verdade. As declarações do atleta sinalizam para o fato de que ele não foi suficientemente orientado por seu empresário na hora da assinatura do contrato. O empresário diz o contrário. O fato de o empresário depor a favor do Vasco é estranho, pois afinal de contas quem pagava o seu salário era o próprio atleta. Em suma, uma complicação só.

O próprio tratamento diferenciado por parte da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, reclamado pela diretoria tricolor, com ameaças de rompimento, mostra que o caso é complicado e está longe de acabar.

Assim, talvez a melhor alternativa seja negociar com o Vasco. Se Fluminense e patrocinador jogam dinheiro pela janela, como no caso recente da notícia veiculada sobre a possibilidade de rescisão do contrato de Gustavo Nery, que poderá receber cerca de R$ 1,5 milhões pela participação em apenas três jogos, por que não tentar um acordo?

O fato do Eurico Miranda dizer que está de relações cortadas com o Fluminense poderá ser contornado, visto que o próprio Vasco, no passado, já aprontou em diversas ocasiões com o Fluminense. Os mais contundentes foram os casos de Dé, que chegou a posar com a camisa do Fluminense e no dia seguinte estava no Vasco e o aliciamento do Alexandre Torres, que prestes a renovar com o Flu, acabou se transferindo para o bacalhau.

domingo, 16 de março de 2008

Americano: a vítima da vez.

2x0, vitória tranqüila, num campo pesado, com o time nitidamente se poupando para evitar contusões. Boa a decisão do Renato de não escalar alguns titulares, pois o jogo com o Libertad será muito mais difícil. Só não entendi o porquê de poupar o Ygor, pois nem titular ele deveria ser. Na verdade, se houvesse em nossa diretoria alguém que entendesse de futebol, ele nem seria contratado. Demonstraram que só olham para o próprio umbigo, pois se tivessem assistido a algumas de suas atuações pelo Vasco, jamais teriam cometido tal atrocidade.A única vantagem no fato do Renato morrer de amores pelo Ygor, como já salientado em comentários anteriores, é que assim seu outro protegido, o Fabinho, fica longe do time.

Vi o jogo pela televisão, pois decidi nunca mais ir ao estádio quando o Fabinho for escalado de saída. Penso que as torcidas adversárias devam se deliciar com suas lambanças. Não existe uma jogada sequer que não lembre um vídeo-cacetada.

Ainda bem que dessa vez Fernando Henrique não falhou, pois as coberturas ao Rafael foram ruins, ensejando ao Americano certa pressão por aquele setor, principalmente no primeiro tempo. Postar Maurício e Fabinho como volantes, é gostar de emoções fortes.

Renato perdeu uma ótima oportunidade para testar uma formação com o Roger no lugar do Ygor e Carlinhos na lateral direita. Há necessidade de se saber suas reais condições, após tanto tempo de inatividade. Se ele estiver no mesmo patamar do que o apresentado nos jogos da Copa do Brasil, pelo menos para o banco deverá ser relacionado.

Washington também deveria ter sido poupado um pouco, talvez substituído por volta da metade do segundo tempo. É o único atacante de ofício da equipe e já vem demonstrando certo cansaço, perdendo oportunidades que jamais perderia em condições normais.

De resto, o time é esse mesmo. Ainda tentaria o Thiago Neves mais adiantado, com o Cícero auxiliando o Conca na criação. Cícero é melhor que Thiago na marcação e Thiago melhor que Cícero nas arrancadas e conclusões.

Agora, só resta aguardar a próxima quarta-feira, esperando que o time emplaque uma apresentação digna das tradições do Fluminense. Se jogar metade do futebol que jogou contra o Arsenal, ganha fácil no Paraguai.

Saudações Tricolores.

quinta-feira, 13 de março de 2008

2x2 com o Resende. É dose!

É gente, hoje não deu. Jogamos mal. Após um gol aos quatro minutos, o time partiu que nem um bando de loucos, achando que seria fácil dar outra goleada. Todo mundo se mandou, até o Ygor. Se ele já é uma temeridade lá atrás, imaginem na frente. Perde a bola, propicia contra-ataques e creu no Flu. Bastaram dois ou três contra-ataques do Resende para a vaca ir para o brejo.

