quinta-feira, 22 de maio de 2014

Fluminense 5 x 2 São Paulo. Chocolate no principal genérico!



Noite de gala, mais uma vitória incontestável sobre o São Paulo.

No segundo tempo, então, o massacre foi de tal monta que deixou os paulistanos tontos em campo e sem condições de esboçar qualquer reação.

Muricy, perplexo, cuidava de colocar defensores para evitar vexame maior, enquanto a Torcida Mágica, deliciada com a superioridade abissal, comandava o “olé” a plenos pulmões.

Decididamente o dia 21 de maio não combina com o São Paulo e nem com Muricy, pois há exatos seis anos outra vitória épica deixava seus admiradores estupefatos diante da nítida superioridade de Fluminense.

E se Washington Coração de Leão brilhou naquela noite, dessa vez o destaque ficou por conta do Walter. 

Walter literalmente deitou e rolou!
No lance do primeiro gol utilizou com maestria o seu jogo de corpo, do mesmo jeito que havia feito quando nos eliminou da Copa do Brasil do ano passado, só que dessa vez a vítima foi o Reinaldo.

No desempate o gol foi de placa, uma trivela tão bem executada que deve ter deslocado as vértebras de quase toda a defesa adversária.


Durante os dias que antecederam o clássico só se ouvia falar do São Paulo, credenciado pela vitória sobre o Flamengo apesar da nítida má fase.

Ignorando o fato de que o Fluminense também havia vencido e pelo mesmo placar, a mídia de São Paulo martelava os ouvidos de todos com loas ao quarteto Ganso, Pato e Luís Fabiano e Oswaldo.

A eterna pretensão paulistana de ver o Ganso na Seleção Brasileira voltou à baila e todos, sem exceção, garantiam que se ele tivesse recuperado o seu futebol alguns meses antes seria nome certo de Felipão.

Talvez por isso o genérico tenha chegado ao Rio de Janeiro com uma espécie de soberba porque no seu entender os três pontos eram favas contadas e afinal o jogo em si não passaria de mera formalidade.  

No começo até que o São Paulo teve predomínio, não os setenta ou oitenta por cento que Rogério Ceni do alto de sua empáfia declarou no intervalo, mas o suficiente para abrir o marcador num pênalti claro, mas talvez evitável.

Passado o torpor pós-gol, o Flu equilibrou as ações e passou até a ter maior posse de bola com algumas investidas pelo lado esquerdo, até que numa delas Rogério rebateu o chute de Conca e Walter empatou.

A alegria durou pouco porque logo depois o São Paulo voltou a marcar com Pato, que escorou de cabeça lançamento preciso de Oswaldo.

Apesar de ser um dia festivo, não se pode deixar de anotar a falha de posicionamento da zaga no lance.

Gum estava na lateral direita, parado e dando condições a Pato, que disputou a bola no alto com Carlinhos e Elivélton estava em lugar incerto e desconhecido.

E frise-se que a situação já havia ocorrido anteriormente por duas vezes quando Carlinhos conseguiu evitar o pior. 


No segundo tempo, os deuses do futebol resolveram dar uma ajudazinha e fizeram com que Marlon entrasse e tornasse a zaga mais consistente. Mas isso é outra coisa.

Com atuação de gala, Fluzão fecha a granja!
Com a “arrumação” feita por Cristóvão, a segunda etapa foi completamente diferente.

O Fluminense não tomou conhecimento do adversário e sapecou um chocolate digno de Domingo de Páscoa.

Foram seis chutes a gol nos seis minutos iniciais que deixaram tonta a zaga paulista a ponto de marcar contra em seguida a um escanteio.

A superioridade do Fluminense foi tão evidente que o São Paulo não conseguiu esboçar reação alguma e teve o seu alardeado quarteto mágico sumido em campo. 

A partir daí os gols foram a consequência natural e a goleada só não foi maior porque Muricy tratou de preservar sua defesa com as substituições defensivas.



A destacar ainda o empenho de toda a equipe, o gol de trivela de Walter à “La Romário” e pasmem a atuação irretocável de Diguinho.

Foi um monstro, desarmou sem cometer faltas, coisa que eu jamais pensei ver na vida, além de municiar o ataque com desenvoltura.

Não sei se os rumores da vinda do Cícero tiveram alguma influência no seu desempenho, mas tenho que dar a mão à palmatória, pelo menos nesse jogo.

Marlon entrou com personalidade e não fez nenhuma lambança. Com ele em campo a produtividade do Gum melhorou.  Tomara que seja sempre assim.

Notei também o time mais solto com a presença do Walter. Não que queira traçar paralelo com o Fred, responsável por jornadas memoráveis, mas sem ele em campo desapareceu aquela preocupação de todos em servi-lo e com aparente medo de arriscar outras opções, muitas vezes mais apropriadas.

Comungando da mesma preocupação do caro Tricolor, que vez por outra nos brinda com seus comentários pertinentes, não podemos deixar que a euforia pelo baile de ontem ofusque as deficiências mostradas em outras oportunidades.

O penta só será factível se todos continuarem com a mesma pegada em todos os jogos.

E é por isso que torcemos para que reforços de peso continuem a ser tentados.

Wellington Nem e Cícero já são uma boa amostra.

Além disso, o elenco continua desequilibrado sem reservas confiáveis em algumas posições, condição essencial para um campeonato longo e com excessivas viagens como o brasileiro.

E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 6ª RODADA

Fluminense 5 x 2 São Paulo

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro; Data: 21/05/2014
Árbitro: Paulo Henrique Bezerra (SC)
Auxiliares: Alessandro R. Matos (BA) e Carlos Berkenbrock (SC)
Gols: Rogério Ceni, aos 26', Walter, aos 41' e Pato, aos 44' do primeiro tempo; Lucão (contra), aos 7', Walter, aos 20', Wagner, aos 27' e Sobis, aos 30' do segundo.
Cartão amarelo: Conca

Fluminense:  Felipe Garcia, Wellington Silva, Gum, Elivélton (Marlon, 12'/2ºT) e Carlinhos; Diguinho, Jean, Wagner (Chiquinho, 35'/2ºT) e Conca; Rafael Sóbis (Kenedy, 39'/2ºT) e Walter. Técnico: Cristovao Borges.

São Paulo: Rogério Ceni, Paulo Miranda, Lucão, Antonio Carlos e Reinaldo; Souza, Maicon (Pabon, 28'2ºT) e Paulo Henrique Ganso; Alexandre Pato, Osvaldo (Hudson, 37'/2ºT) e Luis Fabiano (Boschilia, 32'/2ºT). Técnico: Muricy Ramalho.


(fotos: Bruno de Lima / LANCE!Press)

4 comentários:

Tricolor! disse...

Um pequeno comentário: que finalização foi aquela que o Walter achou no 2º gol??

Esse cara ainda vai nos trazer muitas alegrias...

Isso é péssimo, não gosto de otimismo, mas....
Com esse técnico e com a possível vinda do Nem, passo a acreditar e muito no penta.

Tricolor! disse...

Digo, 2º gol dele, 3º do Flu.

ALEXANDRE MAGNO disse...

Se aquela bicicleta do Walter tivesse entrado, que golaço seria!

Pedro disse...

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