quarta-feira, 3 de junho de 2009

Egos e vaidades. Crise política não beneficia ninguém e só prejudica o Fluminense.

.
A mídia anti-tricolor está feliz da vida. De uns tempos para cá tem recebido de bandeja verdadeiros pratos feitos, a maioria servida pelos incompetentes dirigentes que há muito grassam nas Laranjeiras.
.
Os erros são muitos e constantes e nem será preciso uma análise profunda para se chegar à conclusão de que todos têm culpa no cartório, incluindo-se aí desde o presidente da Unimed, tricolor roxo, mas sem o mínimo de intimidade com o esporte a que se propôs patrocinar e os próprios treinadores, alguns de triste lembrança.
.
Aproveitando-se da situação, jornalistas sem ética alguma lançam mão das notícias, na maioria das vezes deturpando-as ou exagerando nas tintas com objetivos escusos e as reportagens que deveriam focar os treinamentos e desempenhos dos atletas em campo acabam ficando para plano secundário.
.
O epicentro da crise atual parece se situar na animosidade existente entre o Dr. Celso Barros e o Vice-Presidente Geral, José de Souza. Este senhor ultimamente vem fazendo críticas abertas ao modelo de parceria em vigor e ao próprio presidente Roberto Horcades e no intuito de fazer valer suas posições acabou passando recentemente para a oposição, conforme ele mesmo declarou.
.
Situação esdrúxula e antiética também, porque se quiser passar para a oposição que o faça, mas antes deveria ter renunciado ao cargo que ocupa. Seria essa a posição esperada de qualquer cidadão com um mínimo de escrúpulos e decência. A situação como está demonstra tão grande e pernicioso ao Fluminense é o seu ego.
.
Outro ponto obscuro é o contrato com a Trafic. Nitidamente pode-se constatar que os objetivos dessa nova parceira não se casam com os da Unimed. Até agora muito pouco foi feito a favor do Fluminense. O aporte para a manutenção do Conca foi realmente algo de positivo. As cessões de percentuais dos direitos de Maicon e Alan como contrapartida, porém, provavelmente poderão trazer no futuro prejuízos não só ao plantel como aos cofres do clube.
.
Todos esses fatos aliados às atitudes descabidas de verdadeiros marginais que se infiltraram nas hostes das torcidas formam um saco de gatos que em nada beneficia o clube.
.
Mas o pior de tudo é que ninguém tem a razão absoluta. Todos pecam por desconhecimento, omissão ou outros interesses difíceis de compreender e aceitar.
.
José de Souza declara enfaticamente: "Não aprovo essa parceria. Queremos dinheiro na mão para contratar quem a gente quiser e não receber uma coisa pronta".
.
Mas contratar quem? Essa é a questão que imediatamente vem à tona e martela a cabeça da torcida tricolor. Jogadores como Fabinho, Ciel, Eduardo Ratinho, Elias, Wellington Monteiro, Leandro Domingues, Leandro Bonfim, Jailton, Xandão, David, Evando, Ângelo, Rissuti e ainda a liberação do Arouca com contrato em vigor para receber o Roger como contrapeso? Essas negociações mostram claramente que no Fluminense não existe gente capaz para montar um elenco minimamente equilibrado.
.
Celso Barros, por sua vez, tem razão ao demonstrar insatisfação com o rendimento do time e ao desdenhar as estranhas, caras e inócuas contratações tricolores. Em sã consciência quem não contestaria uma situação como esta estando com o seu investimento em risco?
.
Muitas vezes, porém, ele próprio utiliza mal os recursos do patrocínio. Sua idolatria por Renato Gaúcho e Branco, por exemplo, só trouxeram prejuízos. E o pior que ele fica tão fascinado com a verborragia do Renato que não consegue enxergar seus erros crassos.
.
Renato boicotou de modo sistemático o goleiro Diego, chegando ao ponto de deixá-lo cerca de um ano sem jogar, não importando as inúmeras falhas gritantes de Fernando Henrique em diversas ocasiões.
.
Renato, além do péssimo planejamento por ocasião da Libertadores, ainda usou de seu prestígio para contratar o limitadíssimo Ygor, inclusive abrindo mão do Fabinho, ex-Corinthians, hoje contratado pelo Cruzeiro para substituir ninguém menos que o Ramires.
.
Apesar de na época possuir os dois melhores volantes do Brasil, Arouca e Cícero, Gaúcho fez de tudo para manter a titularidade do Ygor, a ponto de escalar o Cícero como atacante ao lado de Washington e manter o Dodô na reserva, ignorando tratar-se de um artilheiro nato. Antes já havia tentado barrar o Conca, o Arouca e o próprio Cícero, até que sobrou para o Dodô.
.
O resultado foi trágico. Ygor falhou bisonhamente no gol do Botafogo que alijou o Fluminense da disputa da final do estadual de 2008. Na Libertadores, além da falha grotesca no gol do Arsenal, foi facilmente driblado pelo Aluísio no gol de empate do São Paulo, mais facilmente ainda pelo Dátolo no gol do Boca e falhou no gol da LDU, que acabou com o sonho do título. No intervalo desse jogo foi substituído por Dodô, mas a vaca já tinha ido para o brejo. Celso concordou com todo esse estado de coisas, ou pelo menos nada fez para alterá-lo.
.
René Simões indicou, ou no mínimo concordou com a contratação de uma série de cabeças de bagre que nada disseram a que vieram. Dinheiro jogado pelo ralo.
.
Parreira voltou a instituir a linha burra, além de jogar muitas partidas com dois volantes cabeças de bagre. Enche o time de garotos, quase sempre em situações de desespero e reclama de falta de experiência. Hoje o execrado é o Maicon. Falhou feio no empate do Náutico, é verdade, mas falha idêntica teve o Wellington Monteiro, que também poderia ter dado um chutão pra frente e resolveu passar a bola no fogo para o garoto.
.
E além do mais o que estava fazendo o Maicon na defesa? Àquela altura do jogo, o Fred já tinha saído e nada mais lógico que Maicon e Alan estivessem lá na frente para evitar a pressão do Náutico. Lambanças do mau intencionado soprador de apito à parte, mais dois pontos perdidos.
.
De Horcades, Alexandre Faria, etc. nada é preciso ser falado. Suas atitudes burras já foram sobejamente comentadas nesse blog ao longo do tempo. Seria chover no molhado.
.
Que venha a calmaria para que o Fluzão possa ao menos se classificar para a Libertadores porque se o time jogar com raça chega lá.
.
Ainda bem que em notas oficiais, tanto Fluminense como Unimed rechaçam a possibilidade de rompimento do contrato, que será reavaliado ao final do ano.
.
Oportuna a colocação do Vice-presidente de futebol Tote Menezes ressaltando não ser da alçada do vice geral, José de Souza, opinar ou interferir sobre a gestão do futebol e manifestando ainda estranheza sobre o fato dele declarar publicamente oposição ao presidente Roberto Horcades com o cargo que ocupa.
.
Que volte a tranquilidade nas hostes tricolores.
.
Que o Parreira mantenha o Ricardo Berna como titular enquanto ele fizer jus a isso, dê mais oportunidades ao Tartá, não mais escale o Eduardo Ratinho em hipótese alguma e jamais volte com a linha burra.
.
Que o José de Souza renuncie ao seu cargo ou que seja "renunciado" porque o Fluminense não precisa de quinta-coluna.
.
São os desejos dos tricolores que amam o Fluminense acima de tudo e tripudiam os egos e as vaidades de pessoas mal resolvidas.
.
E DÁ-LHE FLUZÃO! TODOS PASSARÃO E VOLTARÁS A SER CAMPEÃO!
.

