A dispensa de Dorival Junior ao fim do campeonato de
2013 foi aceita como decisão normal porque afinal o clube tinha sido rebaixado,
embora a maior parcela da culpa não pudesse ser imputada ao treinador.
Não custa lembrar que em sua curta passagem pelo
clube Dorival dirigiu a equipe apenas nas cinco últimas rodadas, obtendo três
vitórias: Náutico, São Paulo e Bahia, um empate com Atlético-MG e uma derrota
para o Santos, na Vila Belmiro.
Obteve um aproveitamento de 66,6 % dos pontos, que
poderia ter sido de 80% não fosse a falha grotesca de Digão no lance que
originou o gol de empate do Atlético Mineiro já no final do jogo.
Mesmo após a divulgação das escalações irregulares
por parte de Flamengo e Portuguesa, que garantiram o Fluminense na primeira
divisão, os entendidos dirigentes tricolores mantiveram a decisão e, pior ainda,
foram buscar um aprendiz de técnico.
Apesar da presença de Conca, Fred, Sobis, Jean,
Wagner, Cavalieri os maus resultados foram a tônica de 2014 com participações
pífias no Campeonato Estadual e na Copa do Brasil, com a eliminação histórica
para um clube da terceira divisão em pleno Maracanã.
Inexplicavelmente a direção achou boa a sexta
colocação no campeonato nacional e renovou o contrato com o treinador para 2015.
Como o time continuou a fazer água nas primeiras
competições do ano e nas rodadas iniciais do campeonato brasileiro, resolveram
mudar e com toda a sabedoria descolaram Ricardo Drubscky, professor, simpático,
muito educado, mas ainda sem cabedal para dirigir o Fluminense.
Partiram, então, para a contratação do Enderson em
disponibilidade no mercado.
Depois de tantas lambanças, confesso que exultei com
a volta do treinador.
Esperava um treinador mais amadurecido, livre das
retrancas desmedidas como a que implantou no jogo com o Libertad que custou a
eliminação da Libertadores.
E a primeira impressão foi justamente essa.
Enderson conseguiu 73% de aproveitamento nos onze
primeiros jogos do campeonato, entretanto, perdeu-se após o jogo com o Vasco,
conseguindo a façanha de sofrer oito derrotas nos dez últimos jogos disputados,
desempenho de time rebaixado.
Cometeu toda a sorte de erros: escalações ruins e
substituições piores ainda, além da insistência em deslocar vários jogadores de
suas posições de origem: Scarpa virou lateral esquerdo, embora não tenha a menor
capacidade de marcação; Marcos Junior virou meia; Gerson __ até pouco tempo a
maior joia__ atacante pela ponta e Ronaldinho__ pasmem__ de falso nove.
E não adiantaram os resultados ruins e a baixa
produtividade dos atletas improvisados, pois as idiossincrasias continuaram.
No Fla-Flu a cereja do bolo às avessas: três
volantes, supostamente para fechar a defesa e o que acontece?
Dois gols do adversário em apenas quatorze minutos, sem
contar os dois milagres do Cavalieri antes dos cinco.
O resultado só não foi histórico porque o Flamengo
se acomodou, mesmo assim aos vinte e três minutos o atacante Kayke perdeu um
gol cara a cara com Cavalieri por puro preciosismo.
Enderson negou-se a atribuir a derrota às alterações
de última hora, preferiu pôr a culpa nos gols conseguidos muito cedo pelo
adversário.
Justificou “a escalação de três volantes para que o
time tivesse um bom poder de armação”.
Não explicou como sua escalação, antes nunca
treinada, não se traduziu em poder de armação e muito menos em solidez defensiva.
Provavelmente não percebeu os espaços que seus três volantes
davam e a avenida pela esquerda pela ineficiência de marcação por parte de
Gustavo Scarpa, o melhor armador do elenco sendo queimado por pura teimosia.
Enfim, mudou no intervalo abdicando de um dos
volantes e colocando Marcos Junior.
O Tricolor melhorou e conseguiu descontar, mas o gol
de Jean que poderia servir de alento para a tentativa de reação de nada
adiantou ante à lentidão da zaga formada por Gum e Henrique, que não tardou a
dar novo presente para que Everton fizesse o terceiro.
