Dessa vez Elivélton evitou o pior. (foto: Cleber Mendes / LANCEPress) |
Noite para esquecer, onde tudo deu errado: o nervosismo sem
explicação da equipe ante um adversário que sabidamente viria ao Maracanã com um
sistema hiper-retrancado, a contusão de Gum num lance bobo e o erro
inadmissível de Cristóvão na contagem das substituições.
Desculpas pelo cansaço não justificam a apatia geral.
Um time realmente vencedor precisa antes de tudo de
profissionalismo por parte de seus atletas e por isso mesmo aqueles que se
sentissem esgotados deveriam ter tido a seriedade de alertar o técnico sobre o
fato antes do início da partida e não usar o artifício como desculpa após
deixar a vitória escapar.
Entendo que a maior causa para a omissão seja o receio de
perder a vaga no time titular e aí é que entra ou deveria entrar a percepção do
Cristóvão para escolher os melhores condicionados.
Em suma o que aconteceu foi a mera repetição do problema
enfrentado contra o Vitória, ou seja, o time “se enrola” contra retrancas bem armadas, ficando a mercê apenas
das individualidades de seus craques, o que até poderia dar para o gasto, não
fossem as contumazes lambanças dos “não
virtuoses” que compõem o elenco. A pixotada de Chiquinho, que originou o
início da jogada do gol do Coritiba, pode servir como exemplo típico.
A jornada foi tão ingrata que comprometeu até a
inspiração do nosso treinador, que errou feio nas substituições.
Por que sacar o Cícero, se todo o meio de campo estava
mal, além do Sobis que dava nítida sensação de estar se arrastando em campo?
E por que o Cícero e não o Wagner, reconhecidamente de
habilidade inferior? Cícero é daqueles jogadores que num lampejo pode decidir e,
além disso, não aparentava estar tão cansado quanto Wagner ou Sobis.
O que o time precisava naquele momento mais do que nunca
era a presença de um homem de área para preocupar a defesa adversária que
jogava solta sem nenhuma pressão.
Não era a hora do Edson e sim do Fred.
Deixar a equipe com dois volantes brucutus durante vinte
e cinco minutos contra um adversário melhor postado em campo e com muito mais presença
física me trouxe à mente as horríveis apresentações sob o comando da plêiade de
técnicos ruins que estiveram à testa do Tricolor nesses últimos anos.
Depois do jogo, Cristóvão repetiu a declaração de que procurará
criar alternativas de acordo com o adversário para que o time não fique
previsível: “_O Coritiba fez grande partida,
veio impedir que o Fluminense jogasse, com marcação forte. Jogou bloqueando,
estudou nossa equipe”. (sic)
Não consegui entender o sentido de suas palavras, pois
todos sabiam com antecedência a tática a ser usada pelo Coritiba, cujos métodos
de trabalho de seu atual treinador são por demais conhecidos.
O primeiro tempo sofrível já deveria ter sinalizado para
a necessidade de alguma alteração drástica na equipe, o que não aconteceu.
Ao contrário, tornou-se mais defensiva ainda após as
equivocadas substituições.
Enquanto isso, surpreendentemente, Celso Roth, taxado de
retranqueiro, observou a nossa fragilidade e substituiu dois meias por
atacantes de ofício, obtendo um empate antes considerado improvável pela
maioria dos torcedores e cronistas.
No frigir dos ovos ficou mais uma vez demonstrado que falta
ao elenco aquele atacante habilidoso e rápido, que jogue pelas pontas e tenha
capacidade técnica e física para furar defesas que se entrincheiram à espera da
famosa “bola vadia”.
A diretoria tem apenas quatro dias para tentar repatria o
Nem, mas espera liberação de graça, como se os dirigentes do Shaktar fossem “papais noeis”.
Amadorismo puro, com poucas chances de vingar. Torço para
que eu queime a língua, mas fico estarrecido com a falta de perspectivas em
busca de um plano B.
Se continuarem acreditando em opções como Chiquinho, Biro
Biro e Kenedy as dificuldades estarão presentes sempre que os adversários
jogarem defensivamente.
Mas nem tudo está perdido e ainda acredito que o penta
poderá vir, principalmente se Cristóvão considerar o jogo de ontem como lição a
não ser esquecida e a sorte ajudar um pouco.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO – 14ª RODADA
Fluminense 1 x 1
Coritiba
Local:
Maracanã, RJ; Data: 09/08/2014
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: José Eduardo Calza (RS) e Bruno Salgado Rizo (SP)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: José Eduardo Calza (RS) e Bruno Salgado Rizo (SP)
Gols:
Elivélton, aos 24' do primeiro tempo e Germano, aos 36' do segundo.
Cartões Amarelos: Rafael Sobis, Jean e Valencia
Cartões Amarelos: Rafael Sobis, Jean e Valencia
Fluminense: Cavalieri; Bruno (Edson, 19'/2ºT), Gum
(Fabrício, 27'/1ºT), Elivélton e Carlinhos; Valencia, Jean, Cícero (Chiquinho,
19'/2ºT), Wagner e Conca; Rafael Sobis. Técnico: Cristovão Borges.
Coritiba: Vanderlei; Reginaldo, Leandro Almeida,
Welinton e Dener; Baraka, Germano, Robinho (Keirrison, Intervalo), Norberto e
Dudu (Geraldo, 20'/2ºT); Alex (Júlio César, 32'/2ºT). Técnico: Celso Roth.
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