Ainda existe uma
pequena chance, daquelas em que secar os adversários passa a ser mais
importante do que torcer pelo time de coração.
Não me atrai esse
cenário, principalmente porque nunca foi tão fácil garantir uma quinta
colocação no Brasileirão de pontos corridos.
Posso afirmar com
quase toda a certeza que a inclusão de três ou quatro revelações da base teria
sido suficiente para a conquista do parco objetivo.
Infelizmente não
deu, faltou coragem, malícia, criatividade, inteligência.
Difícil apontar
com precisão o maior responsável pelo caos em que se transformou aquele time
que em três anos venceu dois campeonatos nacionais.
Presidente,
diretores remunerados, verdadeiros sanguessugas, patrocinador, jogadores,
comissão técnica e por aí vão as elucubrações dos torcedores, os únicos na
realidade, que sofrem com o descalabro que há décadas transformou o clube
tantas vezes campeão em mero coadjuvante das competições que disputa.
Embora
sem ser tão radical, sou forçado a concordar com a tese do Roberto Sander de
que o ciclo desse time deveria ter-se encerrado com o título de 2012 porque
fatalmente traria acomodação a grande parte desse grupo, principalmente pelos
salários estratosféricos pagos a jogadores comuns que compõem a maioria do
elenco.
A
prova disso é que ninguém quer sair. Aqueles que terão seus vínculos encerrados
ao final do ano têm feito de tudo para permanecer.
Seus
empresários entoam as mesmas catilinárias por demais conhecidas, nas quais
alardeiam o interesse de vários clubes em seus patrocinados pernas de pau. Mas
proposta real mesmo, nada.
É
claro que acabarão se se encostando a algum lugar, mas com grandes possibilidades
de receberem ofertas bem menores.
Só
espero que Peter e Celso não caiam mais uma vez no conto da carochinha e
resolvam renovar com jogadores que já deram o que tinham que dar.
Pode
ser até que a mudança de ares seja benéfica a eles, visto que terão que se
desdobrar para mostrar serviço... Mas no Fluminense nem pensar.
É
hora de reformular: Fabrício, Diguinho, Valência, Carlinhos, Sobis, Chiquinho,
Elivelton, Bruno, Felipe Garcia, Wagner são os meus favoritos para zarpar.
A
redução nos gastos obtida com a faxina permitiria a contratação de uma atacante
de ponta para fazer dupla com Fred e mais dois ou três atletas dispostos a suar
a camisa, como aqueles que jogam nos times medianos que nos massacraram, que
aliados à "prata da casa" poderiam fazer o Fluzão voltar a brilhar.
Daria
também, é claro, para contratar um treinador melhor preparado e com maior visão
de jogo, que não fosse tão autossuficiente e que também não se apoiasse em
patotas e sim trabalhasse com o elenco inteiro, como fazem os vencedores.
Alguns
poderão estar em dúvida sobre o porquê da ausência do Walter em minha lista de
dispensas. Simplesmente por reconhecer que inegavelmente habilidade ele tem.
Um
jogador que foi o responsável maior pela campanha do Goiás em 2013, eliminando
inclusive esse “fabuloso” elenco tricolor da Copa do Brasil daquele ano não
desaprende de uma hora para outra.
Quem
sabe se com mais oportunidades e um nutricionista competente não se recupera?
Eu
pagaria para ver, além do mais porque atualmente é o único do elenco principal
que sabe driblar.
E
é por tudo isso que fico no maior dos dilemas: o coração tricolor impõe que eu
torça para que a classificação seja alcançada, mas a razão me alerta para o
perigo da manutenção do status vigente se ela vier.
Ou
seja, a classificação para a Libertadores poderá manter Cristóvão e toda a
trupe de dirigentes incompetentes, a maioria dos jogadores inócuos e que
provavelmente serão desclassificados ainda na primeira fase da competição, além
de impedir a ascensão das promessas que já começam a despertar o interesse dos
europeus.
E
sinceramente a Torcida Tricolor não merece continuar ouvindo o Cristóvão a cada
insucesso parabenizar o esforço dos jogadores e enaltecer o trabalho
desenvolvido, como mais uma vez falou após o jogo com o Sport Recife:
“Por tudo isso que falei, superamos muitas coisas. Existe ainda alguma possibilidade de Libertadores. Se não existisse, o comportamento seria o mesmo: vamos buscar as vitórias. Passamos por muitas coisas. Estamos inteiros. Para poder consolidar isso, tenho de parabenizar todos que estão aqui, em especial os jogadores. E, para não colocar nada a perder, temos de ter duas vitórias no final do campeonato”. (sic)
Vejam até onde
chega a arrogância das pessoas, a tal ponto de nem goleadas sofridas em pleno
Maracanã frente a times infinitamente menores e os mais de trinta pontos
perdidos para times medíocres abalarem a soberba de nosso treinador.
É por isso que o
tema desse espaço será o mesmo até que seja realizado:
FORA
CRISTÓVÃO!
DETALHES:
CAMPEONATO BRASILEIRO 36ª RODADA
Sport Recife 2 x 2 Fluminense
Local: Arena Pernambuco, Recife, PE;
Data: 22/11/2014
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e José Javel Siqueira (RS)
Gols: Mike, aos 10', Ewerton Páscoa (contra), aos 31' e Joelinton, aos 38' do primeiro tempo; Fred, aos 46' do segundo
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e José Javel Siqueira (RS)
Gols: Mike, aos 10', Ewerton Páscoa (contra), aos 31' e Joelinton, aos 38' do primeiro tempo; Fred, aos 46' do segundo
Cartão Amarelo: Fabrício
Sport
Recife: Magrão; Patric, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rodrigo Mancha,
Rithely, Danilo (Wendel, 38'/2ºT), Diego Souza e Mike (Ananias, 22'/2ºT);
Joelinton (Régis, 38'/2ºT). Técnico: Eduardo Baptista.
Fluminense: Cavalieri;
Jean, Marlon, Fabrício (Kenedy, intervalo) e Carlinhos (Biro Biro, 35'/2ºT);
Valencia, Edson (Diguinho, 23'/2ºT), Wagner e Conca; Rafael Sobis e Fred.
Técnico: Cristovão Borges.
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