2 comentários:

Marcelo Reis disse...

Helio, parabéns pelo blog e pelo texto. A tempos estava garimpando a NET a procura de informações verdadeiras e úteis a respeito da situação do meu querido Fluminense, e parece que finalmente eu encontrei. Não falo nem da mídia, pois desse canal eu já desisti, pois essa corja de pseudo-formadores de opinião tentam a todo custo destruir a imagem do nosso Flu, apesar da ajuda de integrantes do clube. Me refiro aos blogs, que além de publicarem insolências de quem não é tricolor, ainda parecem ter medo de falar o que deve ser dito. Parabéns e continue com o bom trabalho.

Helio R.L. disse...

Legal que você gostou Marcelo. O fato é que há muito o Fluminense vem sofrendo pelas administrações desastrosas. Por mais que me esforce, depois do Manoel Schwartz, não consigo enxergar ninguém que tenha feito algo digno de registro. Tivemos aquela vergonhosa cena da champagne quando da volta à Primeira Divisão, o caso escabroso do filho do David Fischel ser "empresário" da maioria dos garotos de Xerém, a reincarnação da figura da raposa no galinheiro. O Horcades quase conseguiu a façanha de ganhar a Libertadores, mas se perdeu dando asas demais ao Renato, que acabou pondo tudo a perder.(Assunto sobejamente debatido nesse blog antes mesmo da perda do título).

O blog foi idealizado para enaltecer as glórias tricolores, o que tem sido difícil nos tempos atuais. Restou, então, a alternativa de tentar mostrar as deficiências técnicas ou administrativas praticadas.
Não que sejamos donos da verdade, apenas tentamos contribuir de algum modo com base nos vários anos de acompanhamento de nosso Fluzão, quer nas Laranjeiras, no Maracanã, na TV, ou onde ele estiver.

Volte sempre, mesmo que discordes de algum texto, pois o objetivo final será sempre o de apoiar o Fluminense.

Saudações Tricolores