quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Tsunami pode pintar nas Laranjeiras!

A ameaça da volta do engodo de 2005


Difícil entender as mentes dos dirigentes e da comissão técnica tricolores.

Há poucos dias, o próprio Abel Braga declarou que um bom time sem união não ganha nada, ao passo que um time regular unido pode ganhar.

Nesse particular, o Tricolor está bem servido. Dispõe de um ótimo time, um elenco primoroso e um ambiente inigualável para os padrões brasileiros.

Jogadores que seriam titulares absolutos em muitas das equipes da série A aceitam a reserva com naturalidade por comungarem da filosofia da Comissão Técnica, ou seja: joga quem estiver melhor.

Verdade seja dita que alguns poucos privilegiados de Abel jogam sempre, mesmo sem serem os melhores e ainda assim nada consegue empanar o equilíbrio e a tranquilidade reinante.

Não fossem as frequentes contusões de Deco e também as deficiências físicas de Wagner, contratado para ser seu substituto natural, o elenco atual com as chegadas dos laterais Wellington Silva e Fabian Monzón estaria preparado para as competições do ano.

Mas, o meio de campo continua como o calcanhar de Aquiles. Deco joga pouco, Wagner também, o retorno do Conca no momento mostrou-se inviável e como consequência inviabilizou a contratação de qualquer outro meia de nível, face às cifras pedidas pelos detentores de seus direitos.

Sob esse aspecto vivas aos dirigentes, porque seria inconcebível gastar "fortunas” para trazer para a posição jogadores inferiores ao ídolo argentino.

Melhor mesmo é aguardar mais seis meses e tentar trazê-lo no meio do ano a um custo razoável.

O passar do tempo e as boas contratações dos principais concorrentes acabaram por trazer intranquilidade a Abel, que sabe muito bem que poderá perder o Deco em momentos cruciais de decisões importantes, como sempre ocorreu desde a sua chegada.

Lucas Patinho, que poderia ser uma tentativa de solução, foi emprestado e talvez nem volte ao clube.

E aí surgem os famosos oferecimentos e cavações que tiram os torcedores do sério, porque  é nessa hora que os raciocínios parecem ficar embotados e a coerência desaparece a ponto de influenciar o Abel a fazer coro para a contratação de Felipe.

Logo quem, o rei do chinelinho, o maior criador de casos dentre os jogadores em disponibilidade, o mesmo que recentemente insurgiu-se de modo veemente contra a reserva no Vasco da Gama.

Abel sonha com o Felipe de 2004, aquele craque impar que praticamente sozinho levou o Flamengo ao título do campeonato estadual.

Aquele Felipe não mais existe. Aliás, depois daquela fase maravilhosa o que fez ele de bom?

Já no ano seguinte foi um verdadeiro “come-dorme” com a camisa tricolor. Não bastasse a suspensão de seis meses por uma agressão covarde ao zagueiro do Campinense num jogo da Copa do Brasil, ainda teve o desplante de ao final da pena apresentar-se contundido.

Depois disso, quase nada fez em campo e o Fluminense teve que se virar no Campeonato Brasileiro sem a sua “estrela”.

Acabou deixando o clube de maneira pouco ética com alegação de que não jogava por culpa dos preparadores físicos.

Se Felipe já era assim sete anos mais novo, o que esperar dele agora?

Titularidade absoluta? Nem pensar. Faltam condições físicas para tal, então o que sobrará serão participações esporádicas em substituição a Deco e provavelmente a Wagner.

Conformar-se-á com essa situação? Tenho muitas dúvidas e também 70% dos demais torcedores, conforme demonstrou a recente pesquisa realizada.

A mídia noticiou também que o elenco não está coeso quanto à contratação. Será que vale a pena arriscar?

Tomara que o bom senso prevaleça e a união do grupo seja mantida, única solução para a sonhada conquista da Libertadores.

Que Peter, Celso, Sandrão e Rodrigo abram os olhos e não arrisquem estragar o que está quase perfeito.

Para evitar o retorno de Felipe até a contratação de Riquelme passa a ser uma boa.


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