quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Goiás 2 x 0 Fluminense. Mais uma eliminação vexatória!

(foto: Globoesporte.com)

Andei lendo por aí que ganha força nas Laranjeiras uma corrente que defende as demissões de Rodrigo Caetano e Sandro Lima e que provavelmente a linha divisória seria o jogo com o Goiás.

Pois bem, perdemos a chance de continuar na Copa do Brasil e o que vejo agora é o começo de uma pressão absurda para a demissão de Vanderlei.

É por essas e outras que o Fluminense dispõe hoje de uma equipe dilacerada e às portas da zona de rebaixamento.

Apesar de Luxemburgo estar vacilando demais nesses últimos jogos, tanto nas escalações como nas substituições, não acho justo imputar a ele a culpa maior pela situação.

O equívoco vem desde o início da gestão Peter Siemsen, que ao delegar a gestão do futebol, o fez de maneira fatiada, inicialmente entre três e mais recentemente entre dois responsáveis.

E como diz o dito popular “panela em que todo mundo mete a colher não faz comida boa”.

A conquista do tetracampeonato “com um pé nas costas” serviu para encobrir a deficiência no planejamento.

Não seria leviano de afirmar que tanto Rodrigo como Sandro não sejam bons administradores.

É provável até que sejam ótimos, principalmente Rodrigo que vem sendo regiamente remunerado pelos clubes pelos quais passou.

O problema deles reside na dificuldade que têm para compor elencos, função que demonstram não ter a mínima noção.

O desempenho da equipe no corrente ano é a prova cabal da assertiva.

Inebriados pela facilidade com que o tetracampeonato foi conquistado, passaram a acreditar piamente que o Fluminense dispunha de um elenco de primeira grandeza, com atletas fora de série em todas as posições, capazes de garantir uma sequencia de vitórias pelos próximos anos.

Em momento algum tiveram um instante de lucidez que permitisse a percepção de que a grande maioria do elenco conseguia sustentar a titularidade graças às atuações soberbas de cinco, isso mesmo somente cinco, jogadores: Cavalieri, Jean, Thiago Neves, Wellington Nem e Fred.

É verdade que os elogios rasgados de Abel para o “grupo fantástico” contribuíram em muito para a sedimentação desse conceito nas mentes dos responsáveis pelo departamento de futebol.

A confiança nessa falsa afirmação era tão grande que nem mesmo as constantes críticas sobre o modo como as vitórias eram obtidas, quase sempre no sufoco, serviram de alerta.

A consequência foi o péssimo planejamento para 2013 com a permanência de vários atletas que dificilmente conseguiriam a titularidade nos demais clubes da Série A e em alguns da Série B.

A surpresa demonstrada pela dupla Caetano/Sandro com a decisão do Deco de parar de jogar dá uma pálida demonstração da falta de sensibilidade desses dirigentes, pois bastaria olhar com um pouco mais de atenção o decorrer do ano de 2012 para saber que Deco já se encontrava aposentado desde a disputa da Libertadores.

A renovação de seu contrato foi um golpe de lesa pátria ao Fluminense, já que era por demais sabido que o atleta não mais reunia condições físicas para continuar jogando.

Além dessa, poderia ser relacionada uma série de “bolas fora”, como a renovação do contrato de Diguinho, quando existia no mercado nacional volantes mais habilidosos e certamente menos dispendiosos e a contratação de Felipe contra a vontade do treinador, tanto é que jamais o colocou em campo, mesmo nos fraquíssimos jogos do campeonato carioca.

Pesa também contra o departamento de futebol a liberação de apoiadores juniores praticamente prontos como Lucas Patinho, Higor e Fernando, esse lateral de origem, cujas faltas obrigaram Luxemburgo a lançar mão de atletas ainda muito verdesa inda que com o risco de queimá-los prematuramente.  

Se a dupla já tinha em mente forçar a saída de dois virtuoses do elenco deveria pelo menos ter cuidado de reforçá-lo um pouco, a fim de evitar a repetição de eliminações vexatórias.

Não se trata de advogar a demissão de ninguém, mas gostaria que Peter deixasse o futebol a cargo de uma pessoa apenas, porque o artifício de divisão de responsabilidades ficou provado que não funciona.