Mas, no fundo, a culpa não é dele, não. Coitado, é mais uma vítima de algum gozador, que botou em sua cabeça que ele deveria ser jogador de futebol. O mesmo ocorre com o Fabinho. As pessoas deveriam ser conscientizadas a escolher a profissão de acordo com suas aptidões. Aqueles que têm facilidade para as ciências exatas poderiam ser engenheiros, economistas, contadores. Os que têm as mãos firmes, médicos, dentistas. Os com aptidões, mas que não possuem condições financeiras para cursar uma universidade, podem se realizar através de cursos técnicos, eletricistas, mecânicos, enfermeiros e assim por diante.

O que não deve ser feito é forçar a barra para tentar praticar uma profissão para a qual não se tem nenhuma afinidade. Ygor e Fabinho não possuem habilidade para jogar futebol. Deveriam tentar profissões que não exigissem tanta coordenação motora. Assim, não estariam enchendo a paciência de quem paga caro por um ingresso para assistir a uma partida de futebol e acaba se amolando com tantos erros e jogadas ridículas.

Voltando à seriedade que a torcida tricolor merece. Está ficando provado que a formação com o Washington isolado na frente torna o time presa fácil para uma defesa bem postada. Se com essas equipes modestas do interior do estado, o Fluminense tem tido tanta dificuldade, será fácil imaginar o que acontecerá quando se defrontar com Boca, Racing e até mesmo o Genérico Paulista. Não vai dar.

Renato querendo ou não vai ter que colocar o Thiago Neves ao lado do Washington, pois este isolado na frente, é facilmente marcado. Conca e Cícero darão conta da criação. A marcação poderá melhorar com o Roger, ou qualquer outro que não o Fabinho, no lugar do Ygor.

As entradas de Rafael e David não tem acrescentado nada de positivo. Talvez seja a hora de dar uma oportunidade ao Carlinhos. A causa de tanta teimosia é um mistério que assola as mentes tricolores.

Na coletiva após o jogo, ao ser interrogado sobre a possibilidade do Fluminense contratar algum atacante para disputar a Libertadores, Renato declarou que teria que agir com muita cautela, pois a inscrição de novo atleta na Libertadores só poderá ser efetuada, mediante substituição. E aquele atleta cortado não mais poderá ser reinscrito. A solução parece óbvia: basta tirar o Fabinho e o Ygor, abrindo duas novas vagas para jogadores de qualidade, sem necessidade de perder as inscrições de Dodô e Leandro. Além disso, certamente a torcida ficará tão grata, que é provável até que encomende uma estátua do Renato para colocar no salão nobre do clube.

Renato acrescentou ainda que não existem nomes disponíveis, chegando a pedir ao repórter que o interrogava, alguma indicação. Menos, Renato, menos. Afinal, você é ou não profissional de futebol? Embora a função seja sua, vai aí uma dica: Denis Marques. Ele chegou a ser cogitado por ocasião do planejamento do plantel. Pode ser que o salário pago ao Leandro seja suficiente para trazê-lo. O fato é com Washington sozinho à frente, não vai dar mesmo.

Está mais do que na hora, Renato de parar de falar e agir com profissionalismo. Há que se poupar alguns jogadores no jogo com o Americano. Os candidatos normais para isso seriam Gabriel, Júnior César, Thiago Neves e Washington, que têm demonstrado cansaço excessivo. Poderemos perder o jogo? É um risco, mas e daí? Muito mais importante é fazer uma apresentação digna contra o Libertad. Além disso, qual o percentual de risco de não se classificar para a semifinal da Taça Rio? Quase nenhum, com esse monte de times molambentos, que só estão aí por politicagem dessa cartolagem fajuta de dirige o futebol do estado.

Vamos aguardar as decisões do Renato. Enquanto isso, tricolores, façamos uma corrente para ver se alguém na diretoria ouve as nossas súplicas.

domingo, 9 de março de 2008

Horcades nega a saída de Thiago Neves. Será mesmo?

