domingo, 23 de agosto de 2015

Fluminense 2 x 1 Paysandu. Sufoco infernal, de novo!

O brilho das novas estrelas.

Vitória, vantagem na decisão, resposta dos substitutos à altura dos titulares.

Tudo a indicar uma situação cômoda para a família tricolor.

Mas, ao contrário, duvido que exista algum torcedor que não esteja com uma ponta de insatisfação pelo que aconteceu na partida de quinta-feira passada.

Tudo bem que o belíssimo gol do Pikachu tenha sido originado de um lance ilegal, porque nitidamente quem fez a falta foi o atacante paraense, mas essas lambanças em se tratando de árbitros brasileiros são recorrentes.

O problema maior é que sofremos pressão durante quase todo o tempo e não fosse pelo ótimo desempenho de Júlio César poderíamos estar mais uma vez chorando a desclassificação para um time da série B.

E não é de agora que o Fluminense não consegue manter um padrão uniforme em suas apresentações. O time parece fazer uma força incrível para conseguir as vitórias.

E quando enfrenta qualquer time que jogue recuado, não importando se de primeira, segunda ou terceira divisões, a dificuldade de penetração se escancara à vista de todos.

De um modo geral a culpa pelas derrotas inexplicáveis tem recaído quase sempre na zaga, qualquer que seja a dupla que a forme, mas a verdade é que o Fluminense dos últimos tempos joga de maneira previsível, sem atacante de velocidade, jogador que saiba driblar e volantes aptos a fazer a transição para o ataque.

E talvez seja por aí que Enderson tenha que começar a repensar as suas escalações.

Os desavisados poderão achar que não esteja em meu juízo normal, afinal os volantes tricolores são Edson e Jean.

É verdade, mas o Jean de hoje é o mesmo de 2012? E Edson, ninguém duvida que seja mais refinado que os “Diguinhos” e “Fabinhos” e “Edinhos” da vida, mas está longe de ser um exímio municiador de ataque e embora não deixe de ter sua utilidade para o elenco não pode ser considerado dono absoluto da posição.

Cito o exemplo do Tite, que para melhorar a saída de bola de sua equipe não teve dúvidas em substituir o Ralf, apesar de sua titularidade absoluta nas campanhas da Libertadores e Mundial da FIFA.

A solução poderá estar no retorno de Vinicius, o melhor da equipe até se contundir. Em forma poderia formar o meio de campo com Ronaldinho, Gerson, ou até mesmo o Scarpa, quando Enderson resolver parar de sacrificá-lo numa posição que não é a sua.

Cícero seria escalado como segundo volante e a outra vaga ficaria entre Jean e Edson e ainda tão logo se livre das contusões Osvaldo assumiria o ataque ao lado de Fred.

As ótimas opções no banco tornariam o penta bastante palpável.

Sonhar não custa e DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

COPA DO BRASIL – OITAVAS DE FINAL – JOGO DE IDA

Fluminense 2 x 1 Paysandu

Local: Estádio Mario Filho, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ; Data: 20/08/2015
Árbitro: Igor Junio Benevenuto (MG)
Assistentes: Eduardo Goncalves da Cruz (MS) e Celso Luiz da Silva (MG)
Gols: Magno Alves, aos 9', Yago Pikachu, aos 26' e Renato, aos 47' da etapa final. 
Cartões amarelos: Magno Alves e Edson

Fluminense: Júlio César, Wellington Silva (Renato, 29'/1ºT), Gum, Marlon e Gustavo Scarpa; Edson, Jean, Cícero e Ronaldinho Gaúcho (Lucas Gomes, 25'/2ºT); Marcos Junior e Fred (Magno Alves, Intervalo). Técnico: Enderson Moreira.

Paysandu: Emerson, Yago Pikachu, Thiago Martins, Gualberto e João Lucas; Ricardo Capanema, Augusto Recife, Jhonnatan (Misael, 19'/2ºT) e Carlinhos (Paulo Otávio, 38'/2ºT; Aylon e Leandro Cearense (Betinho, 43'/2ºT). Técnico: Dado Cavalcanti.

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