Lanzini atuou com destaque. (foto: Terra.com.br / Dhavid Normando / Photocamera) |
O dever de casa foi cumprido e a vitória poderia ter sido até mais tranquila, não fossem as várias chances perdidas e a saída em falso do Cavalieri por ocasião do gol do Madureira.
Essa falha grotesca foi a responsável direta pelo sufoco dos últimos cinco minutos.
O jogo serviu para Abel refletir sobre a decisão de mandar a campo equipes formadas totalmente por reservas que jamais treinam ou jogam juntos.
A opção de poupar jogadores-chave em meio a disputas simultâneas de dois campeonatos pode ser a opção adequada, desde que feita com moderação como aconteceu na tarde de ontem.
Tivesse o Abel usado o mesmo critério nos jogos perdidos para equipes mais fracas, não estaria agora a classificação do Fluminense dependendo de tropeços de concorrentes.
O desastre de 2008 ainda está vivo nas memórias tricolores, onde critério semelhante quase levou o Fluminense de volta à série B, além de causar a perda do título mais importante num jogo em que a equipe literalmente “apagou” durante a prorrogação por cansaço e perda de ritmo de tanto ser poupada.
A partida serviu também para evidenciar que Lanzini é o substituto ideal para o Deco. Jogando desde o início e dentro de uma equipe estruturada, o argentino provou ser mais útil que as demais opções utilizadas até então.
Lanzini deu conta do recado na ligação com o ataque, marcou o primeiro gol e poderia ter tido mais destaque ainda se a arbitragem não anulasse o gol legítimo de Thiago Neves, cujo passe saiu de seus pés.
A atuação de Thiago foi outra surpresa agradável, demonstrando que aos poucos vai retornando a sua antiga forma e o seu belo gol deu tranquilidade ao time.
Gostei também da atuação do Carlinhos, dessa vez mais solto e com várias investidas pela ponta, embora os cruzamentos continuem imprecisos. Espero que repita as investidas em campos maiores.
Não gostei da atuação de Wagner. Errou praticamente tudo, inclusive perdeu a chance concreta de marcar com o goleiro adversário completamente batido, cabeceando para fora, todo desengonçado.
Edinho, mesmo com o chutaço na trave que originou o gol de Lanzini, ainda não reúne condições de jogar contra adversários mais fortes. Perde a bola com frequência e quando a tem, na maioria das vezes, não sabe o que fazer com ela. Saiu contundido, mas de qualquer forma considero sua escalação contra o Boca uma temeridade.
A destacar ainda a precariedade do estádio de Conselheiro Galvão. Gramado ruim, sem refletores, falta de conforto para os torcedores e ainda por cima a presença de um engraçadinho soltando pipa na laje e direcionando-a ao gol de Cavalieri sempre que o Madureira atacava.
É por essas e outras que o Fluminense deve batalhar para a volta dos jogos nas Laranjeiras, estádio com campo sem buracos, melhor drenagem, iluminação, maiores dimensões e capacidade.
DETALHES:
Madureira 1 x 2 Fluminense
Local: Conselheiro Galvão, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: William de Souza Nery
Árbitro: William de Souza Nery
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e João Luiz Coelho de Albuquerque
Gols: Lanzini, aos 20' e Thiago Neves, aos 43'do primeiro tempo e Zé Carlos, aos 41' do segundo.
Cartão amarelo: Jean
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Leandro Euzébio (Gum, intervalo), Anderson e Carlinhos; Edinho (Jean, 34'/2ºT), Diguinho, Lanzini (Wagner, 23'/2ºT) e Thiago Neves; Rafael Sobis e Rafael Moura - Técnico: Abel Braga.
Tricolores de todos os cantos, precisamos agora deixar o estadual de lado para concentração total no jogo com o Boca Juniors, quando a vitória garantirá ao Fluminense a primeira colocação geral na fase de grupos da Libertadores com um simples empate com o Arsenal, independentemente dos resultados dos demais confrontos.
A hora é essa: quarta-feira próxima todos ao Engenhão e...
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