Inadmissível perder para um clube que não está garantido nem na série D brasileira.
E que vinha de duas goleadas seguidas no campeonato de seu estado.
E que vinha de duas goleadas seguidas no campeonato de seu estado.
E
pior ainda, da maneira que foi: um verdadeiro passeio capaz de matar de
vergonha qualquer torcedor do Fluminense menos, é claro, a maioria dos
jogadores medíocres que vestem a camisa que
já teve sua época de glórias e que por receber salários incompatíveis com suas
capacidades de jogar futebol julgam-se craques.
Basta
ver as declarações de Gum, Elivelton e Bruno lamentando a falta de atenção
durante a partida.
E
é aí que reside todo o problema porque não houve falta de atenção. O que
aconteceu e dessa vez exposto de modo escancarado foi a falta de habilidade da
maioria dos atletas que compõem o elenco tricolor.
Elenco
que conseguiu enganar com as conquistas dos títulos nacionais de 2010 e 2012, obtidos
à custa dos desempenhos excepcionais de meia dúzia de craques que
desequilibraram naqueles anos.
Há
muito esse blog vem apontando a fragilidade da zaga fosse ela formada por qualquer
um dos zagueiros endeusados pelo Abel.
Pesadões,
sem noção de passe, só sabem marcar na base dos agarrões e afastar as bolas da grande
área por meio de chutões, a maioria das vezes recuperadas pelos adversários.
Bolas aéreas na nossa área, então, sufoco constante.
Gum,
Elivélton, Leandro Eusébio, Anderson, Digão, esses dois últimos ainda bem que
longe das Laranjeiras nunca inspiraram confiança.
E
como diz a Lei de Murphy “não existir
nada ruim que não possa piorar“, chega o
treinador com suas invencionices inusitadas e escala o Chiquinho como lateral
esquerdo, insiste com Biro Biro, o atacante que não sabe chutar, imagina que o
Wagner será capaz de municiar minimamente bem os atacantes, além de manter o
sistema dantesco com três volantes de qualidade discutível, na esperança de que
eles consigam “segurar a barra” da zaga inepta.
E
as aberrações não param por aí, pois até o banco é mal escalado com presença de
jovens da base ainda imaturos, sem condições de apresentar algo de útil e que
acabam entrando no jogo como aposta
desesperada, ou por pressão de algum empresário esperto, quem sabe?
Foi
o caso do Kenedy, que nos poucos minutos que esteve em campo perdeu duas
chances claras.
Enquanto
isso Michael, Sobis e Higor eram preteridos. Acho que perderam espaço com o
treinador, principalmente as jovens promessas.
Mas
no frigir dos ovos não devemos por a culpa neles.
A
responsabilidade maior é de quem os contrata e mais ainda de quem estabelece
salários estapafúrdios para um monte de pernas de pau.
Cavalieri,
Conca, Fred e Walter talvez façam jus ao que ganham. Carlinhos, Sobis e Jean, pelo que jogava na época do contrato,
também.
Os
demais, porém, estariam regiamente pagos se tivessem um teto salarial de R$ 100
mil e ainda nesse patamar é bem provável que se encontre jogadores melhores.
E
o que é pior do que os constantes vexames é o pensamento do Vice de Futebol,
Ricardo Tenório, quando solta pérolas, como essa: “O time está com uma pegada boa... Com os resultados
surgindo, é preciso ter calma e tranquilidade para que não se faça nenhuma
coisa precipitada. Estamos fazendo este planejamento de uma forma diferenciada”.
Não consegui atinar com os
resultados a que ele se referiu. Seria a derrota para o Madureira, os empates
com Bonsucesso, Cabofriense e Nova Iguaçu ou a derrota para o time reserva do
Botafogo, saco de pancadas do presente estadual?
E a veiculação de sandices continuou durante a semana, quando durante a transmissão do vexame, o repórter
informou que Tenório iria fazer três contratações: um zagueiro para ser titular,
um lateral esquerdo para a reserva do Carlinhos e um volante para compor
elenco.
Ou seja, nada de um meia para
ajudar o Conca, único ser pensante no meio de campo e que por isso mesmo leva
botinadas de todos os adversários durante todo o tempo porque os demais
técnicos, até o do interior do Ceará, já sabem que não precisam temer de
Diguinho, Jean e Wagner qualquer jogada
criativa.
Se Tenório tivesse tirocínio mais
aguçado veria que bastaria rescindir alguns contratos para trazer o Cícero e um
atacante que caísse pelas pontas como, o Maicon Bolt, por exemplo.
A folha salarial seria reduzida e
a esperança de um 2014 menos sombrio aumentaria.
Em suma, só é preciso repor as
perdas de Wellington Nem e Thiago Neves para que o time se fortaleça novamente.
Mas é difícil incutir a ideia nas cabeças obtusas que dirigem o clube.
E o Peter?
Nada a comentar. Fiz campanha
para ele nas duas eleições por abominar qualquer possibilidade da volta do
Horcades ou alguém ligado a ele.
Já não tenho tanta certeza de que
escolhi o caminho certo.
Quanto à classificação, não tenho
dúvidas de que ela virá, desde que o Renato não escale só os apadrinhados.
DETALHES
COPA DO BRASIL – 1ª FASE – JOGO DE IDA: 20/03/2014
Horizonte 3 X 1 Fluminense
Local: Domingão, Horizonte (CE)
Local: Domingão, Horizonte (CE)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN);
Auxiliares: Flavio Gomes Barroca (RN) e Vinicius
Melo de Lima (RN);
Gols: Dico, 12' e Conca, aos 15' do primeiro tempo; Marciel, aos 17' e Jajá, aos 45' do segundo.
Horizonte: Jefferson, Diego Maradona (Franklin,
42'/2ºT) , Douglas, Ramon e Rick; Albano, Rafael, Fernando Sobral (Adriel, 42'/2ºT) e Diego
Palhinha (Jajá, 32'/2ºT); Dico e Marciel - Técnico: Roberto Carlos.
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Elivélton
e Chiquinho; Valencia, Diguinho (Wagner, Intervalo), Jean e Conca (Biro Biro,
Intervalo); Walter (Kenedy, 29'/2ºT) e Fred - Técnico: Renato Gaúcho.
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