O cenário indica um penoso final de ano para a Torcida Tricolor, que poderia ser minorado um pouco se os dirigentes tivessem visão para contratar um armador medianamente habilidoso, como alguns que disputam a Série B, pelo menos para tapar o buraco até o esperado retorno do Conca.

E que João de Deus nos dê uma forcinha lá do céu!


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

COPA DO BRASIL - OITAVAS DE FINAL - JOGO DE VOLTA
Local: Serra Dourada, Goiânia (GO); Data: 28/8/2013

Goiás 2 x 0 Fluminense 

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Anderson José Moraes de Coelho e Celso Barbosa de Oliveira (SP)
Gols: Renan Oliveira, aos 46' do primeiro tempo e William Matheus, aos 8' do segundo.
Cartões amarelos: Rafael Sobis, Fred, Igor Julião e Willian 

Goiás: Renan, Vítor, Ernando, Rodrigo e William Matheus; Dudu Cearense (Valmir Lucas, 32'/2ºT), David, Renan Oliveira, Ramon e Hugo (Eduardo Sasha, 43'/2ºT); Walter (Neto Baiano, aos 40'/2ºT) - Técnico: Enderson Moreira.

Fluminense: Diego Cavalieri; Igor Julião, Gum, Anderson e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Willian, 25'/1ºT) , Eduardo (Felipe, 15'/2ºT); Biro Biro (Samuel, 15'/2ºT), Rafael Sobis e Fred - Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

São Paulo 2 x 1 Fluminense. Estava na cara, menos na do Luxa!

(foto: NETFLU.com.br)


Não quis acreditar quando os sites esportivos anunciaram que Luxemburgo pretendia enfrentar o cambaleante São Paulo com três zagueiros, três volantes e de quebra com Wagner na armação.

Tamanho retrocesso seria inconcebível, principalmente porque a causa da demissão do Abel foi justamente a insistência na manutenção de escalações dantescas como essa.

Ao ligar a TV e ver confirmadas as presenças de tantos jogadores limitados não tive dúvidas de que o Fluminense iria proporcionar ao genérico a oportunidade impar de enfim conseguir uma vitória.

Ainda que ciente da derrota iminente optei por assistir a partida, na esperança de que pelo menos Cavalieri conseguisse manter o zero no placar, afinal o empate com aquela mulambada em campo não seria de todo mal.

A aglomeração atabalhoada no meio de campo funcionou no início e o São Paulo mesmo com o controle absoluto do jogo não conseguia acertar nenhuma finalização que trouxesse real perigo.

Ah, mas havia em campo um Edinho para perder uma jogada banal para o Luis Fabiano.

E também um Carlinhos para rebater a bola para o mesmo lado de onde ela veio __ fundamento ensinado nas escolinhas de dentes de leite__ e ainda virar de costas na hora do arremate adversário.

E aí o jogo acabou com a confirmação da derrota anunciada desde o momento da divulgação do esquema suicida.

Vanderlei, que já havia errado na substituição quando da contusão de Jean, tentou minorar a passividade do time e sacou Felipe no intervalo, mas ainda manteve o Wagner para que desfilasse pelo campo por mais dezessete minutos.  

Resumo da ópera: trinta minutos restantes para que uma equipe com cinco jovens recém-saídos dos juniores virassem uma diferença de dois gols.

A essa altura desisti da TV e resolvi tomar um banho para esfriar a cabeça.

Voltei no final a tempo de ver o belo gol de Eduardo, única coisa aproveitável dessa apresentação aziaga.

Depois do jogo ouvi muitas críticas aos jogadores, cada comentarista elegendo o seu responsável maior pela derrota.

Críticas injustas, bastante injustas porque não existe injustiça maior do que criticar os atos daqueles que não têm capacidade para realiza-las.

Querer que Edinho, Anderson, Wagner, Diguinho, Felipe e um monte de jovens inexperientes no momento atual consigam desenvolver um futebol vistoso e eficiente é o mesmo que desejar que o Brasil se livre da corrupção de uma hora para outra.

Vanderlei errou feio e jogou por terra a esperança dos torcedores de que com sua chegada o Fluminense iria livrar-se de uma vez por todas das abomináveis retrancas do passado.

