(foto: Globoesporte.com / Dhavid Normando / Photocamera) |
Com a iminente conquista do tetracampeonato os
dirigentes tricolores começam a planejar a reformulação do elenco para o
próximo ano.
E as notícias veiculadas já começam a causar inquietação
aos torcedores, calejados por negociações desastrosas praticadas pelas
administrações anteriores durante anos a fio.
A venda de Wallace, possíveis negociações com
Ronaldinho Gaúcho e Carlinhos Paraíba e a aparente indiferença com o retorno de
Conca fazem parte do primeiro ensaio.
A negociação de Wallace, revelação de apenas dezoito
anos, já havia sido equacionada quando das tratativas para a liberação de Deco,
ocasião em que o Chelsea passou a ser detentor de 40% de seus direitos econômicos.
A imprensa divulgou que restantes 60% foram repassados
ao clube inglês por 5,5 milhões de euros, pouco mais que R$ 14 milhões a serem
pagos em parcelas.
Os dirigentes tricolores ainda negam que a
negociação esteja fechada, mas o próprio Abel já confirmou a saída do lateral,
que deverá ficar por empréstimo até meados do próximo ano.
A saída de Wallace confirma a tendência tricolor de
se desfazer de suas revelações precocemente e com tal atitude deixar de auferir
lucros consideráveis com os atletas mais amadurecidos.
Que ao menos esses 14 milhões sejam reinvestidos na
recomposição do plantel.
Outro balão de ensaio divulgado foi o interesse na
contratação de Carlinhos Paraíba, ao que tudo indica mais um brasileiro que não
se deu bem no exterior. O articulista que assinou a notícia sinalizou que a
chegada de Paraíba seria para compensar a possível saída de Diguinho, cujo
contrato termina no final do ano.
Se realmente o pensamento for esse, palmas para a negociação
porque afinal seria uma possibilidade palpável para o rompimento do cordão
umbilical que liga Abel a Diguinho.
Falam-se também do interesse de Celso Barros por
Ronaldinho, o que provavelmente seria mais uma bola fora porque apesar do
Gaúcho ter renascido como atleta em Belo Horizonte trazê-lo de volta ao Rio de
Janeiro pode ser uma operação arriscada.
É compreensível a preocupação do patrocinador em
reforçar o meio de campo tricolor, hoje carente de um jogador que seja o
cérebro da equipe.
Temos o Deco, muitos dirão o que é uma verdade
inegável. Mas a pergunta que se segue é a seguinte: “Temos o Deco realmente?”.
O Fluminense dispõe de um craque fora de série, mas
em muito poucas ocasiões. Deco é aquele tipo de craque que não pode ser
escalado seguidamente. Deve ser preservado para os jogos contra os adversários
mais fortes.
A estatística não mente. No atual campeonato, até
agora ele participou apenas de 15 (quinze) rodadas e estará fora na próxima, ou
seja, em 57% das vezes em que o time esteve em campo, nosso maestro não pode
atuar devido às contusões.
Na Copa Libertadores, quando o Fluminense mais
precisou , não possível contar com ele e a consequência foi a eliminação para
uma das mais fracas equipes do Boca Juniors de todos os tempos.
Enquanto isso o advogado de Conca, Bichara Neto, esteve
na China e depois de muita conversa e ponderações com o atleta, chegaram à
conclusão de que o ciclo terminou e que é chegada a hora de voltar ao Brasil.
A negociação será longa e difícil, uma rescisão
litigiosa será dispendiosa, razão pela qual o advogado tenta uma solução amigável,
porque embora desejem a permanência do Conca, os chineses estão abertos a
propostas.
O estranho é o marasmo tricolor em relação à
possibilidade de ter novamente o grande artífice do título de 2010.
Quem sabe um pouquinho de vontade, parte da quantia
recebida pelo Wallace e uma ajudazinha da Unimed não resolveria o problema?
Uma coisa é certa: para ganhar a Libertadores
precisaremos de um meia armador que esteja presente em todos os jogos.
Que Deus ilumine Peter Siemsen, Rodrigo Caetano e
Celso Barros para que não voltem a fazer contratações caras e que não deem retorno
ao clube.
E
DÁ-LHE FLUZÃO TETRACAMPEÃO BRASILEIRO!
5 comentários:
Wallace iria para o Chelsea mais cedo ou mais tarde. Já era um fato desde a vinda do Deco.
E o Fluminense segue vendendo (barato) seu futuro para manter um presente caro e nem sempre eficiente...
Enquanto isso, a dívida explode, já chegando perto de meio bilhão de reais...
Vendemos o Wallace no preço, não foi caro e nem barato.
Sinceramente?
Não achei mal negócio não...
Vender jogador jovem sempre comporta risco... Pode se valorizar e acha-se que se vendeu barato...
Ou, como regra, a "promessa" vira um Toró, um Marco Brito, um Rodrigo Tiuí ou um Fernando Bob da vida...
Pelo que vi do jogador na Copa do Brasil sub-20... Acho que vendemos em boa hora e bem...
Quanto ao Deco/Conca: concordo, é lógico!
A venda do Wallace pode até ter sido uma boa, mas o que preocupa é que o Fluminense é um dos clubes que mais revela e que também vende pior.
Não é admissível que seus presidentes, por melhores que possam a vir a ser, não conseguem esperar um pouco mais.
Veja os casos do Lucas e Oscar, para citar apenas os dois últimos.
O presidente do Atlético declarou que não vende o Bernard por menos que 20 milhões de euros, enquanto o Peter fez de tudo para mandar o Wellington Nem para a Rússia a preço de banana.
A esperança é que o Rodrigo Caetano consiga reverter essa gana vendedora.
Saudações Tricolores.
“
‘O Fluminense não nasceu para ser unanimidade, nem massa de manobra do interesse demagógico das elites opressoras.’
‘O Fluminense nasceu para atravessar a harmonia do bloco dos contentes.’
‘O Fluminense nasceu para incomodar o senso comum.’
‘ESSA É A NOSSA SINA!’
“
Postar um comentário