Fred marcou o seu 115º gol pelo Fluzão, mas continua devendo atuações como as de 2012. (Foto: Alexandre Loureiro / LANCE!Press) |
O resultado
serviu para assegurar a segunda colocação e a consequente vantagem nas
semifinais desde, é claro, que o tricolor vença o Volta redonda na última
rodada.
O jogo,
porém, foi decepcionante. Não chegou a ser surpresa porque as equipes definidas
com três volantes já mostravam claramente o medo de perder dos dois
treinadores.
O ruim é que
uma vez não vencemos o Vasco, o que deixa poucas esperanças de que o Fluminense
consiga ir longe na Copa do Brasil e no Brasileirão.
Entendo ser
válido usar escalações com três volantes em algumas situações específicas, mas adotar
esse sistema como padrão de jogo constante é inaceitável, principalmente porque
hoje não existe no elenco nenhum volante com habilidade suficiente para colaborar
na armação de jogadas para não sobrecarregar tanto o Conca.
A informação
divulgada no blog do João Garcez de que está sendo tentada a contratação do
Elias é um indicativo de que os responsáveis pelo futebol já se conscientizaram
da necessidade de alguém para ajudar no meio de campo.
Acho apenas
que não acertaram na escolha. O investimento (€ 6 mi ou R$19,650 mi) não
compensa. Creio que por quantia inferior seria possível trazer o Cícero, jogador
com mais recursos, além de ser identificado com o Fluminense.
Muitos cronistas
tricolores voltaram a reclamar de falta de empenho. Particularmente, não creio ser
este o fator preponderante para a dificuldade que o time tem para conseguir as
vitórias.
O problema é
que desde o ano passado temos poucos jogadores capazes de desequilibrar um
jogo.
Observando a
escalação de domingo só consegui vislumbrar a presença de três deles: Conca,
Fred e Walter, esse inexplicavelmente na reserva.
É verdade
que em 2012 Cavalieri, Jean e Carlinhos também desequilibravam, mas parece que
perderam a forma.
E com as
saídas de Wellington Nem e Thiago Neves fica difícil vencer até mesmo equipes
fracas como Madureira, Bonsucesso e Duque de Caxias. O que dizer então dos
clássicos?
Alguns
arguirão o recente passeio sobre o Flamengo. Foi divino, mas claramente um
ponto fora da curva, propiciado muito mais pelo excelente desempenho do Conca,
que jogou sem marcação alguma.
Sobre o
jogo, as chances do Fluminense foram maiores. Antes mesmo do gol do Vasco, já
havíamos perdido duas claras.
Entretanto,
esse maior volume de jogo ainda não é suficiente para deixar os torcedores
tranquilos porque sabem que a qualquer momento nossa zaga poderá "entregar o
ouro".
E aconteceu
de novo, num bate-rebate desconexo Edmilson conseguiu marcar para o Vasco e os
tricolores ficaram sem entender como até com a proteção de três volantes a zaga
continua tão vulnerável.
Pode ser que
o título carioca ainda venha, mas para as demais competições torna-se
imprescindível a contratação de pelo menos um zagueiro de categoria, um meia e
uma atacante que caia pelos lados porque Biro Biro ainda está muito verde e
desnutrido.
E DÁ-LHE FLUZÃO!
DETALHES:
Fluminense 1
X 1 Vasco
Local: Maracanã, Rio de Janeiro; Data: 16/03/2014
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ);
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e
Rodrigo Figueiredo H. Corrêa (RJ);
Gols: Edmilson, aos 41' do primeiro
tempo e Fred, aos 21' do segundo
Cartão
Amarelo: Diguinho
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum,
Leandro Euzébio e Chiquinho; Valencia, Diguinho (Biro Biro, 20'/2ºT), Jean e
Conca (Wagner, 45'/2ºT); Rafael Sobis (Walter, Intervalo) e Fred. Técnico: Renato Gaúcho.
Vasco: Martin Silva, André Rocha, Luan,
Rodrigo e Marlon; Guiñazu, Aranda, Pedro Ken e Douglas; Everton Costa (Thalles,
30'/2ºT) e Edmilson (Montoya, 43'/2ºT). Técnico: Adilson
Batista.
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