Cabe a ele a maior parte da culpa pela derrota e também à dupla de dirigentes incompetentes, Rodrigo Caetano e Sandro Lima, que forçaram Wellington Nem a deixar o clube e negociaram Thiago Neves sem nenhuma preocupação de reposição.

Deitaram falação sobre a escassez de bons jogadores no mercado e não viram, por exemplo, que Chicão e Dátolo estavam livres para negociar a custo zero.

Após o jogo, Vanderlei jogou a toalha com relação ao campeonato, ao afirmar: “_ O título ficou difícil. Única coisa que podemos postular no Brasileiro é uma vaga para a Libertadores. Precisamos descobrir o que precisa ser feito para deixar aquela zona intermediária ali”.

Se ele ainda não descobriu o que todo torcedor tricolor está cansado de saber, só nos resta rezar para não sermos rebaixados mais uma vez.

Quarta-feira a decisão com o Goiás. Se o time entrar com esse monte de defensores limitados o risco de eliminação será muito grande.

A benção João de Deus!

DETALHES:

São Paulo 2 x 1 Fluminense

Local: Morumbi, São Paulo (SP); Data: 25/8/2013
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (SC) e Bruno Boschilia (PR)
Gols: Luis Fabiano, aos 27' e Reinaldo, aos 45' do primeiro tempo; Eduardo, aos 46' do segundo.
Cartões amarelos: Anderson, Gum, Diego Cavalieri e Kenedy

São Paulo: Rogério Ceni; Douglas, Rodrigo Caio, Rafael Toloi e Reinaldo; Wellington, Fabrício (Antônio Carlos, intervalo), Ganso e Jadson (Aloísio, 32'/2ºT); Ademilson (Lucas Evangelista, 32'/1ºT) e Luis Fabiano. Técnico: Paulo Autuori.

Fluminense: Diego Cavalieri; Gum, Anderson e Edinho; Igor Julião, Diguinho, Jean (Kenedy, 29'/1ºT) e Carlinhos; Felipe (Eduardo, intervalo) e Wagner (Biro Biro, 17'/2ºT); Samuel. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

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Samuel

Durante a transmissão foi veiculada a notícia que Samuel poderia ser vendido ao Real Madrid por €10 milhões.

No caso do fato ser verdadeiro, espero que os responsáveis pelo clube tenham tomado as devidas providências para evitar que o Procurador da Receita fanático pela urubuzada  passe a mão na grana mais uma vez.

            

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Fluminense 1 x 0 Goiás. Na conta do chá!

Cavalieri, o gigante da noite. (foto: Paulo Sergio / LANCEPress)

Uma vitória santa. Santa porque voltou a contar com os milagres de Cavalieri, os mesmos que contribuíram decisivamente para a conquista do tetra.

O maior predomínio durante o primeiro tempo garantiu a vantagem para o jogo da volta.

O esquema definido por Luxemburgo correspondeu e praticamente passamos todo o primeiro tempo sem grandes sustos.

Carlinhos com mais liberdade municiou bem o ataque e o placar poderia ter sido melhor se a cabeçada de Fred não batesse no travessão de Renan.

Preocupante de certo modo é a função de cobertura a cargo do Edinho, principalmente quando o adversário dispuser de atacantes ou laterais velozes.

A facilidade com que Edinho foi driblado em jogos passados nas situações em que se encontrava mano a mano com os adversários não recomenda atribuir a ele tal função.

Considerando a nulidade do meio de campo, razoável apenas enquanto Felipe teve fôlego, a entrada de Ronan na lateral poderia funcionar melhor, pois deixaria Carlinhos totalmente livre da necessidade de voltar para marcar.

Edinho e Willian completariam a defesa, o que abriria a possibilidade de descanso para Jean, que não tem apresentado atuações que garantam a titularidade.

É apenas uma ideia, se vai funcionar ou não somente os treinamentos dirão.

Na etapa final, porém, a coisa desandou.

Felipe cansou, o Goiás tomou as rédeas do jogo e só não empatou graças à atuação perfeita de Cavalieri, que demonstrou ter alcançado a forma da temporada passada, defendendo inúmeras bolas, inclusive o pênalti e a cabeçada à queima-roupa no minuto final.

