A ameaça da volta do engodo de 2005 |
Difícil
entender as mentes dos dirigentes e da comissão técnica tricolores.
Há
poucos dias, o próprio Abel Braga declarou que um bom time sem união não ganha
nada, ao passo que um time regular unido pode ganhar.
Nesse
particular, o Tricolor está bem servido. Dispõe de um ótimo time, um elenco
primoroso e um ambiente inigualável para os padrões brasileiros.
Jogadores
que seriam titulares absolutos em muitas das equipes da série A aceitam a
reserva com naturalidade por comungarem da filosofia da Comissão Técnica, ou
seja: joga quem estiver melhor.
Verdade
seja dita que alguns poucos privilegiados de Abel jogam sempre, mesmo sem serem
os melhores e ainda assim nada consegue empanar o equilíbrio e a tranquilidade
reinante.
Não
fossem as frequentes contusões de Deco e também as deficiências físicas de
Wagner, contratado para ser seu substituto natural, o elenco atual com as
chegadas dos laterais Wellington Silva e Fabian Monzón estaria preparado para
as competições do ano.
Mas,
o meio de campo continua como o calcanhar de Aquiles. Deco joga pouco, Wagner
também, o retorno do Conca no momento mostrou-se inviável e como consequência inviabilizou
a contratação de qualquer outro meia de nível, face às cifras pedidas pelos
detentores de seus direitos.
Sob
esse aspecto vivas aos dirigentes, porque seria inconcebível gastar "fortunas” para
trazer para a posição jogadores inferiores ao ídolo argentino.
Melhor
mesmo é aguardar mais seis meses e tentar trazê-lo no meio do ano a um custo
razoável.
O
passar do tempo e as boas contratações dos principais concorrentes acabaram por
trazer intranquilidade a Abel, que sabe muito bem que poderá perder o Deco em
momentos cruciais de decisões importantes, como sempre ocorreu desde a sua
chegada.
Lucas
Patinho, que poderia ser uma tentativa de solução, foi emprestado e talvez nem
volte ao clube.
E
aí surgem os famosos oferecimentos e cavações que tiram os torcedores do sério, porque é nessa hora que os raciocínios parecem ficar embotados e a coerência
desaparece a ponto de influenciar o Abel a fazer coro para a contratação de Felipe.
Logo
quem, o rei do chinelinho, o maior criador de casos dentre os jogadores em disponibilidade,
o mesmo que recentemente insurgiu-se de modo veemente contra a reserva no Vasco
da Gama.
Abel
sonha com o Felipe de 2004, aquele craque impar que praticamente sozinho levou
o Flamengo ao título do campeonato estadual.
Aquele Felipe
não mais existe. Aliás, depois daquela fase maravilhosa o que fez ele de bom?
Já
no ano seguinte foi um verdadeiro “come-dorme”
com a camisa tricolor. Não bastasse a suspensão de seis meses por uma agressão
covarde ao zagueiro do Campinense num jogo da Copa do Brasil, ainda teve o desplante
de ao final da pena apresentar-se contundido.
Depois
disso, quase nada fez em campo e o Fluminense teve que se virar no Campeonato
Brasileiro sem a sua “estrela”.
Acabou
deixando o clube de maneira pouco ética com alegação de que não jogava por culpa
dos preparadores físicos.
Se
Felipe já era assim sete anos mais novo, o que esperar dele agora?
Titularidade
absoluta? Nem pensar. Faltam condições físicas para tal, então o que sobrará
serão participações esporádicas em substituição a Deco e provavelmente a
Wagner.
Conformar-se-á
com essa situação? Tenho muitas dúvidas e também 70% dos demais torcedores,
conforme demonstrou a recente pesquisa realizada.
A
mídia noticiou também que o elenco não está coeso quanto à contratação. Será
que vale a pena arriscar?
Tomara
que o bom senso prevaleça e a união do grupo seja mantida, única solução para a
sonhada conquista da Libertadores.
Que
Peter, Celso, Sandrão e Rodrigo abram os olhos e não arrisquem estragar o que
está quase perfeito.
Para
evitar o retorno de Felipe até a contratação de Riquelme passa a ser uma boa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário