Mágico mesmo é o quarteto do Tricolor Verdadeiro! |
Pensando melhor, o que temos mesmo é um sexteto! |
Cansei
de ouvir rodadas após rodadas loas ao quarteto mágico do São Paulo. Em qualquer
transmissão ou mesa redonda todos, sem exceção, não cansavam de afirmar que
sempre que Kaká, Ganso, Pato e Alan Kardec começaram jogando o São Paulo
venceu.
Por
outro lado via o melhor meia, disparado melhor que qualquer um desse quarteto,
ser criticado pela queda em seu futebol.
Para
os tricolores mais lúcidos a resposta para o “mau” desempenho de Conca era decorrente
do excesso de jogos no ano.
Enquanto
muitos atletas reclamavam de cansaço e pediam para serem poupados, Conca estava
lá, firme em todos os jogos, correndo o tempo todo e sem diminuir o ritmo de
seu esforço.
Não
é à toa que completou setenta e cinco jogos seguidos defendendo o Fluminense nos
campeonatos brasileiros desde 2009, até que o bendito terceiro amarelo o obrigou
a descansar.
É
isso mesmo, desde sua estreia Conca jamais deixou o Fluminense na mão.
Pois
bem, bastou que ele descansasse uma semana para que seu futebol voltasse a
aparecer e seu brilho ofuscasse não só o decantado quarteto paulistano, mas
todo o time do São Paulo.
Ouso
até dizer que se tivesse havido um pouco de sensibilidade por parte da comissão
técnica tricolor, não teríamos perdido tantos pontos para os clubes que brigam
para não cair e poderíamos, quem sabe, estar disputando o título com o
Cruzeiro.
Conca
esteve irrepreensível. Atuação de gala, um passe preciso para o Fred e uma
cobrança de falta que deixou Rogério Ceni ajoelhado.
Com
a volta do futebol do maestro, os demais também cresceram.
Fred
mostrou aos críticos mais ferrenhos que ainda pode ser bastante útil ao time. É
um matador nato com capacidade de arremate diferenciada, mas precisa que a bola
chegue nele minimamente em condições.
Cícero,
Wagner e Jean também deslancharam sob a batuta do maestro e o resultado foi uma
vitória maiúscula sobre o São Paulo em seus próprios domínios.
Cavalieri
também se destacou e aos poucos volta a ter as atuações seguras de 2012.
Marlon
cada vez mais demonstra ser o melhor zagueiro do elenco.
Falta
experiência? Sim, mas se não for colocado à prova jamais se transformará num
zagueiro de ponta.
As
atuações de Rafinha e Edson mostraram claramente que não será preciso renovar
os contratos de Diguinho e Valência, sempre às voltas com o departamento médico.
Jogadores
caros com baixas relações custo/benefício têm que ser descartados,
principalmente agora que as torneiras da Unimed ameaçam ser fechadas.
Com
Edson e Rafinha, os retornos de Higor e Lucas Patinho somados aos titulares o
Fluminense poderá ter um elenco de volantes forte e equilibrado para 2015.
Em
resumo: na noite de ontem o Fluminense foi o Fluminense que a torcida se
acostumou a ver. Teve mais posse de bola, jamais deixou de tentar atacar e no
finalzinho ainda ensaiou um módico olé.
Precisamos
rezar para que o Cristóvão continue com a mão certa e deixe de fazer as
alterações esdrúxulas que nos tiraram dezenas de pontos aparentemente ganhos.
Estrategista
ele já mostro que é, precisa apenas calçar de fato as sandálias da humildade e
ouvir um pouco mais as críticas construtivas, a maioria das vezes rebatidas com
veemência.
Agora
é secar um pouco os que jogam hoje para continuarmos perto, bem perto da vaga para
a Libertadores, premio de consolação para quem almejava o penta campeonato.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO -25ª RODADA
São Paulo 1 x 3 Fluminense
Local: Estádio
Morumbi, SP; Data: 27/09/2014
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro - MG (FIFA)
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo - MG e Celso Luiz da Silva - MG
Gols: Fred, aos 7', Pato, aos 11', Wagner, aos 27' e Conca, aos 43' da etapa final.
Cartão amarelo: Elivélton
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro - MG (FIFA)
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo - MG e Celso Luiz da Silva - MG
Gols: Fred, aos 7', Pato, aos 11', Wagner, aos 27' e Conca, aos 43' da etapa final.
Cartão amarelo: Elivélton
São Paulo: Rogério Ceni; Auro, Antonio
Carlos, Edson Silva e Alvaro Pereira (Reinaldo, 36'/2ºT); Denilson, Souza
(Osvaldo, 36'/2ºT), Ganso e Kaká; Pato e Alan Kardec (Luis Fabiano, 31'/2ºT). Técnico: Milton Cruz.
Fluminense: Cavalieri, Bruno (Edson, 6'/2ºT),
Marlon, Elivélton e Chiquinho (Carlinhos,
9'/2ºT); Rafinha, Jean, Cícero, Conca e Wagner; Fred (Rafael Sóbis, 42'/2ºT). Técnico: Cristóvão Borges.