As substituições não funcionaram dessa vez. 

Samuel, de novo. (foto: Cleber Mendes / LANCEPress)
Willian errou passes demais, é verdade, mas foi quase perfeito na destruição. Diguinho, o mesmo de sempre, muitas faltas, erros de passe e para variar mais um cartão amarelo.

Marcos Junior sentiu a longa inatividade e praticamente nada fez. Deverá melhorar com a sequência de participações.

Quanto a Deco, é incompreensível a insistência com ele. Alguém precisa enxergar que suas condições físicas o impedem de voltar a jogar. Em alto nível, então, só por milagre.

Será preciso mais empenho para a conquista da classificação, mas apesar das dificuldades, ainda tenho fé.


E DÁ-LHE FLUZÃO!   


DETALHES:

COPA DO BRASIL – OITAVAS DE FINAL – JOGO DE IDA
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ); Data: 21/8/2013

Fluminense 1 x 0 Goiás

Árbitro: Marcos André Gomes da Penha (ES)
Assistentes: Rogério Pablos Zanardo (SP) e Daniel Paulo Zioli (SP)
Gol: Samuel, aos 42' do primeiro tempo
Cartões amarelos: Diguinho, Gum e Jean

Fluminense: Diego Cavalieri, Gum, Leandro Euzébio e Edinho; Igor Julião, Willian (Diguinho, 17'/2ºT), Jean, Felipe (Deco, 28'/2ºT) e Carlinhos; Samuel (Marcos Júnior, 27'/2ºT) e Fred. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Goiás: Renan, Vitor, Ernando, Rodrigo, e Willian Matheus; David, Welinton Júnior (Sasha, 15'/2ºT), Dudu Cearense (Neto Baiano, 42'/2ºT), Hugo (Ramon, 37'/2ºT) e Renan Oliveira; Walter. Técnico: Enderson Moreira

domingo, 18 de agosto de 2013

Náutico 0 x 1 Fluminense. Cadê os armadores?




Samuel livrou-se de João Felipe, driblou Jean Rolt e fuzilou Berna,
 pagando com juros o gol perdido contra o Corinthians.

Pareceu até a repetição do jogo do ano passado com maior presença do Náutico, ótimas defesas de Cavalieri, bola na trave e o gol salvador de Samuel numa jogada de gênio, como bem disse o Fred.

No cômputo geral foram dezessete arremates pernambucanos contra apenas cinco do Flu, mas o que importa mesmo é que a sorte voltou a ajudar.

A causa da diferença tão gritante esbarra na falta de criatividade do meio de campo tricolor.

Com Jean muito mal, talvez devido à viagem com a Seleção, sem outro volante que saiba sair jogando e sem meia de criação algum a velha tática de ligação direta voltou a ser a tônica da equipe.

E sem dispor de um atacante de velocidade, os artilheiros ficam isolados e o bate e volta na frente compromete cada vez mais a limitada zaga.

As alterações no intervalo acabaram por piorar a situação. Felipe, completamente sem ritmo, talvez não consiga nesses poucos mais de três meses recuperar o mínimo de sua forma física depois de sete meses de uma inatividade absurda.

Wagner por sua vez, não é e nunca foi meia de ligação e toda a vez que for escalado como tal tenderá a repetir atuações burocráticas e inócuas como a de ontem.

Vanderlei tenta de todos os modos alterar o panorama dando chances reais à garotada, que têm mostrado mais vontade que a maioria dos titulares cascudos.

Pena que não irá encontrar no grupo alguém com características suficientes para municiar o ataque.   

Deco, esperança dos visionários diretores, há muito que não consegue dar conta do recado em face da sequência de lesões que o acompanha desde a temporada passada.

E o pior é que quando consegue entrar em campo não é nem de longe a sombra do craque de outrora, errando passes fáceis e não acertando um lançamento sequer.

Sobrou o Eduardo, ainda verde e mais limitado que Higor e Lucas Patinho, hoje emprestados a outros clubes, em mais uma demonstração cabal da falta de visão da dupla Caetano e Sandrão.

