segunda-feira, 26 de julho de 2010

Botafogo 1 x 1 Fluminense. Pior para os dois!



Fluminense e Botafogo proporcionaram um jogo nervoso, muito pegado, com muita raça e pouca técnica.

O resultado foi ruim para os dois, com o Fluminense perdendo a liderança e o Botafogo ingressando na zona de rebaixamento. Menos mal para o Fluzão que tem amplas possibilidades de retornar à ponta na semana próxima.

Os jogadores do Botafogo pareciam estar em campo com as facas nos dentes, tanto que corriam e se esforçavam. Dois deles inclusive, Marcelo Cordeiro e Somália estavam tão transtornados que causaram estranheza a muita gente.

Penso que a tristeza e frustração do Muricy, por mais que ele tentasse esconder, acabaram por influenciar a equipe tricolor, que não mostrou a vibração e motivação de jornadas anteriores, atributos que a tornaram quase imbatível nos últimos tempos.

E justamente por termos um comandante como Muricy é que deixaremos de lado a análise do jogo para enaltecer sua hombridade e caráter, atributos praticamente ausentes nos meandros de nosso futebol e de certo modo também nos diversos ramos de nossa sociedade.

Antes do jogo, Muricy declarou que recusara a Seleção em respeito à história do Fluminense.
"Tinha que respeitar uma nação e uma história, o convite foi uma honra e a gente tem que fazer aquilo que manda a nossa cabeça".
Na coletiva após a partida, completou:
"Infelizmente é triste. Um convite desses é difícil recusar. Eu não disse não, mas dependia do Fluminense, que não liberou. Eu sou do tempo que quando assina um contrato, tem que cumprir. Eu poderia fazer uma pressão, mas não é minha linha. Deixei para o Fluminense decidir e ele não me liberou".

Ao ser indagado se teria recusado por temer a pressão que haverá sobre o técnico por ser a Copa realizada no Brasil, respondeu:
"Em Copa do Mundo, o treinador é pressionado o tempo todo. Não só o treinador, o time também. E estamos acostumados.
E acrescentou:
"Você pergunta e se o Fluminense te mandar embora? É problema do Fluminense. Existe torcida, um patrocinador forte e passou tudo isso. Não é normal, só que pelo que eu penso na vida, é natural. O meu caminho é o respeito".

"Não faço nada hoje pensando no que vou ganhar no futuro. Não sou assim... não tenho medo de nada, só da morte, enquanto meus filhos não estão totalmente encaminhados. Depois disso, não terei medo nem da morte".

Para aqueles que o criticaram por não ter insistido com a diretoria do Fluminense para liberá-lo do compromisso, Muricy declarou:
"Acredito nessas coisas, respeitar as pessoas. Acredito nisso. Alguém pode dizer: esse cara parece louco, mas eu não sou louco. Para mim, é assim que funciona".

Toda essa situação poderia ter sido evitada se a CBF tivesse em sua direção pessoas capazes e comprometidas com o sucesso do futebol brasileiro, que compreendessem não ter cabimento a insistência para que o treinador assumisse a Seleção em tempo integral já nessa segunda-feira, ainda que o segundo semestre do ano não apresente nada de significativo para a própria Seleção, a não ser alguns poucos amistosos "caça-níqueis" para os quais a população estará "se lixando".

Com seis meses pela frente a diretoria tricolor teria tempo suficiente para contratar um substituto à altura de Muricy e certamente o liberaria no próximo ano.

Um pouco de flexibilidade viabilizaria a aceitação de Muricy que tem capacidade suficiente para dar conta simultaneamente das duas empreitadas.

A CBF preferiu manter a intransigência e acertou com Mano, um bom técnico, mas muitos furos abaixo de Muricy. Paciência, bola pra frente.

Muricy continuará focado no trabalho em seu clube e logo que a ressaca passar estará comandando a equipe com aquela vibração de sempre rumo ao título brasileiro.

E DÁ-LHE FLUZÃO!
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E DÁ-LHE MURICY, HOMEM DE PALAVRA!
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(crédito da foto: terra.com.br)


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fluminense 1 x 0 Cruzeiro. A liderança chegou e dá-lhe Muricy!