O site do globo.com dá conta que o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, garantiu que não negociará o meia Thiago Neves para clube algum neste momento e que ninguém está autorizado a negociar nenhum jogador.

__"Falaram do Thiago Neves, mas não houve proposta e nem vai haver" ·

__"O Fluminense é clube comprador, não é vendedor. Estamos brigando pelo título da Libertadores e pelo Mundial. Ninguém sai".

__ "O Fluminense não vai se desfazer de nenhum atleta neste momento, a torcida pode ficar absolutamente tranqüila".

Meu querido Presidente. Louvável a sua atitude, mas me permita discordar frontalmente de suas declarações. O Fluminense não é um clube comprador. Pelo contrário, é vendedor e muito mal vendedor, aliás. Liquidou várias gerações de Xerém a preços vis e, como prova, veremos no próximo Campeonato Brasileiro uma série infindável de equipes reforçadas por atletas revelados pelo clube, sem nenhum retorno significativo para seus cofres.

Por isso, a torcida não pode ficar absolutamente tranqüila. Ela teme que seus assessores não comunguem de suas idéias. O próprio Tote Menezes fez menção à venda do Thiago, declarando que havia pedido ao representante do Milan que formalizasse uma proposta. Há alguns dias atrás, foi o Marcelo Penha que, após ver frustrada uma negociação com o Palmeiras, totalmente lesiva ao Fluminense, disse que o Arouca estava na vitrine e que poderia ser negociado.

Presidente, algo deve estar acontecendo sem o seu conhecimento. A torcida tricolor não consegue entender porque esses senhores insistem em se desfazer dos melhores atletas. Em seu lugar, abriria os olhos e procuraria apurar o real objetivo dessas especulações. Veja bem, eles conseguiram acabar com o plantel atual. Não temos reservas à altura dos titulares. O jogo com o Friburguense deveria servir de exemplo, pois ao perder o Dodô, o Renato teve que substituí-lo por um meia. Liberaram o Soares, mesmo sabendo que o contrato com Leandro Amaral era uma incógnita.

Agora, com a confirmação do afastamento do Dodô por cerca de dois meses, a falta do Soares será bastante sentida. Situação claramente previsível quando se tem pela frente a disputa simultânea de várias competições importantes.

No caso do Thiago, a matemática para um bom negócio é simples. O atleta tem 22 anos. Seu contrato, três anos de duração. Sua permanência no plantel permitirá a obtenção de títulos internacionais expressivos. Resultado: maior valorização. Em vez de vendê-lo no momento por 10 ou 15 milhões, essa cifra poderá se situar na casa dos 50 ou mais. O negócio será melhor para todos, inclusive para o próprio atleta, que poderá ter outras opções, além do primeiro clube interessado. Risco? Claro que há. Os bons negócios sempre envolvem um pouco de risco, razão direta de serem lucrativos.

Talvez tenha chegado a hora do nosso Tricolor agir com mais profissionalismo. A postura adotada por seus colaboradores diretos indica que eles não entendem nada de futebol e negócios, ou que seus interesses caminham em sentido diametralmente opostos aos do Fluminense.

Há que se dar uma basta nas atividades perniciosas desse pessoal, que agindo sorrateiramente nas Laranjeiras, vêm dilapidando o patrimônio tricolor. A torcida espera confiante, prezado Presidente, que V. Sa. se assessore de verdadeiros tricolores, ou que pelo menos, corte as asas desses "quinta-colunas".

sábado, 8 de março de 2008

Apesar do placar, uma vitória difícil

Já era de se esperar que, depois do esforço despendido no jogo com o Arsenal, os atletas iriam sentir cansaço. A exuberância daquela apresentação também contribuiu para que a maioria descalçasse as sandálias da humildade e passassem a usar escarpins, ainda que com saltos discretos.

Não se iludam com o placar. À primeira vista, 5x2 sinaliza para um jogo fácil. Não foi. O Friburguense esteve na frente do marcador por duas vezes e o Flu só conseguiu empatar aos trinta da etapa final, quando o adversário já contava com um jogador a menos. Ainda bem que a vitória veio.

