Quem se habilita? |
A tarde começou com a justa homenagem a Washington
e Assis, dois artilheiros que marcaram a década de 80 com seus dribles e gols
maravilhosos.
Cabe a eles grande parte da mágoa que a mídia cretina
nutre pelo Fluminense, afinal o Casal 20 foi mestre em destroçar a maioria das
equipes mulambas da época.
Ao fim das homenagens, começou a festa.
Utilizando-se da mesma fórmula vencedora do jogo
passado com diminuição dos espaços e pressão desde o início, o Fluminense
obteve a sua oitava vitória até com certa tranquilidade.
E o bom time do Goiás não conseguiu resistir vinte
minutos sequer a atuação segura do Tricolor.
Cícero completando boa jogada de Conca, aos nove
minutos, e David contra ao tentar evitar a conclusão de Conca, aos dezenove,
definiram o placar suficiente para a garantia de mais três pontos e assegurar a
vice-liderança.
A destacar o oportunismo de Rafael Sobis por
ocasião do segundo gol ao desarmar o zagueiro adversário na saída de bola e
servir Wagner para dar prosseguimento a jogada.
Se não fosse a desastrada atuação contra o Vitória
e as lambanças da arbitragem a favor do Criciúma, a diferença para o Cruzeiro
poderia ser menor ainda.
A vantagem construída logo no início não arrefeceu
o ânimo da equipe, que com toques rápidos e domínio da posse de bola só não
marcou o terceiro por meros
detalhes.
Na segunda etapa, o Fluminense, manteve a posse de bola e mesmo sem
abdicar do ataque diminuiu o ritmo do que se aproveitou o Goiás para tentar uma
frustrada reação.
As poucas incursões goianas pararam nas mãos de Cavalieri, que mostrou a
segurança costumeira.
Nada que chegasse a preocupar a Torcida Tricolor, agora livre dos
percalços das atuações daquelas equipes que ao obter qualquer vantagem recuavam
perigosamente e tentavam manter o placar na base dos chutões.
Cristóvão promoveu as entradas de Fred, Chiquinho e Rafinha, mantendo o
rodízio dos atletas o que é salutar para o elenco.
A atuação de Fred foi discreta e pode se transformar numa dor de cabeça
para o treinador, já que não possui mobilidade idêntica ao de Sobis.
Cristóvão afirmou que embora não tenha sempre um time definido pretende
manter a mesma maneira de jogar, o que creio ser difícil de ser conseguido com
Fred em campo.
As características próprias de Fred deverão exigir a companhia de um
atacante veloz, que caia pelas pontas.
A solução pode passar pela saída de um volante, o que não será de todo
mal, pois permitirá rodízio saudável entre eles, face ao número exagerado de
jogos dos clubes brasileiros.
Sobre Cícero, Cristóvão declarou:
“-Temos que aproveitar aquilo que ele pode dar para a equipe. Ele tem chegada,
é um jogador alto, tem um bom posicionamento, boa impulsão. Vai nos ajudar
muito, é um grande jogador”.
Tais assertivas provam que nosso atual
treinador é mais perspicaz que seus antecessores, que por duas vezes preferiram
abrir mão do concurso do Cícero em favor da manutenção de volantes pouco
criativos. Aleluia!
As tratativas para a contratação de
Juninho junto ao Palmeiras não evoluíram, o que pode ser muito bom para o
Fluminense.
Quem sabe se assim Cristóvão abra os
olhos para o Fernando, sem dúvida alguma a melhor revelação da lateral esquerda
desde Marcelo e seguramente mais habilidoso que o pretendido Juninho.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
CAMPEONATO BRASILEIRO – 13ª RODADA
Fluminense 2 x 0 Goiás
Local: Estádio Mario Filho, RJ; Data: 03/08/2014 Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa-SC)
Local: Estádio Mario Filho, RJ; Data: 03/08/2014 Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa-SC)
Auxiliares: Kléber Lúcio Gil (Fifa-SC) e Carlos Berkenbrock (SC)
Gols: Cícero aos 9' e David (contra),aos 19' do primeiro tempo
Gols: Cícero aos 9' e David (contra),aos 19' do primeiro tempo
Cartãos amarelo: Wagner
Fluminense: Cavalieri, Bruno, Gum, Henrique e
Carlinhos; Valencia, Jean, Cícero (Chiquinho, 24'/2ºT), Wagner (Rafinha,
39'/2ºT) e Conca; Rafael Sobis (Fred, 16'/2ªT). Técnico: Cristovão
Borges.
Goiás: Renan; Moisés (Assuélio, 34'/2ºT), Jackson, Pedro Henrique e Lima; Amaral, David, Thiago Mendes e Ramon (Esquerdinha, 27'/2ºT); Erik (Murilo, 17'/2ºT) e Bruno Mineiro. Técnico: Ricardo Drubscy.
* * * *
2 comentários:
Salve, Helio!
De fato, está dando gosto de ver nosso Fluminense jogar. Como escrevi na minha resenha, Cristóvão merece muitos aplausos pelo bom trabalho.
O Fernando é tão bom assim? Confesso que vi pouco dele para poder opinar.
E DÁ-LHE FLUZÃO!!!
Abraço!
PC
Caro PC,
Vi o Fernando numa Copa São Paulo de juniores e gostei.
Depois vi um jogo dele na equipe titular e embora estivesse nervoso pela responsabilidade o que jogou deu para o gasto.
Se vai dar certo, não posso afirmar, mas acho que merece uma chance sob pena de perdermos __ quem sabe? __ um jogador de futuro, como possivelmente poderá acontecer com o Lucas Patinho, relegado sempre a segundo plano.
Acompanhei vários jogos dele e pelo que vi demonstrou ser superior a Kenedy, Chiquinho e Biro Biro.
Abraços.
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