terça-feira, 28 de junho de 2011

Avaí 0 x 1 Fluminense. A retomada tricolor!

Conca voltou a brilhar e comandou o bom futebol tricolor

Enfim uma vitória convincente, a primeira de Abel nessa nova fase.
O Fluminense dominou a maior parte do tempo, jogando um futebol consistente mesmo  num gramado encharcado. Foram cerca de dezenove arremates a gol e não fosse a imprecisão na pontaria o time poderia ter voltado de Santa Catarina com uma goleada.
O esquema bolado pelo Abel funcionou e nem a expulsão de Rafael Moura aos 38 minutos da primeira etapa modificou o panorama do jogo.
É claro que pressionado pelo resultado e pela torcida, o Avaí voltou para a segunda etapa tentando sufocar, mas quando acertou o gol lá estava Diego Cavalieri mostrando e firmeza  e a sinalização talvez da volta da boa fase.
Conca voltou a brilhar, não só pelo gol, mas também pelos passes que colocaram seus companheiros na cara do gol. Num deles, Carlinhos acertou o travessão e noutro Marquinho perdeu a chance, cabeceando em cima do goleiro quando tinha o gol escancarado a sua frente. Deu a nítida impressão que cabeceou de olhos fechados.
Marquinho se redimiu pouco depois quando se livrou da marcação, escapou pela esquerda e centrou para a área. A bola passou por Rafael Moura e sobrou limpa para Conca, que com calma fuzilou o bom goleiro Aleks.
Mariano e Carlinhos melhoraram e dessa vez conseguiram apoiar o ataque com eficiência.
A defesa se portou bem nas bolas rasteiras, anulando praticamente todas as jogadas dos catarinenses, mas não se pode deixar que a vitória esconda a deficiência crônica nas bolas alçadas sobre a área.
No total foram seis oportunidades perdidas pelo Avaí em jogadas em que seus dianteiros subiram sem ser molestados e perderam. Duas com William, uma das quais salvas por Cavalieri no canto direito, duas por Fabio Santos, que conseguiu deslocar o goleiro, mas errou o alvo e duas por Rafael Coelho, uma delas com tanta liberdade que ao cabecear por cima do travessão, o atacante mordeu a camisa de raiva.
Esse é um ponto para o qual Abel deve se dedicar ao máximo, porque se contra o último colocado do campeonato atravessando uma fase ruim foram seis bobeadas, preocupa o que poderá acontecer contra adversários mais fortes.
Sem Rafael Moura, torço para que o Araujo esteja recuperado a tempo de enfrentar o Atlético Paranaense, quando uma vitória dará mais moral para o próximo jogo contra o urubu, já que a ratazana medrou de jogar no dia 7.
E DÁ-LHE FLUZÃO!

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Belletti abandona a carreira
Doze dias após anunciar acordo para jogar pelo Ceará, Belletti decidiu aposentar-se do futebol nesta segunda-feira, devido a problemas físicos. Em seu blog, escreveu:



“Por mais que eu queira seguir, o corpo não permite. O entusiasmo, a força de vontade e a superação não conseguem ser mais fortes do que as dores. Fui vencido pelo próprio corpo. Mais especificamente, pelos tendões de Aquiles".

Fica aí um alerta para o novo comando do Fluminense e seu bem intencionado patrocinador: investir em medalhões, principalmente os que vêm lesionados da Europa é muito arriscado e caro demais.
Enquanto isso, Arouca, cuja administração passada não se interessou em renovar o contrato em tempo hábil, acabou assinando um pré contrato com o São Paulo e hoje brilha no Santos.
Por mais que tente, Branco jamais conseguirá justificar a desídia com que tratou desse caso.  

sábado, 25 de junho de 2011

Há dezesseis anos o sonho do centenário do urubu virava pó... de arroz!


Na tarde de 25 de junho de 1995, o Fluminense jogava por terra o sonho do maior rival de se tornar campeão no ano de seu centenário com o histórico gol de barriga do Renato a quatro minutos do final da partida.

A urubuzada já comemorava o título quando recebeu a ducha de água fria (mais uma).

