De que adianta ter um dos melhores ataques se o treinador teima em escalar três volantes? |
Preocupante porque a estreia
na Libertadores é daqui a quatro dias. E a insistência do Abel em jogar com três
volantes está se transformando num caso patológico.
Mais uma vez foram perdidos
quarenta e cinco minutos com a formação dantesca que, como sempre, engessou o time.
E mesmo com três volantes a
defesa deu espaço demais aos atacantes do Vasco, que poderiam ter feito mais
gols se estivessem num momento mais favorável.
Aliás, o Fluminense tem
levado sufoco de qualquer adversário devido a essa tendência extremamente
defensiva de seu treinador.
Se a preferência pelo Edinho
é de tal monta que o faz abrir mão do futebol ofensivo, que Abel barre o
Valência e passe a jogar com mais criatividade no meio de campo.
Cometerá injustiça ao barrar
o colombiano, conforme suas próprias palavras, mas certamente tanto Fred como
Wellington Nem passarão a ser acionados com mais frequência e em melhores condições
para marcar.
Normalmente esse problema nem
deveria estar preocupando a Torcida Tricolor. Bastaria que os quatro titulares
da frente estivessem disponíveis na maioria dos jogos.
Entretanto, esperar de Deco e
mesmo de Thiago Neves uma sequência de partidas aceitável é uma utopia.
Por isso mesmo que a
diretoria não deve perder o foco na recontratação do Conca.
Tudo indicava que Felipe seria
contratado para substituir o Deco em suas eventuais ausências e, bota eventuais
nisso, mas não será entrando nos últimos vinte ou quinze minutos que irá recuperar
a sua melhor condição.
A comissão técnica tricolor
ainda não conseguiu enxergar que Wagner e Thiago Neves já deram mostras de
sobra que não conseguem articular o meio de campo quando estão sozinhos e só aparecem
a contento quando têm companhia habilidosa ao lado.
É uma pena e uma
preocupação.
Do jogo em si, pouca coisa a
acrescentar.
O Vasco, apesar de se
encontrar numa fase de reestruturação, conseguiu causar dificuldades ao
Tricolor e acabou o primeiro tempo com a vitória.
É bem verdade que pela
categoria maior de seu elenco, o Fluminense poderia ter feito pelo menos dois
gols em dois arremates do Fred, o primeiro defendido pelo bom goleiro vascaíno e
o segundo acertando o travessão.
No intervalo, Abel minorou o
erro, substituindo Edinho por Marcos Junior.
O time melhorou, embora o
meio de campo continuasse a produzir muito pouco.
Aos 26’ foi a vez de Felipe,
que entrou no lugar de Valencia.
A pressão tricolor aumentou e
Marcos teve duas ótimas chances, a primeira com o gol vazio chutou para fora de
forma precipitada e a outra em mais um milagre Alessandro colocou para
escanteio.
Até que aos 42’ não teve
jeito, Carlinhos livrou-se de Nei e centrou na cabeça de Fred, que colocou no
canto esquerdo e estabeleceu o empate.
Graças a Deus que Carlinhos acertou o tão pedido cruzamento certeiro para
Fred marcar.
Wellington Silva ainda
substituiu Bruno e deu mais ofensividade à equipe.
O empate praticamente deixa
o Flamengo como líder do grupo e, como consequência, o Fluminense terá que
enfrentar o Botafogo na semifinal em desvantagem.
Nada assustador em condições
normais, mas em meio à disputa da Libertadores enfrentar os botinudos alvinegros,
com gana de provocar cicatrizes, agora incentivados por seu próprio treinador e
sob o beneplácito de sua diretoria, temo pela integridade de nossas estrelas para a sequência do torneio.
Espero que a diretoria
tricolor tome as providências devidas junto ao Departamento de Árbitros.
Preocupante ainda a
possibilidade de Abel vir a repetir os três volantes na estreia da Libertadores.
O jogo é contra uma equipe mais fraca, mas que tem o seu forte no meio de
campo, onde atua com dois ou até três meias de ligação com alguma habilidade e vários deslocamentos.
E DÁ-LHE FLUZÃO! CARACAS, AÍ VAMOS NÓS!
E DÁ-LHE FLUZÃO! CARACAS, AÍ VAMOS NÓS!
DETALHES:
Fluminense 1 x 1 Vasco da Gama
Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ); Data: 09/02/2013 )
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Marcos Sivolella
do Nascimento (RJ)
Gols: Jean, contra, aos 42' do primeiro tempo e Fred, aos 42' do
segundo.
Cartões amarelos: Edinho, Jean, Leandro Euzébio,
Digão e Fred
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno
(Wellington Silva, 30'/2ºT), Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Valencia
(Felipe, 26'/2ºT), Jean, Edinho (Marcos Júnior, intervalo) e Wagner; Wellington
Nem e Fred. Técnico: Abel
Braga.
VASCO: Alessandro; Nei, Dedé, Renato
Silva e Dieyson (Fellipe Bastos, 41'/2ºT); Abuda, Wendel (Fillipe Soutto, 26'/2ºT),
Pedro Ken e Carlos Alberto; Eder Luis e Tenório (Bernardo, 31'/2ºT). Técnico: Gaúcho.
(foto: Terra.com.br / Agência Photocamera / Divulgação)
2 comentários:
"E a insistência do Abel em jogar com três volantes está se transformando num caso patológico."
Venho repetindo isso incansavelmente!
Me preocupo de ver que, de um modo geral, a torcida não tem reclamado. Temos feito partidas sofríveis. Contra o Friburguense, por exemplo, poderíamos tranqüilamente ter tomado 3 ou 4 gols. Hoje, pelo menos, ele colocou o Wagner (centralizado). Quando joga o Thiago Neves (sempre aberto na direita), observa-se claramente um buraco no meio-de-campo.
O Felipe só tem sido escalado na cabeça-de-área, onde ele produz pouco e é facilmente driblado.
Eu queria entender o que leva um treinador, com um elenco desse e após fazer 77 pontos no campeonato brasileiro, a mudar o esquema tático vencedor (4-2-3-1) por essas aberrações táticas com 3 volantes.
Fico feliz de saber que não sou o único muito incomodado com isso!
E aê beleza?!
O Fluminense tem o melhor elenco do Carioca, porém se não souber usar este atributo ao seu favor, ficará difícil conseguir o título.
Abraços.
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