No dia seguinte à vitória que levou o Fluminense à liderança do Brasileirão a angústia tomou conta dos torcedores tricolores com o convite da CBF, feito da maneira mais estapafúrdia possível, diga-se de passagem, para Muricy treinar a Seleção Brasileira.

Sem o mínimo de ética, como tem sido pautadas quase a totalidade das negociações do futebol brasileiro, o Sr. “todo-poderoso” Presidente da CBF, no auge de sua empáfia, mandou um assessor convidar o técnico Muricy Ramalho para um café da manhã onde deveria ser sacramentada a contratação do técnico. Frise-se o fato de que o esdrúxulo convite foi realizado em pleno Maracanã, após o jogo com o Cruzeiro.

Esqueceu-se a CBF que Muricy é um dos pouco éticos que permeiam no futebol do Brasil e sua resposta de que iria consultar o Fluminense para saber se o clube o liberaria de seu compromisso irritou tanto o “todo-poderoso”, que num ato falho não conseguiu disfarçar sua contrariedade negando-se a cumprimentar Muricy, que ao final da reunião ficou com a mão no vácuo.

Como era de se esperar, não obtendo a liberação do Fluminense, Muricy foi tranquilamente para o campo treinar a equipe para o próximo compromisso.

Mesmo após a declaração oficial da Diretoria Tricolor, a mídia cretina, provavelmente incomodada com a liderança tricolor, propalou descaradamente que o assunto não estava encerrado e que ainda havia a possibilidade da CBF pagar a multa rescisória para liberar o treinador.

Esqueceram-se de que o problema não era de dinheiro. Tratava-se de caráter, de ética, de decoro, atributos não muito em voga em nosso país nos últimos anos.

Quebraram a cara, Muricy manteve a ética e preferiu ficar no Fluminense para tocar o projeto que foi estruturado tendo como pilar a competência e experiência de um técnico de seu quilate.
Do lado da CBF, a decepção e também a teimosia de sua presidência, querendo dispor de um técnico exclusivo num final de ano em que a Seleção terá em seu calendário alguns poucos jogos “caça-níqueis” sem nenhuma expressão ou repercussão, independentemente dos resultados.

Parabéns Muricy pela retidão de seu caráter e parabéns Diretoria Tricolor que, pelo menos dessa vez, agiu de acordo com os interesses do clube ao qual se propôs a dirigir.

É preciso ressaltar que nem toda a mídia procurou tumultuar a decisão de Muricy. Boa parte dela apoiou a decisão do técnico e do clube. Uma das opiniões mais coerente foi a manifestada pelo Juca Kfouri, reproduzida a seguir para conhecimento daqueles que a ela não tiveram acesso.

23/07/2010 BLOG DO JUCA KFOURI

Ricardo Teixeira falou na hora do almoço como se tudo estivesse resolvido.

Apenas não esperava que Muricy Ramalho fosse cumprir a palavra, como sempre fez: diante da recusa do Fluminense, nada feito.

Arrogante, o Imperador não consultou o clube, quis dele se vingar pelo que considerou traição no Clube dos 13.

E tomou pela frente sua segunda derrota grave em pouco tempo, com o não do treinador.

E agora?

Quem será tão fraco que aceitará o posto?
Só mesmo alguém que venha de fora do país.

Ou aquele de sempre, que significa mais problema do que solução.

O futebol brasileiro provavelmente terá muito a agradecer ao Fluminense e a Muricy Ramalho.
Quem sabe este não seja o começo de novos tempos, mais limpos, mais éticos.

Por Juca Kfouri às 17:04



A liderança.

Não foi preciso muito tempo para que a justiça fosse restabelecida. Sim, porque aquela derrota para o Corinthians foi fruto de uma das piores arbitragens do ano. Pareceu até coisa encomendada.

O primeiro tempo foi totalmente do Cruzeiro, que bem postado em campo dominava praticamente todas as ações em campo.

Os atletas tricolores pareciam apossados de um nervosismo incomum, talvez pela renovação da possibilidade de alcançar a liderança uma semana após o desastre contra o Grêmio Prudente.

A destacar a excelente atuação de Fernando Henrique, que com três defesas difíceis evitou o gol cruzeirense.

O ataque não funcionou. Rodriguinho apagado e Fred com presença inexistente pouco incomodaram a defesa adversária. As poucas oportunidades surgiram de arremates de Gum e Carlinhos.

