sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Fluminense 2 x 1 Coritiba. Falta pouco!



Autor do primeiro gol e do passe para o segundo,
Wellington Nem destruiu a defesa do Coritiba
  
Jogaço, emoção do princípio ao fim. Nenhuma polêmica infundada sobre arbitragem, embora o Luiz Carlos Junior, durante a transmissão, fizesse questão de conferir um impedimento de Wellington Nem não assinalado simplesmente porque a bola correu mais que ele e morreu nos braços do bom goleiro Vanderlei.

Marcar a infração numa condição dessas só serviria para atrasar o jogo.

Posturas inoportunas como a desse jornalista estão entre as causas que acirram as desavenças com as torcidas e só servem para enfurecer os ânimos.

O Fluminense jogou como autêntico campeão. Apoiado por quase trinta e quatro mil tricolores, buscou o gol desde o início e logo no primeiro lance teve uma bola na trave na falta cobrada por Thiago Neves.

O Coritiba também jogava bem, equilibrava a posse de bola, mas não conseguia arrematar contra a meta de Cavalieri, tanto assim que o goleiro só chegou a ser incomodado nos minutos finais da primeira etapa.

Wellington Nem, em noite de gala, aproveitou-se de um erro de passe para arrancar para cima da defesa paranaense e assinalar o primeiro aos quinze minutos.

A registrar o fato de que Nem procura sempre manter-se de pé sem usar o artifício desonesto de muitos atletas, que se jogam ao chão a qualquer simples contato com o objetivo de confundir os árbitros.

No lance, foi agarrado e empurrado por Escudero e ainda assim consegui livrar-se e completar para o gol.

Poderia ter-se consagrado marcando mais dois gols, perdidos de dentro da grande área por excesso de preciosismo. Corrigindo esse pequeno senão tem tudo para evoluir cada vez mais.



Na jogada do segundo gol mostrou serenidade ao procurar o companheiro melhor posicionado e colocou a bola com açúcar na cabeça de Thiago Neves.




Cavalieri confirmou sua ótima fase e apareceu bem quando foi necessário. Não teve culpa nenhuma no gol sofrido.

Bruno teve outra boa atuação. O gol salvo de bicicleta foi uma jogada antológica.

Jean ditou o ritmo do meio de campo. Fecha o setor como poucos e ainda tem habilidade para armar jogadas de ataque.

Já Digão voltou a deixar a torcida com os cabelos em pé, atabalhoado e autor de uma furada impressionante no último lance do jogo, que por sorte, não se transformou no empate.

E o pior que essas falhas grotescas só ocorrem nos finais das partidas, vide o gol de empate do Grêmio.

Preocupante as condições físicas de Deco e Wagner.

Suas frequentes contusões têm privado o Fluminense da criatividade no setor de meio campo e se a Diretoria Tricolor estiver realmente pensando em disputar a próxima Libertadores para ganhar não poderá abster-se de considerar seriamente o retorno do Conca, jogador que nunca é expulso, não leva cartão amarelo e praticamente não  se contunde e que por isso mesmo foi a mola mestra do título de 2010.

Apesar de todos os percalços, o sufoco curitibano não vinha sendo dos maiores até o momento em que o Abel resolveu “reforçar” a defesa colocando mais um volante.

Foi como sinalizasse para o Coritiba: “Podem atacar, porque eu vou me defender”. E a repetição do filme foi inevitável.

Após o jogo, nosso treinador declarou: "Estou ficando muito velho para aguentar essas emoções".

E aí que eu acrescento: “Então para de botar o Diguinho?”



DETALHES:

Fluminense 2 x 1 Coritiba

Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ); Data: 25/10/2012

Árbitro: André Luís Castro (GO)

Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago (Fifa/MG) e Fabiano Ramires (ES)

Gols: Wellington Nem, aos 15' do primeiro tempo; Thiago Neves, aos 25' e Éverton Ribeiro, aos 36' do segundo.

Cartões amarelos: Deco

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Jean, Deco (Wagner, 12'/2ºT, depois Diguinho, 26'/2ºT) e Thiago Neves (Rafael Sobis, 39'/2ºT); Wellington Nem e Fred. Técnico: Abel Braga.

Coritiba: Vanderlei, Victor Ferraz (Ruidiaz, 31'/2ºT), Luccas Claro, Escudero e Denis Neves (Pereira, 31'/2ºT); Gil (Anderson Aquino, 42'/2ºT), Willian Farias, Everton Ribeiro, Lincoln e Rafinha; Deivid. Técnico: Marquinhos Santos.


E DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!

(fotos: Lancenet.com.br / Paulo Sergio)

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