A partida deu margem a algumas conclusões. Talvez seja melhor o Renato poupar alguns jogadores nas partidas da Taça Rio, pelo menos em parte delas. Thiago Neves, Washington e Júnior César têm corrido muito e podem sofrer distensões.

A volta da mão de alface nos remete às preocupações antigas. Falhas assim em jogos com adversários mais fortes serão mortais. É só lembrar da semifinal da Taça Guanabara.

Ygor definitivamente não pode ser titular desse time. O pior é que o substituto preferido pelo Renato é o Fabinho, o que nada significa.

Mesmo assim, valeu Fluzão. Massacramos mais um.

Oh urubu.... pode esperar.... a tua hora vai chegar!

FIFA destaca atuação tricolor


Caros tricolores, não se impressionem com as declarações dos recalcados, que alegam ser o Arsenal um time fraco. Certamente esqueceram que há menos de seis meses, pela Copa Sul-Americana, eles eliminaram San Lorenzo, Goiás, Chivas Guadalajara, River Plate e América, do México, sem perder nenhum jogo nos campos dos adversários.

Enquanto os "contra-Flu" de plantão esnobam a exibição irretocável, o site da FIFA posiciona o Arsenal da maneira correta, como já haviam feito os diários esportivos argentinos "Olé" e "Clárin". Aí vai a redação da FIFA e sua tradução aproximada.

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Surprise of the week
Fluminense 6-0 Arsenal
Goals: Thiago Neves 13, Dodo 24, 51, Gabriel 44, Washington 71, Cicero 85

While it came as no real surprise to see Fluminense overcome Arsenal at the Estadio Maracana on Wednesday evening, few expected them to put six past their guests. It was an outcome made all the more surprising by the fact that the Sarandi side won the 2007 Copa Sudamericana without losing a single game on foreign soil. El Arse had no answer to the irresistible form of Dodo and Co, however, as they crashed to the worst ever away result by an Argentinian side in Copa history.

Surpresa da semana
Fluminense 6-0 Arsenal
Gols: Thiago Neves 13, Dodô 24, 51, Gabriel 44, Washington 71, Cícero 85

Não seria surpresa o Fluminense vencer o Arsenal no Estádio do Maracanã na noite de quarta-feira, mas poucos esperavam que eles fizessem seis contra seus adversários. A vitória foi ainda mais surpreendente porque o time de Sarandi venceu a Copa Sul-Americana de 2007 sem perder um único jogo em terras estrangeiras. El Arse não teve respostas para a habilidade irresistível de Dodô e companhia e obteve o pior resultado de um time argentino na história da Copa.
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É isso aí tricolores. Se a diretoria não atrapalhar com sua ganância desmedida e desmontar o time a preço de banana, como sempre faz, o Fluzão tem chances de realizar excelentes campanhas, não só na Copa Libertadores da América, como também no Campeonato Brasileiro.

quinta-feira, 6 de março de 2008

E os argentinos dançaram ao som do olé.

FLUMINENSE 6 X O ARSENAL


Foi uma noite perfeita. A exibição perfeita, o placar perfeito, a torcida perfeita. O resultado nem conta tanto perto da exibição de gala do time. Verdadeiro massacre, show de bola, um autêntico “tango com chocolate”. Parece que não combina. Mas para a torcida tricolor combinou e muito.

Sábio goleiro, o Cuenca, que, do alto de sua experiência, tomou um cartão amarelo aos 37 minutos do primeiro tempo por fazer cera. Fato inusitado. O time perdia por 2x0 e o seu goleiro fazia cera. Compreensível, pois era ele quem estava vendo de frente, em primeira mão, o avassalador carrossel tricolor. Sabia que, se conseguisse manter os 2x0, sua equipe sairia no lucro. Infelizmente, para ele, o juiz acabou com sua pretensão, e aí não restou alternativa a não ser apanhar a bola no fundo das redes durante a noite toda.

Foram dezesseis chutes desferidos contra a meta argentina e apenas dois contra o Fluminense, um em cada tempo. O domínio foi total, que nem vale a pena comentar a partida. A destacar apenas a beleza dos gols, principalmente o quarto, o segundo do Dodô, um dos mais bonitos que o Maracanã já presenciou.

