(Foto: Terra.com.br / Antonio Carneiro Costa / Gazeta Press) |
Seis jogos, três
derrotas. A continuar assim até a vaga na Libertadores ficará ameaçada.
E o pior é
que as derrotas foram causadas por erros semelhantes: volantes que deixam
espaços para chutes de longa distância e falhas dos goleiros.
Se a
desculpa para os dois primeiros insucessos repousaram nos desfalques, no jogo
de ontem o time poderia ter entrado em campo com a força máxima disponível.
Não o fez
por obra e graça do Abel, que de algum tempo procura adotar uma postura “inovadora”
em detrimento do bom futebol.
A terceira
derrota cristalizou a impossibilidade de uma equipe tornar-se vencedora sem dispor
de um meio de campo criativo.
De nada adianta ter a maior posse de bola e chutar mais em gol se a maioria das jogadas são criadas através de chutões dos defensores. Se continuar assim, nem o Fred será capaz de resolver.
De nada adianta ter a maior posse de bola e chutar mais em gol se a maioria das jogadas são criadas através de chutões dos defensores. Se continuar assim, nem o Fred será capaz de resolver.
A
insistência em povoar o setor com jogadores limitados sem habilidade para
conduzir a bola e a teimosia em delegar a atacantes as funções criativas da
equipe perpetuará a sequencia de maus resultados sempre que o adversário dispor
de um meio campista de categoria.
Coritiba e
Botafogo são os exemplos recentes e ressalte-se que no meio da semana o
alvinegro foi envolvido a maior parte do tempo pelo Figueirense, que além de ter
um gol legítimo anulado, ainda chutou duas bolas na trave.
Pior é que o
elenco tricolor dispõe de jogadores criativos e que inexplicavelmente não são
utilizados pelo treinador.
Deco recuperou-se
da contusão, treinou bem a semana toda e ficou no banco mais tempo do que o
necessário; Felipe nem no banco ficou e Lucas Patinho, segundo divulgado não
está nos planos do treinador e deve ser negociado.
Ontem, ao
ver Rhayner lesionado pensei que era a hora do Deco. Ledo engano, pois em mais
uma desastrada invenção Abel preferiu o Biro Biro, expondo um jovem promissor
sem a experiência necessária para ser a salvação em um clássico. O resultado
foi que a partir daí o Fluminense praticamente ficou com dez em campo.
Deco teve
sua chance a oito minutos do final, tempo insuficiente para esquentar e prejudicado
ainda pela saída de Sobis, o único que chuta, além de Fred.
O amigo
Paulo Cesar Filho, em seu blog "Jornalheiros", preferiu focar na arbitragem a causa da derrota e reclamou da
passividade da diretoria com relação à escalação de árbitros cariocas nos
clássicos regionais.
Realmente
não é de hoje que esses árbitros calhordas tentam prejudicar o Fluminense e não
ao apenas os cariocas. Existem também os paulistas, em especial o Paulo Cesar
de Oliveira, que é mestre em marcar pênaltis inexistentes contra nós.
Sobre a diretoria,
creio que o problema vai além da passividade tantos são os equívocos, a começar
pela falta de criatividade para receber as quantias provenientes das vendas de
jogadores, facilmente embargadas por atentos auditores fiscais, talvez da mesma estirpe daquele que facilita a vida de coirmãos, como recentemente denunciado por
torcedor tricolor.
Mas, roubos
à parte, prefiro considerar que o Fluminense poderia estar tranquilamente na
liderança do campeonato houvesse um pouco mais de cuidado por parte dos
responsáveis pelos desígnios do clube.
Na próxima
rodada, Internacional em casa, a vitória é obrigatória e poderá vir sem muita
dificuldade, desde que Abel recoloque a sua cabeça no lugar.
E
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Botafogo
1 x 0 Fluminense
Local: Itaipava
Arena Pernambuco, Recife (PE); Data: 07/07/2013
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa (RJ) e Wagner de Almeida Santos (RJ)
Gol: Seedorf, aos 39' do segundo tempo.
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa (RJ) e Wagner de Almeida Santos (RJ)
Gol: Seedorf, aos 39' do segundo tempo.