E é por essas e outras que a mídia cretina guarda uma mágoa incontida do Tricolor.

Num campeonato em que o Fluzão venceu três vezes o Flamengo a Torcida Tricolor, durante as comemorações pelo título, cantava a cantiga de roda  “Teresinha de Jesus” com a letra adaptada:

O primeiro três a um,
O segundo quatro a três,
          O terceiro três a dois
      
          e o urubu virou freguês.

Bem, não era bem urubu que ela cantava, mas deixa pra lá.

Quem quiser recordar mais um momento mágico do Fluzão é só acompanhar os melhores momentos do SporTV.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Adeus Vó Quita.

A Torcida Tricolor está mais triste. Perdeu a sua representante mais antiga, a torcedora  mineira  Vó Quita, de 114 anos de idade.

A notícia foi divulgada no site oficial do Fluminense, conforme transcrita a seguir:



 
Nota de Falecimento – Vó Quita
Ter, 21 de Junho de 2011 09:30 Assessoria de Imprensa

É com pesar que o Fluminense Football Club recebe a informação do falecimento de sua torcedora mais antiga, em todo o mundo. Maria Gomes Valentim, a Vó Quita, morreu, nesta madrugada, na cidade de Carangola, em Minas Gerais. No próximo dia 9 de julho, ela completaria 115 anos.

Tricolor de Coração, Dona Maria sempre fez questão de manifestar seu amor pelo Fluminense, que presta esta singela homenagem e envia seus sentimentos à família.

Obrigado, Vó Quita. Descanse em paz.

domingo, 19 de junho de 2011

Fluminense 0 x 1 Bahia. Ganhamos um goleiro, perdemos um time!

Cavalieri foi o único que se salvou. (foto: esporte.ig.com.br / AE)
Foi uma jornada para esquecer.  Abel foi com muita sede ao pote e acabou botando os pés pelas mãos.
A boa apresentação contra o Corinthians ficou completamente apagada face ao desacerto da equipe nesse sábado.
Estaria tudo perdido? Claro que não, Muricy também estreou com duas derrotas e acabou sendo campeão.
Abel precisa de um pouco mais de tempo para conhecer o plantel e tirar dele maior proveito. As substituições efetuadas nas duas partidas que dirigiu demonstram claramente que ele precisa avaliar melhor os atletas que tem à disposição.
O jogo em si foi um desastre. O ataque não funcionou, o meio de campo e a defesa também.
Ciro nitidamente sentiu o peso da camisa e não fez nada de útil durante todo o tempo em que esteve em campo.
Fred está mal, mas continua intocável. O que precisa ser dito é que Fred é um goleador, exímio arrematador, mas é preciso que jogue da maneira adequada. Essa invenção dele jogar de costas para tentar tabelinhas já está manjada pelos técnicos adversários.
Ainda bem que passará uma temporada na Seleção e jogando ao lado de jogadores que o municiem pode ser que reencontre o futebol do final de 2009.
Melhor ainda é que terá à disposição uma equipe médica de primeira, que poderá recuperar melhor suas condições físicas, devolvendo-lhe a coragem que está faltando para aqueles piques imbatíveis e que quase sempre terminavam em gol.
Se o time não estava bem, Abel com suas substituições acabou com qualquer possibilidade de êxito. Ao inventar a substituição do Conca pelo Matheus Carvalho deu uma de Dr. Silvânia e aí é que o time degringolou de vez, a ponto de tomar um contra-ataque mortal a partir de uma falta perigosa a favor, cobrada sem a mínima inspiração.
Com o passar do tempo, Abel verá que quando o time está mal com o Conca, a tendência é que piore sem ele.
Outra falha gritante da equipe foi o desperdício das faltas nas imediações da área baiana, cobradas com jogadas mal ensaiadas que não deram em nada, apesar da presença de cobradores habilidosos.
Caros tricolores precisamos nos conscientizar que nosso time atual é fraco. Enquanto a maioria dos concorrentes se reforçou, o Fluminense se enfraqueceu e com as más fases de Conca, Fred e Mariano e até pouco tempo do goleiro, fica difícil chegar a uma posição de estaque na tabela.
Precisamos urgentemente de uma nova defesa. Mariano deve passar por uma reciclagem até recuperar a forma do ano passado. Do jeito que está é quase impossível que o Wallace não faça melhor. O mesmo pode ser dito de Carlinhos e Julio Cesar. E que coisa horrorosa é a dupla formada por Gum e Marcio Rosário.
Uma vez mais estamos nas mãos do departamento médico, com a vã esperança de que consiga recuperar Deco e Araujo antes que seja tarde demais.
Ainda bem que Cavalieri resgatou a confiança no gol. Que continue assim.

