terça-feira, 30 de outubro de 2012

Por que o Fluminense incomoda tanto?




Primeiro falaram das arbitragens.

Independentemente do veículo em que trabalham os “imparciais” comentaristas utilizaram-se de todos os meios disponíveis para apontar os erros que ajudaram o Tricolor a alcançar a liderança absoluta do campeonato. Alguns realmente aconteceram, do mesmo modo que também ocorreram falhas nos jogos dos demais concorrentes.

A diferença abissal é que no caso do Fluminense os vídeos foram repetidos à exaustão e o assunto rolou durante semanas inteiras.

Utilizou-se de pareceres de ex-árbitros, como se infalíveis fossem. O próprio Leonardo Gaciba, consultado por diversas vezes, é aquele mesmo que anulou o gol de Rodriguinho contra o Corinthians por alegação de impedimento, quando o avante tricolor estava a uma distância de dois metros e quarenta centímetros atrás do último defensor, conforme demonstrou o “tira-teima”. Quem quiser conferir é só verificar a postagem do dia 23 de maio de 2010, ou procurar o lance no youtube.

Os erros contra são logo esquecidos e citados apenas ocasionalmente. Só para exemplificar, nenhuma ênfase foi dada ao gol de Wellington Paulista com a ajuda da mão, ao gol de Samuel contra o Santos, anulado por impedimento mal assinalado e muito menos sobre o gol de Fred contra o endeusado Galo no Engenhão, erros esses que se não tivessem sido cometidos aumentariam a distância para o segundo colocado em sete pontos.

Sempre com o cuidado de deixar claro que não acreditam em esquemas ou teorias de conspiração, os constantes questionamentos dirigidos quase sempre ao mesmo clube serviram apenas para incitar as torcidas.

O exemplo mais impressionante foi o comportamento dos adeptos do Atlético Mineiro, cujas imagens deixavam transparecer um ódio incompreensível e que nunca havia ocorrido antes. Parecia até que alguns deles soltavam fogo pelas ventas.

A proliferação dos erros nos jogos dos outros clubes esvaziou um pouco o assunto e, então, o foco passou a ser direcionado para a contestação do futebol apresentado.

Embora sempre enfatizando a maior qualidade do elenco tricolor, procuram sempre usar de artifícios para diminuir a campanha histórica do Fluminense.

Não basta ter o melhor aproveitamento da época dos pontos corridos, o melhor saldo, o ataque mais positivo, a defesa menos vazada e o artilheiro do campeonato, porque para eles o time nunca joga bem e vence a maioria das vezes por pura sorte.

Fazem chacotas com as sete vitórias por 1 a 0 ignorando o fato de que o Atlético, para eles “o time da moda”, também venceu pelo placar de 1 x 0 as mesmas sete vezes.

O clímax foi alcançado por Guilherme Abrahão e Luiz Gustavo Moreira, talvez rubro-negros ou corintianos enrustidos, sei lá, no artigo publicado no Lancenet e logo acolhido pelos doutos “senhores da verdade” da ESPN.

O artigo traça um paralelo com a equipe campeã de 1951, que sob o comando de Zezé Moreira, ganhou várias partidas pelo escore mínimo e passou a ser apelidada de “Timinho”.

Sob o aspecto histórico, o artigo até que tem o seu valor. O problema é a distorção dos dados, como demonstra o trecho reproduzido a seguir, que sinaliza claramente a tendência de contestar a eficiência do líder:

“62% DE VITÓRIAS MAGRAS”
“Neste Campeonato Brasileiro, o Fluminense soma a incrível marca de 21 vitórias em 33 rodadas. Contudo, 62% dessas vitórias foram por apenas um gol diferença. São 13 triunfos conquistados pela diferença mínima. Nos clássicos, por exemplo, o Fluminense soma quatro vitórias, todas desta forma: 1 a 0, duas vezes, sobre o Flamengo; 1 a 0 sobre o Botafogo; e 2 a 1 sobre o Vasco.
Para completar, das últimas seis vezes que o Fluminense deixou o campo com os três pontos na bagagem, cinco vitórias ocorreram pela diferença mínima.”.

Muitos devem estar se perguntando por que considero o artigo tendencioso. Simplesmente pelo fato de que neste campeonato as vitórias por diferenças mínimas  não são exclusividade do Fluminense.

Basta compará-los com os do Atlético Mineiro para verificar facilmente a manipulação estatística.

Se por um lado o Fluminense obteve 61,9% das vitórias por um gol, o Atlético obteve 61,1% de suas vitórias também por diferença mínima, ou seja, desempenho semelhante, estrategicamente esquecido pelos articulistas.

A tabela a seguir compara os desempenhos dos dois clubes.

                                                       Fluminense             Atlético-MG
Vitórias por 1 x 0                                  7                                 7
Vitórias por diferença de 1 gol            6                                 4
% sobre vitórias:                         (13/21) = 61,9%         (11/18) = 61,1%


E é por isso que a pergunta continua: Por que o Fluminense incomoda tanto?


E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!

3 comentários:

Tricolor! disse...

Também tenho andado enojado pelos mesmos motivos.

Hélio, o nosso sonhado tetracampeonato já tem trilha sonora...

O eterno tricolor Cartola deve estar sorrindo e cantando:

http://www.youtube.com/watch?v=lI31O82PT34

Outra belíssima sugestão de trilha é a
http://www.youtube.com/watch?v=3Bq9ZV0qSw4

Quando fico de saco cheio da abordagem dos sites esportivos, costumo lê-los ouvindo a trilha do tetra...

Sugiro o mesmo...

Saudações Tricolores!

Tricolor! disse...

Corrigindo:
Sugiro QUE FAÇA o mesmo.

ST!

Tricolor! disse...

SEGUE INTERPRETAÇÃO DA TRILHA DO TETRA:

Chora, disfarça e chora
Aproveita a voz do lamento
Que já vem a aurora [O RESPLANDECENTE TÍTULO, BRILHANTE COMO O SOL DA MANHÃ, QUAL A LUZ DO REFLETOR...]
A pessoa que tanto queria [TÍTULO]
Antes mesmo de raiar o dia
Deixou o ensaio por outra [FLUMINENSE]
Oh! triste senhora [GALINÁCEO MINEIRO HÁ TANTOS ANOS SEM ALEGRIAS]
Disfarça e chora
Todo o pranto tem hora
E eu vejo seu pranto cair
No momento mais certo
Olhar, gostar só de longe [DA TAÇA]
Não faz ninguém chegar perto
E o seu pranto oh! Triste senhora
Vai molhar o deserto [AHAHAHAHA...]
Disfarça e chora


SAUDAÇÕES TRICOLORES!...