Não
deu para o Enderson.
Aliás há muito sua queda vinha sendo anunciada e só não
aconteceu antes pela prepotência de Mario Bittencourt, que imaginando ser o
senhor absoluto do clube, resolveu bancar a permanência mesmo depois do treinador
perder a mão no comando da equipe.
E
perdeu por cometer o erro crasso de querer manter um esquema rígido sem se
preocupar em avaliar se tinha os atletas adequados.
O
resultado foi a improvisação generalizada que transformou o prazer de ver os
jogos do Fluminense em espetáculos dantescos.
Foi
difícil aguentar o Marcos Junior escalado como armador criativo, o Cícero e
também o Gerson caídos pelas extremas e Ronaldinho atuando como falso nove, sem
falar é claro no sacrifício imposto ao Gustavo Scarpa, desperdiçando todo o seu
talento numa lateral, que acabou se transformando numa avenida para qualquer
adversário medianamente veloz.
Do
triste episódio apenas um fato positivo: a assunção pelo presidente das rédeas
do comando sem se importar com o que pensava a dupla de dirigentes amadores.
Sim,
porque a decisão foi exclusiva de Peter Siemsen, ou vocês ainda têm alguma
dúvida?
Louvável
a atitude do presidente que finalmente enxergou que do jeito que as coisas estavam
o rebaixamento em breve poderia tornar-se uma realidade.
Ponto
para Peter na demissão de Enderson. Quanto a escolha do substituto o futuro
dirá se foi válida ou não.
Em
minha opinião, houve precipitação na contratação e uma vez mais teremos no
comando uma aposta, já que Eduardo Batista ainda não passa de uma promessa.
Sua
trajetória no Sport inclusive é bastante semelhante à de Enderson, sem nenhum título de expressão no currículo.
Começou
bem nas primeiras rodadas e conseguiu manter sua equipe entre os primeiros e
jogando um futebol de encher os olhos.
Com
o decorrer das rodadas seu time desandou e ficou dez rodadas sem vencer e só
quebrou o jejum pelo presente dado pelo Gum.
Se
dependesse de mim, não contrataria mais ninguém, deixaria o time com o Luís
Felipe, técnico que conquistou de forma invicta o campeonato brasileiro sub-20
e costurava com o Muricy um acordo para o início de 2016.
Como
alternativa, poderia tentar um contrato com algum técnico disponível até o
final do ano.
Agora
que a decisão foi tomada quaisquer comentários serão prejudiciais então só nos
resta torcer para que as coisas deem certo dessa vez.
O
que peço e espero que aconteça é que o novo treinador não se deixe levar pelos
donos do time, os preferidos de vários que já passaram pelas Laranjeiras,
titulares vitalícios independentemente da forma que ostentam e além de tudo
estude em profundidade o elenco que tem às mãos, pois desde 2012 quando o Fluminense
tinha realmente o melhor time do Brasil, no bojo do elenco tricolor sempre
havia quatro ou cinco jogadores de qualidade inferior que conseguiam passar
despercebidos mesmo sem ter a mínima condição de vestir a camisa tricolor.
E
seja o que Deus quiser.
Valha-nos
João de Deus!
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO - 27ª RODADA
Fluminense 1 x 4 Palmeiras
Local: Estádio Mario Filho, maracanã, Rio de Janeiro, RJ; Data: 16/09/2015
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Jose Javel
Silveira (RS) e Rafael da Silva Alves (RS)
Gols: Jean, aos 36' do primeiro tempo; Lucas Barrios, aos 23'; Gabriel
Jesus, aos 30' e Lucas Barrios, aos 45' e 47' do segundo
Cartão Amarelo: Wellington Silva
Cartão Amarelo: Wellington Silva
Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva, Antônio Carlos, Marlon e Leonardo; Edson, Jean (Viníciu, 31'/2ºT), Cícero e Gerson (Osvaldo, 30'/1ºT); Marcos Júnior (Michael, 34'/2ºT) e Fred. Técnico: Enderson Moreira.
Palmeiras: Fernando
Prass, Lucas, Victor Ramos, Jackson e Egídio (Rafael Marques, Intervalo); Thiago Santos, Arouca (Allione, 15'/2ºT), Robinho e Zé Roberto; Gabriel Jesus e Alecsandro (Lucas Barrios, 15'/2ºT.) Técnico: Marcelo Oliveira.
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