E o inconcebível estigma de Xerém continua assolando as hostes tricolores.

Enquanto Mariano novamente não se apresentou bem, inclusive driblado pelo Ávine de forma tragicômica por ocasião do gol de Jobson, Jancarlos infernizou nossa combalida defesa. Está aí um lateral esquerdo que deveria ser tentado, provavelmente bem menos custoso que Carlinhos e Julio Cesar, que jamais conseguiram se firmar de modo convincente.

Carlos Alberto, até se contundir, comandou o ritmo do meio campo, ofuscando nossos badalados craques. Aliás, se a memória não falha, apenas uma vez conseguiu o Fluminense vencer qualquer time que seja que contasse com o Carlos Alberto.

E ainda teremos mais confrontos contra clubes reforçados por Xerém: Vasco, Flamengo, Botafogo, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Santos, Grêmio, Internacional...

Não há justificativa para tal situação, como comprova o aumento absurdo da dívida do clube. 

Enquanto isso, o pessoal que dilapidou o patrimônio tricolor por razões que nunca chegaram a vir à tona, continua assistindo tranquilamente os jogos pela TV.   

Do jeito que está, começo a achar que talvez fosse melhor que  cessassem os investimentos em Xerém.
Os dois próximos adversários não são bichos papões e o Fluminense tem a obrigação das duas vitórias para partir para o jogo com a ratazana com o moral elevado, senão será outro desastre.
Espero dias melhores para o nosso Tricolor.
E DÁ-LHE FLUZÃO!  

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Era Abel: as primeiras mudanças.

Carlinhos, Cavalieri, Souza e Ciro podem ser as novidades contra o Bahia.

