Esse empate com o Coritiba não estava nos
planos de nenhum tricolor.
Na simulação para a conquista da vaga
para a Libertadores considerei esses três pontos como favas contadas.
Com eles o Fluminense ocuparia hoje a
sétima colocação e estaria a um ponto do Goiás, dois do Internacional e sete do Grêmio, além de abrir uma diferença de oito pontos da zona de rebaixamento.
A certeza da vitória se aclarou ainda
mais quando Marquinho Santos, técnico do Coritiba, anunciou sua decisão de
poupar o Alex e discorreu sobre o número de desfalques que teria,
Pensava que as dificuldades sentidas
contra Portuguesa e Bahia serviriam de lição a Luxemburgo para não repetir o
esquema com três volantes ao menos nos jogos do Maracanã, onde equipes francas
atiradoras costumam entrincheirar-se na busca pelo empate e no milagre de uma
bola vadia.
Recusei-me a acreditar quando ouvi a
escalação com a presença de três volantes e, pior ainda, um deles sendo o
Diguinho.
Aqui um parêntese, nada pessoal contra
o Diguinho, mas escalá-lo em momentos cruciais dentro do campeonato após uma
infinidade de tempo às voltas com o departamento médico não me parece a decisão
mais acertada.
Diguinho não conseguiu ainda recuperar
a condição física dos tempos de Botafogo e no seu início no próprio Fluminense
e a consequência de sua presença em campo foi a esperada: atuação
discretíssima, erros bisonhos de passe, botinadas desnecessárias e faltas
perigosas.
A vantagem de Vanderlei é que ele
enxerga melhor o jogo e não teme fazer alterações no intervalo ou mesmo durante
o primeiro tempo.
Só não concordo com a preocupação excessiva
em justificar as alterações sempre que um medalhão do Abel é sacado.
As mexidas do intervalo devolveram ao
time o predomínio do jogo e o Coritiba nada fez, a não ser o último contra
ataque causado muito mais pela afobação dos tricolores em buscar a vitória do
que por seus próprios méritos.
Dessa vez, porém, a virada não veio e
dificultou em muito o objetivo maior, que para ser alcançado exigirá a recuperação
desses pontos em jogos mais difíceis e distantes de casa.
Discutível o pensamento de nosso treinador sobre o modo de escalar a equipe. Segundo ele: “Futebol é assim. Observamos o primeiro tempo e tem de criar uma característica e deixar alternativas. Nosso time hoje tem um desenho. Se começar como o do segundo tempo, pode ter algum prejuízo”. (sic)
Qual prejuízo pode ser maior do que
sair do primeiro tempo perdendo?
Será que esse comportamento é
alimentado pela necessidade de afirmação? “Vejo
tão bem o jogo, mudo no intervalo e consigo as viradas”.
Claro que é um devaneio,
mas jogando em casa contra adversários menos tradicionais e que vem somente em
busca de empates, partir para cima desde o início é o único modo de evitar a
perda de pontos preciosos como os de sábado.
E para que Luxemburgo
reflita e quem sabe evite repetir esse erro recorrente, a classificação a
seguir, montada considerando uma utópica vitória sobre o Coritiba, dá uma ideia
exata do tamanho do prejuízo causado pela sua decisão.
DETALHES:
Fluminense 1 x 1 Coritiba
Local: Maracanã,
Rio de Janeiro (RJ); Data: 21/9/2013
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: José Eduardo Calza (RS) e Bruno Salgado Rizo (SP)
Gols: Lincoln, aos 30' do primeiro tempo e Gum, aos 6' do segundo
Cartões vermelhos: Rafinha
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: José Eduardo Calza (RS) e Bruno Salgado Rizo (SP)
Gols: Lincoln, aos 30' do primeiro tempo e Gum, aos 6' do segundo
Cartões vermelhos: Rafinha
Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno, Gum,
Anderson e Carlinhos (Ronan, Intervalo); Edinho, Diguinho (Biro Biro,
Intervalo) e Wagner; Rafinha, Rhayner (Samuel, 19'/2ºT) e Rafael Sobis. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Coritiba: Vanderlei, Victor Ferraz, Luccas
Claro (Bonfim, 3'/2ºT), Chico e Escudero; Gil, Bottinelli (Dudu Figueiredo, 8'/2ºT),
Robinho e Lincoln (Emerson Santos, 33'/2ºT); Vitor Júnior e Jânio. Técnico: Marquinhos Santos.
E DÁ-LHE FLUZÃO! RUMO À LIBERTADORES!
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