Tive que esperar quase dois dias para conseguir
escrever algo que não fosse simplesmente xingar um monte de jogadores medíocres, que tal como flores parasitas sugam a genialidade e o esforço de poucos craques
que compõem o elenco.
Nosso treinador com o aquele jeitão simplório de
paizão passa a mão na cabeça dos preguiçosos ao corroborar que a culpa dos
insucessos se deve aos desgastes alegados pela maratona de jogos, como se o
Fluminense fosse a única vítima dos cartolas da CBF que se locupletam
explorando em benefício próprio a paixão nacional.
“_ Os jogadores se entregam, se esforçam e a torcida sabe que fazemos o máximo. Não tenho dúvidas que vai nos apoiar no domingo. Será um grande jogo. Vamos tentar evitar que o Cruzeiro dispare ainda mais na tabela”, disse. (sic)
Não duvido mesmo que a vitória venha no domingo,
afinal o Cruzeiro virá sem os seus três principais atletas, além de nos últimos
tempos ter sido quase um freguês cativo.
Mas para isso Cristóvão terá que abrir mão de suas
artimanhas de professor Pardal e parar de repetir os mesmos erros grosseiros não
só nas escalações, como principalmente nas substituições, todas elas desastradas
e que acabam fazendo dele o maior culpado por esse último insucesso.
A começar pela falta de coragem de manter o
Carlinhos no banco, talvez motivado pela menção elogiosa do Abel no programa “Bola
da Vez”, da ESPN, por desconhecer o fato de que o treinador hoje colorado não
passa de um brincalhão quando se trata de frases de efeito, como as famosas: “_ Temos no elenco substituto à altura para
o Wellington Nem” e “_O Fluminense tem zagueiros para os próximos cinco anos”.
Pois bem, o protegidinho andou em campo e num raro
momento de clarividência, após bela jogada individual e ficar cara a cara com Renan chutou para
fora a bola do jogo quando poderia, não fosse tão “fominha”, passá-la para
Cícero, sozinho a seu lado e com o gol escancarado a sua frente.
E como uma teteia de luxo, Carlinhos, que ficara de fora em dois jogos e
absolutamente não poderia estar exaurido, sentiu uma distensão e teve que ser substituído.
E aí mais uma vez ressurgiu o gênio inventor do treinador colocando
Kenedy em seu lugar.
Kenedy, aquele mesmo, o que nunca sabe o que fazer
com a bola, o que corre e nunca chega, o que não sabe dominar uma bola e
principalmente não sabe chutar em gol. Já perdi a conta de quantos gols fáceis
ele perdeu nessa edição do Brasileirão.
Aliás, gostaria que alguém me explicasse qual a
razão da predileção exacerbada de Cristóvão por esse jogador.
Depois que voltou da seleção de um daqueles
campeonatos “sub alguma coisa”, realizados para facilitar a vida dos empresários,
Kenedy teve nada menos do que oito oportunidades
no time titular, apesar de ter apresentado aproveitamento baixíssimo, enquanto
outras promessas nem sequer integraram o banco de reservas.
Isso sem levar em conta os defenestrados por
Cristóvão, que perambulam pelo país. Estranho, muito estranho!
Poderia discorrer sobre todas as bobagens do
Cristóvão nos jogos da eliminação para o Goiás, mas não julgo necessário, uma
vez que o Gustavo Albuquerque já fez uma análise perfeita, publicada no Globoesporte.com, cujas opiniões endosso completamente.
E o pior de tudo é que não é só o Cristóvão que encena
a mesma cantilena do desgaste excessivo como desculpa para as deficiências do
time. Também o preparador físico Rodrigo Poletto declarou no site Globoesporte.com a seguinte pérola:
“_Todos os jogos são decisões e são desgastantes. Praticamente não temos tempo de treinar, só de recuperar. Infelizmente o calendário é assim e temos de procurar entrar com um processo de recuperação da melhor maneira possível. A qualidade do espetáculo cai no momento em que você tem essa sequência de jogos difíceis”. (sic)
Concordo com ele quanto à queda na qualidade dos
espetáculos, mas daí a estender as pífias apresentações ao cansaço vai uma
distancia muito grande. E é só parar e pensar um pouco. Por que só acontece com
o Fluminense?
