Incontestável
que a figura do Dr. Celso Barros é quase uma unanimidade entre os torcedores do
Fluminense. Digo quase, porque em qualquer sociedade existem sempre os descontentes,
aqueles que se caracterizam pelo desejo de apenas “ser do contra”.
A
verdade nua e crua é que sem o apoio irrestrito desse apaixonado tricolor as
conquistas atuais jamais teriam sido obtidas.
Mas,
apesar da dedicação impar, o ilustre Dr. Celso vez por outra causa preocupações demasiadas
aos tricolores, principalmente aqueles que analisam o futebol com mais cuidado
e colocam a razão acima da paixão clubística.
E
isso acontece quando resolve “sair
contratando” jogadores com base apenas em seus gostos pessoais.
Tanto
é verdade que durante os mais de dez anos de patrocínio muitos dos contratados
não vingaram, como provam os títulos de campeão brasileiro, só alcançados a partir de 2010.
A
bola da vez é a ideia de tentar trazer Ronaldinho Gaúcho, aposta por demais
arriscada.
A
começar pelo salário estratosférico a ser pedido pelo esperto irmão e
procurador do jogador e depois sob o ponto de vista tático.
Abel
já declarou que se dispusesse dele no elenco iria utilizá-lo do mesmo modo
que fez o Cuca, ou seja, colocando-o centralizado e “solto" para criar.
Surgem
então algumas questões básicas.
A
primeira, qual dos titulares atuais seria descartado para que o novo contratado
pudesse jogar solto?
Wellington
Nem, nem pensar. Aqueles que acompanharam o desempenho tricolor no decorrer de
todo o ano puderam observar nitidamente que Nem foi a válvula de escape
do time. Às suas esfuziantes investidas, Fred deve a maioria de seus gols.
Nas
ocasiões em que esteve ausente, a equipe tricolor jogou de modo previsível a
ponto de perder pontos preciosos para adversários mais fracos.
Nesse
particular, não consigo entender como pode ser voz recorrente dentro do clube a
vontade de negociá-lo, se ainda não existe nenhum substituto à altura.
Além
disso, uma negociação mais adiante será mais vantajosa em termos financeiros.
Deco
é o equilíbrio, porque além de municiar os atacantes com maestria arruma o meio
de campo defensivamente, o que faz com que a defesa seja pouco vazada, ainda
que não conte com zagueiros tão virtuosos como Thiago Silva.
Se
Abel não tivesse uma verve defensiva tão acentuada poderia recuar o Jean e
jogar sem “cabeças de área botinudos”,
tentando se aproximar do que faz o Barcelona, com o aumento do tempo de posse de bola.
Como ninguém de sã consciência pensaria em sacar o Fred da equipe, pode
sobrar então para o Thiago Neves, sabidamente muito inferior tecnicamente que a nova contratação, mas
desempenhando uma função tática improvável que Ronaldinho queira assumir.
Não
pretendo questionar os dotes técnicos nem a habilidade excepcional do
Ronaldinho. Seria leviandade não reconhecer o seu futebol fenomenal.
O
que me preocupa é que justo agora que o Fluminense voltou a jogar com “o coração na ponta das chuteiras”, como
diz o velho chavão já desgastado e vencer o campeonato com tremenda facilidade é
a incerteza de saber se o Ronaldo estaria disposto realmente a se engajar no
esquema de doação por completo.
Quem
garante, por exemplo, que estando no Rio não voltará às frequentes festanças barulhentas, motivo de desespero
de seus vizinhos de condomínio, como já reportado em revista de grande circulação
nacional?
Seria
uma preocupação extra, que acredito a maioria dos tricolores não deseja ganhar
como presente de fim de ano.
Já
que parece ser impossível a contratação do Conca em 2013, que se tente o
Montillo, aproveitando o interesse do Cruzeiro em manter o Martinuccio, que acabou
encontrando o seu futebol em Belo Horizonte.
Conca
voltaria em 2014 para substituir Deco, que até lá já deve estar pendurando as
chuteiras.
Sonhar
não custa.
E que o Dr. Celso, Peter Siemsen, Rodrigo Caetano, Sandrão e demais dirigentes cheguem a um
consenso e resolvam deixar a ideia de lado. Os torcedores do Atlético-MG ficarão felizes e a maioria dos tricolores mais ainda.
E
DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO!
4 comentários:
Irretocável. Concordo 100% com você, Helio.
Saudações Tricolores Tetracampeãs!
PC
Concordo!
Se o Conca tá inviável no momento, melhor o Montillo. Ou então garimpar alguém aqui pela América do Sul por menos da metade do valor pretendido pelo dentuço.
Se a ideia declarada é não aumentar o investimento, se possível cortar custos, não dá pra arriscar tanto assim numa operação cujo retorno é pra lá de duvidoso.
Bom dia.
Ronaldinho no Rio de Janeiro again ??
Fala sério?
E outra: Futebol por futebol, sou muito mais o Montillo, pra quando o Deco mancar!
Ou até mesmo o Linconl, que ficará obsoleto no Coxa, com a chegada do Alex.
Rodrigo
Concordo inteiramente com o texto, apenas discordo do "ser do contra", uma argumentação bem ridícula para refutar teses contrárias.
Gustavo do Nascimento.
Postar um comentário