domingo, 28 de março de 2010

Vasco 3 x 0 Fluminense. Vexame tricolor!

Carlos Alberto, mais uma revelação tricolor a serviço dos adversários.


O início do jogo deu a impressão de que o Fluminense venceria o clássico sem maiores dificuldades. Melhor postado em campo, a equipe tricolor impôs uma pressão inicial e criou duas boas oportunidades antes dos dez minutos que não foram convertidas pelos erros recorrentes de imprecisão no último passe e falha no arremate para o gol.

O Vasco sentiu a pressão inicial e se fechou na defesa, aguardando alguma oportunidade para contratar. Os deuses do futebol dessa vez sorriram para a equipe cruzmaltina e obrigaram Gaúcho a entrar com Carlos Alberto, que substituiu o lesionado Jeferson.

Mesmo acuado, o Vasco quase abriu a contagem, quando Philippe Coutinho, ao se livrar da marcação de Leandro Euzébio, obrigou Everton a chutar contra a própria meta. Para alívio dos tricolores, Rafael estava atento e colocou a bola para escanteio.

Após o susto, o Fluminense retomou o controle do jogo, mas longe de ser aquele time brigador de outras jornadas. Os jogadores pareciam sonolentos, com postura bem diferente daquele Tricolor de Guerreiros.

Aliás, sob esse aspecto, já havia colocado que para ganhar algum título com o elenco atual, o Fluminense terá que literalmente “comer a grama”, porque à exceção de Conca e de Fred, os demais são jogadores normais, sem nenhuma habilidade extraordinária.

Ainda assim Alan teve uma excelente oportunidade ao receber passe de Diguinho, avançar pela direita e chutar cruzado rente à trave direita de Fernando Prass.

Na segunda etapa, o jogo ficou todo à feição do Vasco que, precisando da vitória, lançou-se ao ataque e passou a acuar o Fluminense, que não conseguia concatenar a saída de bola.

O panorama não se alterou até que Thiago Martinelli conseguiu abrir a contagem, aproveitando falha geral da zaga tricolor na cobrança de escanteio.

Cuca tentou algumas alterações, entrando com Wellington Silva e Équi Gonzáles, sacando André Lima e Júlio César. Valeu a tentativa, embora não tenha surtido nenhum efeito.

A terceira substituição do Cuca é que foi de uma infantilidade a toda prova. Substituiu Cássio por Fábio Neves e embora a providência de retirar um zagueiro para tornar o time mais ofensivo pudesse parecer uma boa ideia, o fato de deixar em campo Leandro Euzébio, único da zaga que já tinha recebido cartão amarelo, foi uma bola fora.

E não deu outra, ao parar o Dodô com falta, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Do mesmo modo que a torcida tricolor, estou até agora querendo entender o que motivou o treinador tricolor a manter em campo o único zagueiro que já tinha sido advertido. Ainda mais em se tratando de Leandro Euzébio, se fosse o Thiago Silva até que a decisão seria válida. Mancada da grossa.

Aí mesmo que a vaca foi para o brejo, com o Vasco marcando mais duas vezes com Dodô e Fágner, recebendo passes milimétricos de Carlos Alberto. E então se desenhou claramente o drama tricolor: enquanto o Vasco armava seus contra-ataques com Carlos Alberto, o Fluminense tentava se virar com Diguinho. Que dureza!

A grande vantagem que tem sobre o Bangu, terceiro colocado na chave, deve garantir o Tricolor na semifinal, mas se jogar desse jeito e não tiver a volta do Fred, a classificação para a final vai ser muito difícil.
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E O MAICON, QUE FALTA FAZ, NÉ? FORA TRAFFIC!
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(crédito da foto: terra.com.br)

6 comentários:

PC Filho disse...

Ver revelações do Flu em outros clubes é o que dói mais. Carlos Alberto, Diego Souza, Roger Flores...

Anônimo disse...

Toró, Júnior César, Arouca, Lenny... devo ter esquecido alguém. Acho que, dos grandes da região sudeste, apenas Corinthians e Atlético-MG não contam com algum jogador formado pelo Fluminense (e vendido a preço de banana) em seus times titulares.

Marcio Cardoso disse...

Hélio,

saudações tricolores. Fiquei chateado com a derrota e surpreso com o elástico placar de 3x0. Mas como eu havia dito após a derrota de virada para o Flamengo, melhor ter este tipo de surpresa em um jogo relativamente sem importância e ganhar quando o jogo é para valer. Pelo jeito a semi vai ser contra o Vasco de novo, né? Então cada jogo é uma história.

Agora, o assunto realmente de grande importância, como mencionado por você e o Pedro, é o número de pratas da casa que deixam o clube muito cedo e vão brilhar em outros clubes. Eu sei q os tempos são outros, mas se vc olhar a história do futebol brasileiro, a grande maioria dos clubes que tiveram um período de hagemonia se baseou em revelações do próprio clube (Flamengo nos anos 80 é o melhor exemplo). O que é que pode ser feito para segurar estes bons valores no clube?

Anônimo disse...

é de lascar. acabamos de nos desfazer de mais uma prata da casa, o maicon, e qual não é a minha surpresa ao abrir a página do fluminense no globoesporte.com e ver que um assessor do deco confirmou um contato por parte da diretoria tricolor.

é isso aí. vamos vender todos os maicons, wellingtons silva, aroucas e thiagos silva, enfim, jogadores que se orgulham de vestir a camisa do fluminense e que formamos após anos de investimento, e vamos entupir o time de medalhões em idade avançada que não têm qualquer identificação com o clube. isso vai dar certo.

deco no fluminense? só pode ser jogada do horcades em ano de eleição.

Anônimo disse...

desde que o maicon foi embora, as jogadas de ultrapassagem rentes à linha de fundo, nossa principal arma no segundo semestre do ano passado, desapareceram. o mariano não se omite e vai pra briga, mas se não aparecer alguém na ponta pra jogar com o júlio césar, a jogada não sai. nisso, o fluminense ficou um time manco e previsível. a ficha do conca ainda não caiu. ele continua recebendo a bola e levantando a cabeça pra procurar o maicon. chega a dar pena.

Águia F. C. disse...

Cara não acho que o time de vocês deu vexame não, foi um jogão onde os dois times criaram boas situações de gol, mas diferente do Fluminense nós convertemos em gols as oportunidades. A expulsão foi juista, e a partir da li o jogo ficou mais fácil e o detalhe que matou o jogo foi a excelente atuação do C. Alberto.

Abraço
Jeferson
Blog do Vascão