Abel chegou, olhou e percebeu que não poderia perder mais tempo sob o risco de não conseguir nem uma vaga para a Libertadores do próximo ano.
Por isso tratou de atacar os problemas crônicos que perduram técnico após técnico.
 A Preparação Física
A primeira deficiência que constatou já era velha conhecida daqueles que acompanham o Tricolor com atenção.
Esse problema havia passado batido tanto por Muricy quanto pelo Enderson.
A incidência anormal de distensões musculares, que assola não só os veteranos como também os mais jovens, é um fato que deveria ser tocado de imediato, principalmente depois que Enderson declarou categoricamente que o período de treinamentos na Granja Comary visou unicamente melhorar as condições físicas dos atletas.
Pois bem, ao contrário do técnico marqueteiro, que colocou toda a culpa na estrutura do clube, Abel encarou o problema de frente e declarou que alguma coisa estava errada.
Paralelamente Cristiano Nunes, o preparador físico de sua comissão técnica, revelou a necessidade de trabalhos diferenciados para Deco e Fred para fortalecimento dos músculos.
Abel conversou também com Victor Favilla, coordenador médico, para saber detalhes sobre o procedimento adotado.
O Treinamento dos Goleiros
A preparação de goleiros, outro problema crônico, também tende a melhorar. Marquinhos, o novo treinador de goleiros, passou a dar ênfase aos treinamentos de saída do gol, deficiência recorrente há vários anos.
 Fernando Henrique, Ricardo Berna e Rafael nunca apresentaram melhoras nesse quesito, o que faria qualquer leigo desconfiar que a origem do problema estivesse mais no treinamento técnico do que propriamente nas habilidades dos atletas.
Já no treino de hoje, o preparador de goleiros Marquinhos insistiu nesse ponto, muitas vezes responsável por derrotas incríveis, treinando à exaustão todos os goleiros do elenco nesse fundamento.
Alterações na Equipe
Pelos treinos da semana, a tendência é que Abel dê uma nova oportunidade a Diego Cavalieri.
Ricardo Berna não é um mau goleiro, mas há algum tempo vem alternando bons e maus momentos. Com o treinamento adequado poderá em breve estar brigando novamente pela posição.
O treinador tem passado a impressão de que pretende que sua equipe jogue como aquela campeã estadual de 2005.
Edinho jogará parecido com o que fazia Marcão, volante que recuava para a zaga quando o time era atacado.
O segundo volante de 2005 era o Diego Souza na plenitude da forma. Para o jogo com o Bahia, devemos ir de Valencia mesmo, mas quem sabe essa vaga não sobra para o Souza quando o Deco retornar?
Por falar em Souza, com a contusão de Deco, ele deverá voltar ao meio de campo, o que corrigirá o equívoco inexplicável de seu afastamento até do banco de reservas, barrado por quem nem mais faz parte do elenco.
Após observar Julio Cesar por diversas vezes, Abel parece que resolveu dar uma chance ao Carlinhos. É mais ou menos trocar seis por meia dúzia, mas pode ser que a empolgação do Carlinhos em recuperar a posição lhe dê um gás adicional.
Leandro Euzébio, recém operado, voltou a ter problemas no mesmo joelho. Que coisa, heim? A entrada de Marcio Rosário é a pedida natural, já que parece que desistiram definitivamente do André Luiz.
Aí está um setor para o qual Abel terá que estar com atenção redobrada, pois a necessidade de pelo menos um zagueiro clássico se faz necessária. Ah que saudades do Thiago Silva!
Para o ataque, embora tenha declarado de que não deseje jogar com dois homens de área, pode ser que Rafael Moura e Fred apareçam juntos novamente. A alternativa é Ciro, que finalmente teve sua situação regularizada.
Como Fred desfalcará a equipe por sete rodadas, talvez fosse uma boa jogar parte do tempo com a dupla Ciro e Rafael Moura, porque com a contusão do Araújo as demais opções são de doer.
Confio no Abel e creio que ele conseguirá transformar o caos que encontrou num time que jogue pra frente e que ainda dará muitas alegrias a sua torcida.
A equipe para domingo deverá ser formada assim: Cavalieri, Mariano, Gum, Marcio Rosário e Carlinhos; Edinho, Valencia, Souza e Conca; Rafael Moura (Ciro) e Fred. Ainda tem o Diguinho correndo por fora para o lugar do Valencia.
E DÁ-LHE FLUZÃO!

domingo, 12 de junho de 2011

Corinthians 2 x 0 Fluminense. Não foi a estreia dos sonhos!