Após o jogo, Bittencourt bancou a permanência do técnico
até o final do campeonato deixando a entender que o planejamento para 2016 já
está em curso.
Espero que envolva a escolha de um treinador capaz de fazer
o Fluminense voltar aos dias de conquista.
E para isso, vão aqui algumas dicas que tenho certeza satisfariam a grande maioria dos torcedores tricolores.
Não serão contratações fáceis: Cuca recebe um salário
astronômico; Levir dificilmente trocaria a excelente estrutura administrativa do
Galo pela nossa puramente amadora.
A construção do CT poderá fazer com que o mais fácil, por
incrível que pareça, seja o Muricy atualmente num período sabático para
recuperação da saúde e que talvez topasse firmar um compromisso verbal para
começar no próximo ano.
O mais difícil será convencer o Peter a descer de seu
pedestal de vestal orgulhosa para concordar com a volta do Muriçoca.
Dorival, embora não esteja no mesmo patamar, conseguiu
recuperar o time do Santos e certamente poderia fazer o mesmo com o nosso.
Conjecturas difíceis de concretizar, mas não custa
tentar, ou pelo menos por parte dos torcedores, torcer para que se realizem.
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO – 23ª RODADA
Fluminense 1 x 3 Flamengo
Local: Estádio Mario Filho, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ; Data:
06/09/2015
Soprador de apito: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Marcio Eustáquio
Santiago (MG)
Gols: Emerson, aos 9' e Kayke, aos 14' do
primeiro tempo; Jean, aos 12' e Paulinho, aos 23' do segundo.
Cartões Amarelos: Douglas, Pierre, Osvaldo, Wellington
Paulista, Marcos Júnior e Wellington Silva
Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva. Gum,
Henrique e Gustavo Scarpa; Pierre (Marcos Júnior, intervalo), Jean, Douglas e
Cícero; Osvaldo (Gerson, 31'/2ºT) e Michael (Wellington Paulista, 35'/2ºT.
Técnico: Enderson Moreira
Flamengo: Paulo Victor, Pará, Samir, Wallace
(César Martins, 31'/2ºT), Armero (Paulinho, intervalo); Márcio Araújo (Jonas,
39'/2ºT), Canteros, Alan Patrick e Everton; Emerson e Kayke. Técnico: Oswaldo
Oliveira
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Em Nota Oficial rival
dá um tapa com luvas de pelica em Andrés Sanchez, Tite e toda a torcida corinthiana!
Pena que
dificilmente serão capazes de absorver esses sentimentos.
O Clube de Regatas do Flamengo
vem reiterar seu total descontentamento e repúdio a respeito da arbitragem nos
jogos do Campeonato Brasileiro de 2015. No último final de semana, mais uma vez
os torcedores presenciaram uma série de equívocos que mancham o espetáculo do
futebol. Neste domingo (6.09), a arbitragem atrapalhou o sucesso do Fla-Flu, o
clássico mais charmoso do Brasil.
Lamentamos os critérios e os
erros que influenciaram diretamente no número de cartões amarelos anotados e na
ausência de marcação de um toque de mão no primeiro gol rubro-negro. O Clube de
Regatas do Flamengo ratifica sua posição contrária aos equívocos dos árbitros
que têm sido tão comuns no Brasileiro.
Posição que marcamos não
apenas nos momentos em que somos prejudicados, mas, igualmente, também quando
somos favorecidos de qualquer forma.
Sobre o clássico, vale ainda
enfatizar que a arbitragem influenciou o resultado dos dois Fla-Flus deste
Brasileiro: o do turno (em uma marcação de pênalti inexistente, inversões de
faltas e uma expulsão controversa) e o do returno.
Amplamente visto pela
sociedade, imprensa e autoridades como uma instituição transparente e que
cumpre com todas as suas obrigações, o Clube de Regatas do Flamengo compreende
que toda atividade exercida por homens e mulheres está sujeita a erros. Mas,
novamente, não acreditamos que a ocorrência de tais erros venha a diminuir sem
que alguma ação concreta seja tomada pela Confederação Brasileira de Futebol e
pela Comissão Nacional de Arbitragem, de quem cobramos uma maior atenção à
imparcialidade e à credibilidade do futebol brasileiro, outrora o mais admirado
do mundo. Clube de Regatas do Flamengo”.