segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Fluminense 1 x 2 Atlético-MG. Derrota que não dá para lamentar.


Foi uma derrota normal, para o melhor time do campeonato, único dentre os vinte concorrentes que joga para frente e por isso mesmo candidato maior à conquista do título, pelo menos essa é a minha opinião.

Terá, é claro, que suplantar a boa defesa do Corinthians e os percalços com a arbitragem sempre alerta para decidir os lances polêmicos a favor dos gambás.

Mas, voltando ao Fluminense, lamentar o que?

O lime jogou sem os dois atacantes titulares e seu reserva imediato, além de continuar improvisando na lateral esquerda.

Imperdoáveis mesmo foram as derrotas para Vasco, Chapecoense, Avaí e Joinville, que ainda doem na carne. Doze pontos que nos deixariam a apenas um do líder.

A verdade é que o time tem oscilado demais e isso já vem de longa dada.

Uma avaliação mais cuidadosa claramente irá sinalizar que na maioria das vezes a maior parcela da responsabilidade recai em nossos treinadores que, de um modo geral, têm-se acomodado e repetido à exaustão escalações que apresentam falhas recorrentes.

Quase todos tem os abomináveis "homens de confiança", muitos deles de confiança questionável, como o da Libertadores 2008.

No campeonato atual, por exemplo, tomamos gols bobos em quase todos os jogos, como aconteceu na tarde de ontem.

No ano passado, retrasado e até em 2012 quando fomos campeões o fenômeno ocorreu.

Torcedores e a própria mídia execraram todas as duplas de zaga desses times impingindo-lhes a culpa exclusiva pelas derrotas por conta dos tais gols bobos.

A reincidência das falhas me fez pensar com mais atenção no fenômeno na tentativa de tentar descobrir qual seria realmente o vilão maior da sequência de insucessos.

Afinal, se nossa zaga não é tão pior do que a da maioria dos clubes da série A é provável que a resposta pelas constantes falhas esteja camuflada em outro setor.

Voltando ao jogo de ontem, especificamente no lance do primeiro gol, todos ou quase todos crucificaram o Gum.

Também não gosto dele. Entendo que foi importante pela garra demonstrada em anos anteriores, mas depois da longa inatividade por contusões jamais recuperou sua força física e com isso seu futebol minguou.

Mas foi do Gum a maior culpa?

Acho que não. No desenrolar do lance, ele não teve cobertura alguma. Onde estava o Edson? E o Jean?

Engessado pelo status quo vigente Enderson ainda não percebeu que seus volantes titulares absolutos, imexíveis no linguajar daquele ministro de triste lembrança, não marca ninguém, não municia o ataque porque é ruim de passe e pior não chuta a gol e quando o faz geralmente isola a bola, como a incrível chance perdida ontem.

Para os reticentes sugiro comparar nossa dupla de volantes com as dos líderes: Corinthians e Atlético-MG. A diferença de desempenho é gritante.

Nossos volantes não são ruins, mas juntos não deram liga e as provas são as constantes pressões que sofremos por parte de equipes medíocres.

O Fluminense tem hoje em seu elenco inúmeros meias de qualidade inquestionável: Cícero, Gerson, Scarpa, Vinicius e Ronaldinho, então por que não aproveitar um deles como volante?

Cícero, por exemplo, joga na posição. Chuta, cabeceia e passa melhor que os titulares e não fica atrás em termos de marcação.

Pode ser que a solução esteja aí, bem à vista. Edson, Cícero, Scarpa e Gerson, ou Vinicius, ou Ronaldinho.

Ou ainda Jean e Cícero, ou mesmo Edson e Cícero com Jean deslocado para a direita, posição em que se destacou em 2009 quando fez parte da Seleção campeã da Copa das Confederações. É só treinar com afinco, em vez dos famigerados "rachões", que só servem para provocar contusões. 

São abstrações que podem ou não dar certo, mas não custa tentar algo novo.

Continuar tomando gols atoa é que não dá para aguentar. Não esqueçam que 25% dos gols do ataque imaginário do Vasco foram feitos contra nós.

Isso é que é para ser lamentado.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

CAMPEONATO BRASILEIRO – 21ª RODADA

Fluminense 1 x 2 Atlético-MG

Local: Estádio Mario Filho, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ; Data: 30/09/2015

Árbitro: Marielson Alves da Silva
Assistentes:
 Alessandro Rocha de Matos (FIFA-BA) e Kleber Lucio Gil (FIFA-SC)
Gols: Giovanni Augusto, aos 21' do primeiro tempo; Wellington Paulista, aos 02' e Patric, aos 37' do segundo
Cartões amarelos: Marlon, Wellington Paulista e Cícero

Fluminense: Cavalieri, Renato (Vinícius, 36'/2ºT), Gum, Marlon e Victor Oliveira (Gerson, intervalo); Edson, Jean, Cícero, Gustavo Scarpa e Ronaldinho (Magno Alves, 22'/2ºT); Wellington Paulista. Técnico: Enderson Moreira

Atlético-MG: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete e Giovanni Augusto; Luan (Patric, 26'/2ºT) , Thiago Ribeiro (Dátolo, 21'/2ºT) e Lucas Pratto. Técnico: Levir Culpi



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Pode isso?

O abominável Sergio Corrêa resolveu punir o Marielson da Silva, árbitro do jogo, por não ter dado cartão amarelo ao Wellington Paulista pela comemoração de seu gol.

Mastodontes como esse é que fazem o futebol brasileiro ficar cada vez pior.

7 a 1, foi pouco!

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