A vitória serve de alento à Torcida Tricolor para a tentativa, quem sabe de uma vaga na Libertadores, difícil, mas não impossível pelos vários cavalos paraguaios que aparecem junto aos reais candidatos ao título.

Torço para que Luxemburgo consiga encontrar a formação ideal para a Copa do Brasil, título que pelas características da competição poderá ser alcançado, principalmente se Cavalieri, Jean e Fred repetirem as exibições anteriores.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Náutico 0 x 1 Fluminense

Local: Arena Pernambuco – PE; Data: 17/8/2013
Árbitro:Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Danilo Ricardo Simon Manis
Gol: Samuel, aos 25' da etapa final.
Cartões amarelos: Diguinho e Willian

Náutico: Ricardo Berna, Auremir, João Felipe, Jean Rolt e Eltinho; Elicarlos (Rodrigo Souto 18'/2ºT), Derley e Martinez; Tiago Real, Maikon Leite (Olivera - 28'/2ºT) e Rogério (Hugo 31'/2ºT) - Técnico: Jorginho.

Fluminense: Diego Cavalieri, Igor Julião, Anderson, Leandro Euzébio e Carlinhos; Willian, Jean (Felipe, Intervalo) e Diguinho; Kenedy (Wagner, Intervalo), Rafael Sobis (Samuel, 20'/2ºT) e Fred - Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

(Fotos: Lancenet.com.br)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Fluminense 0 x 0 Corinthians. Vanderlei tenta a molecada para eliminar o caos!


Willian e Igor Julião merecem mais oportunidades

A vida do novo treinador não está nada fácil. Recuperar a terra arrasada será realmente uma tarefa hercúlea.

Agora que todos já perceberam que a balela do super elenco se alicerçava tão somente na presença de cinco craques em momentos mágicos, dois dos quais já foram negociados de maneira ridícula pelos incompetentes responsáveis pelo futebol tricolor, a ficha finalmente caiu.

A situação estaria bem melhor se os dirigentes atentassem para esse fato ao final do ano passado e em vez de forçar a saída de Wellington Nem, cujo dinheiro da venda o clube ainda não viu, procurassem rescindir os contratos daqueles que nada apresentaram de útil durante toda a temporada, como por exemplo: Deco, Wagner, Leandro Euzébio, Digão, Edinho só para citar alguns.

Com as torneiras do patrocinador fechadas não há como resgatar a liderança perdida.

A solução é apelar para as revelações da base, embora Xerém não seja um bom revelador de zagueiros, atacantes e meias de armação.

Se não me falha a memória, o último zagueiro que deu certo foi Thiago Silva. Dedé também passou por lá, mas foi descartado. Antônio Carlos andou quebrando galho e embora nunca se tenha afirmado completamente está negociando sua idar para o São Paulo.

Atacantes apenas três: Maicon Bolt, Alan e Wellington Nem, negociados a preços vis.

Pena que outras revelações praticamente prontas __ Fernando, Lucas Patinho e Higor __ tenham sido emprestadas precipitadamente.

Comenta-se agora sobre a necessidade de contratação de um zagueiro, um meia e um atacante.

Só pode ser balão de ensaio da dupla incompetente, porque nem se preocuparam em tentar trazer o Chicão, que se encontrava disponível e já estreou no Flamengo fazendo gol de falta, coisa que ninguém no elenco atual consegue fazer.

Menos mal que Luxemburgo enxergou Igor Julião, Willian e Ronan, que mostraram que poderão ser úteis no decorrer da temporada.

Já os atacantes estão verdes ainda e provavelmente não conseguirão dar a consistência necessária ao ataque nas inúmeras ausências do Fred, face à presença constante na Seleção.

Quanto ao jogo, é inegável que a postura mudou com a entrada da garotada, fato mais relevante se for levada em consideração a força do adversário, esse sim atualmente um dos melhores elencos do país.

Igor Julião voltou a mostrar desenvoltura. Sofreu um pênalti não marcado e com chute certeiro obrigou Cássio a rebater na cabeça de Samuel, que perdeu a chance com a meta desguarnecida.

Willian foi a surpresa da noite. Gostaria de vê-lo efetivado como titular com o recuo de Edinho para a zaga, porque por mais incrível que pareça ele está melhor do que Gum, Digão e Leandro Euzébio.