Para quem não assistiu ao jogo, o placar de 2 a 0 pode dar uma falsa impressão de que o Fluminense tenha sido completamente dominado em campo.
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Na realidade não foi o que aconteceu. Houve bastante equilíbrio, tendo o Tricolor mais posse de bola durante toda a partida.
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Nos chutes a gol o equilíbrio também foi marcante; onze chutes do Fluminense contra dez do Corinthians.
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Qual teria sido então a causa da vitória até certo ponto tranquila da equipe, paulista. Onde estaria a diferença?
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A diferença ficou claramente espelhada nas atuações dos goleiros. Enquanto Julio Cesar praticou cinco defesas bastante difíceis, nos dois únicos chutes perigosos em que foi chamado a intervir Berna falhou.
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E  pior, a primeira falha foi logo aos seis minutos. Desatento, o goleiro não percebeu que o único lugar em que Willian poderia cabecear era justamente em seu canto direito porque a proximidade do Gum impediria o direcionamento para o outro lado.
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Mais uma vez, Berna se posicionou mal e acabou pulando atrasado e tomando o gol. O lance não pode ser caracterizado como “frango”, mas que foi uma falha primária, lá isso foi.
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No lance que originou o penalti, a rebatida foi um tanto esquisita e para frente da área, equívoco primário, que não pode ser aceito em nenhum goleiro de time de ponta.
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Esse blog que clamou pela escalação do Berna no início do ano, por não concordar com o modo como ele havia sido barrado pelo Muricy depois das magníficas exibições nas últimas rodadas do Brasileirão passado, está a cavaleiro para pedir um tempo para o Berna.
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As falhas têm sido recorrentes e só para citar as principais: gol do Thiago Neves na semifinal da Taça Rio, os gols do América-MEX no Engenhão, o gol do Libertad também no Engenhão, muito semelhante ao de Thiago Neves, o primeiro gol do Nacional em Montevideu e o primeiro gol do Libertad em Assunção.
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Todas essas falhas pulverizaram o saldo conquistado no tricampeonato brasileiro. Hoje, Berna está devendo e o melhor para ele e para o Fluminense é que seja afastado para uma reciclagem com o novo treinador de goleiros.
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Abel é macaco velho, deve ter observado com cuidado as deficiências mais gritantes e não deve demorar a dar nova chance a Diego Cavalieri.
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Cavalieri que ainda não justificou o alto investimento em sua contratação, mas que poderá se firmar agora com a sequência de treinamentos e jogos.
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Abel estranhou a incidência de contusões musculares. Edinho, Araújo, Rodriguinho, Deco, tudo na mesma semana. Cioso e experiente como é deve dar uma olhada com mais cuidado na preparação física do clube, afinal Enderson declarou que na inter-temporada na Granja Comary a ênfase foi direcionada à preparação física em detrimento da parte tática.
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O time que Abel mandou a campo demonstrou personalidade, principalmente depois do abatimento pelos gols sofridos por falhas bobas. A meu ver, entretanto, houve falhas suas, tanto na escalação, como nas substituições.
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A primeira foi a colocação do Tartá no lugar do Araújo. Tartá nunca foi atacante, desde as divisões de base tem jogado melhor como meia. O resultado foi o isolamento de Fred, que pouco conseguiu produzir. Poderia ter tentado o Matheus Carvalho, atacante de ofício, ou mesmo ter começado com Rafael Moura, formação que ele já declarou não gostar, mas teve que lançar mão, face à inoperância do ataque.
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Quando Deco sentiu a contusão __ mais uma__, provavelmente influenciado pelas informações de seu antecessor, entrou com Marquinhos. Aí mesmo que tive a certeza de que a vaca iria para o brejo de vez.
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Marquinho corre que nem um maluco, mas produz muito pouco para equipe. Às vezes, saca um ou outro gol espírita, como aquele contra o Libertad, mas não passa disso.
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A pedida ali era a entrada de Souza, que tem mais habilidade para ajudar o Conca a municiar o ataque.
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Quando o Edinho sentiu, aí sim não tinha jeito mesmo a não ser o Marquinho.
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No fundo, não desgostei da equipe. Com o tempo, Abel tem tudo para consertar as coisas e escalar realmente os que tiverem em melhores condições.
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Preocupante apenas o fato que dos quatro atacantes do elenco, três estejam sempre às voltas com contusões, por isso a regularização do Ciro poderá vir a ser a solução que o Fluminense precisa.
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Como último pitaco, gostaria que o Abel pensasse com carinho na possibilidade de repatriar o Cícero como forma de dar mais consistência ao nosso meio campo porque não só eu, mas também grande parte dos tricolores, não acredita mais na recuperação física do Deco.
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Espero estar enganado, mas o fato é que quem já abriu mão do Thiago Neves não pode repetir o erro abrindo mão do Cícero.
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Mas nem tudo está perdido. Lembrem caros tricolores que no ano passado, na quarta rodada o Fluzão também estava com seis pontos.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Parabéns Vasco da Gama, campeão da Copa do Brasil!

Por trás dos grandes títulos sempre há um craque de Xerém



É isso mesmo, caros tricolores. A partir da década de 90, o Vale das Laranjeiras, em Xerém, vem colocando em vários clubes, não só do Brasil, como também do exterior suas revelações mais habilidosas, algumas inclusive sem disputar uma partida sequer pelo Fluminense.

