segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fluminense 5 x 1 Olaria. Apenas um treino de luxo!

Valeu como preparo para o jogo com o Arsenal.     (foto: Paulo Sergio)


 Dessa vez o “planejamento” da Comissão Técnica foi por água abaixo.

Depois de contar com a sorte na Taça Guanabara, quando conseguiu a classificação na bacia das almas, a mesma estratégia suicida tirou a chance do Fluminense estar nas finais da Taça Rio.

Influenciado talvez pela opinião da imprensa de que o plantel tricolor era o suprassumo da qualidade, bem superior aos demais, Abel uma vez mais esnobou e escalou reservas que jamais tinham jogado ou treinado juntos nos jogos contra Resende e Macaé.

A conta chegou e as duas derrotas impensadas complicaram a classificação.

A decisão tomada no jogo com o Resende então foi a mais desastrosa. Onze reservas regiamente pagos, sem ritmo de jogo e sem muita garra foram derrotados de por uma equipe que, após a vitória sobre o Flu, virou saco de pancada para os demais.  

Desculpas foram aventadas, a maior delas é que o time principal precisava descansar após a bela exibição contra o Vasco.

Posso até concordar que a maioria dos jogadores poderiam ser poupados, mas não a totalidade. Alguns terminaram o jogo com o Vasco em perfeitas condições físicas e com três ou quatro dos titulares, a vitória poderia ter sido conseguida, o que colocaria o Fluminense nas finais.

Ainda mais porque o intervalo para o próximo compromisso pela Libertadores era de duas semanas, tempo suficiente para a recuperação dos atletas.

Agora não adianta chorar sobre o leite derramado, mas fica a preocupação de que a estratégia falida seja repetida nas primeiras rodadas do Brasileirão, o que certamente poderá alijar o Fluminense da disputa do título já no início do campeonato. É só dar uma olhada na tabela para ver que os primeiros adversários não serão nada fáceis.

Renato Gaucho usou do mesmo artifício em 2008 e quase levou o clube novamente à série B e ainda por cima perdeu a decisão da Libertadores com o time completamente fora de ritmo e se arrastando a partir da metade do segundo tempo da decisão.

Sobre o jogo de ontem, muito pouco a acrescentar. O Fluminense sobrou em campo e poderia ter aplicado um placar mais elástico se forçasse um pouco mais.

De qualquer forma serviu para mostrar que toda vez que Leandro Euzébio, Anderson e Edinho estiverem juntos, os tricolores terão fortes emoções.


Cabe acrescentar a curiosa demonstração de lisura por parte da Federação, exigindo que os delegados das partidas mantivessem contatos telefônicos para assegurar o início simultâneo das mesmas.


Estranho comportamento de dirigentes que alteram decisões de árbitros, rasurando suas súmulas na maior "cara de pau".


Vassoura neles!

Só nos resta dedicação integral ao jogo contra o Arsenal, onde uma vitória será fundamental para a primeira colocação do grupo, já que o Boca tem todas as chances de alcançar os treze pontos e ultrapassar o Fluminense pelo maior saldo de gols.

A vitória servirá também para garantir pelo menos a segunda colocação geral porque, além do Flu, apenas o Velez ainda tem condições de alcançar os quinze pontos.

Que Valencia e Fred se recuperem a tempo.


E DÁ-LHE FLUZÃO!


DETALHES:

Fluminense 5 x 1 Olaria

Local: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)

Árbitro: Grazianni Maciel Rocha

Assistentes: Silbert Faria Sisquim e Luiz Claudio Regazone

Gols: Rafael Moura aos 16'; Deco, aos 18'; Pedrinho, aos 25' e Rafael Moura, aos 29'do primeiro tempo; Anderson, aos 34'e Thiago Neves, aos 37 do segundo.

Cartões amarelos: Anderson

Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio (Gum, aos 31'/2ºT), Anderson e Carlinhos (Carleto, aos 35'/2ºT); Edinho, Diguinho e Deco; Thiago Neves, Wellington Nem (Wagner, aos 30'/2ºT) e Rafael Moura - Técnico: Abel Braga.

Um comentário:

Marcio Cardoso disse...

Alô Hélio e Pedro,

saudações tricolores daqui do Texas! Estamos aqui esperando os seus comentários de mais uma vitória "mata coração" do time de guerreiros lá na Argentina.

Grande abraço,

Marcio