Ronan sentiu a responsabilidade, mas mostrou habilidade e poderá substituir o Carlinhos sem maiores problemas.

Resta esperar que Vanderlei consiga se livrar do feudo criado pelo antigo treinador e que Fred e Jean voltem antenados para os jogos da Copa do Brasil, última chance para a Libertadores.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Fluminense 0 x0 Corinthians

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ); Data: 14/8/2013
Árbitro: André Luiz Freitas Castro (GO)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e José Antônio Chaves Franco Filho (RS)
Cartões amarelos: Edinho e Igor Julião
Cartões vermelhos: Gum, aos 33'/2ºT
Fluminense: Diego Cavalieri, Igor Julião, Gum, Digão e Ronan; Edinho, Diguinho, Willian e Felipe (Wagner, 19'/2ºT); Rafael Sobis (Biro Biro, 31'/2ºT) e Kenedy (Samuel,  16'/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Corinthians: Cássio, Edenilson, Gil, Paulo André (Ibson, 41'/2ºT) e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Danilo, 36'/2ºT) e Renato Augusto; Romarinho, Emerson Sheik e Pato (Douglas, 26'/2ºT). Técnico: Tite.

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O que estarão pensando Caetano e Sandrão  após o desabafo do Nem?

E você amigo tricolor, o que acha?

"Era um sonho continuar no Fluminense", revela Nem
Atacante foi convencido pela diretoria a aceitar negociação com o Shaktar
Publicado em 13 de agosto de 2013 às 13:54

Vendido pelo Fluminense neste ano ao Shaktar Donetsk, Wellington Nem revela saudade do clube e conta que seu sonho era continuar. O atacante, no entanto, foi convencido pela diretoria tricolor a se transferir para o clube ucraniano.
- Eu fico com saudade de poder atuar pelo Fluminense, poder jogar, poder ajudar os companheiros. Eu queria jogar no Fluminense, era um sonho continuar, mas ficou resolvido entre mim e a diretoria – disse à Rádio Globo.


Fonte: Globoesporte.com - Autor: Rodrigo Mendes
 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Fluminense 2 x 3 Flamengo. Tá feia a coisa!


A imagem da incompetência!

A atuação decepcionante desse domingo contra uma equipe apenas mediana dá a dimensão exata do trabalho que a nova comissão técnica terá pela frente e a dose de paciência que nós torcedores teremos que dispor ao longo desse campeonato fadado ao insucesso.

Analisar o jogo nesse momento é o de somenos importância porque o que é mais significativo é procurar avaliar as causas do iminente fiasco de uma equipe campeã dizimada por uma série de equívocos por aqueles que, em tese, são os responsáveis pelo sucesso do clube.

O presidente às voltas com os problemas jurídicos e financeiros __ herança amarga da administração anterior __ literalmente delegou a Caetano e Sandrão a gestão do futebol.

Esses senhores por mais bem intencionados que pareçam ser já deram provas cabais de que nada entendem quando se trata de formação de elenco.

Caetano até que montou equipes razoáveis em suas passagens por Grêmio e Vasco da Gama, mas na Série B.

Os equívocos são tantos que iremos comentar apenas os mais gritantes.

Não seria demais afirmar que o tetracampeonato obtido da maneira como foi pode ter dado a falsa impressão de superioridade total sobre os principais adversários, o que garantiria considerar as conquistas do ano seguinte como favas contadas.

Para os leigos, torcedores fanáticos e até os não tanto o raciocínio pode ser válido, mas para profissionais da área tal atitude é inadmissível.

O campeonato foi um passeio, não porque o clube dispusesse de um elenco maravilhoso, como se apregoou aos quatro cantos do país e sim porque tinha tão somente cinco atletas diferenciados, que brilharam em quase todas as partidas.

Cavalieri com os seus verdadeiros milagres livrou de críticas a zaga e os primeiros volantes, transformando a mediocridade reinante na defesa menos vazada do campeonato.

Jean deu dinâmica ao meio de campo, o que auxiliou Thiago Neves a suprir as ausências constantes do Deco.

