A Torcida é sábia. Pena que a diretoria seja acéfala. |
Bastaram dois
adversários minimamente arrumados e bem dispostos em campo para que a
fragilidade tricolor ficasse escancarada aos olhos de todos.
Um time sem alma, sem
padrão de jogo, sem nenhuma jogada ensaiada, enfim uma equipe que nos noventa e
sete minutos da disputa não conseguiu proporcionar uma única oportunidade para que Fred arrematasse a gol.
Parecia estar vendo a
seleção do Felipão completamente dominada com o agravante do adversário de
ontem possuir elenco mais limitado que o nosso.
A rigor apenas em uma
ocasião o goleiro Martin Silva teve que despender algum esforço para fazer a
defesa e assim mesmo num chute de longe.
Os “reforços”
conseguidos com base no monitoramento do mercado como declarado pomposamente
pela direção tricolor não passam de refugo de clubes mais modestos, muitos
deles reservas ou emprestados a times mais fracos ainda.
Frise-se ainda que as
atuações do único que veio da primeira divisão, Marlone, vem demonstrando
porque o Cruzeiro o dispensou.
Alie-se a tudo isso a
presença de um treineiro __ recuso-me a classificá-lo como treinador __ ainda no limiar de sua carreira sem
experiência suficiente para impor qualquer padrão adequado a times de primeira
linha.
Mas esperar o que de
um cidadão que deixa o Cícero no banco para Valencia e Diguinho, volantes que sabidamente não teriam seus contratos renovados?
Alguns argumentam que
o trabalho feito no Vasco foi bom, esquecendo-se que a causa do sucesso efêmero aconteceu apenas pelo
fato de ter herdado uma equipe montada e treinada pelo Ricardo Gomes e mesmo
assim sem conseguir ganhar título algum.
Depois veio o Bahia onde
não durou muito e agora o Fluminense onde, mesmo com o time da época das vacas
gordas, deixou escapara a vaga na Libertadores, além da proeza de sofrer duas
goleadas acachapantes em pleno Maracanã para times infinitamente menores em termos
de importância e tradição.
Como já passei da
idade de conviver com o desconforto do Engenhão assisti a partida pela TV, o
que me permitiu também ver o jogo entre Madureira e Flamengo e constatar ser o simpático
clube suburbano bem mais arrumado na defesa sem dar oportunidade alguma ao time
da Gávea, que só conseguiu empatar graças a um gol irregular, fato corriqueiro
nos campeonatos cariocas.
Antes já tinha visto
o Bangu, Volta Redonda e agora o Vasco para confirmar a conclusão de que não é
tão difícil posicionar uma equipe para jogar algo semelhante ao futebol.
Cristóvão é um
desastre total: escala mal, substitui ainda pior.
O que o Fluminense de
hoje oferece é o mesmo que os times de peladas escalados na base do par ou impar e que jogam
simplesmente em função das qualidades individuais de cada um.
Não existe tática ou jogadas
ensaiadas, apenas amontoados de jogadores
que tentam resolver por si só o destino das partidas.
E é de lamentar que o
treineiro depois de mais de um ano de trabalho no clube não tenha conseguido implantar
qualquer organização tática.
As declarações do Rodrigo após a vitória foram
sintomáticas: “__ nosso treinador mostrou
vídeos para vermos como o time deles jogava e definiu a estratégia a ser
utilizada ... do meio campo pra frente eles são fortes, mas na hora de marcar
não marcam como a gente”. (sic)
Em suma, desde o ano passado qualquer treinador tem a
fórmula para vencer o Fluminense.
No jogo de ontem, porém, a incompetência atingiu o clímax
e penso na vergonha que devem ter sentido os tricolores que se dispuseram a ir
ao estádio.
A preocupação de ficar bem com todos provavelmente como
forma de garantir a permanência no cargo tem acarretado mudanças constantes e
desnecessárias na equipe, o que acaba concorrendo de maneira decisiva para que
o coletivo sofra.
Robert, que havia decidido contra o Bangu, voltou para
a reserva depois de um desempenho apagado contra o Volta Redonda, jogo em que
todo o time esteve mal.
Talvez a única exceção tenha sido o Wellington
Silva, equivocadamente sacado logo após o empate em jogada sua.
A diretoria poderia ter ajudado mais se ao invés de
contratar esse monte de jogadores comuns tivesse aproveitado o dinheiro gasto
com eles para bancar o Cícero, por exemplo, único no plantel com condições de chegar
perto do que o Conca fazia.
Mas, ia me esquecendo, o Cristóvão não gosta dele!
A troca de treinador acontecerá cedo ou tarde. Pena
que essa diretoria acéfala poderá enxergar a necessidade tarde demais e aí os
vexames do estadual se repetirão na Copa do Brasil e no Brasileirão.
A continuar o treineiro, queira Deus consigamos nos
manter na série A!
DETALHES:
CAMPEONATO CARIOCA – 6ª RODADA
Fluminense 0 x 1 Vasco
Local: Engenhão,
Rio de Janeiro, RJ; Data: 22/02/2015
Árbitro: Luiz Antônio SIlva dos Santos
Gol: Luan, aos 35′ da etapa final
Cartões amarelos: Edson e Fred
Cartão vermelho: Rafinha
Árbitro: Luiz Antônio SIlva dos Santos
Gol: Luan, aos 35′ da etapa final
Cartões amarelos: Edson e Fred
Cartão vermelho: Rafinha
Fluminense: Cavalieri, Wellington Silva (Rafinha) , Henrique,
Victor Oliveira e Giovanni; Edson, Jean, Vinicius e Lucas Gomes (Gerson).
Marlone (Kenedy, intervalo) e Fred. Treineiro: Cristovão Borges.
Vasco: Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Christiano.
Serginho, Guiñazú, Julio dos Santos e Marcinho (John Cley). Rafael Silva (Yago)
e Gilberto (Thalles). Técnico: Doriva.
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