segunda-feira, 8 de julho de 2013

Botafogo 1 X 0 Fluminense. O penta cada vez mais difícil.

(Foto: Terra.com.br / Antonio Carneiro Costa / Gazeta Press)

Seis jogos, três derrotas. A continuar assim até a vaga na Libertadores ficará ameaçada.

E o pior é que as derrotas foram causadas por erros semelhantes: volantes que deixam espaços para chutes de longa distância e falhas dos goleiros.

Se a desculpa para os dois primeiros insucessos repousaram nos desfalques, no jogo de ontem o time poderia ter entrado em campo com a força máxima disponível.

Não o fez por obra e graça do Abel, que de algum tempo procura adotar uma postura “inovadora” em detrimento do bom futebol.

A terceira derrota cristalizou a impossibilidade de uma equipe tornar-se vencedora sem dispor de um meio de campo criativo.

De nada adianta ter a maior posse de bola e chutar mais em gol se a maioria das jogadas são criadas através de chutões dos defensores. Se continuar assim, nem o Fred será capaz de resolver.

A insistência em povoar o setor com jogadores limitados sem habilidade para conduzir a bola e a teimosia em delegar a atacantes as funções criativas da equipe perpetuará a sequencia de maus resultados sempre que o adversário dispor de um meio campista de categoria.

Coritiba e Botafogo são os exemplos recentes e ressalte-se que no meio da semana o alvinegro foi envolvido a maior parte do tempo pelo Figueirense, que além de ter um gol legítimo anulado, ainda chutou duas bolas na trave.

Pior é que o elenco tricolor dispõe de jogadores criativos e que inexplicavelmente não são utilizados pelo treinador.

Deco recuperou-se da contusão, treinou bem a semana toda e ficou no banco mais tempo do que o necessário; Felipe nem no banco ficou e Lucas Patinho, segundo divulgado não está nos planos do treinador e deve ser negociado.

Ontem, ao ver Rhayner lesionado pensei que era a hora do Deco. Ledo engano, pois em mais uma desastrada invenção Abel preferiu o Biro Biro, expondo um jovem promissor sem a experiência necessária para ser a salvação em um clássico. O resultado foi que a partir daí o Fluminense praticamente ficou com dez em campo.

Deco teve sua chance a oito minutos do final, tempo insuficiente para esquentar e prejudicado ainda pela saída de Sobis, o único que chuta, além de Fred.

O amigo Paulo Cesar Filho, em seu blog "Jornalheiros", preferiu focar na arbitragem a causa da derrota e reclamou da passividade da diretoria com relação à escalação de árbitros cariocas nos clássicos regionais.

Realmente não é de hoje que esses árbitros calhordas tentam prejudicar o Fluminense e não ao apenas os cariocas. Existem também os paulistas, em especial o Paulo Cesar de Oliveira, que é mestre em marcar pênaltis inexistentes contra nós.

Sobre a diretoria, creio que o problema vai além da passividade tantos são os equívocos, a começar pela falta de criatividade para receber as quantias provenientes das vendas de jogadores, facilmente embargadas por atentos auditores fiscais, talvez da mesma estirpe daquele que facilita a vida de coirmãos, como recentemente denunciado por torcedor tricolor.

Mas, roubos à parte, prefiro considerar que o Fluminense poderia estar tranquilamente na liderança do campeonato houvesse um pouco mais de cuidado por parte dos responsáveis pelos desígnios do clube.

Na próxima rodada, Internacional em casa, a vitória é obrigatória e poderá vir sem muita dificuldade, desde que Abel recoloque a sua cabeça no lugar.

E DÁ-LHE FLUZÃO!
    