O caso mais conhecido é o dos gêmeos Rafael e Fabio, laterais campeões da Premier League pelo Manchester United, enquanto o Fluminense continua com seu problema crônico da lateral esquerda.

Outro caso sui generis é o do Thiago Silva, que muitos torcedores e até mesmo cronistas esportivos ignoravam sua origem tricolor. Pelo menos foi repatriado e deu bastantes alegrias a nossa galera.

A desculpa para a dilapidação do patrimônio tricolor sempre foi a Lei Pelé e o maior poder aquisitivo dos clubes europeus contra os quais os brasileiros não conseguiam se impor.


Certo em parte, porque realmente a Lei Pelé é uma excrescência engendrada por espertos inescrupulosos e aprovada por políticos despreparados, que nada entendiam e ainda não entendem dos meandros das negociações regulamentadas pela FIFA.


As justificativas esfarrapadas caíram por terra quando as “pratas da casa” tricolores começaram a pipocar na maioria dos times de ponta do país.


Só para exemplificar, hoje temos revelações atuando como titulares no Vasco da Gama, Flamengo, Botafogo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Atlético Mineiro, além de várias promessas aguardando oportunidade no Internacional.


E assim vai se solidificando a rotina: a partir de 2009, a maioria dos títulos nacionais conquistados __Campeonato Brasileiro de 2009 e Copas do Brasil de 2010 e 2011__ contou com a participação efetiva de revelações do nosso Vale das Laranjeiras.

Que bom seria se o Fluminense não tivesse sofrido décadas de desmando em suas administrações.


A esperança reside na intenção do atual Presidente Peter Siemsen em colocar as novas revelações a serviço do Fluminense.


Para conseguir esse objetivo, entretanto, terá que enxotar os inúmeros empresários gananciosos que infestam Xerém.


E lógico, abrir cada vez mais os olhos para os espertos da Traffic, mantendo-os de preferência o mais distante possível.


Tomara que consiga.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A nova era. A Era Abel Braga.

(foto: Edgard Maciel de Sá / globoesporte.com)
Com a chegada do Abel, as coisas voltarão ao normal. Nada de proteções descabidas, afastamentos de atletas sem a mínima razão, homens de confiança insubstituíveis e outras mazelas. E claro, nada de retrancas covardes como as observadas no decorrer desse ano, desde os tempos das ratazanas.

A simples presença de Leomir na rodada passada já mostrou uma diferença da água para o vinho entre as apresentações contra São Paulo e Cruzeiro.

Tenho fé de que Abel corresponderá às expectativas da torcida e a confiança da diretoria, que bancou a espera de três meses.

Esse blog também viveu a torcida para que a vinda de Abel fosse concretizada por entender que seria melhor esperar por um técnico gabaritado que tivesse vínculo com o clube do que contratar algum outro, medalhão que fosse, e ter que demiti-lo no decorrer do campeonato.

A postagem de 18 de março de 2011, reproduzida parcialmente a seguir, clamava para que Siemsen esperasse por Abelão e hoje se regozija com o presidente que bancou a aposta.
Muricy já foi. Que Siemsen tenha paciência e sabedoria para esperar o Abel!
O que o Fluminense precisa é de alguém que vista a camisa, alguém que tenha vínculos afetivos com o clube e nesse quesito Abel Braga é imbatível.
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Não interessa que só poderá assumir em maio. Até lá um interino poderá levar o barco. Josué Teixeira ou mesmo Leomir poderiam ser essa pessoa.
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Espero que Peter Siemsen decida com sabedoria porque será bem melhor esperar um pouco pelo Abel do que ter que demitir qualquer um desses outros no meio do Brasileirão.
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Que Deus ilumine sua decisão.
O trabalho de Abel não será fácil. Na realidade, nosso elenco é formado em sua maioria por jogadores normais no mesmo nível dos adversários. Os poucos diferenciados, à exceção do Conca, quase sempre estão às voltas com o departamento médico.

João Marcelo Garcez, guru de muitos tricolores, alerta no Blog do Torcedor Tricolor para a necessidade de se aproveitar melhor as revelações de Xerém.

