Autor do primeiro gol e do passe para o segundo, Wellington Nem destruiu a defesa do Coritiba |
Jogaço, emoção do princípio
ao fim. Nenhuma polêmica infundada sobre arbitragem, embora o Luiz Carlos
Junior, durante a transmissão, fizesse questão de conferir um impedimento de
Wellington Nem não assinalado simplesmente porque a bola correu mais que ele e
morreu nos braços do bom goleiro Vanderlei.
Marcar a infração numa
condição dessas só serviria para atrasar o jogo.
Posturas inoportunas como
a desse jornalista estão entre as causas que acirram as desavenças com as
torcidas e só servem para enfurecer os ânimos.
O Fluminense jogou como
autêntico campeão. Apoiado por quase trinta e quatro mil tricolores, buscou o
gol desde o início e logo no primeiro lance teve uma bola na trave na falta
cobrada por Thiago Neves.
O Coritiba também jogava
bem, equilibrava a posse de bola, mas não conseguia arrematar contra a meta de
Cavalieri, tanto assim que o goleiro só chegou a ser incomodado nos minutos
finais da primeira etapa.
Wellington Nem, em noite
de gala, aproveitou-se de um erro de passe para arrancar para cima da defesa
paranaense e assinalar o primeiro aos quinze minutos.
A registrar o fato de que
Nem procura sempre manter-se de pé sem usar o artifício desonesto de muitos
atletas, que se jogam ao chão a qualquer simples contato com o objetivo de confundir
os árbitros.
No lance, foi agarrado e
empurrado por Escudero e ainda assim consegui livrar-se e completar para o gol.
Poderia ter-se consagrado
marcando mais dois gols, perdidos de dentro da grande área por excesso de
preciosismo. Corrigindo esse pequeno senão tem tudo para evoluir cada vez mais.
Na jogada do segundo gol
mostrou serenidade ao procurar o companheiro melhor posicionado e colocou a
bola com açúcar na cabeça de Thiago Neves.
Cavalieri confirmou sua
ótima fase e apareceu bem quando foi necessário. Não teve culpa nenhuma no gol
sofrido.
Bruno teve outra boa
atuação. O gol salvo de bicicleta foi uma jogada antológica.
Jean ditou o ritmo do
meio de campo. Fecha o setor como poucos e ainda tem habilidade para armar
jogadas de ataque.
Já Digão voltou a deixar
a torcida com os cabelos em pé, atabalhoado e autor de uma furada
impressionante no último lance do jogo, que por sorte, não se transformou no
empate.
E o pior que essas falhas
grotescas só ocorrem nos finais das partidas, vide o gol de empate do Grêmio.
Preocupante as condições
físicas de Deco e Wagner.
Suas frequentes contusões
têm privado o Fluminense da criatividade no setor de meio campo e se a
Diretoria Tricolor estiver realmente pensando em disputar a próxima Libertadores
para ganhar não poderá abster-se de considerar seriamente o retorno do Conca, jogador
que nunca é expulso, não leva cartão amarelo e praticamente não se contunde e que por isso mesmo foi a mola
mestra do título de 2010.
Apesar de todos os
percalços, o sufoco curitibano não vinha sendo dos maiores até o momento em que
o Abel resolveu “reforçar” a defesa
colocando mais um volante.
Foi como sinalizasse para
o Coritiba: “Podem atacar, porque eu vou me defender”. E a repetição do filme
foi inevitável.
Após o jogo, nosso treinador
declarou: "Estou ficando muito velho
para aguentar essas emoções".
E aí que eu acrescento: “Então para de botar o Diguinho?”
DETALHES:
Fluminense 2 x 1 Coritiba
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ); Data: 25/10/2012
Árbitro: André Luís Castro (GO)
Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago
(Fifa/MG) e Fabiano Ramires (ES)
Gols: Wellington Nem, aos 15' do
primeiro tempo; Thiago Neves, aos 25' e Éverton Ribeiro, aos 36' do segundo.
Cartões amarelos: Deco
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum,
Digão e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco (Wagner, 12'/2ºT, depois Diguinho,
26'/2ºT) e Thiago Neves (Rafael Sobis, 39'/2ºT); Wellington Nem e Fred.
Técnico: Abel Braga.
Coritiba: Vanderlei, Victor Ferraz (Ruidiaz,
31'/2ºT), Luccas Claro, Escudero e Denis Neves (Pereira, 31'/2ºT); Gil
(Anderson Aquino, 42'/2ºT), Willian Farias, Everton Ribeiro, Lincoln e Rafinha;
Deivid. Técnico: Marquinhos Santos.
E DÁ-LHE FLUZÃO
TETRACAMPEÃO!
(fotos: Lancenet.com.br / Paulo Sergio)
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