Inconcebível a ideia de barrar Marcos Junior para escalar o Rhayner. |
Noite ruim resultado inesperado e liderança por um
triz. Foi uma jornada para esquecer, mas
nada que tire o sono da Torcida Tricolor.
O objetivo principal está logo ali e começa no
próximo dia treze.
A classificação do Grêmio alerta para a necessidade
de mais apuro nos treinamentos e principalmente na escolha dos que irão jogar.
O passado já demonstrou que as “escalações cautelosas” não foram bem sucedidas contra os gaúchos,
principalmente quando o jogo é em Porto Alegre.
A apresentação de ontem serviu para mostrar algumas
evidências que espero tenham sido observadas pelo Abel.
A primeira delas é que não temos reservas em
condições de serem titulares absolutos.
Alguns poderão suprir eventuais ausências,
outros nem isso.
A outra é a necessidade de Cavalieri estar sempre
presente daqui para frente. O goleiraço precisa estar melhor condicionado,
principalmente para não ser surpreendido nas saídas do gol.
Não gostei de ele ter ficado estático no lance do
gol do Botafogo, embora de sã consciência não se possa imputar-lhe falha no
gol.
No segundo gol do Friburguense, porém, acho que sua
saída foi precipitada e, pior ainda, foi parar na metade do caminho e dar ao
Ziquinha a única possibilidade de sucesso: o lance por cobertura.
Tudo isso sem contar as péssimas reposições de bola,
que levaram o Abel à loucura.
Mais uma deficiência que salta aos olhos é manter
uma linha atacante formada por Rhayner e Samuel.
Atabalhoados em demasia não conseguiram segurar a
bola um minuto sequer, do que se aproveitou o Friburguense para mandar no jogo
e infernizar a defesa reserva que não é lá essas coisas.
Rhayner já teve quatro oportunidades e não foi bem
em nenhuma delas. Talvez seja a hora de Abel dar um descanso a ele até estar
melhor condicionado.
Aliás, ainda não consegui conceber de onde saiu a
ideia de que ele é atacante, pois não dribla, não chuta e não passa com
precisão.
Até agora só mostrou ser útil quando joga mais
recuado auxiliando a marcação no meio de campo.
Uma coisa é certa: impossível pensar nele para as eventuais
ausências de Wellington Nem. Marcos Junior é um jogador muito mais incisivo e
com ele o time não perde tanto o poder de fogo.
Sobre Samuel, considerando a máxima de que “futebol é momento”, pergunto se não
seria a hora de dar uma chance ao Michael de começar uma partida. Em último
caso, nas ausências de Fred, talvez seja melhor jogar sem referência de área e
lançar o Rafael Sobis.
O panorama só se modificou com as entradas de Fred e
Marcos Junior.
E também de Eduardo, que melhorou a movimentação do
meio de campo. Sua eficiência mostrou claramente não haver a mínima necessidade
de avançar o Jean para dar oportunidades ao Diguinho ou a qualquer outro
volante.
Discretas as estreias de Felipe e Monzón, embora
tenham deixado a impressão que serão úteis com o decorrer das partidas.
Pelas atuações de ontem, Felipe mostrou que será
mais útil do que o Wagner para compor o setor criativo do meio campo nas
ausências do Deco.
O histórico de lesões do titular sinaliza inclusive que
Felipe deverá estar presente num número maior de jogos.
Agora é azeitar o time titular para a Libertadores.
O campeonato estadual poderá vir mesmo com os
reservas, desde que melhores escolhidos.
E
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Fluminense 2 x 2 Friburguense
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ); Data: 30/1/2012
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ); Data: 30/1/2012
Árbitro: Bruno Arleu de
Araújo (RJ)
Auxiliares: Wagner de
Almeida Santos (RJ) e Jackson Lourenço dos Santos (RJ)
Gols: Jorge Luiz, aos 2';
Ziquinha, aos 19'; Marcos Júnior, aos 25'
e Anderson, aos 38' do segundo tempo.
Cartões vermelhos: Rhayner
40'/2ºT
Fluminense: Diego
Cavalieri; Wellington Silva, Elivélton, Anderson e Monzón; Edinho (Fred,
12'/2ºT), Diguinho, Felipe e Wagner (Eduardo, 32'/2ºT); Rhayner e Samuel
(Marcos Júnior, 14'/2ºT). Técnico:
Abel Braga.
Friburguense: Adilson
Junior; Sérgio Gomes, Cadão, Diego Guerra e Flavinho; Zé Vitor, Lucas, Marcelo
(Elan, 21'/2ºT) e Jorge Luiz; Rômulo e Ziquinha (Lohan, 28'/2ºT). Técnico: Gérson Andreotti.
(fotos: Terra.com.br / Bruno Turano / Photocamera)