Sem a ajuda dos parceiros, os hábeis Fred e Deco não conseguiram suplantar o Vasco. |
A brilhante campanha do segundo turno não foi suficiente para manter o Fluzão na briga até o final.
Na realidade, as inconcebíveis derrotas para Atlético-MG e América-MG em pleno Engenhão já haviam selado de vez a sorte tricolor nesse campeonato.
Aquela chama que se manteve acesa nos corações tricolores até a tarde desse domingo foi muito mais fruto das recordações das viradas memoráveis do que da racionalidade.
Mas não foram essas derrotas os únicos fatores que nos roubaram o título. As decisões incoerentes e estapafúrdias, começadas ainda na administração Horcades e continuadas na de Siemsen, acabaram sendo mais fortes que a garra do time de guerreiros. Na postagem do meio de semana, o assunto será abordado com maior profundidade.
Quanto ao jogo com o Vasco, o equilíbrio foi a tônica. Do mesmo modo que perdemos, poderíamos ter vencido. Faltou aquela tranquilidade na hora do arremate final. Euzébio escorregou na cara do Prass, Marquinho desperdiçou o ótimo passe de Fred depois de boa trama do ataque e Sobis se apavorou com o gol escancarado a sua frente, após a jogada genial de Deco.
E como quem não faz leva, recebemos o castigo, até certo ponto merecido.
Analisando o jogo em detalhes uma diferença latente nos salta à vista: a composição dos meios de campo das duas equipes.
Enquanto o Vasco contava com Juninho, Felipe, Diego Souza e ainda o Bernardo para a criação das jogadas de ataque, o Fluminense dependia apenas da criatividade do Deco. E como bem diz o ditado... Uma só andorinha não é capaz de fazer o verão. Lanzini, que poderia desafogar o trabalho de Deco, entrou tarde demais, como sempre.
Mas dos males o menor. Se tivesse vencido, o Fluminense contribuiria para o título antecipado do Corinthians para gáudio dos anti éticos dirigentes da CBF.
Que o Vasco levante o campeonato e mantenha a hegemonia brasileira no futebol carioca.
O mais importante agora é que o elenco para 2012 seja melhor planejado e que passe a dispor de dois meias criativos e volantes mais habilidosos, único modo do Fluminense conseguir o título de campeão das Américas.
A contratação do Wagner, ex-Cruzeiro, pode ser um indicativo de que diretoria, comissão técnica e patrocinador finalmente estejam levando essa possibilidade em consideração.
A dúvida reside em saber o estado em que se encontra o Wagner. Se chegar igual ao Araújo, Belletti, Gustavo Nery e tantos outros de nada adiantará a sua contratação. Embora mais complicadas, contratações de jogadores que joguem no Brasil poderiam garantir um sucesso maior.
Restou o consolo da vaga na Libertadores, que poderá ser direta para a fase de grupos com um simples empate contra o Botafogo.
Enganam-se, porém, os que pensam que a tarefa será fácil. Pelo contrário, o time do Botafogo está em frangalhos, mas é justamente contra clubes em situações como essa que a nossa equipe empacou durante o decorrer do campeonato.
Atenção Galera Tricolor!
É amanhã o lançamento da “Verdadeira Máquina Tricolor”. Prestigie.