O Trio mágico. (foto: Nelson Perez / Fluminense FC) |
Desempenho de gala, superioridade
inquestionável.
Assim pode ser definida a vitória
tricolor sobre o bom time do Atlético Paranaense, que com sua garotada boa de
bola estava invicto a sete rodadas.
Para os céticos, a ausência da
fanática torcida adversária facilitou as coisas para o Fluminense.
Não deixa de ser verdade que diante de
seus torcedores o Atlético se agiganta, mas desculpe-me os paranaenses porque
ontem nem a presença no estádio de todos os rubro-negros do céu e da terra
seria suficiente para evitar o banho de bola de Conca, Cícero e companhia.
Confesso que não acreditei que o
sistema proposto pelo Cristóvão fosse vingar.
Imaginei a volta dos esquemas “cautelosos”
e ineficientes de tão triste memória, onde equipes repletas de volantes levavam
sufoco em quase todos os jogos.
Surpresa agradável, o modelo encaixou e
o predomínio total do meio de campo deixou o oponente atônito, incapaz de
imprimir a mínima reação.
Acuados em seu campo, os atleticanos durante
todo o primeiro tempo conseguiram apenas um único arremate com algum perigo.
A bola tricolor rolava de pé em pé e o
quarteto Jean, Cícero, Wagner e Conca enchia de alegria os olhos da Torcida
Tricolor, ávida que estava por uma apresentação praticamente perfeita, como
aquelas da Libertadores de 2008, apesar das lambanças do Ygor.
Conca foi um show a parte, até drible
sentado deu, mas inegavelmente a figura do jogo foi o Cícero, autor do terceiro
e dos passes precisos para o gol do Jean e no lance que originou o pênalti em
Sobis.
E pensar que quando de sua estreia contra o Criciúma a
ideia inicial do Cristóvão era deixá-lo no banco para o Diguinho. Ainda bem
que os deuses do futebol agiram depressa e não permitiram que o equívoco se
consumasse.
Hoje tenho certeza que o nosso ótimo
treinador não pensa jamais em prescindir desse notável apoiador, volante, meia
armador, atacante, sei lá... Qualquer posição, menos no gol.
Gostei do esquema, acredito que do mesmo modo a
grande massa tricolor e deve melhorar ainda mais com a sequência dos
treinamentos, que deve prever também uma reciclagem para Bruno e Carlinhos no
que se refere a fundamentos em cruzamentos sobre a área.
O modelo de jogo fluiu, mas é preciso ter os
pés no chão visto que ele não poderá ser utilizado sempre.
Talvez seja o ideal para as partidas
fora de casa, principalmente aquelas contra os times menores, que imprimem
correria quando apoiados pelas suas torcidas.
Pode funcionar também em alguns clássicos
longe do Maracanã, mas em nossa casa teremos que atacar e não esbarrar em
retrancas, que já nos causaram bastantes transtornos.
Outro ponto a ser questionado é o que
acontecerá nas ausências do Valencia, que apresenta um histórico de lesões nada
agradável.
O colombiano executou com perfeição a
proteção da defesa e saiu-se bem quando Cristóvão o recuou para a zaga nos minutos
finais.
Fico imaginando qualquer outro volante
botinudo jogando na zaga: miríades de pênaltis e faltas na entrada da área.
O esquema também foi ajudado pela
movimentação constante de Sobis e pela categoria de passes do Walter quando o
substituiu.
Toque mágico de Walter iniciou a jogada do gol de Cícero. (foto: Nelson Perez / Fluminense FC) |
Não sei se dará certo com o Fred
isolado. Na Seleção não deu, embora seja verdade que o meio campo do Fluminense
hoje é mais criativo que os escolhidos pelo Felipão, o que sem dúvida poderá
ajudar.
De qualquer modo, ainda prefiro o Fred
atuando com um atacante veloz ao lado.
Bem, mas isso é problema para o
Cristóvão e não tenho dúvidas em sua capacidade para resolvê-lo do melhor modo
possível.
Enquanto isso, vamos curtir a atuação
mágica, digna de um time que pretende ser pentacampeão.
E
DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO – 12ª RODADA
Atlético-PR 0 x 3 Fluminense
Local:
Arena da Baixada, Curitiba (PR); Data:
27/07/2014
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Rogério P. Zanardo (SP) e Ricardo Simon Manis (SP)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Rogério P. Zanardo (SP) e Ricardo Simon Manis (SP)
Gols:
Jean, aos 16' e Conca aos 35' do primeiro tempo; Cícero, aos 20' do segundo
Cartão
amarelo: Walter
Atlético-PR:
Weverton; Sueliton, Cleberson, Deivid e Natanael; Marcelo Cirino, Marcos
Guilherme e Otávio (Bady, 38'/2ºT); Douglas Coutinho (Mosquito, 18'/2ºT), Léo
Pereira e Ederson (Dellatorre, 18'/2ºT). Técnico: Doriva.
Fluminense: Cavalieri; Bruno, Gum, Henrique
(Elivélton, 22'/2ºT) e Carlinhos; Valencia, Jean, Cícero, Wagner (Chiquinho,
31'/2ºT) e Conca; Rafael Sobis (Walter, 17'/2ºT). Técnico: Cristovão Borges.
Um comentário:
great
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