Jean comemora o seu primeiro gol pelo Fluminense. (foto: Lancenet.com.br / Paulo Sergio) |
Foi
no sufoco, tomamos duas na trave, sofremos pressão, mas no final brilhou a
estrela de Jean.
Assim
o Tricolor conseguiu mais uma vitória, ultrapassou o Vasco e está a apenas três
pontos do líder. Estaria na ponta não fosse um bandeirinha safado que beneficiou
vergonhosamente o Atlético Mineiro no jogo entre os dois clubes.
Temos
que comemorar a boa campanha, mas não podemos deixar de nos preocupar que a
sorte é volúvel e de uma hora para outra pode pender para o outro lado.
Até
quando a equipe vai suportar o excesso alarmante de desfalques?
Após o jogo Abel declarou que Fred jogou no sacrifício, assim é provável que se
torne mais uma ausência nos próximos compromissos.
É
inconcebível que um clube que investe fortunas em seu plantel conviva com esse
estado da arte sem que seus dirigentes se preocupem com o fato.
Afinal,
qual a causa de tantas lesões?
No
princípio, culpava-se o gramado das Laranjeiras até os jogadores começarem a se
lesionar nos diversos estádios em que o clube jogava: Beira Rio, Couto Pereira,
Engenhão, Bombonera, entre outros.
Marcos
Junior sentiu o músculo no último treino realizado no forte da Urca e juntou-se
a um infindável batalhão de contundidos.
Depois,
as “idades avançadas” dos atletas
mais experientes passaram a ser a causa primeira.
Foi
quando tivemos: Elivelton, Bruno, Digão, Matheus Carvalho, Wellington Nem, duas
vezes, quase que seguidas e por último Marcos Junior.
Enquanto
isso, Araújo que não conseguiu sequer emplacar uma sequencia no Fluminense,
hoje participa normalmente dos jogos do Náutico.
A
causa do problema, então, poderá ser outra que não o estado dos gramados, ou as
idades dos atletas.
Poderia
ser excesso de carga de exercícios definidos pelos fisiologistas, aparelhos
ultrapassados, falta de atualização das práticas médicas, ou exagero da
Comissão Técnica quanto aos treinamentos?
Com
a palavra o Gerente de Futebol.
Quanto
ao jogo, a bola aérea não funcionou dessa vez, em parte pela forte marcação da
jogada imposta pelo Palmeiras e também pelos erros recorrentes dos laterais ao
tentar os cruzamentos.
A
falta de criatividade do meio de campo foi notória, principalmente pela falta
de ritmo de Thiago Neves, que custa a ser recuperar da artroscopia, tal qual
ocorreu com Conca, no início do ano passado.
A
contusão de Wagner agravou a situação e por pouco o time paulista não abriu a
contagem.
Abel
comentou que a equipe não ficou defensiva com a utilização de três volantes
porque deu liberdade a Jean para avançar. Acrescentou que não tinha meias no
banco, como se não fosse dele a responsabilidade pela escolha dos reservas.
Ao
concordar com o empréstimo de Lucas Patinho, devia ter em mente a possibilidade
do aproveitamento de algum meia da base, Higor ou Eduardo, por exemplo. Se não
confia neles, nem para uma emergência, não deveria ter concordado com a negociação.
Também
não deve ter percebido que Diguinho ainda está muito aquém de sua condição
física para entrar num jogo tão complicado. A facilidade com que Obina passou
por ele deveria servir de alerta, pois a jogada só não resultou em gol graças à
forma excepcional que Cavalieri atravessa.
A
estratégia deu certo dessa vez. Jean fez uma bela conclusão, depois de receber
um passe bem elaborado de Rafael Sobis, mas se não fossem as traves e as
defesas de nosso goleiro, poderíamos estar amargando a derrota para mais um
clube que se encontra na zona de rebaixamento.
Os
quatorze arremates palmeirenses contra nove tricolores e as cinco defesas de
Cavalieri contra uma única do Bruno dão a dimensão exata do perigo que o time
passou.
Ao
final, porém, tudo deu certo. Valeu a estrela do Abel e o que a Torcida
Tricolor tem que fazer é comemorar a vice-liderança e torcer para que algum dos
lesionados possa reforçar a equipe no difícil duelo contra o Cruzeiro.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Fluminense
1 x 0 Palmeiras
Local: Engenhão (RJ); Data: 12/8/2012
Árbitro: Marcio Chagas da Silva (RS)
Assistentes: Altemir Hausmann (RS) e Fábio Ferreira (TO): -
Gol: Jean, aos 38' do segundo tempo.
Fluminense: Diego Cavalieri; Wallace, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos; Edinho (Matheus Carvalho, 31'/2T), Jean, Wagner (Diguinho, intervalo), Thiago Neves (Samuel, 25'/2T), Rafael Sobis e Fred. Técnico: Abel Braga.
Palmeiras: Bruno; Artur (Betinho, 41'/2T), Thiago Heleno, Maurício Ramos, Juninho, Henrique, Marcos Assunção, Patrik (João Vitor, 29'/2T), Fernandinho, Obina (Mazinho, 14'/2T) e Barcos. Técnico: Flávio Murtosa.
Gol: Jean, aos 38' do segundo tempo.
Fluminense: Diego Cavalieri; Wallace, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos; Edinho (Matheus Carvalho, 31'/2T), Jean, Wagner (Diguinho, intervalo), Thiago Neves (Samuel, 25'/2T), Rafael Sobis e Fred. Técnico: Abel Braga.
Palmeiras: Bruno; Artur (Betinho, 41'/2T), Thiago Heleno, Maurício Ramos, Juninho, Henrique, Marcos Assunção, Patrik (João Vitor, 29'/2T), Fernandinho, Obina (Mazinho, 14'/2T) e Barcos. Técnico: Flávio Murtosa.
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