DETALHES:

Botafogo 1 x 0 Fluminense

Local: Itaipava Arena Pernambuco, Recife (PE); Data: 07/07/2013
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
Assistentes: Rodrigo Henrique Correa (RJ) e Wagner de Almeida Santos (RJ)
Gol: Seedorf, aos 39' do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rayner e Edinho

Botafogo: Jefferson, Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Lodeiro (Lucas Zen, 40'/2ºT), Seedorf (André Bahia, 46'/2ºT) e Vitinho (Elias, 30'/2ºT); Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Digão e Carlinhos, Edinho, Jean e Wagner (Deco, 37'/2ºT); Rayner (Biro Biro, 25'/2ºT), Rafael Sóbis (Samuel, 37'/2ºT) e Fred. Técnico: Abel Braga.


4 comentários:

Anônimo disse...

Respeito muito o legado que o Abel trouxe para o Flu. Muita dedicação e um padrão de jogo que recuperou o caminho das vitórias e do tetracampeonato. Não podemos negar este resultado muito importante para consolidar a trajetória fascinante que o nosso querido tricolor tem seguido ao longo desses cinco últimos anos. Não era tão feliz com o futebol desde garoto quando vi meu Flu ser muitas vezes campeão. Mas voltando ao momento atual que vivemos, acho que a diretoria deveria realizar mudanças aproveitando a janela de contratações. Trazer um meio-campista clássico e um zagueiro de qualidade internacional é fundamental. E quem sabe trocar o comando técnico. Fred não merece jogar ao lado de alguns atletas do elenco atual. Uma possibilidade a se pensar seria promover a saída de Deco com todas as honrarias que merece pelo belo craque que é. Adicionalmente o Diguinho poderia ser negociado pois vejo que já encerrou sua grande participação com a camisa verde, grená e branca. No momento são essas minhas colocações.

Helio R.L. disse...

Concordo com você, o problema é que o clube está sem caixa para contratar de modo que o meio campista e o zagueiro habilidoso só no ano que vem.

Até lá temos que aguentar essas barangas que infestam o nosso elenco.

Diguinho já deveria ter saído, mas é peixe do Abel que recomendou sua renovação por dois anos.

O dinheiro gasto com ele daria para trazer o Cícero, que saiu de graça do São Paulo.

Se o Abel não pretende mais utilizar o Deco, uma rescisão amigável seria oportuna. Poderia incluir o Felipe na mesma situação, sem as honrarias, é claro.

Quanto ao Abel, acho que sua fase já passou, a menos que ele desista das panelinhas, hoje pragas tricolores.

Saudações Tricolores.

Tricolor! disse...

Edinho, Jean, Wagner e Rhayner...

Deco e Felipe jogando 15 minutos aqui ou acolá, entre uma contusão e outra...

Com esse meio de campo TITULAR não dá pra almejar mais do que uma vaguinha na Sulamericana...

ST!

EM TEMPO: gostaria de ouvir a opinião do blogueiro sobre o contrato com o "Complexo Maracanã Entretenimento S.A."...

A mim não parece motivo exaltação positiva ou negativa... De positivo, não há risco de prejuízos ao jogar lá. E é um belo estádio, bem localizado, fácil acesso, que o torcedor gosta de freqüentar.

Contudo, pertence ao clube apenas a arrecadação com a bilheteria referente aos piores lugares, nada mais. Vestiário e acesso exclusivos pra mim é perfumaria, assim como essa quantia de 7 milhões, simbólica em se tratando de um contrato com vigência até 2048 (estaremos vivos até lá?).
Particularmente, não gosto muito de assistir aos jogos aonde ficavam as arquibancadas verde e amarela; a visão da antiga branca era muito melhor. Então, ao freqüentar o estádio, eu não daria um centavo ao clube.

Zero de participação em publicidade e camarotes... Sei não...

Helio R.L. disse...

Ainda não tive acesso à íntegra do contrato.

Tenho dúvidas quanto à divisão da renda proveniente da parte destinada à torcida tricolor, anteriormente na parte contígua ao local da Tribuna de Honra.

Se a renda tricolor realmente for a proveniente das partes atrás dos gols, o clube será muito prejudicado.

Custo a crer que o Siemsen tenha concordado com isso. Se concordou será mais uma prova de despreparo.

De positivo, a chiação do Flamengo.

Saudações Tricolores.