O
primeiro tempo foi tão ruim que lá pelos vinte minutos quase desisti de
continuar o martírio de ver o meu Fluzão sendo dominado por um time de retranqueiros,
que exibia em seu bojo nada menos que três volantes.
Mas
a paixão pelo Tricolor me impediu de desistir.
E
valeu a pena porque dessa vez, ao contrário dos jogos anteriores, fomos melhor
na etapa final.
Logo
no intervalo Cristóvão sacou o inoperante Carlinhos, que há muito se
transformou num vagalume por excelência e vive a sugar o suor dos companheiros
escudado nos bons desempenhos do longínquo campeonato de 2010.
E
ainda que não seja um lateral de origem e nenhum craque contumaz, Chiquinho
conseguiu dar alguma velocidade e eliminar os corredores pelo lado esquerdo da
defesa.
A
meu ver Carlinhos já deu o que tinha que dar. Precisa de novos ares para quem sabe recuperar
o seu futebol.
Difícil
vai ser achar um clube tão mãe que pague salário perto do que ele recebe hoje
em dia.
Em
boa hora Celso Barros bateu o pé e decidiu só renegociar contratos no final do
ano, liberando quem quiser assinar pré-contratos com eventuais interessados.
Aliás,
se dependesse de mim e de grande parte dos torcedores tricolores, apenas Cavalieri e Gum teriam seus contratos renovados.
Pode
ser que eu me engane, mas acho que a turma do come e dorme irá esperar o máximo
sonhando com uma renovação, porque afinal de contas a dupla Fluminense/Unimed
paga salários estratosféricos para jogadores comuns e a diretoria frouxa não
cobra resultados de ninguém.
A
entrada do Kenedy também foi oportuna e mostrou que pelo menos dessa vez
Cristóvão acertou nas duas substituições.
Kenedy,
constantemente criticado nesse espaço, parece que ganhou confiança após o
golaço que fez contra o Cruzeiro e com isso o Fluminense equilibrou as ações e
teve boas chances para marcar.
Gol
que poderia ter sido de Fred caso se levantasse rápido para concluir o chute torto
de Jean, em vez de ficar sentado na grande área reclamando da arbitragem.
A
grande chance, no entanto foi perdida pelo próprio Kenedy a oito minutos do
final, quando dentro da área driblou com categoria dois adversários e frente a
frente com Marcelo Grohe chutou em cima do goleiro, deixando de rolar para
Fred, que livre de marcação só teria o trabalho de empurrar para as redes.
Espero
que Cristóvão tenha prestado bastante atenção ao lance e utilize o erro para
treiná-lo à exaustão, a fim de conscientizá-lo que futebol é um esporte
coletivo e com individualismo excessivo não se chega a lugar algum.
É
claro que também sofremos alguns sustos, mas nada de anormal para uma defesa
que tem Elivelton na zaga central.
Torço
pela volta do Henrique e a manutenção do Marlon, que a cada dia que passa
mostra ter maturidade suficiente para ser guindado à condição de titular.
O
scout final mostrou o Fluminense com mais posse de bola (54%) e mais arremates
a gol (16 a 14).
Vamos
lá Cristóvão: mantenha o time que terminou o jogo, com a volta do Conca, é
claro, e correria pra cima do São Paulo.
E DÁ-LHE FUZÃO QUE O G-4 AINDA É FACTÍVEL!
DETALHES:
CAMPEONATO
BRASILEIRO – 24ª RODADA
Fluminense 0 X 0 Grêmio
Local: Estádio
Mario Filho, RJ; Data: 24/09/2014
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Auxiliares: Kleber Lucio Gil (SC) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Auxiliares: Kleber Lucio Gil (SC) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Fluminense:
Cavalieri, Bruno, Elivélton, Marlon e Carlinhos (Chiquinho, intervalo); Rafinha
(Gustavo Scarpa, 41'/2ºT), Jean, Cícero e Wagner; Rafael Sobis (Kenedy,
11'/2ºT) e Fred. Técnico: Cristovão
Borges.
Grêmio:
Marcelo Grohe, Pará, Bressan, Rhodolfo e Zé Roberto; Walace (Riveros, 34'/2ºT),
Fellipe Bastos e Ramiro; Luan (Fernandinho, 38'/2ºT), Dudu (Lucas Coelho, 43'/2ºT)
e Barcos. Técnico: Luiz
Felipe Scolari.
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