Cartões
amarelos: Rayner e
Edinho
Botafogo: Jefferson, Lucas, Bolívar, Dória
e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Lodeiro (Lucas Zen, 40'/2ºT), Seedorf
(André Bahia, 46'/2ºT) e Vitinho (Elias, 30'/2ºT); Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de
Oliveira.
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum,
Digão e Carlinhos, Edinho, Jean e Wagner (Deco, 37'/2ºT); Rayner (Biro Biro,
25'/2ºT), Rafael Sóbis (Samuel, 37'/2ºT) e Fred. Técnico: Abel Braga.
4 comentários:
Respeito muito o legado que o Abel trouxe para o Flu. Muita dedicação e um padrão de jogo que recuperou o caminho das vitórias e do tetracampeonato. Não podemos negar este resultado muito importante para consolidar a trajetória fascinante que o nosso querido tricolor tem seguido ao longo desses cinco últimos anos. Não era tão feliz com o futebol desde garoto quando vi meu Flu ser muitas vezes campeão. Mas voltando ao momento atual que vivemos, acho que a diretoria deveria realizar mudanças aproveitando a janela de contratações. Trazer um meio-campista clássico e um zagueiro de qualidade internacional é fundamental. E quem sabe trocar o comando técnico. Fred não merece jogar ao lado de alguns atletas do elenco atual. Uma possibilidade a se pensar seria promover a saída de Deco com todas as honrarias que merece pelo belo craque que é. Adicionalmente o Diguinho poderia ser negociado pois vejo que já encerrou sua grande participação com a camisa verde, grená e branca. No momento são essas minhas colocações.
Concordo com você, o problema é que o clube está sem caixa para contratar de modo que o meio campista e o zagueiro habilidoso só no ano que vem.
Até lá temos que aguentar essas barangas que infestam o nosso elenco.
Diguinho já deveria ter saído, mas é peixe do Abel que recomendou sua renovação por dois anos.
O dinheiro gasto com ele daria para trazer o Cícero, que saiu de graça do São Paulo.
Se o Abel não pretende mais utilizar o Deco, uma rescisão amigável seria oportuna. Poderia incluir o Felipe na mesma situação, sem as honrarias, é claro.
Quanto ao Abel, acho que sua fase já passou, a menos que ele desista das panelinhas, hoje pragas tricolores.
Saudações Tricolores.
Edinho, Jean, Wagner e Rhayner...
Deco e Felipe jogando 15 minutos aqui ou acolá, entre uma contusão e outra...
Com esse meio de campo TITULAR não dá pra almejar mais do que uma vaguinha na Sulamericana...
ST!
EM TEMPO: gostaria de ouvir a opinião do blogueiro sobre o contrato com o "Complexo Maracanã Entretenimento S.A."...
A mim não parece motivo exaltação positiva ou negativa... De positivo, não há risco de prejuízos ao jogar lá. E é um belo estádio, bem localizado, fácil acesso, que o torcedor gosta de freqüentar.
Contudo, pertence ao clube apenas a arrecadação com a bilheteria referente aos piores lugares, nada mais. Vestiário e acesso exclusivos pra mim é perfumaria, assim como essa quantia de 7 milhões, simbólica em se tratando de um contrato com vigência até 2048 (estaremos vivos até lá?).
Particularmente, não gosto muito de assistir aos jogos aonde ficavam as arquibancadas verde e amarela; a visão da antiga branca era muito melhor. Então, ao freqüentar o estádio, eu não daria um centavo ao clube.
Zero de participação em publicidade e camarotes... Sei não...
Ainda não tive acesso à íntegra do contrato.
Tenho dúvidas quanto à divisão da renda proveniente da parte destinada à torcida tricolor, anteriormente na parte contígua ao local da Tribuna de Honra.
Se a renda tricolor realmente for a proveniente das partes atrás dos gols, o clube será muito prejudicado.
Custo a crer que o Siemsen tenha concordado com isso. Se concordou será mais uma prova de despreparo.
De positivo, a chiação do Flamengo.
Saudações Tricolores.
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