Nota 10 para todos, para Renato, para os atletas que estiveram em campo, para os que não chegaram a entrar, mas que vibraram muito a cada gol conquistado pelos companheiros. Nota 10 até para o Fabinho, porque hoje não é dia para críticas e sim para enaltecer a esmagadora vitória.

Os “contra” de plantão sempre haverão de desdenhar a vitória maiúscula, como aquele apresentador paulista do Sportcenter. Simpático, sereno, mas que declarou que o time (do Arsenal) é fraquinho. Esqueceu-se de que o fraquinho é o atual campeão da Copa Sul-Americana e que conquistou o título sem perder nenhum jogo fora de casa. E que, além disso, é argentino. Fraquinhos são os times contra os quais jogaram os paulistas, e mesmo assim só foram derrotados depois de muito esforço e com gols fortuitos, de pura sorte, como aconteceu com o genérico de lá. No fundo, deve ser frustração por não ter tido o bom gosto de escolher o clube certo: o verdadeiro tricolor.

Nesse aspecto, os próprios argentinos foram mais realistas, como atesta o comentário do diário esportivo “OLÉ” em seu site, reproduzido abaixo.


Sin anestesia

"Arsenal, campeón vigente de la Copa Sudamericana, fue goleado esta noche por Fluminense por 6 a 0 en el histórico estadio Maracaná de Río de Janeiro, en el partido que completó la segunda fecha del grupo 8 de la Copa Libertadores de América".

"El final del cotejo mostró una pálida imagen de Arsenal, algo muy extraño, ya que habitualmente juega de manera correcta e inteligente fuera de Sarandí y a un Fluminense vistoso y demoledor ante casi 36 mil espectadores".

É, caros hermanos, “a pálida imagem do Arsenal, algo muito estranho” por vocês questionada, não foi devida a nenhuma deficiência da equipe portenha e sim à perfeição do Fluminense, que sapecou a maior goleada de um clube brasileiro num argentino.

Mas, voltemos ao Maracanã. A noite começou com os bons augúrios trazidos pela simpática Maria Chuteira, que informava à torcida tricolor que o comandante do policiamento havia dito que “o pó estava liberado”. Pó de arroz, é claro.

Mesmo com a tentativa de liminar por parte de um promotor do estado, a justiça manteve sua decisão inicial e permitiu que a torcida extravasasse sua alegria do jeito que estava acostumada a fazer. Olha aí, promotor. A cidade está cheia de bandidos, criminosos de colarinho branco e V. Sa. se preocupa com o pó de arroz. Que coisa esdrúxula! Parece ação de rubro-negro, vascaíno, botafoguense, sei lá.

Enquanto o time passeava em campo, a torcida dava o seu toque de classe. A cada gol, Alberto Bial vibrava e pulava como criança. Nas especiais, aquela jovem tricolor pela primeira vez via seu clube disputando uma partida internacional, ao lado de seu pai, rubro-negro doente, como ele mesmo se auto-intitulou, que torcia e vibrava com a atuação do Fluminense. Magia tricolor, capaz de cativar até o adversário mais ferrenho, deixando-o sem alternativa, a não ser a de se incorporar à galera e participar da festa numa noite iluminada.

E a turma que veio do Maranhão especialmente para ver o jogo. Simpáticos e felizes, só tinham contra si o charuto de cheiro horroroso que fumavam, como um cachimbo da paz, a cada gol.

Na saída, o encontro casual com um velho amigo. Usando uma réplica do chapéu do papa, levava pela mão o filhinho que, pela primeira vez, pisava no estádio. Pé quente, o tricolorzinho. Estréia melhor, impossível. Esse jamais deixará de curtir a paixão pelo Fluminense.

É isso aí, torcida tricolor. Vamos comemorar, porque jogando desse jeito, a classificação “está no papo”.

domingo, 2 de março de 2008

Cabofriense: uma retomada tranqüila

Foi um jogo fácil. É bem verdade que o adversário não exigiu muito. O primeiro tempo meio sonolento, o segundo mais dinâmico.

