segunda-feira, 24 de março de 2014

Fluminense 3 x 1 Volta Redonda. Pegando no tranco!

(Montagem com as fotos publicadas pela Photocamera no gloesporte.com ) 

Um compromisso social impossibilitou-me de assistir ao jogo.

Só consegui me aproximar de um televisor quando o resultado já estava em 3 x 0, mas ainda assim tive o desprazer de assistir a mais uma demonstração de falta de posicionamento defensivo quando cinco tricolores amontoados atabalhoadamente na pequena área permitiram  que a bola chegasse livre à cabeça de Thiago Amaral.

Falhas como esta são tão constantes que transmitem a certeza de que nenhum treinamento específico para saná-las é desenvolvido nas Laranjeiras.

Ou seja, a bola aérea continua sendo um dos nossos calcanhares de Aquiles.

Pelos comentários da mídia vi que apesar da vitória o futebol apresentado pela equipe não chegou a encher os olhos; enfim o segundo lugar serviu para manter a pequena vantagem nas semifinais.

A manutenção do esquema com três volantes comprovou uma vez mais que a insistência do Renato poderá causar grandes decepções aos tricolores.

Sua declaração garantindo a volta do Diguinho não deixou de ser um balde de água fria no entusiasmo dos torcedores com relação ao futuro e deve ter agradado sobremodo ao Adilson Baptista, técnico vascaíno.

A menos que ele tire o Jean, que trota em campo há mais de um ano, eliminar o Vasco deverá ser tarefa hercúlea.

E para piorar surge a notícia que Celso Barros deseja recontratar o Rodrigo Caetano por achar que ele blindaria o departamento de futebol com mais eficiência.

Entendesse ele um pouquinho mais do esporte a que se propõe patrocinar não teria necessidade de pensar em nenhuma blindagem.

Bastaria, por exemplo, contratar um bom zagueiro e trazer o Cícero e o Maicon Bolt, mas como gastou dinheiro a rodo com jogadores medíocres, isso soa aos tricolores lúcidos como um simples sonho numa noite de verão.

A benção João de Deus!


DETALHES:

Fluminense 3 x 1 Volta Redonda

Local: Claudio Moacyr,  Macaé; Data: 23/03/2014
Árbitro: Eduardo Cordeiro Guimarães (RJ)
Auxiliares: Silbert Faria Sisquim (RJ) e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ)
Gols: Walter, aos 37' do primeiro tempo; Fred, aos 23', Wagner, aos 29' e Thiago Amaral, aos 42' do segundo.

Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Elivélton e Carlinhos; Valencia, Rafinha, Jean e Wagner (Chiquinho, 32'/2ºT); Fred (Rafael Sobis, 26'/2ºT) e Walter (Marcos Júnior, 27'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.

Volta Redonda: Gatti, Rodrigo Paulista, Marcelo, Gilberto, João Paulo; Bruno Barra, Zé Augusto (Dudu, 38'/2ºT), Glauber (Luquinha, 26'/2ºT) e Laionel; Thiago Amaral e Sassá (Hugo, 38'/2ºT). Técnico: Toninho Andrade.

2 comentários:

Tricolor! disse...

Luxemburgo, Renato Gaúcho e agora Rodrigo Caetano de volta...

O Celso Barros só pode tar de sacanagem.

Concordo contigo, Hélio: a vida deve ser muito boa para os amiguinhos do nosso mecenas-monarca absolutista.

Nosso querido CB julga, manda prender, soltar, dissolver o Legislativo, ... Decide até o clima.

Esse cara deve ter algum distúrbio psiquiátrico.
Sabe esses malucos que se dizem Napoleão Bonaparte?

Celso Barros sonha ser Luís XIV.

Tricolor! disse...

A propósito, esses episódios me fizeram lembrar de um célebre poema do Manoel Bandeira, que soa como uma ode aos apadrinhados do nosso Rei Sol:

Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.