Nessa mesma quarta-feira de mais um vexame
tricolor, outros clubes se esfalfaram em campo e não pararam de correr um
minuto sequer atrás do resultado. Botafogo, Flamengo, Corinthians e o próprio
Goiás estão aí como exemplos.
As eliminações precoces na Copa do Brasil e na Sul
Americana para equipes nitidamente inferiores, jogando inclusive com vários
jovens da base são inadmissíveis para um clube da tradição do Fluminense.
Tivéssemos uma administração competente a única ação
plausível numa hora dessas seria a demissão imediata de toda a comissão técnica
e em especial seu treinador, que a cada jogo que passa dá nítidas demonstrações
de como não se deve administrar um elenco de futebol.
Sei perfeitamente que os doutos teóricos irão afirmar que não é trocando de
técnico a toda hora que os resultados serão satisfatórios.
Concordo com eles, é isso mesmo, mas existem
ocasiões em que nenhuma outra medida se justifica, como por exemplo, quando se
é goleado em casa por um time que ocupa a metade de baixo da classificação da
série B e perder para outro formado por garotos com pouca experiência e que apenas
mostraram disposição para aprontar correria para cima dos lentos jogadores
tricolores.
Como também não se pode admitir de sã consciência
que o Fluminense perca 8 (oito) pontos para os três últimos colocados do
Brasileirão e mais três para o décimo quinto e com o agravante de dois desses
jogos terem sido disputados em pleno Maracanã com apoio mássico da torcida.
É mais do que certo que nossos incompetentes
dirigentes manterão o status quo
vigente, sem nenhuma alteração significativa, o que se deduz pela confortável
posição do treinador, que se diz seguro apesar dos seguidos insucessos.
Mas que ao menos tenham o bom senso de nem por um
milésimo de segundo continuar pensando em fazer um contrato longo com o
Cristóvão, como declarou recentemente Mario Bittencourt.
Que pelo menos esperem a evolução de seu trabalho e os consequentes resultados.
A situação ficou tão complicada que obriga os
torcedores tricolores a torcer para o Cruzeiro levar a Copa do Brasil e o São
Paulo a Sul Americana, abrindo duas vagas no G-4, porque do jeito que a coisa
vai se chegarmos em sexto já será lucro.
Mas, como algum dia essas mulas certamente passarão,
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
COPA DO BRASIL – JOGO DE
VOLTA
Goiás 1 x 0 Fluminense
Local: Estádio Serra Dourada, GO; Data: 03/09/2014
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento
Auxiliares: Kléber Lúcio Gil e Bruno Boschilia
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento
Auxiliares: Kléber Lúcio Gil e Bruno Boschilia
Gol: Erik, aos 2' do segundo tempo
Cartões Amarelos: Henrique, Jean e Kenedy
Cartões Amarelos: Henrique, Jean e Kenedy
Cartão Vermelho: Elivélton
Goiás: Renan; Valmir Lucas (Rodrigo,
18'/2ºT), Jackson, Felipe Macedo e Léo Veloso; David, Thiago Mendes, Murilo e
Esquerdinha (Wellington Júnior, 47'/2ºT); Erik e Tiago Real (Liniker, 43'/2ºT).
Técnico: Ricardo Drubsky.
Fluminense: Felipe Garcia; Bruno (Walter,
10'/2ºT), Henrique, Elivélton e Carlinhos (Kenedy, 45'/1ºT); Diguinho, Jean,
Cícero, Chiquinho e Conca; Fred (Marlon, 18'/2ºT). Técnico: Cristovão Borges.
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