Esse deveria ser o caminho natural, mas a menos que o Presidente transforme radicalmente a política do clube, qualquer investimento nessa área será transformado em tiros n’água.

Wallace e Matheus Carvalho, promessas citadas por Garcez em seu artigo,  já têm seus direitos federativos comprometidos. Quarenta por cento de Wallace pertence ao Chelsea e parte não divulgada de Matheus já está de posse da Traffic, o que significa que quando o garoto explodir, no dia seguinte já estará de malas prontas para sair.

Uma lástima ter um “parceiro” como esse, que inevitavelmente direciona como única solução para a obtenção de títulos contratações de jogadores consagrados, já que os revelados pelo Fluminense brilham nos adversários e o pior é que recentemente muitos deles jogam em clubes brasileiros.

Ainda bem que temos o patrocínio da Unimed, patrocínio esse criticado por muitos visionários, que julgam que na situação atual teria o Fluminense condições de manter às próprias custas elencos vencedores.

E por falar em Unimed, li uma nota em que Celso Barros admitia sua admiração pelo Cícero e estaria disposto a trazê-lo, se fosse do interesse do Abel.

Tomara que dê certo, porque talvez seja essa a única chance que teremos de nos vermos livres desses volantes atuais que não enxergam um palmo adiante do nariz e não conseguem acertar passes a dois metros de distância.  

Boa sorte Abel e rumo ao Tetra!

domingo, 5 de junho de 2011

Fluminense 2 x 1 Cruzeiro. A volta do bom futebol.

Rafael Moura, correu, brigou e marcou os dois gols.  (crédito:Terra.com.br / Rafael Moraes / Photocamera)

Enfim consegui ver no jogo de ontem um vislumbre de time de futebol. E não foi contra um adversário qualquer e sim o Cruzeiro, há bem pouco tempo badalado como a melhor equipe brasileira.
Pois bem, dessa vez o Fluminense venceu com autoridade um dos candidatos reais ao título desse ano e por isso mesmo conseguiu uma verdadeira “vitória de seis pontos”.
Não que a apresentação tricolor beirasse às raias da perfeição, mas demonstrou claramente a nova filosofia de jogo da nova comissão técnica, que apenas com algumas modificações táticas alterou a postura de um time que só tentava se defender (e mal), transformando-o num outro que tentou partir para o ataque o tempo todo.
Tanto assim que foram cerca de vinte chutes ao gol de Rafael, cuja atuação evitou que o Cruzeiro sofresse um revés ainda maior.  
Deco fez uma das melhores partidas no Fluminense, jogou à vontade, talvez por saber de antemão que não seria substituído sem mais nem menos, como acontecia frequentemente.  Só não tirou nota dez porque deixou que Brandão lhe tomasse a bola na jogada que deu início ao gol de empate.
Com a companhia de outro meia criativo, Conca sobe de produção e em breve voltará a ser o mesmo craque do campeonato passado.
Destaque também para a participação de Valência, que não deu vida mansa para o Montillo, acertou um passe de mestre para Rafael Moura marcar o segundo e ainda salvou o empate no final em mais uma saída em falso de Berna.
O ataque com Araújo fica mais encorpado e até hoje não consegui entender nem aceitar o porquê de seu afastamento até do banco de reservas. Rodriguinho é esforçado, corre muito, mas é só isso e deve ser utilizado quando muito em condições especiais em que correrias sejam a única saída.
Rafael Moura foi outro que se destacou. Correu, brigou e fez o que se espera de um atacante de área, os dois gols da vitória.
Com a orientação para que atacassem mais, os laterais se soltaram e melhoraram seu rendimento, embora ainda estejam devendo em relação às apresentações passadas, principalmente Mariano. Com a sequência de jogos devem melhorar ainda mais.
Souza é outro que ainda mostrará sua utilidade. Nos poucos minutos em que esteve em campo quase faz um gol antológico.
E aí vai o Fluminense que a torcida gosta, sem chutões, com bola no chão, atacando sempre sem se importar quem tem pela frente.
E DÁ-LHE FLUZÃO! E DÁ-LHE ABEL! E DÁ-LHE LEOMIR!