Fred salvou mais uma vez. (foto: Lancenet.com.br / Wagner Meier) |
Mais de uma hora para o Fluzão iniciar sua participação na Libertadores e o estádio já recebia um bom público. Ao final quase 39.000 sofredores.
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O adversário seria o mesmo da estréia de 2008, o ano em que o título ficou engasgado na garganta de cada tricolor.
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O espetáculo prometia ser grandioso. Faltava apenas o Maracanã, ceifado dos cariocas por conta de uma escolha burra dos dirigentes do país.
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O jeito era mesmo o de aceitar o Engenhão com todas as suas mazelas e esperar que a equipe repetisse o sucesso diante do Arsenal de Sarandi.
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Torcedores ao meu lado, empolgados, falavam em goleadas. Alguns chegaram a garantir que teríamos outros 6 a 0.
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Ressabiado com as atuações da equipe no Cariocão, pensei comigo mesmo: “qualquer vitória já será bem-vinda”.
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Enfim o telão mostrou a escalação do Tricolor e um misto de nostalgia e frustração se apossou de minha mente.
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Não via o Conca, nem tampouco o Thiago Silva. E o Arouca e o Cícero. Ah, pelo menos lá estava o Thiago Neves. Mas no banco?
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É certo que começou a preparação mais tarde e que por isso mesmo ainda não reúne o melhor de sua forma, porém, uma pergunta martelava minha mente: “mas o que fizeram até agora Rafael Sobis e Wagner para ganharem o status de titulares absolutos”l?
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Por mais que olhasse os atletas em campo, não conseguia apagar da memória aquele time brilhante que só não foi campeão por uma decisão equivocada de seu treinador, insistindo em barrar um atacante do nível do Dodô para favorecer a entrada de um volante “brucutu” e que no final acabou “entregando o ouro”.
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Ah Renato, que decisão fajuta! Passarão mil anos e os tricolores jamais se esquecerão.
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E o pior é que estava vendo a repetição do ocorrido em 2008, jogadores mais habilidosos preteridos em favor de outros nitidamente fora de forma.
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Os olhos fixos no campo vislumbraram o Fred e o Deco. Um colírio, pelo menos dois fora de série.
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O ânimo que começava a voltar esmoreceu quando olhei para os laterais. Bem que poderiam ser o Gabriel e o Júnior César.
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Tentava esquecer 2008, afinal quatro anos se passaram. Quem sabe o Wagner não arrebenta e o Sobis recupere a forma como num passe de mágica? A torcida estava lá, lotando o estádio e gritando a plenos pulmões. Apoio maior impossível.
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Será que dá? , pensei.
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_ Vai dar, sussurrava uma vozinha em meus ouvidos.
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Será? Com Edinho, Diguinho e Carlinhos, sei não, pensava eu.
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_ Vai dar. Repetia a voz sem parar, vai dar.
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Bem, o juiz apitou começando o jogo e apeguei-me a esperança de que tudo iria dar certo.
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E o início foi perfeito. Gol de Fred aos dois minutos, Fluminense pressionando a saída de bola na área adversária, Arsenal tonto, apavorado, completamente batido.
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A maravilha durou dez, quinze minutos. A partir daí, o Fluminense murchou. Com dois homens praticamente nulos em campo, a defesa começou a apelar para os chutões inócuos, como sempre.
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Os argentinos aos poucos foram se acertando e a pressão mudou de lado. E o empate não veio graças a uma defesa mágica de Cavalieri.
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E assim foi até o intervalo. Os torcedores enxergavam o jogo melhor que o Abel e era consenso geral que ele iria mexer no time, afinal Wagner tinha errado quase tudo e Sobis pareceu que não havia entrado em campo. Errou tudo, sendo que numa das poucas ocasiões em que recebeu a bola, caiu de maduro, de modo vexatório.
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Acabou o intervalo e nenhuma mudança. E novamente sufoco. Dessa vez a torcida, que certamente via um jogo diferente do imaginado pelo Abel, desandou a vaiar. O tradicional coro de burro não tardou a ecoar no estádio.
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Diante da passividade do treinador, a turma passou a clamar por Thiago Neves. Abel esperou até os quinze minutos e depois de mais uma pixotada de Sobis, resolveu trocá-lo.
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A essa altura a atuação já estava comprometida e Thiago não conseguiu alterar a situação. .
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Abel tentou ainda Wellington Nem quando faltavam cerca de vinte minutos para o fim, mas a tola expulsão de Wagner logo depois jogou por terra qualquer possibilidade de recuperação.
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De qualquer modo, Nem foi mais incisivo. Não sentiu o peso da camisa, acostumado a ela desde os tempos de menino. Não conseguiu ser mais objetivo porque só recebeu chutões.
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E assim foi até o final, torcida tensa, insatisfeita e brindada aos 44’ com o destempero inaceitável de Leandro Euzébio, que ao enfeitar uma jogada dominada, perdeu a bola, fez a falta e ainda chutou o rosto do adversário. Papelão.
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Enfim, os três pontos valeram, mas a Torcida Tricolor não ficou satisfeita com a apresentação medíocre diante de um adversário que está longe de ser o melhor do grupo.
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Pior ainda, quando presos na garagem do estádio, fizemos algumas ilações comparando a equipe atual com a vice-campeã de 2008 e chegamos à triste conclusão que apenas Fred seria titular naquela equipe e que até o Thiago Neves de hoje é inferior ao daquela época.
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Após a partida, as reclamações contra a arbitragem pareceram-me uma tentativa de encobrir os erros, afinal as expulsões foram justas e aquele impedimento no gol argentino anulado foi no mínimo questionável.
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Abel reclamou ainda das vaias. Esqueceu-se de que essa é a única arma que o torcedor dispõe quando vê o técnico perdido, vendo um jogo irreal.
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Na realidade, Diguinho, Carlinhos, Wagner e Sobis não têm culpa nenhuma, culpado é quem os escala, apesar de seus péssimos momentos.
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Falta um mês para o jogo com o Boca e torço para que até lá, o nosso treinador se conscientize de que seus “cascudos” estão mal das pernas e que seria melhor escalar aqueles que estão em melhor forma.
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E que pare também de reclamar de arbitragens, pois essas reclamações antecipadas servem apenas para tornar os atletas mais tensos.
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E que pare também de reclamar de arbitragens, pois essas reclamações antecipadas servem apenas para tornar os atletas mais tensos.
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E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
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FLUMINENSE 1 X 0 ARSENAL-AR.
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Local: Engenhão
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Árbitro: Antonio Arias (PAR)
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Auxiliares: Nicolas Yegros (PAR) e Hugo Martinez (PAR)
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Gol: Fred (2’/1ºT)
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Cartões Amarelos: Deco e Fred
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Cartões Vermelhos: Wagner e Leandro Euzébio
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FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Bruno, Anderson, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Digão, 44’/2ºT), Deco (Wellington Nem, 26'/2ºT) e Wagner; Rafael Sobis (Thiago Neves, 18'/2ºT) e Fred - Técnico: Abel Braga
Um comentário:
aqui no chile passou pela fox sports e os comentaristas argentinos meteram o malho no flu. e hj no jornal falaram que a vitòria do flu foi injusta.
PERDERAM! hahahahaha
saudadacoes tricolores de santiago
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