O panorama na segunda etapa começou do mesmo modo, com o Cruzeiro perdendo duas oportunidades com Thiago Ribeiro aos três e Wellington Paulista aos sete minutos, defendidas por FH.

A precisão de Conca na cobrança de um escanteio e a cabeçada certeira de Leandro Euzébio deram a vantagem ao Fluminense aos nove minutos. Logo depois, Alan teve a oportunidade para matar o jogo, mas empolgado pela bela jogada individual preferiu arriscar o chute para a defesa de Fábio, quando a melhor opção era servir Fred completamente livre e de frente para o gol.

A partir daí, o Cruzeiro passou a sentir a falta de Gilberto substituído por contusão e quase não criava.

E o Fluminense seguro na defesa, garantiu o resultado que valeu a liderança.

E DÁ-LHE FLUZÃO!
(crédito da foto: globoesporte.com)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Santos 0 x 1 Fluminense. Dessa vez, mesmo sem a tradicional dancinha, os meninos da Vila dançaram!

Mais uma vez Alan entrou pra fazer o gol da vitória

Vitória soberba que valeu a vice-liderança, mesmo jogando no estádio da Vila Belmiro contra um Santos que contou com todas as suas estrelas.
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Muricy usou de toda sua criatividade e experiência para tornar o Fluminense capaz de vencer a difícil batalha.
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A formação com três zagueiros aniquilou o fantástico trio de atacantes santistas e de quebra evitou a sequência de passes precisos que Paulo Henrique Ganso costuma criar.
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Hora de agradecer aos deuses do futebol, que finalmente resolveram inspirar a diretoria tricolor a contratar um treinador realmente capaz de modificar o desempenho de uma equipe e adequá-la de acordo com o adversário.
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No Fluminense de hoje não existe mais aquela previsibilidade irritante de outras jornadas. Para cada adversário uma receita nova e assim será durante toda a caminhada em busca da conquista do tricampeonato.
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Vez por outra, a equipe poderá falhar como aconteceu contra o Grêmio Prudente, mas com o espírito guerreiro demonstrado nesse domingo e a incorporação dos novos reforços as possibilidades de vitória serão infinitas.
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Os "idiotas da objetividade", como diria Nelson Rodrigues, irão desdenhar dizendo que a vitória foi por pura sorte, que o Santos deu sufoco na maior parte do tempo, etc., etc.
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Pode ser que dessa vez a sorte estivesse mesmo do lado tricolor, o que não aconteceu em outros jogos quando o time dominou e não venceu, ou porque seus atacantes não acertaram os últimos arremates ou porque tenha sido visivelmente garfado, como na partida contra o Corinthians, por exemplo.
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O Santos pressionou sim, mas o número de chances claras não foi tão superior às que o Fluminense criou. Esbarrou no sistema defensivo tricolor e na boa atuação de Fernando Henrique.
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Sob esse aspecto, repete-se mais uma vez o fenômeno: FH sempre que volta de um longo período de reserva fecha o gol. À medida que o tempo passa e ele se sente senhor da titularidade, volta a cometer falhas incríveis. Espero que o Muricy corrija esse defeito porque a torcida anda um tanto cética quanto aos goleiros do elenco.
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A ressaltar ainda a facilidade com que Mariano se livrou do Ganso, antes do belo lançamento para o gol do Alan, que mais uma vez provou que é o craque do segundo tempo, quando destroça as defesas adversárias com sua extraordinária velocidade.
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O próximo adversário será o Cruzeiro, que não tem sido muito feliz quando joga com o Fluminense. Torçamos para que o Fred marque vários gols e, se possível, pare com aquela mania de não comemorá-los contra o clube que o lançou.
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Na próxima quinta-feira, todos ao Maracanã incentivar o Fluzão para mais uma vitória épica.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
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(crédito da foto: lancenet.com.br)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fluminense 1 x 1 Grêmio Prudente. Dois pontos jogados fora!


Não adiantaram a força da torcida e o estímulo para alcançar a liderança.

Não bastou ter em campo um artilheiro fora de série, embora sem coadjuvante à altura após a saída do Maicon.

As presenças de um senhor meia de ligação e dois laterais habilidosos também não foram suficientes.

Nem mesmo a excelência, a criatividade e toda a experiência de nosso técnico foram capazes de suplantar a nulidade do meio campo tricolor, composto por dois volantes e um meia que não conseguem municiar os atacantes nem anular uma única investida de um time fraco, que entrou em campo para tentar o empate, defendendo-se o tempo todo, mesmo com o placar adverso.

Após o jogo a constatação de sempre, a constância do erro no último passe. Muricy e Fred enfatizaram o fato, sem levar em consideração a quem cabe a realização desses últimos passes.

Sou tricolor, amo esse clube, mas não consigo mais aguentar calado uma formação que tenha Diogo, Diguinho e Marquinho como titulares absolutos.

Para compor o elenco podem servir, jogar algumas partidas talvez, mas nunca ao mesmo tempo porque basta uma tarde ou noite sem o bafejo da sorte para que um deles entregue o ouro.

E o mais preocupante é que o Muricy sabe disso, tanto que queria contar com Cleber Santana e Edinho a qualquer preço, negociações que infelizmente não vingaram.

Para o lugar do Marquinho, Deco é a esperança, se realmente vier, mas mesmo que venha só poderá jogar daqui a várias rodadas. Enquanto não vem, não entendo o porquê do Équi González jamais ter uma oportunidade. Será que irá ficar fora de forma até o final de seu contrato?

Torço então para que o Muricy tenha tempo para observar melhor o Tartá e lembrar-se de seu tempo de São Paulo, ocasião daquele gol da revelação tricolor em pleno Morumbi num belo arremate, após um drible seco que deixou o Miranda esparramado no chão.

Espero que Belletti chegue com vigor para jogar pelo menos metade do que jogava no auge de sua carreira porque só assim poderíamos ter a garantia da saída de um dos volantes atuais. Para o outro, Valência é a esperança, embora nunca tenha chegado a ser destaque inquestionável no Atlético Paranaense.

O lance do gol do Grêmio Prudente foi ridículo. A facilidade com que Wesley deu um "drible de peito" em Diogo foi desanimadora. Nessa hora não consegui ver onde estava o André Luís. Só observei o Gum combater atabalhoadamente o outro atacante e o Diguinho correr atrás como um desesperado sem chegar a tempo.

Aliás, desde a época do arco da velha é sabido que quando um defensor corre atrás de um atacante, na grande maioria das vezes, é porque ele estava mal posicionado.

Alan e Rodriguinho mostraram mais uma vez que ainda não estão preparados para merecer a titularidade absoluta. Ainda bem que em breve devemos ter a estreia do Emerson.

Temo pelo que pode acontecer domingo na Vila Belmiro se Muricy apostar novamente em todos esses personagens.

Mas como tricolores ferrenhos, só nos resta torcer pela chegada dos reforços e por uma apresentação melhor contra o Santos.

E DÁ-LHE FLUZÃO!

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Copa se foi. Agora é a vez do Fluzão!


Essa edição da Copa do Mundo mostrou que é possível ganhar campeonatos sem os famigerados "brucutus". Serviu também para desmistificar os "pedaleiros", "firuleiros" e "focas amestradas".

A Espanha chegou ao topo, mesmo sem dispor de qualquer atacante que chegue aos pés do Fred.

Retornamos ao Brasileirão com a esperança que esse seja finalmente o ano do Fluminense.

Temos um dos melhores, senão o melhor, dos técnicos brasileiros, embora a mídia cretina esteja fazendo uma força descomunal para levá-lo para a Seleção.

Temos dois bons laterais, o melhor meio campista e o melhor ataque, ou pelo menos um três melhores da competição.

Temos problemas também. Goleiros, volantes e o outro meia apenas medianos, sujeitos a chuvas e trovoadas, às vezes jogam bem, às vezes entregam o ouro. Quem sabe Muricy não dá um jeito nessa turma.

Para o meio campo, Deco é uma esperança. Esperança cara, negociação complicada à feição de tantas outras tentadas pela nossa diretoria.

A volta do Tartá aumenta o leque de opções para o setor e certamente a sabedoria do Muricy poderá achar um meio de aproveitá-lo.

Uma vitória na próxima quinta-feira manterá o Fluzão no G-4 e com a garantia do segundo lugar na classificação, independentemente dos demais resultados.

Então, Galera Tricolor, vamos lá. Quinta-feira todos presentes ao Maraca para o reinício da arrancada para o título.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
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