Alguns jogadores ainda longe de sua forma atlética ideal, em especial Dodô, Conca e Gabriel. Os dois primeiros pela falta de seqüência de jogos. Devem melhorar com o decorrer das partidas. Quanto ao Gabriel, acho que não tem mais jeito. Voltou a jogar aquela bolinha de quando estava no Genérico Paulista e que acabou ocasionando sua dispensa. Precisa se condicionar bastante para tentar ganhar uma vaga no time. Hoje só joga por pura proteção. O pior é que o Rafael, nas vezes que o substitui não acrescenta muita coisa. Talvez fosse a hora de dar uma oportunidade ao Carlinhos, pelo menos no banco. Afinal, foi ele o titular durante a campanha da Copa do Brasil.

De um modo geral, o time melhorou. O meio campo está mais consistente, a equipe mais compacta, enfim o “esquema do queijo suíço” parece que não volta mais. Não existe mais a ligação direta na base dos chutões. Observaram quantos passes em profundidade deu o Conca? Convido quem não assistiu ao jogo, a ver os melhores momentos.

A defesa não pôde deixar de dar um vacilo. Quase sempre tomamos gols bobos de adversários fracos, o que é preocupante.

Fernando Henrique apresenta melhoras. Foi ovacionado pela torcida quando agarrou uma bola sem soltar, no final do primeiro tempo. Não pude discernir se eram palmas de alegria ou de gozação. Algumas pessoas a minha volta garantiram tratar-se de uma gozação. Não sei, não posso afirmar, pareceu-me mais uma manifestação de alívio. Estaria acontecendo o impossível?

Mesmo assim, ainda não passa confiança total. Na cobrança da falta que bateu no travessão, estava mal colocado e no gol um pouco adiantado. Não se pode afirmar que foi uma falha, a zaga é que realmente deu bobeira mas, de qualquer modo, a mania de dar sempre um passinho à frente, sem muita, lógica continua. Gostaria que a diretoria se esforçasse para contratar um goleiro mais seguro. Vai aí uma dica: Navarrette, do América, do México. Só vi o jogo contra o River Plate. Se jogar sempre assim, é sopa no mel. Precisa ser observado em outras partidas. Sua transferência pode não ser tão difícil, porque ele é reserva. O titular é também o goleiro da seleção mexicana.

Júnior César surpreendeu. Errou quase nada. Além do passe para o gol, deu dois outros, rasteiros, muito bons, não aproveitados pelos atacantes. Na defesa, não deixou buracos e recuperou algumas bolas difíceis.

Para o jogo com o Arsenal, será preciso mais velocidade. Não se pode enfrentar equipes argentinas com a apatia demonstrada na primeira fase. Melhor que teremos a volta do Thiago Silva. Ideal é que voltasse no lugar do Ygor, com o deslocamento do Roger para atuar como volante. Mas isso é o mesmo que um sonho numa noite de verão, pois dificilmente o Renato abrirá mão de seu indicado. Enquanto isso, o Diego Souza joga muito bem no Palmeiras. Fatos inexplicáveis da nossa diretoria.

O placar de 3x1 foi pequeno. Se forçasse um pouquinho mais, o Fluminense poderia ter dado uma goleada.

Ah, mais uma coisinha. Observei o Marcão com muito cuidado. Não é o mesmo do passado, mas ainda apresenta mais futebol que Ygor e Fabinho, contratados justamente para substituí-lo. Irônico, não?

Interessante a letra que a torcida introduziu naquela musiquinha “chororô”, em solidariedade ao Botafogo, Cienciano e Madureira. Acho melhor não reproduzi-la aqui. Mas prestem atenção que ela deve estar presente em outros jogos do Fluzão.

Para finalizar, é preciso destacar um fato que passou despercebido por grande parte da torcida. Estavam lado a lado nas áreas técnicas Renato, pelo Flu e Ailton, pela Cabofriense. Exatamente a dupla que detonou o urubu no ano de seu centenário. Eta, lembrança boa! E para relembrá-la em toda a plenitude, vai aí a repetição daquele momento mágico. Rala urubuzada! Com o Fluzão não tem chororô não, tem mesmo é chocolate!