sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Goiás 1 x 0 Fluminense. Melhor mesmo seria fechar para balanço!


Tive que esperar quase dois dias para conseguir escrever algo que não fosse simplesmente xingar um monte de jogadores medíocres, que tal como flores parasitas sugam a genialidade e o esforço de poucos craques que compõem o elenco.

Nosso treinador com o aquele jeitão simplório de paizão passa a mão na cabeça dos preguiçosos ao corroborar que a culpa dos insucessos se deve aos desgastes alegados pela maratona de jogos, como se o Fluminense fosse a única vítima dos cartolas da CBF que se locupletam explorando em benefício próprio a paixão nacional.

“_ Os jogadores se entregam, se esforçam e a torcida sabe que fazemos o máximo. Não tenho dúvidas que vai nos apoiar no domingo. Será um grande jogo. Vamos tentar evitar que o Cruzeiro dispare ainda mais na tabela”, disse. (sic)

Não duvido mesmo que a vitória venha no domingo, afinal o Cruzeiro virá sem os seus três principais atletas, além de nos últimos tempos ter sido quase um freguês cativo.

Mas para isso Cristóvão terá que abrir mão de suas artimanhas de professor Pardal e parar de repetir os mesmos erros grosseiros não só nas escalações, como principalmente nas substituições, todas elas desastradas e que acabam fazendo dele o maior culpado por esse último insucesso.

A começar pela falta de coragem de manter o Carlinhos no banco, talvez motivado pela menção elogiosa do Abel no programa “Bola da Vez”, da ESPN, por desconhecer o fato de que o treinador hoje colorado não passa de um brincalhão quando se trata de frases de efeito, como as famosas: “_ Temos no elenco substituto à altura para o Wellington Nem” e “_O Fluminense tem zagueiros para os próximos cinco anos”.

Pois bem, o protegidinho andou em campo e num raro momento de clarividência, após bela jogada individual e ficar cara a cara com Renan chutou para fora a bola do jogo quando poderia, não fosse tão “fominha”, passá-la para Cícero, sozinho a seu lado e com o gol escancarado a sua frente.

E como uma teteia de luxo, Carlinhos, que ficara de fora em dois jogos e absolutamente não poderia estar exaurido, sentiu uma distensão e teve que ser substituído.

E aí mais uma vez ressurgiu o gênio inventor do treinador colocando Kenedy em seu lugar.


 Kenedy, aquele mesmo, o que nunca sabe o que fazer com a bola, o que corre e nunca chega, o que não sabe dominar uma bola e principalmente não sabe chutar em gol. Já perdi a conta de quantos gols fáceis ele perdeu nessa edição do Brasileirão.

Aliás, gostaria que alguém me explicasse qual a razão da predileção exacerbada de Cristóvão por esse jogador.

Depois que voltou da seleção de um daqueles campeonatos “sub alguma coisa”, realizados para facilitar a vida dos empresários, Kenedy  teve nada menos do que oito oportunidades no time titular, apesar de ter apresentado aproveitamento baixíssimo, enquanto outras promessas nem sequer integraram o banco de reservas.

Isso sem levar em conta os defenestrados por Cristóvão, que perambulam pelo país. Estranho, muito estranho!

Poderia discorrer sobre todas as bobagens do Cristóvão nos jogos da eliminação para o Goiás, mas não julgo necessário, uma vez que o Gustavo Albuquerque já fez uma análise perfeita, publicada no Globoesporte.com, cujas opiniões endosso completamente.

E o pior de tudo é que não é só o Cristóvão que encena a mesma cantilena do desgaste excessivo como desculpa para as deficiências do time. Também o preparador físico Rodrigo Poletto declarou no site Globoesporte.com a seguinte pérola:   

“_Todos os jogos são decisões e são desgastantes. Praticamente não temos tempo de treinar, só de recuperar. Infelizmente o calendário é assim e temos de procurar entrar com um processo de recuperação da melhor maneira possível. A qualidade do espetáculo cai no momento em que você tem essa sequência de jogos difíceis”. (sic)

Concordo com ele quanto à queda na qualidade dos espetáculos, mas daí a estender as pífias apresentações ao cansaço vai uma distancia muito grande. E é só parar e pensar um pouco. Por que só acontece com o Fluminense?

Nessa mesma quarta-feira de mais um vexame tricolor, outros clubes se esfalfaram em campo e não pararam de correr um minuto sequer atrás do resultado. Botafogo, Flamengo, Corinthians e o próprio Goiás estão aí como exemplos.

As eliminações precoces na Copa do Brasil e na Sul Americana para equipes nitidamente inferiores, jogando inclusive com vários jovens da base são inadmissíveis para um clube da tradição do Fluminense.

Tivéssemos uma administração competente a única ação plausível numa hora dessas seria a demissão imediata de toda a comissão técnica e em especial seu treinador, que a cada jogo que passa dá nítidas demonstrações de como não se deve administrar um elenco de futebol.

Sei perfeitamente que os doutos teóricos irão afirmar que não é trocando de técnico a toda hora que os resultados serão satisfatórios.

Concordo com eles, é isso mesmo, mas existem ocasiões em que nenhuma outra medida se justifica, como por exemplo, quando se é goleado em casa por um time que ocupa a metade de baixo da classificação da série B e perder para outro formado por garotos com pouca experiência e que apenas mostraram disposição para aprontar correria para cima dos lentos jogadores tricolores.

Como também não se pode admitir de sã consciência que o Fluminense perca 8 (oito) pontos para os três últimos colocados do Brasileirão e mais três para o décimo quinto e com o agravante de dois desses jogos terem sido disputados em pleno Maracanã com apoio mássico da torcida.

É mais do que certo que nossos incompetentes dirigentes manterão o status quo vigente, sem nenhuma alteração significativa, o que se deduz pela confortável posição do treinador, que se diz seguro apesar dos seguidos insucessos.

Mas que ao menos tenham o bom senso de nem por um milésimo de segundo continuar pensando em fazer um contrato longo com o Cristóvão, como declarou recentemente Mario Bittencourt.

Que pelo menos esperem a evolução de seu trabalho e os consequentes resultados.

A situação ficou tão complicada que obriga os torcedores tricolores a torcer para o Cruzeiro levar a Copa do Brasil e o São Paulo a Sul Americana, abrindo duas vagas no G-4, porque do jeito que a coisa vai se chegarmos em sexto já será lucro.


Mas, como algum dia essas mulas certamente passarão,


DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

COPA DO BRASIL – JOGO DE VOLTA

Goiás 1 x 0 Fluminense

Local: Estádio Serra Dourada, GO; Data: 03/09/2014
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento
Auxiliares: Kléber Lúcio Gil e Bruno Boschilia
Gol: Erik, aos 2' do segundo tempo
Cartões Amarelos: Henrique, Jean e Kenedy
Cartão Vermelho: Elivélton

Goiás: Renan; Valmir Lucas (Rodrigo, 18'/2ºT), Jackson, Felipe Macedo e Léo Veloso; David, Thiago Mendes, Murilo e Esquerdinha (Wellington Júnior, 47'/2ºT); Erik e Tiago Real (Liniker, 43'/2ºT). Técnico: Ricardo Drubsky.

Fluminense: Felipe Garcia; Bruno (Walter, 10'/2ºT), Henrique, Elivélton e Carlinhos (Kenedy, 45'/1ºT); Diguinho, Jean, Cícero, Chiquinho e Conca; Fred (Marlon, 18'/2ºT). Técnico: Cristovão Borges.

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