domingo, 14 de março de 2010

América 1 x 1 Fluminense. Poderia ter sido pior!


Sem dúvida alguma o Fluminense sentiu a falta dos três titulares e não conseguiu apresentar a mesma qualidade mostrada em jornadas anteriores.

O sufoco que levou do América serviu para comprovar que o Tricolor tem um time, não um elenco, conforme já havia sido comentado em várias postagens por ocasião da formação do plantel para 2010.

A ausência do Conca foi crucial e temo dizer que toda vez que ele estiver ausente o time não irá criar e dificilmente conseguirá vencer até mesmo adversários menos qualificados.
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Atualmente não existe substituto para o Conca. González, a única opção razoável, vive contundido e Tartá foi defenestrado das Laranjeiras, após sofrer um boicote criminoso, como já abordado por esse blog em várias oportunidades. Se o Cuca não tivesse se curvado às pressões, pelo menos poderia contar com alguém habilitado para substituir o maestro do time nessas ocasiões.

A falta do Maicon também foi sentida e Wellington Silva não conseguiu fazer com a torcida esquecesse o craque vendido prematuramente pelos incompetentes de plantão.

Wellington ainda é um menino e não deve ser queimado por uma atuação decepcionante. Sua falha no gol do América tenderá ao esquecimento tão logo ele volte a reeditar apresentações convincentes.

Particularmente, não gosto de atacantes no campo de defesa, principalmente se jovens e inexperientes, porque quase sempre acabam entregando o ouro, como fez o próprio Maicon nos jogos contra Botafogo e Náutico, cometendo dois penaltis bobos após perder a bola dentro da área.

O jogo começou com o América fechado à espera de eventuais espaços deixados pelo Flu. A estratégia deu resultado e boas chances foram criadas por Adriano e Jones, que infernizaram a defesa tricolor.

Aos quinze minutos, Everton e Jones foram expulsos e o que já não era fácil ficou mais difícil ainda. Se com Everton em campo, o meio campo tricolor quase não criava, sem ele virou uma nulidade total e voltaram aqueles chutões desesperados para frente que não resultam em nada de positivo.

Aproveitando a apatia do adversário, o América passou a pressionar e teve duas oportunidades claras com Adriano. Na primeira, depois de arrancada, ele cruzou e a zaga conseguiu neutralizar e na outra em cabeçada que se chocou com o travessão, já com Rafael completamente batido.

Mesmo sendo dominado o Fluminense conseguiu abrir o marcador aos 36 minutos, num contra-ataque bem executado, que terminou com um passe de curva perfeito do Mariano e completado com categoria pelo Marquinho.

O América desnorteou-se um pouco, mas antes mesmo do intervalo conseguiu o empate, mercê de uma furada grotesca do Wellington Silva na entrada da área. Na sequência da jogada a bola foi lançada para Júnior, que após driblar o Cássio, avançou e fuzilou Rafael. Eram decorridos 47 minutos.

Após o intervalo, Cuca substituiu Wellington por Alan. O Fluminense melhorou e tentou partir para o ataque, mesmo sem nenhuma criatividade em seu meio campo.

Algumas oportunidades foram desperdiçadas, a melhor delas por Thiaguinho, que recebeu livre pela esquerda, avançou e em vez de passar para o Fred, livre, de frente para o gol, preferiu chutar e acabou errando.

Vale ressaltar que apesar do Cuca não ter muito que fazer para suprir as ausências de Conca, Júlio César e Diguinho, ele não deixou de dar uma de professor Pardal, escalando o destro Thiaguinho na lateral esquerda, deixando o time todo torto e sem nenhuma objetividade naquele setor. Só corrigiu a mancada aos 22 minutos do segundo tempo com a entrada do Dieguinho, ou seja, perdeu cerca de setenta minutos com praticamente um jogador a menos.

Thiaguinho pode vir a ser uma boa peça de reposição para substituir o Mariano em seus impedimentos e, no máximo, ser aproveitado como volante. Utilizá-lo como lateral esquerdo é um autêntico tiro no pé.

O panorama do jogo não se alterou, com o Fluminense tentando atabalhoadamente o segundo gol e permitindo algumas estocadas perigosas à equipe rubra.

As substituições ocorridas no América não causaram grandes modificações, o mesmo acontecendo com André Lima, que entrou no lugar do Diogo, e só fez uma boa jogada no final, bem defendida pelo goleiro Roberto.
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Saudades do Maicon.
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DÁ-LHE FLUZÃO E FORA TRAFFIC!

2 comentários:

Débora Bravo disse...

Não consegui assistir ao jogo, mas li sobre. É indiscutível que o Fluminense sem o Conca não sai do lugar. E que a bola não chega no ataque, sendo assim parece que o Fred fica fora do jogo. E pelo visto o técnico Cuca vai ter que saber substituir o Conca com eficiência, pois o jogador está sendo denunciado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio e poderá ficar suspenso 5 jogos pelo Campeonato Carioca.

Helio R.L. disse...

Débora,

O substituto natural do Conca é o Gonzáles, mas vive machucado. Acho que porisso mesmo o Cuca não tem pensado muito nele.

A outra opção e mais natural ainda seria o Tartá, mas foi boicotado, dizem que porque não concordou em ter seus direitos federativos cedidos à Traffic. Não sei se é verdade, mas a atitude do todos no clube para com esse boa promessa de Xerém me deixou com a pulga atrás da orelha. Veja que até o Parreira declarou que o Tartá não se encaixava em seu esquema, numa época em que a equipe nem esquema tinha. Muito estranho.

Então vc está certa, não existe substituro para o Conca, pelo menos até 2011 quando o Tartá deverá voltar.

O curioso é que o Vale das Laranjeiras é pródigo em revelar volantes e meias criativos, hoje todos jogando em times de ponta do Brasil. Dê uma conferida: Diego Souza (Palmeiras), Carlos Alberto (Vasco), Roger (Cruzeiro), Arouca (Santos).

É dose aguentar a incompetência de nossa diretoria (com d minúsculo mesmo).

Volte sempre.

Saudações Tricolores.