A última vitória significativa do
Fluminense aconteceu exatamente há 8 meses e 17 dias.
Naquela tarde maravilhosa de 11 de
novembro em que o tetracampeonato era conquistado não poderia passar pela
cabeça de nenhum tricolor que aquele jogo encerraria o ciclo vencedor do tão decantado
“melhor elenco do Brasil”.
De fato, a larga vantagem sobre os
adversários dava aos menos avisados a sensação de o clube finalmente dispunha em
quantidade de craques excepcionais e que seria imbatível até na Libertadores.
Ledo engano. O tempo confirmou que o
tetra só veio graças às atuações excepcionais de Cavalieri, Jean, Thiago Neves,
Wellington Nem e Fred, tão superiores aos demais que serviram para aplacar as
deficiências crônicas do plantel.
Carlinhos e Sobis ainda contribuíram de
alguma forma, mas o resto foi de uma mediocridade gritante.
Não vou considerar a presença do Deco em
virtude de ter passado quase todo o tempo no departamento médico.
As vitórias de 2012 podem ter criado na
cabeça do Abel uma aura de vencedor absoluto, senhor de um elenco fantástico e
aí começaram seus pecados.
Primeiro no planejamento para 2013, ao
garantir que o clube dispunha de zagueiros para os próximos cinco anos, quando é
notório ser total a mediocridade, como prova o fato de que provavelmente nenhum deles conseguiria
ser titular em qualquer dos principais concorrentes do campeonato.
Sob esse aspecto, inúmeros tiros n’água
partiram ou tiveram a concordância do treinador.
As renovações de Deco e Diguinho, a
liberação de armadores promissores formados em Xerém, como Lucas Patinho e Higor,
a concordância com a contratação de Felipe quando não tinha a mínima intenção
de utilizá-lo e finalmente a aceitação passiva das vendas de Wellington Nem e
Thiago Neves, negociações nitidamente realizadas contra a vontade dos próprios
atletas.
No caso de Wellington Nem chegou a
declarar que o clube já dispunha de substituto à altura, referindo-se a Marcos
JR, outro “chinelinho” contumaz.
Mas esse é o Abel, igual a muitos
treinadores paizões, que acabam se
afeiçoando em demasia a determinado grupo de atletas, e não os descartam de
modo algum, independentemente se suas atuações são boas ou desastrosas.
Com treinamento inadequado e em tempo
insuficiente bastou que os virtuoses da equipe não estivessem bem para que a débâcle
fosse geral.
O campeonato carioca deveria ter
servido de aviso. Derrotas para times nitidamente mais fracos e nenhuma vitória sobre os
grandes nos dois turnos.
Veio a Libertadores, sacode para o
Grêmio em pleno Engenhão, eliminação precoce e nenhuma ação pelos responsáveis
pelo Departamento de Futebol.
Só após a sexta derrota e a entrada na
zona de descenso é que os doutos Rodrigo e Sandrão sentiram a necessidade de
mudar alguma coisa, se é que a decisão partiu mesmo deles, como afirmaram.
Pois bem, temos aí o legado de um
treinador que deixou terra arrasada e acho difícil que os remanescentes
Cavalieri, Jean, Carlinhos, Fred e Sobis sejam suficientes para levar o Fluzão à
disputa da Libertadores.
Urge a contratação de um zagueiro, um
volante habilidoso e um meia armador de verdade.
A mídia aventou a hipótese da
contratação do Chicão. Ainda que não seja o craque de meus sonhos torço para
que seja verdade porque a zaga pior do que está não irá ficar. Poderia ser um
início.
Que as mentes dos mentores do futebol
se iluminem, para que contratem um treinador capaz de dar ordem na casa, de
preferência nenhum professor pardal ou fazedor das indesejáveis panelinhas.
Quanto a Abel, resta agradecer as
conquistas do ano passado e desejar boa sorte na próxima jornada.
Quem sabe volte um dia a comandar o
Tricolor, depois que estivermos livres de seus protegidos?
E apesar da administração caótica do
departamento de futebol,
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Grêmio 2 x 0 Fluminense
Estádio:
Arena Grêmio, Porto Alegre (RS); Data:
28/07/2013
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Gols: Riveros, aos 4' e Kleber, aos 39' da etapa final.
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (BA) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Gols: Riveros, aos 4' e Kleber, aos 39' da etapa final.
Cartões Amarelos: Gum
Grêmio: Dida, Pará, Alex Telles, Werley e
Bressan; Riveros, Adriano (Ramiro, 29'/ 2ºT), Elano (Maxi Rodriguez, 33'/ 2ºT)
e Zé Roberto (Gabriel, 43'/2ºT); Barcos e Kleber; Técnico: Renato Gaúcho.
Fluminense: Diego Cavalieri, Wellington Silva
(Diguinho, intervalo), Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho (Rhayner, 27'/
2ºT) , Jean, Wagner (Kenedy, 35'/2ºT) e Deco; Rafael Sobis e Samuel; Técnico: Abel Braga.
Um comentário:
Impressionante a obsessão que a Unimed tem com medalhões decadentes!
Agora a "filosofia" de contratações tá se aplicando também à comissão técnica...
Qual é a estratégia? Colocar um famoso polêmico midiático com a "Unimed" no peito?
Então contrata a Luana Piovani, que é muito mais gostosa!!
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