Wellington Nem com sua velocidade foi a válvula de escape para os contra ataques mortais e Fred simplesmente o melhor jogador do campeonato.

É certo que as afirmações do Abel confundiram as ideias dos dirigentes que acabaram por acreditar que “teriam zagueiros para seis anos”, “substituto pronto para Wellington Nem” e meio campistas exímios a ponto do clube prescindir da contratação de jogadores para o setor.

Ainda assim o que foi contratado sofreu um boicote incompreensível a ponto de não ser relacionado nem para o banco de reservas.

Caetano e Sandrão não foram capazes de observar a formação dos feudos defendidos com furor pelo técnico e nem as pífias apresentações no campeonato carioca e na Libertadores serviram de alerta.

Pressionaram Wellington Nem de todas as formas para aceitar uma transferência para um mercado de segunda linha e acabaram livrando-se dele por um valor menor do que um terço do que o mesmo clube pagou pelo Bernard.

Negociaram Thiago Neves sem ter um substituto à altura, mas em compensação contrataram três atletas: Rhayner, Wellington Silva, sempre às voltas com o departamento médico e Marcelinho, que antes mesmo de estrear terá que ser submetido a uma cirurgia.

Depois de tudo isso ainda precisaram que o time perdesse seis dos nove primeiros jogos para concluir que o ciclo de Abel já tinha terminado.

Vanderlei, que a princípio aceitou não pedir contratações, viu em pouco tempo que entrou numa canoa furada e já começa a falar na necessidade de reforços.

É bom que consiga alguma coisa porque não adianta “ralar o rabo no chão” se não existir um mínimo de qualidade.

Ou alguém de sã consciência acha que algum desses do quadro abaixo conseguiria uma vaga de titular nos elencos dos doze melhores times do atual campeonato, seja por qualidade técnica ou condição física?




A pérola do dia pertence ao vice-presidente de futebol, Sandro Lima, que em entrevista à Rádio Globo  fez a seguinte declaração:
 “- Nós optamos pela manutenção do elenco, que é vencedor. De três Brasileiros, ganhou dois. Não adianta a gente querer achar que só os zagueiros são os culpados. O elenco do Fluminense é o culpado e eu me incluo nisso. Só há uma maneira de melhorar isso: voltar a ganhar. Trazer (reforços) por trazer é muito fácil. É jogar para a torcida. Se a gente for trazer, tem de ser jogador para ser titular e o mercado está muito escasso”.

Sandrão só não observou que o mercado está escasso porque ele dorme no ponto desde o início do ano.

Não enxergou o Elias, contratado pelo Flamengo mesmo em regime de guerra, não viu o Cícero liberado sem ônus pelo São Paulo e mais recentemente deixou escapar o Chicão, que mesmo não sendo um zagueiro de Seleção é muito melhor do que os do elenco atual.

Para o meio campo a absurda insistência com Deco enquanto Dátolo foi parar no Atlético-MG sem ônus algum e Wesley, do Palmeiras, está em vias de se transferir. 

E para fechar as lambanças com chave de ouro ainda permitiu o empréstimo de Lucas Patinho ao poderoso Audax-Rio, não atinando com o fato de Eduardo, a única esperança remanescente para o lugar do Wagner, ter sido seu reserva no time de juniores.

Que Deus ilumine Vanderlei e sua comissão técnica porque se dependermos dos dirigentes responsáveis pelo futebol a chance de rebaixamento é real.

Mas ainda assim, acredito que o Fluzão sairá dessa, apesar dessas malas.

Abra os olhos Peter porque ainda temos a Copa do Brasil.


DETALHES:

Fluminense 2 x 3 Flamengo

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ); Data: 11/8/2013
Árbitro: Luís Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Celso Barbosa de Oliveira (SP)
Gols: Sobis, aos 16'; Elias, aos 25' e Hernane, aos 31' do primeiro tempo e Hernane, aos 35' e Sobis, aos 47' do segundo
Cartões Amarelos: Carlinhos e Leandro Euzébio

Fluminense: Cavalieri; Igor Julião, Digão, Leandro Euzébio (Diguinho, 17'/2ºT) e Carlinhos; Edinho, Jean, Eduardo (Wagner, 15'/2ºT) e Felipe (Kenedy, 15'/2ºT); Rafael Sobis e Fred. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Flamengo: Felipe; Léo Moura, Wallace, González e João Paulo; Luiz Antonio, Elias, André Santos (Val, 38'/2ºT) e Gabriel; Hernane (Fernando, 42'/2ºT) e Nixon (Paulinho, 17'/2ºT). Técnico: Mano Menezes.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Vitória 1 x 1 Fluminense. A solução talvez esteja em Xerém!


Depois de um primeiro tempo para ser esquecido, o time reagiu e só não saiu com a vitória por um desses caprichos do futebol.

Com Leandro Euzébio em sua pior fase e o meio de campo desfigurado a diferença de apenas um gol até que ficou barata.

Ainda bem que Vanderlei percebeu a deficiência e promoveu a entrada de Kenedy logo aos sete minutos.

Poderia tê-la feito no intervalo, melhor ainda se não tivesse que fazê-la se já estivesse conscientizado de que com Wagner não dá mais.

Foi mais uma jornada em que ele sumiu em campo e nada de útil produziu. Seu momento atual é péssimo e só mesmo um descanso compulsório poderá resolver o problema.

Uma reciclagem, programa de reabilitação, sabe-se lá, qualquer coisa que nos livre de sua titularidade perene que tanto prejudica o time.

Sua deficiência é tão gritante que até a entrada de um jovem inexperiente tem sido benéfica.

Kenedy, embora seja uma boa promessa ainda carece de mais experiência principalmente no que se refere ao individualismo excessivo e a imprecisão nos arremates.

De qualquer modo é melhor que o Wagner, mesmo havendo melhores opções no elenco.

Inegável a qualidade de Felipe, mas sua atual condição física não permite que seja atribuída unicamente a ele a tarefa de municiar os atacantes.

Afinal, foram sete meses no ostracismo, sem nenhuma chance efetiva para jogar.    

Eduardo até que se apresentou bem o que pode sinalizar que a solução passe pela sua escalação ao lado de Felipe.

A solução ideal passa pela contratação de um meia armador. Que venha Dátolo, Carlos Alberto, ou qualquer um, o que não dá mais é ver o Wagner trotando durante noventa minutos sem mostrar nada que justifique sua escalação.

Já para a zaga não há solução a curto prazo, porque os dirigentes continuam acreditando no "conto da carochinha" criado pelo Abel de que o clube tem zagueiros para os próximos seis anos.

Após as substituições, a equipe melhorou e teve mais presença em campo que o adversário, o que provam as estatísticas __ dezessete arremates contra nove e Cavalieri um espectador privilegiado.

Faltou sorte no lance final quando a bola de Fred se chocou com o travessão.

Baterias voltadas agora para o Fla-Flu, de preferência sem o Wagner na equipe.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Vitória 1 x 1 Fluminense

Local: Barradão, Salvador (BA); Data: 7/8/2013
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Auxiliares: Anderson José de Moraes Coelho (SP) e Luiz Souza Santos Renesto (PR)
Gols: Maxi Biancucchi, aos 5' do primeiro tempo e Fred, aos 38' do segundo.
Cartões amarelos: Gum e Jean

Vitória: Wilson; Gabriel Paulista, Fabrício, Victor Ramos e Danilo Tarracha (Mansur, 18'/2ºT); Michel (Edson Magal, 23'/2ºT), Caceres, Camacho e Escudero (Renato Cajá, 37'/2ºT); Maxi Biancucchi e Dinei – Técnico: Caio Junior.

Fluminense: Diego Cavalieri; Igor Julião, Gum (Diguinho, 19'/2ºT), Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Wagner (Kenedy, 7'/2ºT) e Felipe (Eduardo, 19'/2ºT); Rafael Sobis e Fred – Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

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Sobre as péssimas negociações do Fluminense


Bernard: R$ 77 milhões;  Fernando: R$ 31,5 milhões; Wellington Nem: R$ 25 milhões

Não importam as administrações porque ao final é sempre o Fluminense o maior prejudicado.

A falta de tato de Caetano e Sandrão para negociar é tão gritante que até os russos do Shakthar já sabem disso.

Abra os olhos Peter. Pense em colaboradores mais competentes.